domingo, dezembro 30, 2012
'Nativos Digitais' - questionando o conceito através de um exemplo
Até ao tempo de Galileu (em boa verdade muito para além dele), a impressão de que era a Terra que andava à volta do Sol tornou-se teoria e doutrina e foi um berbicacho convencer muita gente de que aquilo que parece, muitas vezes, não é. O mesmo com as TIC, os computadores e a web.
"Tenho lá um fedelho em casa que, com quatro anos, sabe mil vezes mais do que a avó". Ou: "Acho quase impossível o que os miúdos hoje fazem na Internet". Ou ainda: "Para fazer aquilo que faz tem de ser muito inteligente". Quantas vezes não ouvimos frases do tipo destas para dar conta da facilidade e à-vontade com que os mais pequenos lidam com as ferramentas informáticas e as TIC.
Mark Prensky deu nome à coisa e começou, há pouco mais de dez anos, a chamar a estes miúdos que nasceram com a Internet "nativos digitais" - e, àqueles que tiveram de pedalar para entrar e acompanhar a mudança neste novo universo, "imigrantes digitais" (Prensky, 2001). A partir daí, com toda a gente arrumada no seu lugar, a ideia feita fez o seu caminho e hoje tornou-se senso comum, nomeadamente entre docentes, jornalistas e políticos.
É claro que alguma coisa há de verdade numa ideia feita. É aquele q.b. que a torna não apenas credível mas também convincente e incontornável e que acaba por fazer moda. Acresce que o próprio autor da expressão ele próprio a tomou, recentemente, sobretudo como uma metáfora para chamar a atenção para um problema. Mas, de facto, no caso dos "nativos digitais", nada é mais problemático e até ardiloso, já que, nas versões mais 'fundamentalistas', os miúdos nascidos e crescidos neste novo caldo cultural não só não precisariam de ser ensinados, mas passariam, eles próprios, a ser os professores. A eles é que caberiam, por assim dizer, direitos de cidadania. Os imigrantes (digitais), esses coitados, estariam um pouco como o peixe fora da água, fora do seu ambiente natural, como que por empréstimo ou por favor, e sempre em situação de carência e de deficit.
O discurso subjacente a um recente vídeo da Microsoft Portugal para demonstrar a alegada simplicidade do Windows 8 é disso eloquente exemplo. Por alguma razão ele se tornou um fenómeno 'viral', atingindo, em menos de duas semanas, cerca de 330 mil visitas e perto de 400 mil na sua versão em inglês (confrontar com este outro vídeo com uma explicação mais convencional).
Como é lógico, ninguém presta grande atenção às demonstrações das duas crianças, porque o objectivo da mensagem é outro: se um 'puto' de nove ou dez anos faz aquilo, um crescido não será também capaz de o fazer? Mais do que isso: o documento sugere subliminarmente como que um efeito de osmose entre o universo infantil e o do novo sistema operativo (através da tactilidade dos ecrãs, por exemplo).
Se esta familiaridade, à-vontade e saber-fazer resumissem o essencial do que se pode entender por literacia informativa e digital estaria o problema resolvido. Mas, infeliz ou felizmente, assim não é. E o desafio mais importante, hoje em dia, talvez resida em tomar aquilo que é o senso comum como motivo de interrogação. Como de resto algumas investigações começam a pôr em realce (cf. The Digital Native Debate in Higher Education: A Comparative Analysis of
Recent Literature de Erika E. Smith, 2012). Aquilo que parecia uma resposta a uma nova situação, deve converter-se numa pergunta. Aquilo que parecia um ponto de chegada revela-se, afinal, um ponto de partida para um itinerário de estudo e de acção que está ainda por explorar.
Marc Prensky publicou este ano dois livros: "Brain Gain: Technology and the Quest for Digital Wisdom" (Palgrave Macmillan) e "From Digital Natives to Digital Wisdom: Hopeful Essays for 21st Century Learning" (Corwin).
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sexta-feira, dezembro 28, 2012
Literacia mediática associada aos princípios do jornalismo
«Os princípios do jornalismo nascem da função que a informação representa na vida das pessoas. Neste sentido, são uma declaração de direitos dos cidadãos, ao mesmo tempo que uma declaração de responsabilidades dos jornalistas. Na medida, porém, em que a difusão de informação própria e do comentário a assuntos de actualidade e às opiniões de outros aumenta, crescem também as responsabilidades éticas dos que intervêm no processo, do lado da cidadania. O conhecimento e exercício destes direitos e responsabilidades devem integrar a formação não apenas dos jornalistas mas também dos cidadãos, no quadro mais vasto e desejável de uma literacia mediática que proporcione o uso crítico, esclarecido e criativo da informação jornalística e dos media».
Este é o teor do Princípio nº 11 e derradeiro do documento "Para Uma Carta de Princípios do Jornalismo na Era da Internet", recentemente apresentado em Lisboa. É talvez a primeira vez que, entre nós, se estabelece, de modo claro e formal, a relação entre as responsabilidades éticas do jornalismo e "uma literacia mediática que proporcione o uso crítico, esclarecido e criativo da informação jornalística e dos media».
Recomenda-se uma leitura atenta do documento (AQUI). Transcreve-se, de seguida, a súmula de cada um dos 11 pontos:
- A primeira obrigação do jornalismo é a busca da verdade e a sua publicitação.
- O jornalismo deve manter-se leal aos cidadãos, estimulando o debate e a construção de opinião
- A essência do jornalismo assenta na verificação da informação e no confronto de fontes e de versões
- O jornalismo deve escrutinar os diferentes poderes. Aqueles que o exercem devem ser independentes em relação às pessoas, organizações e acontecimentos que cobrem
- O jornalismo deve tornar interessante o que é relevante e procurar no que é interessante ou mobiliza a atenção dos cidadãos o que é importante e significativo
- A produção jornalística deve seguir princípios de rigor, isenção, clareza, abrangência e proporcionalidade, e deve empenhar-se em dar voz e visibilidade a cidadãos, grupos e comunidades mais esquecidas
- Os jornalistas devem ser livres de seguir a sua consciência
- O jornalismo deve ser transparente e favorecer o debate público das suas opções e práticas e o escrutínio das ligações, interesses e poderes que o suportam
- O jornalismo deve adaptar-se às diferentes plataformas informativas e interagir com a diversidade de actores presentes no ambiente comunicacional, integrando as suas vozes no processo de produção profissional de narrativas noticiosas e de opinião
- Inovações empresariais e tecnológicas no ecossistema informativo devem ser feitas com respeito por padrões de exigência profissional e no quadro ético e deontológico em vigor numa imprensa livre e democrática
- Os cidadãos têm direitos e responsabilidades, no que diz respeito à informação noticiosa.
sábado, dezembro 15, 2012
Educação para a cidadania - Linhas orientadoras
Ministério da
Educação e Ciência, Direção-Geral da Educação (dezembro de 2012):
Educação para a cidadania - Linhas orientadoras
A Educação para os Media, que pretende incentivar os alunos a utilizar e decifrar os meios de comunicação, nomeadamente o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma utilização crítica e segura da Internet e das redes sociais.
A Educação para os Media, que pretende incentivar os alunos a utilizar e decifrar os meios de comunicação, nomeadamente o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, visando a adoção de comportamentos e atitudes adequados a uma utilização crítica e segura da Internet e das redes sociais.
sábado, dezembro 01, 2012
Congresso 'Literacia, Media e Cidadania' - Chamada de Comunicações
Está aberto
o período para submissão de propostas de comunicações ao 2º Congresso Nacional
‘Literacia, Media e Cidadania’ a ter lugar nos dias 10 e 11 de maio de 2013 no
Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
As mudanças
que estão a ocorrer no campo mediático, nas instituições educativas e no
mercado de trabalho, agravadas pelo recrudescimento da crise económica e a
deterioração da qualidade de vida, tornam a Literacia para os Media uma via e
uma estratégia que podem dar contributos relevantes na vida das pessoas – e não
apenas das crianças e jovens – em prol de uma cidadania mais qualificada e de uma
sociedade mais inclusiva.
Entendemos
por Literacia para os Media “a capacidade de aceder aos media, de compreender e
avaliar de modo crítico os diferentes aspectos dos media e dos seus conteúdos e
de criar comunicações em diversos contextos” (Recomendação da Comissão Europeia
de 20 de agosto de 2009).
Tendo este
conceito como base, convidamos todos aqueles que se encontram envolvidos em
projectos e iniciativas que procuram tomar os media e as novas plataformas e
redes digitais como tema de estudo, recurso e campo de intervenção nos âmbitos
da educação, da saúde, da cultura, da animação sócio-cultural, da inclusão
social, da comunicação e do jornalismo, a submeter propostas de comunicação até
ao dia 31 de janeiro de 2012 para o email congressoLMC2013@gmail.pt
As propostas
de comunicação podem versar sobre diferentes tópicos, nomeadamente:
- Análise e
usos dos media: Internet, jogos vídeo, cinema, telemóveis, imprensa, rádio,
televisão, publicidade, música...
- Novos
media, redes sociais e literacia
- Literacia
mediática e compreensão do mundo atual;
- Literacia
da informação e do jornalismo;
- Literacia
fílmica;
- Abordagens
críticas da imagem e da publicidade;
- Jornalismo
escolar e meios de comunicação na escola;
- Cidadania,
participação e educação para os media;
- O
currículo e a educação para os media;
- Inclusão
digital e educação para os media;
- Políticas
tecnológicas da educação e literacia para os media;
- Bibliotecas,
mediatecas e literacia mediática;
- Educação
para os media e contextos específicos: seniores, instituições de saúde, IPSS,
autarquias;
- Políticas
públicas de educação para os media.
As
comunicações podem incidir sobre resultados de investigações científicas,
relatos críticos de intervenções, apresentação de projetos e iniciativas de
Literacia para os Media.
Dada a
vastidão das problemáticas cobertas por cada um dos conceitos que fazem o tema
deste congresso - "literacia, media e cidadania" - serão acolhidas
preferencialmente as propostas que articulem os três conceitos.
Os resumos
das comunicações devem ser enviados até 31 de Janeiro para o endereço congressolmc2013@gmail.pt
Mais
informações em: http://literaciamediatica.pt/congresso/
domingo, novembro 25, 2012
Barcelona recebe I Jornada de la Sección de Estudios de Audiencia y Recepción de la Asociación Española de Investigación de la Comunicación (AE-IC)
Patrícia Silveira, estudante de doutoramento em Ciências da Comunicação (especialização em Educação para os Media) na Universidade do Minho e que está, desde setembro passado, a realizar um período de estudos na Universidade Autónoma de Barcelona, envia-nos este texto a partir da sua participação nas Jornadas "Audiencias Juveniles: recepción, usos y hábitos mediáticos" que tiveram lugar no passado dia 22, na Universidade Pompeu Fabra, Barcelona.
Na passada quinta-feira, dia 22 de Novembro, teve lugar, na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, a I Jornada de la Sección de Estudios de Audiencia y Recepción de la Asociación Española de Investigación de la Comunicación (AE-IC). Com a presença de especialistas e investigadores de áreas diversas, entre as quais, as ciências da comunicação, a sociologia e a psicologia, a jornada teve como objetivos principais analisar e partilhar investigações empíricas e reflexões teórico-metodológicas sobre a relação entre os jovens e os meios de comunicação, em especial, as novas tecnologias.
Entre os comunicadores, esteve Javier Callejo, sociólogo e reconhecido investigador e autor de artigos e livros sobre audiências e modos de consumo. Com uma apresentação intitulada Observaciones sobre la Juventud del Sistema de Comunicación Mediada, o diretor do Departamento de Investigação do Centro de Investigações Sociológicas, da Universidade de Oviedo, falou da importância dos meios de comunicação para a vida dos jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos. O autor considera que, atualmente, quase todos os jovens têm acesso à internet e ao computador, sendo que este envolvimento, segundo refere, pode ser compreendido em termos de análise dos tempos, usos ou tipos de media. Na sua opinião, a compreensão da relação dos jovens com um determinado tipo de media, só é possível se, antes, se tiver estudado as ligações estabelecidas com o panorama geral de meios à disposição. No remate da apresentação, embora reconheça que a audiência não é somente produto do sistema de comunicação, Callejo sublinhou que “tudo o que sabemos, sabemos através da comunicação mediada”, já que todos fazemos parte do “fantasma das audiências”.
Numa outra apresentação, intitulada Jóvenes y Competencia Mediatica, Joan Ferrés i Prats, especialista em comunicação e educação, apresentou os resultados de um estudo sobre a avaliação da competência mediática de jovens e adultos. Tendo recorrido à aplicação de 6000 questionários (por género e níveis de estudo), 31 entrevistas em profundidade e 28 grupos de discussão, o autor categoriza um conjunto de dimensões, de modo a explicar e agrupar alguns dos resultados obtidos. Assim, o investigador fala em:
- Dimensão tecnológica: foi a que obteve resultados mais positivos. Observou-se um nível superior dos jovens, comparativamente ao resto da população. Quanto ao género, verificou-se que, em termos globais, os resultados se mostraram mais favoráveis para os homens.
- Dimensão estética: sendo fundamental do ponto de vista da educação para os media, verificou-se que obteve resultados negativos, quando comparada com outras dimensões. Em geral, houve uma avaliação deficiente acerca da forma como “as coisas são contadas, nos media”, como refere o investigador.
- Dimensão das linguagens: tal como a dimensão anterior, obteve alguns dos piores resultados. O autor fala da existência de um total desconhecimento e incapacidade para utilizar os códigos audiovisuais, com o objetivo de transmitir algo.
- Dimensão da receção e interação: verificou-se que 94,3% dos inquiridos tem motivos de queixa dos media, embora não conheça os meios ou instituições disponíveis para receber essas mesmas queixas.
- Dimensão de produção e difusão: o autor concluiu que existe incapacidade para estruturar um plano de trabalho coerente.
- Dimensão ideológica: observou-se incapacidade para explicar o porquê e o como.
- Dimensão participativa: sendo fundamental para o âmbito de uma participação ativa e consciente nos media, uma das questões analisadas foi, por exemplo, “O que procuras, na TV?”.
Tendo sido o único estudo apresentado sobre crianças e meios, o trabalho de Lucrezia Crescenzi, intitulado Accesso y Recepción de Contenidos Audiovisuales en la Primera Infancia. Una Investigación sobre el Target Ignorado, chamou a atenção para a importância de investigar o envolvimento dos media e as crianças em idade pré-escolar. Com base nas correntes teóricas da psicologia, o trabalho da investigadora do Grupo de Investigação Laboratório de Meios Interativos, da Universidade de Barcelona, verificou que as crianças até aos 6 anos de idade, passam muitas horas em frente ao televisor, embora praticamente não sejam olhadas como target de interesse, pelas empresas audiovisuais. Com a preocupação de estabelecer etapas no desenvolvimento infantil, tendo em conta as capacidades cognitivas e fisiológicas para compreender os conteúdos audioviduais, um dos resultados obtidos pela autora demonstrou que, até aos 2 anos de idade, a criança não é capaz de alcançar o conteúdo audiovisual.
Compreendemos que o objetivo da autora tenha sido avaliar, apenas, as capacidades cognitivas presentes na leitura das mensagens, no entanto, gostaríamos de deixar uma pequena nota acerca de alguns aspetos para os quais este, ou outros estudos, poderiam ser alargados. Seria interessante, no âmbito de investigações que se propõem analisar as relações entre crianças tão pequenas e os media, tomar em consideração outros elementos de que dependem os significados e as perceções construídas, não encerrando a capacidade para compreender os conteúdos audiovisuais, a aspetos meramente cognitivos ou fisiológicos. Trata-se, mais do que isso, da presença de elementos emocionais e afetivos, assim como de questões ligadas à própria estruturação dos tempos sociais da criança, ou ao ambiente familiar que, nestas idades, é o primeiro grupo de referência na sua formação e um importante mediador em termos, não só de acesso, como também, de uso dos media.
Patrícia Silveira
25/11/2012
Talking about media. Exercício reflexivo de Educação para os Media
Por uma semana recolhe e transcreve os discursos, as discussões, as trocas rápidas e as conversas nas quais participas ou que simplesmente ouves (em casa, na faculdade, no autocarro, no trabalho) que têm como assunto os media (ou que de qualquer forma se referem a alguma coisa lida, vista na Tv, no cinema, ouvida na rádio).
Nota detalhadamente todas as ocasiões nas quais assististe ou participaste em conversas e trocas verbais, mais ou menos ocasionais, que tivessem como objeto, motivo de partida, ou como referência 'os media'.
Tudo com base na grelha de relevação muito simples:
Quem, quando, com quem, a propósito de quê;
Na base dos dados recolhidos, faz uma análise (individual e coletiva) e reflete sobre a capilaridade dos nossos discursos sobre os media e sobre como cada adulto tem e usa conceções sobre os media que dá como adquiridas.
(por Letizia Caronia)
quarta-feira, novembro 14, 2012
Os protagonistas da informação, segundo os media
Vejamos com atenção os dados da figura seguinte, que consta da mais recente newsletter da Marktest e relativa aos "Protagonistas da informação na Tv em Outubro" último:
Como analisar esta informação? Com que critérios? Pela diversidade político-social dos protagonistas? Pelo equilíbrio entre Governo e Oposição? Pelos motivos que levaram estas personalidades a serem objeto de notícia? Pelas singularidades de alguns casos no ranking?
Aparentemente está tudo dentro de uma certa lógica: o Primeiro Ministro em primeiro e o líder da Oposição em segundo; o ministro das Finanças logo em terceiro; equilíbrio entre protagonistas da área do Governo e da Oposição, com cinco para cada lado. Ao mesmo tempo, pode ser uma surpresa (apenas relativa) o destaque do coordenador do Bloco de Esquerda; o principal partido da oposição com apenas o seu secretário-geral no ranking dos dez (versus a área comunista com três e o CDS com dois); o aparente apagamento do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, além de líder dos centristas, etc. Tudo isto pode ser objeto de reflexão. Mas talvez se possa ir mais longe.
Numa análise mais aprofundada, não será de questionar, por exemplo, aspetos como estes:
- Que critérios editoriais, ideológicos, políticos ou mercantis levam as TVs a dar destaque a estas figuras e não a outras?
- Qual o protagonismo das mulheres na nossa sociedade? Porque será que nem uma aperece neste ranking?
- Como explicar o eclipse do Presidente da República?
- Por que razão há apenas uma individualidade que representa organizações não partidárias / governamentais?
- Que instituições / pessoas poderiam e eventualmente deveriam figurar neste tipo de rankings, supondo que têm algum valor?
- Que valores ou critérios estão implícitos em rankings que contabilizam apenas o tempo e número de notícias e não os conteúdos e os motivos/contextos das notícias em que essas figuras intervieram?
- Que vantagens e riscos encerra o olhar contido neste tipo de rankings?
- Que outros critérios poderiam ser utilizados para analisar as coberturas noticiosas das televisões e dos media?
Os media constroem a realidade, a sua realidade. Cabe-nos a nós um papel de atenção crítica e vigilante para não ficarmos condicionados pelo mundo retratado por eles. Para isso só detetando as suas apostas, as suas lógicas e preocupações, os seus enviesamentos.
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segunda-feira, novembro 05, 2012
«Pedagogies of Media and Information Literacy» acaba de sair
A UNESCO, através do seu Institute for Information Technologies in Education, acaba de publicar o manual «Pedagogies of Media and Information Literacy».
Pretende ser um instrumento de apoio nas instituições de formação de formadores e de facilitação do ensino e aprendizagem da literacia informativa e mediática.
Relacionado com este assunto vale a pena consultar também
- 'Media Literacy and New Humanism';
- 'Media and Information Literacy Curriculum for Teachers' (traduzido em várias línguas).
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domingo, outubro 28, 2012
quarta-feira, outubro 24, 2012
quinta-feira, outubro 04, 2012
"Setúbal na Rede" promove prática do jornalismo em escolas
"A formação de alunos e professores para promover a prática do jornalismo em vários estabelecimentos de ensino básico e secundário do distrito vai ser missão do “Setúbal na Rede” que, através de palestras e workshops de jornalismo nas escolas, quer implementar uma melhor educação para os media e, no âmbito da responsabilidade social, fomentar a cidadania ativa. Rui Lourenço, responsável pela Direção de Serviços de Apoio Pedagógico e Organização Escolar (DSAPOE) na Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT), entende que hoje em dia “é necessário construir um homem novo que se habilite para o mundo novo que está a surgir” e adianta que “cada vez mais é importante a educação dos alunos e professores para atividades extra curriculares práticas”.
“Tudo o que diga respeito a melhores práticas de cidadania nos estabelecimentos de ensino deve ser incentivado”, prossegue Rui Lourenço que, por outro lado, verifica que o jornalismo sai beneficiado com a iniciativa. Este ponto é salientado por Pedro Brinca, diretor do “Setúbal na Rede”, que contempla“uma crise de valores instalada que deve ser invertida através da formação adequada para uma melhor visão sobre o jornalismo”.
“Hoje em dia, as pessoas não confiam no jornalismo”, assume Pedro Brinca, acrescentando ser este o pilar da democracia. A promoção de palestras e workshops vai permitir aos alunos perceberem os vários géneros jornalísticos com que são confrontados através da pluralidade de fontes que lhes são fornecidas. “A ideia não passa por formar jornalistas profissionais mas melhores consumidores de notícias”, prossegue o diretor do “Setúbal na Rede”.
Continuar a ler: AQUI
“Tudo o que diga respeito a melhores práticas de cidadania nos estabelecimentos de ensino deve ser incentivado”, prossegue Rui Lourenço que, por outro lado, verifica que o jornalismo sai beneficiado com a iniciativa. Este ponto é salientado por Pedro Brinca, diretor do “Setúbal na Rede”, que contempla“uma crise de valores instalada que deve ser invertida através da formação adequada para uma melhor visão sobre o jornalismo”.
“Hoje em dia, as pessoas não confiam no jornalismo”, assume Pedro Brinca, acrescentando ser este o pilar da democracia. A promoção de palestras e workshops vai permitir aos alunos perceberem os vários géneros jornalísticos com que são confrontados através da pluralidade de fontes que lhes são fornecidas. “A ideia não passa por formar jornalistas profissionais mas melhores consumidores de notícias”, prossegue o diretor do “Setúbal na Rede”.
Continuar a ler: AQUI
domingo, setembro 23, 2012
Dia Internacional da Literacia celebrado em Lisboa
Celebrar o Dia Internacional da Literacia, promovida anualmente pela UNESCO no dia 8 de
setembro e assinalar o encerramento da Década das Nações Unidas sobre Literacia: Educação
para Todos (2003-2012) e consciencializar a sociedade portuguesa para a importância e
pluralidade da literacia são as finalidades da jornada que amanhã se realiza em Lisboa, numa iniciativa da Comissão Nacional da UNESCO, do Plano Nacional de Leitura e da Sociedade de Gepografia de Lisboa.
É o seguinte o programa:
14h30 – abertura pelo Presidente da SGL, prof. catedrático Luís Aires-Barros.
14h40 – palavras iniciais pela escritora e prof.ª catedrática Helena Carvalhão Buescu da
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
15h15 – colóquio “A Literacia em Portugal e no Mundo”, sob a presidência da prof.ª doutora
Maria Calado, docente, investigadora e Vice-Presidente do Centro Nacional de Cultura, com
as intervenções seguintes:
“A Literacia no Mundo: o Papel das Nações Unidas”, mestre Mónica Ferro, deputada,
doutoranda em Relações Internacionais e docente do Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas.
“A Literacia em Portugal”:
(a) “O Estado da Literacia em Portugal”, prof. doutor António Firmino da Costa, ViceReitor e docente do ISCTE/IUL e investigador do seu Centro de Investigação e
Estudos de Sociologia.
(b) “O Plano Nacional de Leitura”, prof. doutor Fernando Pinto do Amaral, poeta, docente
e Comissário do Plano Nacional de Leitura.
(c) “Literacia e Saúde”, dr. Francisco George, Diretor-Geral da Saúde.
(d) “Conhecimento Científico e Literacia”, dr.ª Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva
– Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.
(e) “Os Mitos Científicos na Literacia do Oceano”, dr.ª Carla de la Cerda Gomes,
educadora marinha do OMA – Observatório do Mar dos Açores.
(f) “A Literacia e os Media”, jornalista e prof. catedrático Manuel Pinto, docente da
Universidade do Minho e investigador do seu Centro de Estudos de Comunicação e
Sociedade.
17h00 – encerramento pelo Comissário do PNL, prof. doutor Fernando Pinto do Amaral, pelo
Presidente da CNU, emb. António de Almeida Ribeiro e pelo Presidente da SGL.
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terça-feira, setembro 11, 2012
Por um Serviço Público de Média independente, avaliado e de qualidade
Eis o texto da tomada de posição do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho a propósito das medidas que o Governo pretende tomar para o Serviço Público de Televisão e Rádio e no âmbito do debate público que se tem gerado em torno desta matéria:
"O recente debate sobre o futuro do Serviço Público de rádio e televisão, independentemente da forma como foi colocado, é urgente e indispensável. Neste contexto, o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, que há mais de uma década publica obra sobre o tema, entende apresentar este contributo que sucintamente exprime uma reflexão colectiva sobre a matéria. Historicamente, o Serviço Público de rádio e de televisão tem sido gerido pelo Estado em função de interesses políticos imediatos. Em momentos cruciais, essa gestão fez-se totalmente à margem de qualquer sentido de interesse público ou valor público. Nada indicia que, no presente, esta linha de atuação seja diferente. Esta lógica de funcionamento tornou-se particularmente evidente quando, por exemplo, se aboliu a taxa de televisão e quando se entregou a uma empresa por um valor simbólico a rede de transmissão da RTP e, em tempos mais próximos, quando se cedeu aos interesses privados no processo de implementação da TDT. Importa salientar este traço histórico porque ajuda a explicar, em larga medida, a situação atual do Serviço Público e a imagem que dele fazemos enquanto bem comum. Os intensos debates em curso na maioria das sociedades democráticas sobre os serviços públicos de média, sobretudo em tempos de acelerada mudança tecnológica, parecem centrar-se em torno de algumas questões-chave: disponibilização de conteúdos de qualidade e diversificados, tanto em termos temáticos como de género; reforço dos mecanismos de independência face aos poderes políticos e financeiros; desenvolvimento de modalidades de prestação de contas à comunidade e aumento da eficiência financeira das entidades que prestam este serviço público. Essencialmente, procura-se manter viva a consciência de que o serviço deve ser universal no acesso e que não faz sentido sem uma cultura de funcionamento que entenda as audiências como cidadãos e não como consumidores. Na esmagadora maioria dos casos, estas discussões presumem que a prestação de serviço esteja a cargo de uma entidade específica, com regras de funcionamento que a distingam dos operadores comerciais, que seja regulada pelo Estado e acompanhada pelos cidadãos. Um Serviço Público de média funciona assim como espaço agregador da sociedade, como instituição que alarga garantias cívicas de acesso, de diversidade, de pluralidade. No atual contexto de crise económica grave, o caminho para o Serviço Público de média em Portugal passa, em primeiro lugar, pela discussão sobre como melhorar e qualificar o serviço público que (não) temos. Este serviço tem um papel específico a desempenhar na superação da crise, quer no plano interno, quer junto das comunidades emigrantes e no espaço da lusofonia. Deverá ser repensado considerando propostas de desempenho diferenciador em áreas como os espaços não demagógicos de participação dos cidadãos, a educação para os media ou formação crítica dos telespectadores, a programação criteriosa para a infância e os públicos mais jovens, a cultura portuguesa e as expressões culturais do espaço lusófono, a informação e a formação para a ciência e a investigação. É precisamente agora que se abre uma clara oportunidade para enveredar por um Serviço Público de média, gerido com independência e rigor, produzindo conteúdos de excelência e disponível em acesso aberto. O caminho da redução de custos foi trilhado com sucesso nos últimos anos; importaria agora trilhar esse outro que é o do aprofundamento do valor do serviço para os cidadãos, nomeadamente trazendo à consideração a presença noutras plataformas para além do universo audiovisual tradicional e envolvendo a empresa na discussão do chamado dividendo digital. Acreditamos que, independentemente dos canais existentes ou a existir, este é também o caminho mais apropriado para Portugal – a disponibilização, tendencialmente em plataformas de sinal aberto, de um fluxo de conteúdos alargado e diversificado, produzidos por uma entidade pública, respeitando um caderno de encargos prévio e objetivos financeiros claros. Entendemos, nesta linha de salvaguarda do cumprimento efetivo desses compromissos, que devem ser instituídos processos periódicos de avaliação, quantitativa e qualitativa, da prestação das partes envolvidas, a desenvolver e publicitar pelas instituições científicas com competência para o efeito. O Serviço Público de média não pode e não deve ser dividido em parcelas, não pode e não deve ser concessionado a uma entidade privada (com interesses legítimos, mas fundamentalmente distintos dos do Estado) e não pode e não deve ser vendido à melhor oferta. O Serviço Público de média é, em simultâneo, sinal de vitalidade e garante da democracia. É parte inteira do que somos, enquanto comunidade de interesses partilhados. Vendê-lo, concessioná-lo ou retalhá-lo são opções que servem apenas interesses de gestão política do instante. Qualquer delas contribui, de forma substantiva, para um empobrecimento real do que somos e para um diminuição da confiança dos cidadãos num Estado que serve."
"O recente debate sobre o futuro do Serviço Público de rádio e televisão, independentemente da forma como foi colocado, é urgente e indispensável. Neste contexto, o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, que há mais de uma década publica obra sobre o tema, entende apresentar este contributo que sucintamente exprime uma reflexão colectiva sobre a matéria. Historicamente, o Serviço Público de rádio e de televisão tem sido gerido pelo Estado em função de interesses políticos imediatos. Em momentos cruciais, essa gestão fez-se totalmente à margem de qualquer sentido de interesse público ou valor público. Nada indicia que, no presente, esta linha de atuação seja diferente. Esta lógica de funcionamento tornou-se particularmente evidente quando, por exemplo, se aboliu a taxa de televisão e quando se entregou a uma empresa por um valor simbólico a rede de transmissão da RTP e, em tempos mais próximos, quando se cedeu aos interesses privados no processo de implementação da TDT. Importa salientar este traço histórico porque ajuda a explicar, em larga medida, a situação atual do Serviço Público e a imagem que dele fazemos enquanto bem comum. Os intensos debates em curso na maioria das sociedades democráticas sobre os serviços públicos de média, sobretudo em tempos de acelerada mudança tecnológica, parecem centrar-se em torno de algumas questões-chave: disponibilização de conteúdos de qualidade e diversificados, tanto em termos temáticos como de género; reforço dos mecanismos de independência face aos poderes políticos e financeiros; desenvolvimento de modalidades de prestação de contas à comunidade e aumento da eficiência financeira das entidades que prestam este serviço público. Essencialmente, procura-se manter viva a consciência de que o serviço deve ser universal no acesso e que não faz sentido sem uma cultura de funcionamento que entenda as audiências como cidadãos e não como consumidores. Na esmagadora maioria dos casos, estas discussões presumem que a prestação de serviço esteja a cargo de uma entidade específica, com regras de funcionamento que a distingam dos operadores comerciais, que seja regulada pelo Estado e acompanhada pelos cidadãos. Um Serviço Público de média funciona assim como espaço agregador da sociedade, como instituição que alarga garantias cívicas de acesso, de diversidade, de pluralidade. No atual contexto de crise económica grave, o caminho para o Serviço Público de média em Portugal passa, em primeiro lugar, pela discussão sobre como melhorar e qualificar o serviço público que (não) temos. Este serviço tem um papel específico a desempenhar na superação da crise, quer no plano interno, quer junto das comunidades emigrantes e no espaço da lusofonia. Deverá ser repensado considerando propostas de desempenho diferenciador em áreas como os espaços não demagógicos de participação dos cidadãos, a educação para os media ou formação crítica dos telespectadores, a programação criteriosa para a infância e os públicos mais jovens, a cultura portuguesa e as expressões culturais do espaço lusófono, a informação e a formação para a ciência e a investigação. É precisamente agora que se abre uma clara oportunidade para enveredar por um Serviço Público de média, gerido com independência e rigor, produzindo conteúdos de excelência e disponível em acesso aberto. O caminho da redução de custos foi trilhado com sucesso nos últimos anos; importaria agora trilhar esse outro que é o do aprofundamento do valor do serviço para os cidadãos, nomeadamente trazendo à consideração a presença noutras plataformas para além do universo audiovisual tradicional e envolvendo a empresa na discussão do chamado dividendo digital. Acreditamos que, independentemente dos canais existentes ou a existir, este é também o caminho mais apropriado para Portugal – a disponibilização, tendencialmente em plataformas de sinal aberto, de um fluxo de conteúdos alargado e diversificado, produzidos por uma entidade pública, respeitando um caderno de encargos prévio e objetivos financeiros claros. Entendemos, nesta linha de salvaguarda do cumprimento efetivo desses compromissos, que devem ser instituídos processos periódicos de avaliação, quantitativa e qualitativa, da prestação das partes envolvidas, a desenvolver e publicitar pelas instituições científicas com competência para o efeito. O Serviço Público de média não pode e não deve ser dividido em parcelas, não pode e não deve ser concessionado a uma entidade privada (com interesses legítimos, mas fundamentalmente distintos dos do Estado) e não pode e não deve ser vendido à melhor oferta. O Serviço Público de média é, em simultâneo, sinal de vitalidade e garante da democracia. É parte inteira do que somos, enquanto comunidade de interesses partilhados. Vendê-lo, concessioná-lo ou retalhá-lo são opções que servem apenas interesses de gestão política do instante. Qualquer delas contribui, de forma substantiva, para um empobrecimento real do que somos e para um diminuição da confiança dos cidadãos num Estado que serve."
domingo, setembro 09, 2012
Nova Lei do Cinema inclui programa de formação de públicos nas escolas
Foi publicada nesta quinta-feira, dia 6, a nova Lei do Cinema, aprovada em 25 de Julho pela Assembleia da República. O diploma contém matéria que se refere ao compromisso do Estado em desenvolver um programa de literacia para o cinema, voltado para a formação de públicos nas escolas. Ficam aqui registados os artigos com relevância para esta matéria:
Artigo 3.º
Princípios e objetivos da ação do Estado
1. Princípios
d) Promoção da interação com os agentes dos setores cinematográfico e audiovisual, da comunicação social, da educação e das telecomunicações;
2. Objetivos
k) Contribuição para a formação de públicos, nomeadamente através do apoio a festivais de cinema, cineclubes, circuitos de exibição em salas municipais e associações culturais de promoção da atividade cinematográfica e, em particular, através da promoção da literacia do público escolar para o cinema;
3. Incumbências do Estado
d) Promover e contribuir para a fruição pelo público das obras apoiadas pelo Estado.
Artigo 4º
Conservação e acesso
2 — O Estado promove o acesso público às obras que integram o património cinematográfico e audiovisual nacional para fins de investigação artística, histórica, científica e educativa, com respeito pelas regras de conservação patrimonial, salvaguardando os legítimos interesses dos titulares de direitos de autor e dos direitos conexos, bem como dos detentores de direitos patrimoniais ou comerciais.
Artigo 6º
Programas de apoio
6 — Com o objetivo de promover a literacia do público escolar para o cinema, o Estado desenvolve um programa de formação de públicos nas escolas.
Artigo 23.º
Formação de público escolar
O Estado promove um programa de literacia para o cinema junto do público escolar para a divulgação de obras cinematográficas de importância histórica e, em particular, das longas -metragens, curtas -metragens, documentários e filmes de animação de produção nacional.
domingo, setembro 02, 2012
A abstinência mediática. Exercício reflexivo de Educação para os Media
Viva uma semana sem fazer uso do telemóvel.
Cada dia deverá escrever o que isto envolveu: pensamentos, reflexões, sensações…em
suma, tudo o que a abstinência do uso do telemóvel produziu:
- em si;
- na sua vida de todos os dias (como ocupou aquele tempo, com que substituiu o telemóvel, as reações dos outros à sua volta);
- na sua rede social.
Deverá preencher um relatório com base nos três pontos chave:
1. Como reagiu?
2. Como reagiram os outros?
3. Qual o género de rede de informação/comunicação que se estabeleceu (se se estabeleceu) no período de abstinência.
4. Quanto dinheiro poupou/gastou?
5. Quão necessário é o telemóvel e porquê?
Os participantes (no caso de ser realizado numa turma) deverão juntar as suas experiências e fazer uma relação única que resuma e reflita os trabalhos de cada um.
(Por Letizia Caronia)
- em si;
- na sua vida de todos os dias (como ocupou aquele tempo, com que substituiu o telemóvel, as reações dos outros à sua volta);
- na sua rede social.
Deverá preencher um relatório com base nos três pontos chave:
1. Como reagiu?
2. Como reagiram os outros?
3. Qual o género de rede de informação/comunicação que se estabeleceu (se se estabeleceu) no período de abstinência.
4. Quanto dinheiro poupou/gastou?
5. Quão necessário é o telemóvel e porquê?
Os participantes (no caso de ser realizado numa turma) deverão juntar as suas experiências e fazer uma relação única que resuma e reflita os trabalhos de cada um.
(Por Letizia Caronia)
quarta-feira, julho 04, 2012
Crianças criam uma estação de rádio
Este episódio da série que passa em Portugal com o nome "Carteiro Paulo" centra-se na criação de uma estação de rádio por um grupo de crianças.
Creio que é um excelente recurso não só para mostrar como funciona este meio de comunciação, como também para inspirar os mais pequenos a tentarem experiências semelhantes.
O episódio termina com a seguinte frase: "Para a rádio funcionar, primeiro temos de trabalhar em equipa".
Mais informações sobre esta série iniciada em 1981, cujo nome original é Postman Pat, no site oficial do Postman Pat e na wikipedia.
quinta-feira, junho 21, 2012
Aceita-se comentários e análises
segunda-feira, junho 11, 2012
Apontamentos sobre a Educação para os Media na Europa
No contexto de um curso de formação intitulado 'Media Education Lab', financiado pelo programa Youth in Action da Comissão Europeia, 26 jovens europeus apresentaram algumas das linhas por onde se 'cosem' as teorias e práticas da Educação para os Media nos seus países. Os participantes discutiram de que forma cada país define este conceito, ao mesmo tempo que sublinharam as melhores práticas e apontaram as limitações que se confrontam na promoção de políticas que ajudem a sociedade a compreender o papel dos media. A iniciativa decorreu no mês de Maio, na Letónia, e contou com a organização da associação local Room of Fulfilled Dreams, que procura ajudar pessoas com acessos limitados a oportunidade de educação, procura de emprego, formação em novas tecnologias de comunicação, entre outras actividades.
Algumas das apresentações, em espécie de relatório resumo da Educação para os Media nos países dos participantes, encontram-se disponíveis em baixo:
Eslovénia - Simona Simmy & Tim Kolar-Erat;
Eslováquia - Phristina Bol;
Roménia - Madalina Cotiu;
República Checa - Linda Matejovska;
Itália - Gabriele Chiappone;
Espanha - Oliver Domínguez;
Bulgária - Ivan Zhikov;
As referidas apresentações foram realizadas por profissionais ligados à área da comunicação, desde a fotografia, ao design, jornalismo, publicidade, etc., e reflectem as opiniões e conhecimento dos autores sobre a temática. Apontam quase todas no mesmo sentido, isto é, no parco aprofundamento das questões sobre literacia mediática nos diversos países. Apesar de poucas estratégias terem eco no tecido escolar, por exemplo, existem iniciativas francamente interessantes, desde o festival de cinema da Roménia, ao caso bem sucedido da Eslovénia.
sexta-feira, junho 08, 2012
Educação para a imagem pelo cinema
Nma das últimas edições do programa Fora d'Horas, da SIC Notícias, a jornalista Claralta qualidade.a de Sousa conversa com o cineasta Lauro António. Em torno do cinema é um programa de educação para os media, verdadeiro serviço público de alta qualidade. Aqui:
https://www.facebook.com/photo.php?v=401946316522563
(Via: Isa Catarina Mateus-Cineclube de Faro)
https://www.facebook.com/photo.php?v=401946316522563
(Via: Isa Catarina Mateus-Cineclube de Faro)
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Educação para os Media
terça-feira, junho 05, 2012
Crianças e media na sociedade digital
Carmen Marta Lazo e José Gabelas orientam no próximo dia 13, na Sala de Atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho um seminário sobre “Relaciones y mediaciones de los niños y jóvenes con los medios en la Sociedad Digital”.
A sessão realiza-se no âmbito do Seminário Permanente em Educação para os Media (CECS) e do Mestrado em Comunicação, Cidadania e Educação e é aberto ao público em geral.
Carmen Marta Lazo e José Antonio Gabelas Barroso são ambos Professores de Comunicação Audiovisual e Publicidade da Universidade de Zaragoza, Espanha, e membros do Grupo de Investigação em Educomunicação e estarão na Universidade do Minho no âmbito do Programa de Mobilidade Docente Erasmus.
A sessão realiza-se no âmbito do Seminário Permanente em Educação para os Media (CECS) e do Mestrado em Comunicação, Cidadania e Educação e é aberto ao público em geral.
Carmen Marta Lazo e José Antonio Gabelas Barroso são ambos Professores de Comunicação Audiovisual e Publicidade da Universidade de Zaragoza, Espanha, e membros do Grupo de Investigação em Educomunicação e estarão na Universidade do Minho no âmbito do Programa de Mobilidade Docente Erasmus.
segunda-feira, maio 21, 2012
UMinho 2012-2013: mestrado e doutoramento em Educação para os Media
Abre hoje a primeira fase das inscrições para o 2º Curso de Mestrado em Comunicação, Cidadania e Educação (Literacia para os Media) na Universidade do Minho um processo que culminará no arranque do ano lectivo de 2012-2013, no final de Setembro próximo. Podem candidatar-se licenciados em comunicação, em educação e noutras áreas afins das ciências sociais e humanas, interessados na capacitação para a animação de projectos focados nos media enquanto tema de estudo, recurso pedagógico e campo de intervenção e expressão.
O Edital do concurso pode ser consultado aqui e outras informações: aqui
No quadro seguinte pode ver-se o plano de estudos:
Também hoje abrem as inscrições para mais uma edição do curso de doutoramento em Ciências da Comunicação, que tem na Educação para os Media uma das áreas de especialidade. Os interessados neste campo de investigação poderão contar, além do programa normal de formação, com um seminário permanente de Educação para os Media, de periodicidade mensal e com vários projectos de investigação em curso, de âmbito nacional e internacional, inseridos no Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade.
Mais informações: aqui.
quinta-feira, maio 10, 2012
Morreu o pedagogo e comunicólogo Pierre Babin
Chega-nos a notícia da morte de Pierre Babin, ontem ocorida, em Lyon, França. O nome não dirá provavelmente muito a muitos leitores, a não ser a quem se interessou por um livro seu, não há muitos anos editado em Portugal - "Linguagem e Cultura dos Media" - que hoje se encontra esgotado e apenas disponível em algumas bibliotecas. No entanto, Babin é um nome de referência internacional, no cruzamento da comunicação com a educação.
Influenciado por autores aparentemente tão diferentes como C.G. Jung (psicanálise e cultura, antropologia do simbólico) ou por Marshal McLuhan, com quem trabalhou e publicou, Pierre Babin nasceu em França, em 1925, filho de comerciantes, numa família muito religiosa. Dessa fase guardou um "fascínio pelo sagrado", mas igualmente "o sentimento da opressão de uma moral que não se discute". Fez-se padre nos Oblatas, mas sempre com grandes inquietações e, em alguns momentos, bastantes dúvidas. Acabaria a trabalhar num colégio, na formação de adolescentes, em cujo meio foi amadurecendo a ideia de que era necessário educar de outro modo, tirando partido da energia, da sensibilidade e das potencialidades desta fase da vida. Sobretudo, vai-se tornando nítido, para ele, que, na educação em geral e na educação religiosa em particular, importa não partir da teologia ou do dogma, mas da vida dos educandos. A partir de finais dos anos 50, vai dar aulas e estudar para o Canadá e visita os Estados Unidos. Abre-se a uma perspetiva universalista que vai crescer à medida que as suas obras (inicialmente centradas na educação religiosa dos adolescentes) vão sendo conhecidas e traduzidas. Viaja por um grade número de países, entre os quais Portugal.
No seguimento da interpelação de um pastor suiço, que o alertou para o facto de, naqueles anos 60, as pessoas "falarem audiovisual", começa a desenvolver propostas nesse terreno. Propõe o método de animação de grupos que designou por "fotolinguagem", no âmbito do qual cada grupo recebe vinte fotos e é convidado, através do diálogo, a identificar um valor associado a cada uma delas.
A verdadeira "revolução coperniciana", no entanto, vai ser, para ele, o encontro com as ideias de propostas de McLuhan, que lhe dá a noção de que o audiovisual não é apenas uma outra linguagem, mas um outro modo de ser e de comunicar, uma nova cultura, no qual, a par da razão, se resgata a emoção, a afetividade, a subjetividade. Estas novas perspetivas desenvolvem-se a partir de um centro de formação internacional que criou em Lyon, o CREC-AVECX. O seu laboratório vai progressivamente apostar na noção de "group media" (em contraposição a mass media), ferramentas simples, facilmente acessíveis,construídas e multiplicadas (montagens, recortes, sons, diapositivos, pequenos filmes...), resultado de percursos pedagógicos que partem das experiências das pessoas, traduzidas/ilustradas em imagens e em sons, através da (e tendo como resultado) a palavra). Os seus livros, propondo ideias novas salientam-se sempre por serem fruto de experiências. Por alguma razão boa parte deles, a partir dos anos 70, são coletivos. Para ele é preciso sentir, para compreender. O sentido advém da sensação e da emoção, em situação de imersão. "A compreensão é fruto da distância que se estabelece depois da imersão", sublinha ele no livro "Novos modos de compreender", que assina com a psicóloga Marie-France Kouloumdjian.
Uma nota: a influência de Babin em Portugal poderia ser objeto de uma pesquisa. Bastará dizer que é desta escola que 'nascem' profissionais como o Cónego António Rego, o docente de cinema da UCatólica Carlos Capucho ou o jornalista da TSF Manuel Vilas Boas, que, após a sua estadia no CREC, em Lyon, ousaram lançar, em 1979, no serviço público o programa televisivo 70x7.
Influenciado por autores aparentemente tão diferentes como C.G. Jung (psicanálise e cultura, antropologia do simbólico) ou por Marshal McLuhan, com quem trabalhou e publicou, Pierre Babin nasceu em França, em 1925, filho de comerciantes, numa família muito religiosa. Dessa fase guardou um "fascínio pelo sagrado", mas igualmente "o sentimento da opressão de uma moral que não se discute". Fez-se padre nos Oblatas, mas sempre com grandes inquietações e, em alguns momentos, bastantes dúvidas. Acabaria a trabalhar num colégio, na formação de adolescentes, em cujo meio foi amadurecendo a ideia de que era necessário educar de outro modo, tirando partido da energia, da sensibilidade e das potencialidades desta fase da vida. Sobretudo, vai-se tornando nítido, para ele, que, na educação em geral e na educação religiosa em particular, importa não partir da teologia ou do dogma, mas da vida dos educandos. A partir de finais dos anos 50, vai dar aulas e estudar para o Canadá e visita os Estados Unidos. Abre-se a uma perspetiva universalista que vai crescer à medida que as suas obras (inicialmente centradas na educação religiosa dos adolescentes) vão sendo conhecidas e traduzidas. Viaja por um grade número de países, entre os quais Portugal.
No seguimento da interpelação de um pastor suiço, que o alertou para o facto de, naqueles anos 60, as pessoas "falarem audiovisual", começa a desenvolver propostas nesse terreno. Propõe o método de animação de grupos que designou por "fotolinguagem", no âmbito do qual cada grupo recebe vinte fotos e é convidado, através do diálogo, a identificar um valor associado a cada uma delas.
A verdadeira "revolução coperniciana", no entanto, vai ser, para ele, o encontro com as ideias de propostas de McLuhan, que lhe dá a noção de que o audiovisual não é apenas uma outra linguagem, mas um outro modo de ser e de comunicar, uma nova cultura, no qual, a par da razão, se resgata a emoção, a afetividade, a subjetividade. Estas novas perspetivas desenvolvem-se a partir de um centro de formação internacional que criou em Lyon, o CREC-AVECX. O seu laboratório vai progressivamente apostar na noção de "group media" (em contraposição a mass media), ferramentas simples, facilmente acessíveis,construídas e multiplicadas (montagens, recortes, sons, diapositivos, pequenos filmes...), resultado de percursos pedagógicos que partem das experiências das pessoas, traduzidas/ilustradas em imagens e em sons, através da (e tendo como resultado) a palavra). Os seus livros, propondo ideias novas salientam-se sempre por serem fruto de experiências. Por alguma razão boa parte deles, a partir dos anos 70, são coletivos. Para ele é preciso sentir, para compreender. O sentido advém da sensação e da emoção, em situação de imersão. "A compreensão é fruto da distância que se estabelece depois da imersão", sublinha ele no livro "Novos modos de compreender", que assina com a psicóloga Marie-France Kouloumdjian.
Uma nota: a influência de Babin em Portugal poderia ser objeto de uma pesquisa. Bastará dizer que é desta escola que 'nascem' profissionais como o Cónego António Rego, o docente de cinema da UCatólica Carlos Capucho ou o jornalista da TSF Manuel Vilas Boas, que, após a sua estadia no CREC, em Lyon, ousaram lançar, em 1979, no serviço público o programa televisivo 70x7.
quarta-feira, maio 02, 2012
Literacia mediática: exercício
Analisa atentamente este cartoon.
Possíveis vias para a análise:
- Autor: quem é, que faz, onde publica
- Contexto: país, situação presente
- Estilo gráfico
- Protagonistas: idades, relação entre eles
- Elementos simbólicos
- Conceitos e mensagem(s).
(Via: Luís António Santos)
Possíveis vias para a análise:
- Autor: quem é, que faz, onde publica
- Contexto: país, situação presente
- Estilo gráfico
- Protagonistas: idades, relação entre eles
- Elementos simbólicos
- Conceitos e mensagem(s).
(Via: Luís António Santos)
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segunda-feira, abril 23, 2012
quinta-feira, abril 19, 2012
Tese de doutoramento sobre Educação para os Media
“Concepções de literacia digital nas políticas públicas – estudo a partir do Plano Tecnológico da Educação” é o título da tese que Luís Miguel Pereira apresenta amanhã, dia 20, a partir das 14h30, na Universidade do Minho.
A arguência caberá aos Profs. António Dias Figueiredo, da Universidade de Coimbra, e Alfonso Gutiérrez Martin, da Universidade de Valladolid. Orientaram a investigação o autor deste post e a Prof. Sara Pereira.
Luís Pereira, que é investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UMinho, um dos autores deste blog e que foi bolseiro de doutoramento da FCT, estudou, no seu mestrado, a relação dos adolescentes com os jogos video, investiga, nesta nova etapa, de que modo a literacia digital aparece enunciada e representada no plano tecnológico da educação implementado pelo Governo anterior. A sua tese é, por outro lado, a primeira que adopta a Educação para os Media como campo de referência e de especialidade, na Universidade do Minho.
Eis um excerto do resumo do seu trabalho:
«Com o Plano Tecnológico da Educação, aprovado em 2007, o XVII Governo pretendia, em três anos, “colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados ao nível da modernização tecnológica do ensino”. No âmbito desta política pública, surgiu o Programa e.escola ao qual se juntou, mais tarde, a Iniciativa e.escolinha, tendo sido distribuídos com estas medidas cerca de 2 milhões de computadores portáteis, muitos deles com acesso a internet de banda larga.
Esta investigação propõe-se estudar o relevo da literacia digital, e o quadro conceptual que a sustenta, em políticas de implementação da tecnologia, procurando evidenciar uma tendência para reduzir a literacia para os ambientes digitais à sua componente técnica.(...)».
Continuar a ler: AQUI.
terça-feira, abril 17, 2012
Educação para os Media contra a "institucionalização da ignorância", defende Pacheco Pereira
O historiador José Pacheco Pereira defendeu ontem, em Coimbra, que a escola não deve apenas ensinar as crianças a ler, escrever e contar, mas também educá-las para os media, desde a pré-primária. Ao participar hoje, na Universidade de Coimbra, num seminário de doutoramento com a comunicação “Educação para os Media”, o orador realçou que, quando as crianças ingressam no ensino pré-primário, “já têm milhares de horas de televisão”, e que é preciso dar atenção a este fenómeno ainda relativamente recente. “A socialização das crianças é hoje feita muito fora da escola e fora da família”, frisou Pacheco Pereira, acrescentando que a televisão e os jogos de vídeo vêm assumindo muito dessa importante função. No entendimento de Pacheco Pereira, “a sua [das crianças] percepção do tempo e do espaço é moldada pelos media modernos”. Salientou que, na escola, também a criança “é cada vez mais atirada para a internet”, para recolher informação, sem ser ensinada sobre a forma como o deve fazer. Na perspectiva do orador, deve ser ensinado às crianças o modo de ver televisão, alertando que esta não é a realidade, mas “uma construção narrativa”, e de que, na internet, “há lixo e não lixo”, e que é preciso saber navegar com proveito. A não ser assim, cria-se “uma camada de gente analfabeta dos media, mesmo quando os utiliza extensivamente”, acentuou Pacheco Pereira.
O orador acrescentou que, sem essa educação para os media, haverá “uma maior institucionalização da ignorância, uma enorme dificuldade entre o saber e o palpite, uma perda muito significativa do papel da individualidade e da privacidade”. Haverá também – prosseguiu – “uma tendência para um relativismo cultural, em que tudo é igual, tem o mesmo valor”, seja uma canção da moda ou uma música clássica, um vídeo no “youtube” ou um filme de referência. “Tudo isto é o resultado de uma crise das mediações, que é um dos aspectos mais perniciosos do mundo contemporâneo. Ela manifesta-se com a crise da família, enquanto entidade mediadora da transmissão de conhecimentos e de socialização, da crise da escola, na crise das actividades profissionais que também deveriam ter esse papel de mediação, como o próprio jornalismo”, acentuou. Na sua comunicação, Pacheco Pereira expressou também uma visão crítica sobre os media, que diz serem, para “as grandes massas, mais factor de controlo e empobrecimento do que enriquecimento”, e de não se assumirem como inclusivos, mas “perpetuarem factores de exclusão previamente existentes”. (Lusa)
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segunda-feira, abril 16, 2012
Usar latas para descobrir a fotografia
Foi lançada em Lisboa a campanha "Latas na cidade", que tem por objetivo "divulgar a fotografia pinhole, um método muito diferente de fazer fotografias e aguçar a curiosidade das pessoas". A ideia foi desenvolvida por Magda Fernandes e José Domingos, responsáveis pelo ateliê Imagerie - Casa de Imagens, envolvendo a distribuição de 18 latas gigantes pela cidade, com um autocolante onde se pode ler: "Eu não sou uma lata, sou uma câmara fotográfica! Usa-me!"
"Queremos fazer com que as pessoas percebam que a fotografia pode ser uma coisa mais simples e ao mesmo tempo mais mágica, porque não é tecnológica. Uma câmara fotográfica pode ser uma coisa tão básica como uma lata e tem um tempo próprio, porque não tiramos uma fotografia e ela fica logo disponível, é preciso pensar mais e demorar mais tempo a fazer a fotografia e nós queríamos partilhar isso com as pessoas", referiu Magda em declarações à Lusa.
Segundo Magda Fernandes "as pessoas podem pegar na lata, levá-la com elas e fotografar onde quiserem. Depois de tirar a fotografia, podem deixá-la no mesmo sítio", uma vez que os responsáveis pelo projeto vão buscá-la.
O objetivo é terminar o projeto a 29 de abril, Dia Mundial da Fotografia Pinhole e se correr como esperado, com "quantidade e qualidade de fotografias suficiente", pode resultar numa exposição.
Na página do Facebook do projeto e na página da Internet do atelier, é possível ter acesso a um mapa de localização das latas, que vai sendo atualizado por Magda e José Domingos.
As máquinas fotográficas não querem que os autores das fotografias fiquem na incógnita e contêm autocolantes nos quais pode ficar registado o nome do "fotógrafo", contacto e título da peça.
Seminário sobre Alfabetização Mediática
Alfonso Gutiérrez Martín vai orientar um seminário sobre “Alfabetización Mediática. Educar en la Sociedad de la Información”, no quadro do Seminário Permanente de Educação para os Media do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho (UM) e do Mestrado em Comunicação, Cidadania e Educação (Departamento de Ciências da Comunicação).
Gutiérrez Martín é Professor de "Nuevas Tecnologías aplicadas a la Educación" no Departamento de Pedagogía, E.U. Magisterio de Segovia, Universidad de Valladolid, Espanha. Os seus trabalhos centram-se sobretudo nas relações entre novas tecnologias e educação, nomeadamente, televisão educativa, educação para os media, os novos recursos didáticos, educação multimédia, e implicações educativas das redes de comunicação.
Mais informação: aqui.
domingo, abril 08, 2012
Trabalhos de casa
O jornal Público de hoje traz um inquérito sobre a questão dos trabalhos que os alunos são convidados a realizar em casa, vulgo TPC. Sobre a matéria, como titula o diário, as opiniões dividem-se. Há quem se manifeste a favor dos TPC, mas sugerindo ser-se criativo na sua forma. Uma caixa inserida na peça jornalista coloca a questão: "Ver o telejornal pode ser um TPC?"
sábado, abril 07, 2012
Jornal na educação, no Brasil: "muito bacana"
Esta é uma entrevista com Cristiane Parente, Coordenadora Executiva do Programa Jornal e Educação da Associação Nacional de Jornais, do Brasil, dada ao jornal Folha da Região, de Araçatuba/SP, e transmitido pela Rádio Cultura FM 95,5 e pela TV local - Canal 21 NET. Uma oportnidade de reflectir sobre o lugar e o sentido do jornal na educação e para fazer uma ideia, ainda que sumária, da dimensão de projectos desta natureza no Brasil.
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quarta-feira, abril 04, 2012
Proibir publicidade para crianças?
A luta que a Associação Portuguesa de Direito do Consumo (APDC) e, particularmente, o Dr. Paulo Morais vêm travando, nos últimos tempos, fazendo lobby para que seja proibida a publicidade dirigida a crianças até 12 anos dá ênfase a uma matéria importante. Mas é, no meu modo de ver, bem o exemplo de como, no nosso país frequentemente se tenta resolver os problemas, transpondo-os para o terreno das leis e do Direito.
Devo dizer que tenho a maior consideração por Paulo Morais e que esta nota crítica nada mais pretende senão contribuir para um debate que julgo necessário, mas que está a ser mal conduzido e é mesmo susceptível de reforçar a situação em que nos encontramos, em vez de contribuir para a sua melhoria.
Em primeiro lugar, nós já temos um código da publicidade com matérias que vão de encontro a preocupações da APDC. Por exemplo, quando proíbe publicidade que:
"(...) encoraje comportamentos prejudiciais à saúde e segurança do consumidor, nomeadamente por deficiente informação acerca da perigosidade do produto ou da especial susceptibilidade da verificação de acidentes em resultado da utilização que lhe é própria". Preconiza, por outro lado que "a publicidade não deve comportar qualquer apresentação visual ou descrição de situações onde a segurança não seja respeitada, salvo justificação de ordem pedagógica". E explicita que o disposto nestes pontos deve ser particularmente acautelado no caso da publicidade especialmente dirigida a crianças (...)".
O mesmo Código cria uma barreira a anúncios que incitem "directamente os menores, explorando a sua inexperiência ou credulidade, a adquirir um determinado bem ou serviço" ou "a persuadirem os seus pais ou terceiros a comprarem
os produtos ou serviços em questão". Não podem, por outro lado "conter elementos susceptíveis de fazerem perigar a sua integridade física ou moral, designadamente pelo incitamento à violência" nem "explorar a confiança especial que os menores depositam nos seus pais, tutores ou professores".
No plano das leis, teríamos logo aqui todo um programa de acção que poderia levar a APDC a pressionar os anunciantes, as agências, os media e o regulador da comunicação social a serem estritos no cumprimento da lei. E já não faltaria que fazer.
Ao optar por uma medida radical - acabar pura e simplesmente com a publicidade para crianças a APDC define, a meu ver, um alvo errado. Desde logo, porque, num tempo de crise, de que os media se ressentem fortemente, é pouco provável que alguém com peso decisório (Governo, partidos...) assuma e 'compre' uma guerra com os media e com os grandes grupos que são os maiores anunciantes. Depois, porque este combate por uma causa inquestionavelmente generosa, parece esquecer que o panorama mediático se alterou radicalmente na última década e que a publicidade conhece hoje modalidades e segue caminhos que tornam utópico proibi-la a quem quer que seja ou proibi-la até uma certa idade deixando-a existir para idades subsequentes.
Se não fosse mais, eu tenderia a lamentar que, com base em preocupações que eu pessoalmente partilho, as energias que têm sido canalizadas para uma luta condenada ao insucesso, não sejam dirigidas para a reivindicação da formação de todas as crianças para atitudes e práticas críticas face à publicidade e face aos media através dos quais aquela circula.
Acabar com a publicidade na lei pode tranquilizar os pais e os educadores, mas não os responsabiliza naquilo que é fundamental: o seu papel e o seu dever de acompanhar, estar presentes, ajudar a ler o mundo, enfrentar as lógicas consumistas, resistir às estratégias do marketing, tirando até partido do engenho e da arte de que os publicitários inquestionavelmente dão mostras.
Exigir o escrupuloso cumprimento daquilo que a lei já preconiza relativamente à publicidade e investir seriamente numa literacia mediática e digital que não se reduza ao uso de tecnologias mas que seja uma educação para a compreensão do mundo, para a cidadania activa e crítica - eis o que é necessário e urgente. Mas também devo dizer que não me parece que seja nesse sentido que sopram hoje os ventos, entre nós. Por maioria de razão fazem falta, por isso, movimentos cívicos de alerta e de lobby. Desejavelmente com o contributo de instituições como a Associação Portuguesa de Direito do Consumo,cuja acção é sem dúvida fundamenta.
Devo dizer que tenho a maior consideração por Paulo Morais e que esta nota crítica nada mais pretende senão contribuir para um debate que julgo necessário, mas que está a ser mal conduzido e é mesmo susceptível de reforçar a situação em que nos encontramos, em vez de contribuir para a sua melhoria.
Em primeiro lugar, nós já temos um código da publicidade com matérias que vão de encontro a preocupações da APDC. Por exemplo, quando proíbe publicidade que:
"(...) encoraje comportamentos prejudiciais à saúde e segurança do consumidor, nomeadamente por deficiente informação acerca da perigosidade do produto ou da especial susceptibilidade da verificação de acidentes em resultado da utilização que lhe é própria". Preconiza, por outro lado que "a publicidade não deve comportar qualquer apresentação visual ou descrição de situações onde a segurança não seja respeitada, salvo justificação de ordem pedagógica". E explicita que o disposto nestes pontos deve ser particularmente acautelado no caso da publicidade especialmente dirigida a crianças (...)".
O mesmo Código cria uma barreira a anúncios que incitem "directamente os menores, explorando a sua inexperiência ou credulidade, a adquirir um determinado bem ou serviço" ou "a persuadirem os seus pais ou terceiros a comprarem
os produtos ou serviços em questão". Não podem, por outro lado "conter elementos susceptíveis de fazerem perigar a sua integridade física ou moral, designadamente pelo incitamento à violência" nem "explorar a confiança especial que os menores depositam nos seus pais, tutores ou professores".
No plano das leis, teríamos logo aqui todo um programa de acção que poderia levar a APDC a pressionar os anunciantes, as agências, os media e o regulador da comunicação social a serem estritos no cumprimento da lei. E já não faltaria que fazer.
Ao optar por uma medida radical - acabar pura e simplesmente com a publicidade para crianças a APDC define, a meu ver, um alvo errado. Desde logo, porque, num tempo de crise, de que os media se ressentem fortemente, é pouco provável que alguém com peso decisório (Governo, partidos...) assuma e 'compre' uma guerra com os media e com os grandes grupos que são os maiores anunciantes. Depois, porque este combate por uma causa inquestionavelmente generosa, parece esquecer que o panorama mediático se alterou radicalmente na última década e que a publicidade conhece hoje modalidades e segue caminhos que tornam utópico proibi-la a quem quer que seja ou proibi-la até uma certa idade deixando-a existir para idades subsequentes.
Se não fosse mais, eu tenderia a lamentar que, com base em preocupações que eu pessoalmente partilho, as energias que têm sido canalizadas para uma luta condenada ao insucesso, não sejam dirigidas para a reivindicação da formação de todas as crianças para atitudes e práticas críticas face à publicidade e face aos media através dos quais aquela circula.
Acabar com a publicidade na lei pode tranquilizar os pais e os educadores, mas não os responsabiliza naquilo que é fundamental: o seu papel e o seu dever de acompanhar, estar presentes, ajudar a ler o mundo, enfrentar as lógicas consumistas, resistir às estratégias do marketing, tirando até partido do engenho e da arte de que os publicitários inquestionavelmente dão mostras.
Exigir o escrupuloso cumprimento daquilo que a lei já preconiza relativamente à publicidade e investir seriamente numa literacia mediática e digital que não se reduza ao uso de tecnologias mas que seja uma educação para a compreensão do mundo, para a cidadania activa e crítica - eis o que é necessário e urgente. Mas também devo dizer que não me parece que seja nesse sentido que sopram hoje os ventos, entre nós. Por maioria de razão fazem falta, por isso, movimentos cívicos de alerta e de lobby. Desejavelmente com o contributo de instituições como a Associação Portuguesa de Direito do Consumo,cuja acção é sem dúvida fundamenta.
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"E se a publicidade a menores de 12 anos for proibida?"
A newsletter Meios & Publicidade, uma das mais relevantes fontes sobre os operadres de media no nosso país, publica hoje um texto cuja relevância para este espaço de educação para os media é evidente. Com a devida vénia, aqui o transcrevemos, remetendo para o respectivo site a consulta de outros materiais sobre o mesmo assunto:
Nas últimas semanas, a Associação Portuguesa de Direito do Consumo (APDC) tem intervindo em vários fóruns para pedir a proibição da publicidade dirigida a crianças até aos 12 anos. Acabar com “a publicidade dirigida a crianças seria uma medida de higienização social”, afirmou Paulo Morais, presidente da Comissão Criança & Consumo da APDC, considerando ainda que “os hábitos alimentares e a disciplina nas escolas seriam melhores”. O presidente da APDC, Mário Frota, também realçou que “o sobreendividamento é resultante, muitas vezes, de publicidade dirigida a menores, que são decisores, influenciam a família”. A luta da associação não acaba aqui. O presidente apontou para o exemplo dos países nórdicos e do projecto que estará a ser analisado em França para que crianças até 12 anos não sejam protagonistas de comunicação. Do lado do Governo já se sabe que prefere a actuação pedagógica a mudar leis. “Estamos num âmbito em que a proibição [da publicidade dirigida a menores] não será o factor mais adequado para prevenir problemas. A melhor forma vai no sentido de proporcionar pedagogicamente os instrumentos de autodefesa às crianças”, afirmou Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social no início deste mês. Mais restrições deverão vir do Parlamento. Em Março foram aprovadas as propostas do PSD, do PS e do PEV para limitar a publicidade a alimentos e bebidas de elevado teor em açúcar, gordura ou sódio, dirigidas ao target infantil. A questão baixou à Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação que deverá agora elaborar a proposta final.
“A APAN defende que a proibição da publicidade não é uma solução benéfica ou uma resposta adequada às necessidades dos mais novos. Acreditamos sim numa auto-regulação equilibrada e ajustada, e na sua monitorização atenta e rigorosa”, comentou ao M&P Manuela Botelho, secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes. A responsável relembra que a indústria alimentar está a mudar a forma como comunica com os menores de 12 anos. “Algumas empresas, inclusivamente, deixaram de fazer publicidade dirigida a este público. É importante destacar também que todas as empresas estão a ser monitorizadas por terceiros, com vista a medir o seu compromisso e a medir o impacto global destas mudanças”.
Também Sofia Barros, secretária-geral da APAP, refere que a associação das agências está contra, já que significaria colocar as crianças numa “redoma”. “As crianças têm que aprender. E aprender significa ter contacto. Têm que aprender o que são conteúdos, o que são fontes, o que são intenções. Porque à sua volta, o fluxo de informação é imparável, seja televisivo ou não.” Mesmo assim, Sofia Barros ressalva que esta posição não está relacionada com o investimento que o sector faz nas agências já que este “não desapareceria porque ou mudava de alvo (os pais em vez dos filhos) ou mudava de local (de mass media para, por exemplo, jogos, promoções e eventos)”.
(Crédito da imagem: UPC)
sexta-feira, março 30, 2012
Concurso "Como seria a vida sem os media?"
A propósito da jornada "Um dia com os media", que decorrerá um pouco por todo o país no próximo dia 3 de Maio, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Leitura, em colaboração com o Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS), associam-se a esta iniciativa convidando os alunos dos diferentes ciclos de ensino básico e secundário a responderem, através de um slogan, à questão Como seria a vida sem os media?
A ideia é "criar uma frase que represente a ideia de uma vida sem as tecnologias e aplicações de comunicação que não dispensam no seu dia a dia".
"Num período em que os meios de informação e comunicação, quer os mais tradicionais, quer os das últimas gerações tecnológicas, se tornaram omnipresentes na sociedade e multiplicaram exponencialmente a possibilidade de expressão dos cidadãos no espaço público é importante refletirmos sobre o papel que aqueles ocupam na construção de opiniões, crenças e do próprio quotidiano", sublinham os promotores, na apresentação da iniciativa.
Sob a forma de perguntas, procura-se motivar a participação no concurso deste modo:
"Conseguimos, hoje, imaginar a vida sem telemóvel, televisão ou computador? Uma vida onde não dispuséssemos de internet? Uma vida sem livros, jornais, revistas ou cinema? Uma vida onde não existisse consola de jogos, mp3, mp4, tablets, youtube, facebook ou outros dispositivos e redes de comunicação recentes? Como seria essa vida? Que sentido teria? Que sentimento nos provocaria?"
Até 30 de Abril, é feita a divulgação da iniciativa junto dos alunos; no dia 3 de Maio estes entregam as suas propostas de slogan nas respectivas escolas que escolhem até 11 o melhor de cada escalão, enviando esses resultados para os organizadores do concurso até 14 de Maio. O anúncio dos premiados ocorrerá no dia 1 de Junho.
Será atribuído, por níveis de ensino, um tablet ao autor do melhor slogan apresentado em cada um dos seguintes escalões:
As frases/ ideias premiadas servirão de slogan para campanhas semelhantes a realizar em 2013.
Mais informação: AQUI.
A ideia é "criar uma frase que represente a ideia de uma vida sem as tecnologias e aplicações de comunicação que não dispensam no seu dia a dia".
"Num período em que os meios de informação e comunicação, quer os mais tradicionais, quer os das últimas gerações tecnológicas, se tornaram omnipresentes na sociedade e multiplicaram exponencialmente a possibilidade de expressão dos cidadãos no espaço público é importante refletirmos sobre o papel que aqueles ocupam na construção de opiniões, crenças e do próprio quotidiano", sublinham os promotores, na apresentação da iniciativa.
Sob a forma de perguntas, procura-se motivar a participação no concurso deste modo:
"Conseguimos, hoje, imaginar a vida sem telemóvel, televisão ou computador? Uma vida onde não dispuséssemos de internet? Uma vida sem livros, jornais, revistas ou cinema? Uma vida onde não existisse consola de jogos, mp3, mp4, tablets, youtube, facebook ou outros dispositivos e redes de comunicação recentes? Como seria essa vida? Que sentido teria? Que sentimento nos provocaria?"
Até 30 de Abril, é feita a divulgação da iniciativa junto dos alunos; no dia 3 de Maio estes entregam as suas propostas de slogan nas respectivas escolas que escolhem até 11 o melhor de cada escalão, enviando esses resultados para os organizadores do concurso até 14 de Maio. O anúncio dos premiados ocorrerá no dia 1 de Junho.
Será atribuído, por níveis de ensino, um tablet ao autor do melhor slogan apresentado em cada um dos seguintes escalões:
- alunos dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico;
- alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário.
As frases/ ideias premiadas servirão de slogan para campanhas semelhantes a realizar em 2013.
Mais informação: AQUI.
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terça-feira, março 20, 2012
"Da Gazeta à Internet" - grande exposição em Paris
Acaba de abrir na Internet uma grande exposição da Biblioteca Nacional de França dedicada à História da Imprensa, a qual contou com a assessoria do CLEMI, Centre de Liaison de l'Enseignement et des Médias d'Information). Abre precisamente durante a Semana dos Media que as escolas daquele país estão a celebrar. A exposição "analógica" só aceitará visitantes a partir de 11 de Abril.
Henri Béraldi foi um crítico de arte francês que escreveu, num livro intitulado "Voyage d’un livre à travers la Bibliothèque Nationale", publicado em 1893, o seguinte: "Não querendo faltar ao respeito devido à Imprensa, é preciso dizer que o jornal é hoje uma praga para a Biblioteca e sê-lo-á ainda mais no futuro".
Beraldi queixava-se da quantidade de jornais que, de súbito, tinham começado a chegar às bibliotecas, sobretudo depois de, em 1891, ter entrado em vigor o regime do depósito legal.
Mais de um século depois, a mesma Biblioteca Nacional de França prepara-se para inaugurar uma grande exposição que vai irar partido precisamente das diversificadas e numerosas colecções de jornais e revistas que, deste modo, foram salvaguardadas e são hoje uma fonte importantíssima da memória colectiva.
A exposição, que abre no dia 11 de Abril e encerra a 15 de Julho, intitula-se "La Presse à la Une: De la Gazette à Internet" [A Imprensa na primeira página: da Gazeta á Internet"] e desdobra-se em quatro grandes vertentes: "Uma história da Imprensda em França", "O fabrico da informação", "Escrever o acontecimento" e "Desafios contemporâneos: imprensa e informação depois da revolução digital". Contou com o apoio do CLEMI (Centre de Liaison de l'Enseignement et des Médias d'Information) e da agência AFP.
Quem não puder passar por Paris no período de abertura, pode sempre consultar a riquíssima mostra que a Biblioteca Nacional de França colocou já online e que, só pelas imagens já vale a pena ser vista. Mas a consulta no no site vale muito mais do que isso porque o site acolhe muita outra informação relevante relacionada com o tema.
Na área da história dos media é, sem dúvida, um dos acontecimentos de 2012.
Para a consulta de um dossiê de apresentação, clicar AQUI.
quarta-feira, março 14, 2012
Imagens animadas: ateliers e conferências
No quadro da exposição patente no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, a Casa da Animação promove a partir deste domingo, um ciclo de colóquios subordinado ao tema "Território animação - Metodologias de iniciação á realização de imagens animadas".
Os colóquios ocorrerão nos dias 18 e 25 deste mês e no dia 15 de Abril, último dia da exposição, pondendo os horários e as condições ser consultados AQUI.
Entretanto, continuam abertas as inscrições para as oficinas sobre animação dirigidas a diferentes segmentos etários, desde os 4 anos. Depois da visita a uma zona de exposição "onde se apresentam os princípios e os fundamentos do movimento animado, usando como exemplo ilustrativo apenas material de produção de filmes de animação portugueses" e ver-se...excertos de filmes e materiais representativos de várias técnicas de animação". Os visitantes passam a uma segunda sala, onde podem "experimentar várias técnicas de animação: animação em areia, pixilação, animação de recortes, bem como participar em outras atividades, como a construção de fantoches, de sombras chinesas e de escrita de histórias em grupo".
Os colóquios ocorrerão nos dias 18 e 25 deste mês e no dia 15 de Abril, último dia da exposição, pondendo os horários e as condições ser consultados AQUI.
Entretanto, continuam abertas as inscrições para as oficinas sobre animação dirigidas a diferentes segmentos etários, desde os 4 anos. Depois da visita a uma zona de exposição "onde se apresentam os princípios e os fundamentos do movimento animado, usando como exemplo ilustrativo apenas material de produção de filmes de animação portugueses" e ver-se...excertos de filmes e materiais representativos de várias técnicas de animação". Os visitantes passam a uma segunda sala, onde podem "experimentar várias técnicas de animação: animação em areia, pixilação, animação de recortes, bem como participar em outras atividades, como a construção de fantoches, de sombras chinesas e de escrita de histórias em grupo".
terça-feira, março 06, 2012
Sobre a audição pública 'Crianças e Publicidade'
domingo, março 04, 2012
Audição Pública sobre Publicidade para o Público Infanto-juvenil
Realiza-se amanhã, na Universidade Lusófona do Porto, pelas 9.30h, uma audição pública que tem como tema de debate "Publicidade Infanto-juvenil: permitir, restringir ou proibir?".
Esta sessão acontece no seguimento de uma audiência pública que o Comité Económico e Social Europeu (CESE), órgão consultivo da União Europeia, organizou em Bruxelas em dezembro passado. Esta reunião foi o primeiro passo para a elaboração de um parecer que será apresentado à Comissão Europeia, a fim de discutir as orientações da publicidade para o público infanto-juvenil.
A reunião de amanhã, organizada pela Universidade Lusófona do Porto e pela APDC - Associação Portuguesa de Direito do Consumo, visa debater esta matéria, com especialistas na área, com o intuito de recolher contributos sobre o contexto português para o parecer europeu.
O programa pode ser consultado aqui.
Esta sessão acontece no seguimento de uma audiência pública que o Comité Económico e Social Europeu (CESE), órgão consultivo da União Europeia, organizou em Bruxelas em dezembro passado. Esta reunião foi o primeiro passo para a elaboração de um parecer que será apresentado à Comissão Europeia, a fim de discutir as orientações da publicidade para o público infanto-juvenil.
A reunião de amanhã, organizada pela Universidade Lusófona do Porto e pela APDC - Associação Portuguesa de Direito do Consumo, visa debater esta matéria, com especialistas na área, com o intuito de recolher contributos sobre o contexto português para o parecer europeu.
O programa pode ser consultado aqui.
quinta-feira, março 01, 2012
A propósito do seminário de amanhã, com José Manuel Pérez Tornero
Como preparação do encontro de amanhã, sugiro a entrevista que o investigador deu, no passado dia 22 de Fevereiro, ao programa 'La aventura del saber' do canal 2 da televisão pública espanhola, a RTVE. O director do Gabinete de Comunicação e Educação, da Universidade Autónoma de Barcelona, apresentou a Cátedra UNESCO - UNAOC MILID UNITWIN, a primeira rede internacional de universidades que vão trabalhar sobre literacia mediática e diálogo multicultural. Na entrevista, Pérez Tornero sublinhou a importância dos meios de comunicação como plataformas de entendimento e inclusão social e a necessidade de promover a alfabetização mediática nas comunidades actuais.
Para ver a entrevista, aqui.
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