domingo, agosto 30, 2009

O que pergunta Henry Jenkins

Num post de meados deste mês, Henry Jenkins divulga, no seu blog, o programa de uma matéria que vai leccionar e que abre com um conjunto de interrogações que bem poderiam ser retomadas noutras paragens e contextos (como o nosso, por exemplo):
  • What does it mean to be "literate" and how has this changed as a consequence of the introduction of new communication technologies?
  • What social skills and cultural competencies do young people need to acquire if they are going to be able to fully participate in the digital future?
  • What are the ethical choices young people face as participants in online communities and as producers of media?
  • What can Wikipedia and Facebook teach us about the future of democratic citizenship?
  • How effective is Youtube at promoting cultural diversity? What relationship exists between participatory culture and participatory democracy?
  • How is learning from a video game different than learning from a book?
  • What do we know about the work habits and learning skills of the generation that has grown up playing video games?
  • Who is being left behind in the digital era and what can we do about it? And how might research on pedagogy and learning contribute more generally to our understanding of media audiences?
Para conhecer o programa em pormenor, basta ir ao post New media literacies - a syllabus.

sábado, agosto 29, 2009

As crianças perante a publicidade


Na semana em que, no Brasil, 24 empresas dos ramos de alimentação e bebidas assinaram um acordo em que se comprometem a não direccionar anúncios para os mais pequenos, a revistapontocom dedica um dossier ao assunto da relação crianças - publicidade. Nele uma profissional da publicidade e uma académica e investigadora sobre o tema reflectem o assunto. Nele se dá igualmente conta de que o canal de cabo Cartoon Network lançou uma campanha dirigida ao seu público-alvo no âmbito da qual, e com base em desenhos animados do canal - os miúdos podem "criar o seu próprio storyboard, misturando as cenas já prontas e disponibilizadas. É possível acrescentar diálogos escritos e até mudar o tom da trama para humor, suspense ou acção", refere a revistapontocom.

sexta-feira, agosto 28, 2009

«Em louvor do Magalhães»

Alice Vieira escreveu no JN, no início deste mês, um texto cheio de ironia a que deu o título de Em louvor do Magalhães, do qual se transcrevem de seguida algumas passagens:
«... eu ainda não falei do Magalhães, e até me estou a sentir mal por isso, a senhora ministra até pode pensar que eu não gosto do Magalhães, que tenho qualquer coisa contra esta espécie de Tamagochi a que as crianças dão mais carinho do que aos velhotes lá de casa, o que até se percebe, no Magalhães está a salvação da pátria, e os velhotes só dão chatices, estão sempre a precisar de remédios, pingam do nariz, e não servem para nada.

«Pois hoje li num jornal (…) que as desigualdades educacionais se acentuavam cada vez mais porque nem todas as criancinhas tinham recebido os Magalhães a que tinham direito.

«O meu homem, que tem a mania de ler o que eu vou escrevendo, está para aqui a dizer que a educação não se mede em Magalhães, e que se os professores continuarem todos a ser obrigatoriamente transformados em burocratas, a preencher papelada e relatórios em vez de utilizarem esse tempo a ensinar os miúdos - não há Magalhães que valha a este país. E que se os miúdos não forem ensinados a raciocinar, a fazer uma pesquisa, a usar um texto como deve ser, a não se limitarem a copiar o que vêem no écran - o Magalhães não serve para nada.

«Não lhe dou ouvidos: se em tempos idos um Magalhães deu a volta ao Mundo, este vai dar a volta à cabeça de toda a gente. Que é exactamente o que se pretende.»
[Sugestão do texto de Sara Pereira]

quinta-feira, agosto 27, 2009

Desinformação e reconhecimento

Chasqui - Revista Latinoamericana de Comunicación publica este mês uma longa entrevista com o mexicano García Canclini, cuja leitura se sugere. Intitula-se "Desinformación y reconocimiento: Dos nuevas categorías en la sociedad actual". Trnascreve-se um pequeno trecho:

Se necesita una alfabetización digital, una alfabetización en medios, previa, a los docentes para luego hacer una alfabetización con los educandos y los ciudadanos?

El término alfabetización no me gusta mucho, porque sugiere una adquisición muy elemental de los lenguajes, sea escrito o audiovisual. Preferiría hablar de una educación audiovisual y digital. La experiencia que tenemos de unos 20 años con Internet y las computadoras que se han instalado en las escuelas, muestra que es muy difícil seguir un proceso por etapas.

De acuerdo con la educación tradicional, primero había que formar a los profesores para que ellos, luego, se preocuparan de transmitirlo a los educandos. Ahora ellos enseñan a los maestros. Lo que habría que hacer es que todos aprendan de manera simultánea. Esto no quiere decir que debamos olvidar que los maestros tienen una habilitación mayor a ciertos temas o a cierta capacitación para organizar lógicamente los contenidos de la educación, por su largo aprendizaje. Eso es una ventaja, pero hay que reconfigurarla en la nueva relación que establece el acceso diversificado a muchísimas ofertas culturales que vienen envasadas de esta manera en Internet.

quarta-feira, agosto 26, 2009

UE faz recomendação sobre literacia mediática

A Comissão Europeia acaba de fazer uma recomendação sobre literacia mediática, dirigida em particular aos Estados membros e à indústria dos media, no sentido de um maior desenvolvimento de iniciativas que considera decisivas quer do ponto de vista económico quer da experiência e consciência da cidadania.
A literacia mediática e digital é considerada um sector estratégico para que não cresça na União a marginalização de cidadãos, incapazes de tirar partido das novas plataformas e redes no seu dia a dia.
A recomendação aposta nas vertentes da integração da literacia mediática no currículo da escolaridade básica, na investigação, na informação e na co-regulação e da auto-regulação.
A Comissão Europeia entende por literacia mediática o conjunto de capacidades e competências das pessoas para, de uma forma permanente, aceder a, analisar e avaliar imagens, sons e textos, na medida em que têm cada vez mais de recorrer aos media tradicionais e recentes para comunicar e criar conteúdos.
Recorde-se que a Comissão lançou em 2008 um estudo à escala da União cujo objectivo é desenvolver critérios para a avaliação dos níveis de literacia mediática. E está previsto para 2011 um relatório que trace uma panorâmica dos níveis de literacia nos países da UE. Por outro lado, encontra-se aberto, no quadro do programa Media, uma convocatória de propostas de iniciativas de literacia cinematográfica e audiovisual (mais informações: aqui)

Para aceder ao texto da recomendação C(2009)6464 "on media literacy in the digital environment for a more competitive audiovisual and content industry and an inclusive knowledge society", data do passado dia 20:
- Em inglês
- Em francês

domingo, agosto 23, 2009

Acaba de sair, na revista Nómadas, da Colômbia, um texto de Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e um dos maiores especialistas de Educação para os Media da América Latina. O artigo intitula-se Caminos de la educomunicación: utopías, confrontaciones, reconocimientos.
O resumo (em Português do Brasil):
"O artigo assume a hipótese de que a educomunicação se consolida como campo de diálogo que mobiliza grandes estruturas. Identifica quatro movimentos que se articulam para garantir sua especificidade: a recepção qualificada, a educação popular, a articulação coletiva para a mudança social e, a partir dos últimos anos, o reconhecimento da educomunicação como direito de todos alcançado tanto mediante ações de um sem-número de organizações nãogovernamentais que a assumem como metodologia de ação, quanto mediante de planos globais de políticas públicas. Analisa, então, vários projetos no Brasil que tentaram transformar a escolarização mediante procedimentos próximos ao sentido dado ao conceito de educomunicação pelo movimento popular".

sexta-feira, agosto 21, 2009

Projecto Jovens Repórteres para o Ambiente - inscrições até 15 de Outubro



O Programa Jovens Repórteres para o Ambiente, destinado a estudantes do ensino secundário, pretende desenvolver várias competências nos jovens, relacionadas com o ambiente, mas também com a comunicação, investigação, jornalismo, línguas e tecnologias.

Para mais informações consultar a sintese do Projecto, no site da ABAE.