segunda-feira, dezembro 28, 2009

Programa sobre educação para os media na RTP2?

A RTP2 está, presentemente, a preparar um novo programa para tratar a questão dos media. "Será um programa não apenas de debate, mas terá um lado mais científico e académico, que passe por fazer também educação para os media". Quem o afirma é Jorge Wemans, director do segundo canal do operador público, em declarações recolhidas e publicadas há dias pelo Diáro de Notícias.
Wemans comentava, na ocasião, a notícia da decisão de dar por terminado o programa Clube de Jornalistas que constituía, desde 2005, o único espaço regular de debate de questões relacionadas com os media e o jornalismo.

Aulas online

100 Free Online Lectures that Will Make You a Better Teacher
(Via SoniaBertocchi@twitter)

terça-feira, dezembro 22, 2009

Fosso entre a cultura dos media e a cultura escolar

Kirsi Pohjola, da Universidade finlandesa de Kuopio, pede, no diário Helsingin Sanomat, uma melhor integração do quotidiano mediático das crianças na vida escolar:

"Un fossé s'est creusé entre la culture médiatique des jeunes et la pratique du texte linéaire de l'école. Il ne s'agit pas seulement d'un éloignement entre deux mondes textuels, mais aussi d'un fossé entre deux modes de vie. Dans le pire des cas, les élèves n'acquièrent pas des connaissances de façon naturelle, pour eux-mêmes et pour leur temps. Au contraire, en dehors de l'école, ils sont obligés de laisser de côté une grande partie de ce qu'ils y ont appris. Dans la vie professionnelle, on exige en revanche des fonctions appartenant typiquement à leur culture médiatique, comme de faire plusieurs choses simultanément, la capacité de passer rapidement d'un sujet à un autre, l'implication de soi et un comportement faisant appel aux affects. … Il n'est pas étonnant que les enfants soient attirés par les univers médiatiques : ils y sont acteurs, voire producteurs d'informations. L'univers de l'école est au contraire un monde où ils ont peu leur mot à dire."

Via: Eurotopics.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Educação para os media o que é?

"The purpose of media literacy education is to develop the habits of inquiry and skills of expression needed by critical thinkers, effective communicators, and active citizens in today's world."
NAMLE

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Formação de docentes em Educação para os Media

A revista Cuadernos de Información, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, publicou o artigo "Formación de docentes chilenos en educación en medios". A investigação de que o trabalho dá conta incidiu sobre os conhecimentos, atitudes, formação e prática relativa à Educação em Meios de Comunicação por parte de docentes chilenos de Língua Castelhana e de Comunicação. É feita uma proposta concreta de critérios que orientem a formação contínua de professores.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Be Web Aware


Be Web Aware é um programa educacional que promove, junto dos mais jovens, políticas de segurança na Internet. O projecto, dinamizado pelo grupo canadiano Media Awareness Network, trabalha desde 1996 na promoção da literacia mediática e digital, procurando que as crianças possam retirar benefícios do online, bem como sensibilizar os pais para conteúdos eventualmente perigosos que circulam pela Web.

Em termos gerais, a Be Web Aware actua preferencialmente no contexto escolar, através de um conjunto de medidas que vão desde a criação de um comité tecnológico em cada escola no Canadá, até à organização de uma semana dedicada à Internet. O projecto pretende implementar ainda um site animado pelos estudantes e um workshop virtual sobre literacia digital.

As actividades da Be Web Aware não se esgotam, contudo, ao âmbito escolar, dispondo, igualmente, de parcerias nacionais e internacionais, como é o caso da Girl Guides of Canada, uma organização que procura fomentar a participação feminina na sociedade daquele país.

O Media Awarness Network (MNet), a entidade que está por trás de todo o projecto, é uma organização sem fins lucrativos que tem apostado no desenvolvimento de programas de literacia mediática e digital. A equipa, sediada em Otawa, reúne investigadores das áreas da educação, jornalismo, comunicação de massas e políticas cuturais.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Perez Tornero sobre a Alfabetização Mediática

Eis o vídeo da intervenção de Jose Manuel Perez-Tornero, da Universidade Autónoma de Barcelona, na introdução ao primeiro painel da III Conferencia Internacional EAVI, realizada recentemente no edifício do Senado, em Madrid:

sábado, dezembro 05, 2009

Os alunos e a experiência de escrever

Como é que os mais novos lidam com a experiência da escrita? Essa competência está a progredir ou a regredir? Normalmente, referimo-nos mais à leitura e conhecemos pior aquela vertente.
No Reino Unido acaba de ser divulgado um estudo. realizado junto de 3001 alunos dos 9 aos 16 anos da Inglaterra e da Escócia precisamente sobre esta matéria, o qual tem o interesse acrescido de relacionar as práticas e preferências da escrita com o uso de novas tecnologias.

sexta-feira, dezembro 04, 2009



"Portugal tem de dedicar muito mais atenção à literacia" - esta é provavelmente a principal conclusão do relatório "A Dimensão Económica da Literacia em Portugal: uma análise", elaborado pela DataAngel Policy Research Incorporated para o Ministério da Educação e ontem apresentado em Lisboa.
"As análises do impacto da literacia no desempenho económico de Portugal durante os últimos 50 anos deixam poucas dúvidas de que o país pagou um preço significativo por não ter aumentado a oferta de competências de literacia ao dispor da economia", saleinta o documento.
Este estudo trabalha sobre uma definição de literacia como "a capacidade de utilizar informações a partir de suportes impressos para resolver problemas", sendo que "a economia da literacia tem que ver com o capital humano, definido como o conhecimento, as qualificações, as competências e as outras qualidades dos indivíduos susceptíveis de serem empregues no sistema produtivo (OCDE, 1998). As competências de literacia (...) têm sido consideradas, desde há muito, um dos elementos fundamentais do capital humano".
As conclusões deste relatório apontam para um conjunto de conclusões, referidas na +ágina 118 e seguintes, das quais se destacam as partes seguintes:

"Os adultos com baixas competências de literacia passam mais frequentemente por episódios de desemprego, recebem salários mais baixos, apresentam muito maiores probabilidades de serem pobres, têm uma saúde mais débil, socialmente são menos empenhados e têm um acesso menos frequente a oportunidades educativas do que os seus concidadãos com mais competências de literacia.
Portugal tem estado entre os países da Europa que apresenta menos avanços no que respeita ao aumento da oferta e da qualidade da educação pré-escolar, do ensino básico, do ensino secundário e do ensino superior. Como resultado desta situação, os níveis de literacia de adultos encontram-se entre os mais reduzidos da área da OCDE e Portugal tem as percentagens mais elevadas de adultos com baixas competências de todos os países europeus. Envolver 100% das crianças de quatro e cinco anos em actividades ricas em literacia no ensino pré-primário deve ser uma prioridade, reforçando significativamente a qualidade da educação básica, aferida
pelos valores médios da literacia dos estudantes em cada nível e pela proporção dos estudantes que concluem o ensino básico com baixas competências de literacia funcional. O Plano Nacional de Leitura de Portugal, analisado mais adiante, irá contribuir para a realização destes objectivos.
Todavia, confiar apenas em medidas dirigidas às crianças e aos jovens não vai precipitar melhorias suficientemente rápidas nas competências da força de trabalho. As taxas de natalidade portuguesas estão entre as mais reduzidas da Europa – facto que limita o seu impacto nas competências em geral. Alargar a participação em aulas de reforço de literacia de adultos e em programas do ensino secundário gerais e profissionais, especificamente concebidos para adultos com baixo nível de escolarização, torna-se urgente para ajudar a ultrapassar o sub-investimento. Os decisores políticos em Portugal estão cientes deste facto. Um pilar decisivo da estratégia do Governo para aumentar as competências da população activa é o desenvolvimento do programa Novas Oportunidades, que se destina a jovens em risco de abandonarem o sistema educativo e a adultos que necessitam de aumentar as suas competências. O reconhecimento, a validação e a certificação de aptidões e competências adquiridas será o novo ponto de partida para toda a educação e formação de adultos.
A análise sugere que são também urgentemente necessárias alterações políticas em outros dois domínios. Em primeiro lugar, é preciso tomar medidas para aumentar o nível da procura de competências de literacia em Portugal. O nível de exigência, em termos de literacia, do mercado de trabalho português está entre as mais baixas da Europa e, embora a situação esteja a melhorar, esse processo não está a ser tão rápido como em outros países. Alcançar a rápida difusão de TIC ao longo das cadeias de produção das empresas – necessária para fazer face aos aumentos de produtividade de concorrentes principais – depende de níveis superiores de literacia funcional. Em segundo lugar, é fundamental tomar medidas para melhorar a eficácia dos mercados portugueses de literacia. A análise dos dados (...) indica que o mercado de trabalho português apenas recompensa as competências de literacia nos níveis mais elevados, sendo este um indicador de ineficácia que reduz os incentivos a estudantes e trabalhadores para adquirirem e aplicarem as suas competências de literacia".

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Jornalismo escolar na Internet

CANELLA, R.; ALBARELLO, F.; TSUJI, T.: Periodismo escolar en internet: del aula al ciberespacio. Buenos Aires: La Crujía, 2008, 239 páginas.
A partir do trabalho apresentado neste livro, "más de 200 instituciones escolares iberoamericanas de diverso tipo publican sus periódicos en la red como parte de un proyecto educativo que busca actualizar su currículo de acuerdo a las nuevas exigencias que plantea la alfabetización digital, centrándose en un eje de construcción de valores para la creación de ciudadanía y participación para el siglo XXI. De este modo, miles de chicos comparten noticias y opiniones a través de la Red con un sentido comunitario anclado en la escuela, la cual además saca provecho de la propuesta para trabajar con sus alumnos la lectoescritura y así habilitarlos como productores competentes de información periodística".

terça-feira, dezembro 01, 2009

A família, a escola e a segurança online

O "Digital Literacy Report 2009", que acaba de ser publicado no Reino Unido (não o encontramos acessível na net) reforça a ideia de que os pais se sentem desguarnecidos no apoio a dar aos filhos quanto a questões de segurança na Internet e que esperam das escolas que façam esse trabalho.
Ler alguns textos publicados pelos media sobre o assunto:

sábado, novembro 28, 2009

Rede Distrital de Educação para os Media em Castelo Branco


Uma rede distrital de colaboração no âmbito de um Projecto Educação para os Média acaba de ser criada na região de Castelo Branco, envolvendo cerca de 40 professores de 20 escolas. Segundo o jornal Reconquista, a rede inclui um grupo de discussão que pretende potenciar a troca de ideias e estratégias para melhorar o jornal escolar em cada escola, bem como o debate sobre estratégias pedagógicas sobre Educação para os Media desenvolvidas com os alunos.
A iniciativa inscreve-se num projecto de investigação e intervenção liderado pelo Doutor Vítor Tomé e que tem como consultores nomes como Pier Cesare Rivoltella (Uni. Cat. Milão) e Évelyne Bévort (CLEMI - Centre de Liaison de l'Enseignement et des Moyens d'Information).
Mais informação: AQUI.

"Falta literacia", considera António Barreto

O sociólogo António Barreto dá uma entrevista ao 'i', na qual, além de falar da fundação que dirige, tece comentários sobre a sociedade portuguesa. A dado passo, Maria João Avilez, a entrevistadora, pergunta o seguinte:
Que mais falta [em Portugal]?

Falta literacia. Tínhamos há 30 anos a mesma taxa de analfabetismo que a Inglaterra de 1800. Em matéria de alfabetização havia 150 anos de atraso. Porque é que os portugueses não lêem jornais? A falta de hábito de ler os jornais é muito importante, porque o jornal é a fonte de informação que mais está virada para o raciocínio, o pensamento, a participação. Quem vê televisão está geralmente em posição passiva.

Mas hoje a imagem é rainha. O apetite por um jornal nunca igualará o da televisão...

Mas quem tem como informação exclusiva a televisão subordina o raciocínio, o pensamento, o estudo, o lápis que toma as notas, às emoções. É mais fácil ser livre e independente com um papel na frente do que diante de uma imagem que é fabricada com som e se dirige às emoções e aos sentimentos e não à razão - ou pouco à razão. Sou consumidor de televisão e da net, mas o que quero dizer é que, ao contrário de todos os países europeus, quando os portugueses começaram a aceder à escola e a aprender a ler, nos anos 50 e 60, já havia televisão. Não se fez o caminho que todos os outros países da Europa fizeram, que foi dois séculos a lerem jornais e só depois com uma passagem gradual para a rádio e para a televisão.
António Barreto toca num ponto sensível, ao reconhecer que há, em Portugal, um problema de literacia, mas o seu universo de referência é o de uma realidade que já não existe e provavelmente nunca mais existirá. Ainda assim, o interesse do comentário mantém-se. A dúvida está em saber se aquilo que o sociólogo encontra(va) no jornal (de papel) pode ser preenchido por outro tipo de relação com a informação e o conhecimento.

sexta-feira, novembro 27, 2009

quinta-feira, novembro 26, 2009

Algumas notas do último dia da III Conferência Internacional da EAVI

Termina hoje a III Conferência Internacional da European Association for Viewers Interests) que trouxe a Madrid a discussão sobre a participação cívica através dos meios de comunicação. Na parte da manhã, o debate foi dedicado ao tema "Educação para os Media", com a intervenção de um dos autores deste blogue, o professor Manuel Pinto, que sublinhou, entre outras ideias, a importância de olhar para os media como "um recurso educacional, uma matéria de estudo, um campo de participação e expressão".
O director do Centro Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, assinalou algumas áreas de trabalho da literacia mediática: a política dos diferentes estados; a ética: "a formação, que antes era apenas colocada aos jornalistas, está agora igualmente do lado do cidadão"; a participação crítica dos cidadãos nos media; a ecologia ou "a participação como qualidade de vida; e o mundo em redor: "é necessário ver outros mundos". O responsável do CECS alertou ainda para a possibilidade de a literacia mediática se constituir como um meio ou um fim em si mesmo e que a tecnologia é uma técnica mas também pode ser um problema social.
No mesmo painel, estiveram ainda Ulla Carlsson, da International Clearinghouse on Children, Youth and Media at Nordicom, da Universidade de Gotemburgo, Tapio Varis da Universidade de Tampere, na Finlândia, António Perez Sanz, director do Instituto espanhol de Tecnologias Educativas e José Fernández-Beaumont, da Fundacíon Telefónica.
Neste momento decorre o último painel "Um olhar sobre a Presidência espanhola da Comissão Europeia: as políticas de literacia mediática na Europa" com a intervenção de Alfonso Morales, conselheiro da Secretaria de Estado da Comunicação, do governo espanhol, que aborda a questão da banda larga, para o qual deveria ser "um bem público". A sessão terminará com o resumo das principais linhas de discussão da Conferência, com o professor José Manuel Pérez Tornero, da Universidade Autónoma de Barcelona e Paulo Celot, secretário geral da EAVI.

V Congresso Internacional da Educared


"Inovar na escola. Modelos, Experiências e Protagonistas da implementação das TIC" é o tema do V Congresso Internacional da Educared que se realiza desde hoje até ao próximo sábado, em Madrid. O evento discutirá, entre outros temas, a formação dos professores no contexto da educação para os media, as políticas educativas para a inovação e o papel das redes sociais na educação.

Para consultar mais informações sobre o programa, aqui.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Seminário «Os Provedores dos Media como Factores de Literacia dos Media» - U. Algarve, 26 Nov



Esta quinta-feira, dia 26, pelas 15:00, os provedores Paquete de Oliveira (Provedor do Telespectador na RTP), Adelino Gomes (Provedor do Ouvinte na RDP) e Joaquim Vieira (Provedor dos Leitores no jornal Público) participam num seminário subordinado ao tema Os Provedores dos Media como Factores de Literacia dos Media.

Mais informações sobre este seminário promovido por Vítor Reia-Baptista podem ser encontradas aqui.

terça-feira, novembro 24, 2009

III Conferência Internacional da EAVI


Começa amanhã e prolonga-se até quinta-feira a III Conferência Internacional da EAVI (European Association for Viewers Interest), no Palácio do Senado, em Madrid. A iniciativa tem como tema "A participação cívica através dos meios de comunicação" e assume-se como uma oportunidade de contribuir para a discussão sobre cidadania e literacia mediática na Europa.

Para a promoção do evento, o Gabinete de Comunicação e Educacão da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) lançou um vídeo sobre os objectivos do encontro, com alguns dos oradores convidados.

A EAVI conta com o apoio da Comissão Europeia, do Senado Espanhol, da Mentor Association e do Gabinete de Comunicação e Educação da UAB.

Para consultar o programa: aqui.

segunda-feira, novembro 23, 2009

"Canta e aprende sobre direitos de autor"


O grupo de investigação Media Education Lab, da Universidade de Temple, em Filadélfia, nos EUA, colocou dois vídeos musicais na Internet para promover uma maior compreensão sobre os direitos de autor, junto dos mais jovens. "Canta e aprende sobre os direitos de autor, a propriedade intelectual e o uso correcto dos vídeos musicais" é o lema que está por trás da inicativa que conta com os vídeos "User Rights, Section 107" e "Copyright, What's Copyright?". Utilizando músicas ritmadas, personagens que apelam ao imaginário infantil e elementos visuais atractivos, a equipa de investigação procura alertar os mais novos para as violações dos direitos de propriedade intelectual que são cometidos no MySpace, Youtube e noutras redes sociais.

O fundador da equipa ligada às temáticas da literacia mediática, Rennee Hobs, considera que
"a música torna a informação inesquecível. Os conceitos legais e abstractos podem ser expressos e recordados através dos sons e do humorismo visual. Estes vídeos musicais dão fundamentos para as pessoas pensarem criticamente sobre o uso dos direitos de autor".
O Media Education Lab completa assim um projecto de dois anos de investigação com o lançamento do "Copyright and fair Use Curriculum Guide", financiado pela John D. and Catherine T. MacArthur Foundation. No início deste mês a equipa já tinha apresentado o "Code of Best Practices in fair Use for Media Literacy", no Philadelphia's National Constitution Center.

domingo, novembro 22, 2009

Tese sobre publicidade televisiva a brinquedos

Realiza-se amanhã, segunda-feira, a prova de doutoramento em Ciências da Comunicação de Luísa Magalhães, cuja dissertação se intitula "A construção textual da proposta de jogo no spot publicitário televisivo de brinquedos para crianças".
Este evento científico terá lugar no salão de actos da actual Escola de Enfermagem da Universidade do Minho, na Avenida Central, nº 100 (ao lado da Igreja dos Congregados), no centro da cidade de Braga, a partir das 15 horas.
A Mestre Luísa Magalhães é actualmente docente do Curso de Ciências da Comunicação do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UM. A dissertação contou com a orientação científica da Doutora Antía López, Professora Titular da Universidade de Santiago de Compostela, e do Doutor Aníbal Alves, Professor Catedrático Aposentado da Universidade do Minho.

sexta-feira, novembro 20, 2009

A comunicação na Convenção sobre os Direitos da Criança

Completam-se hoje 20 anos sobre a aprovação pela Assembleia Geral da ONU da Convenção sobre os Direitos das Crianças, a qual inclui disposições relevantes para o âmbito dos direitos de participação e expressão, a saber:

Artigo 12.º
1. Os Estados Partes garantem à criança com capacidade de discernimento o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões que lhe respeitem, sendo devidamente tomadas em consideração as opiniões da criança, de acordo com a sua idade e maturidade.

2. Para este fim, é assegurada à criança a oportunidade de ser ouvida nos processos judiciais e administrativos que lhe respeitem, seja directamente, seja através de representante ou de organismo adequado, segundo as modalidades previstas pelas regras de processo da legislação nacional.
Artigo 13.º

1. A criança tem direito à liberdade de expressão. Este direito compreende a liberdade de procurar, receber e expandir informações e ideias de toda a espécie, sem considerações de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança.

2. O exercício deste direito só pode ser objecto de restrições previstas na lei e que sejam necessárias:

a) Ao respeito dos direitos e da reputação de outrem;

b) À salvaguarda da segurança nacional, da ordem pública, da saúde ou da moral públicas.
Artigo 17.º
Os Estados Partes reconhecem a importância da função exercida pelos órgãos de comunicação social e asseguram o acesso da criança à informação e a documentos provenientes de fontes nacionais e internacionais diversas, nomeadamente aqueles que visem promover o seu bem-estar social, espiritual e moral, assim como a sua saúde física e mental. Para esse efeito, os Estados Partes devem:

a) Encorajar os órgãos de comunicação social a difundir informação e documentos que revistam utilidade social e cultural para a criança e se enquadrem no espírito do artigo 29.º;

b) Encorajar a cooperação internacional tendente a produzir, trocar e difundir informação e documentos dessa natureza, provenientes de diferentes fontes culturais, nacionais e internacionais;

c) Encorajar a produção e a difusão de livros para crianças;

d) Encorajar os órgãos de comunicação social a ter particularmente em conta as necessidades linguísticas das crianças indígenas ou que pertençam a um grupo minoritário;

e) Favorecer a elaboração de princípios orientadores adequados à protecção da criança contra a informação e documentos prejudiciais ao seu bem-estar, nos termos do disposto nos artigos 13.º e 18.º

Num trabalho há perto de dez anos feito pelas Prof. Sara Pereira e Paula Cristina Martins e editado pelo Governo Civil de Braga, este texto foi adaptado a uma linguagem mais acessível aos mais pequenos e ficou assim fixado:

12. As crianças têm o direito de dar a sua opinião e de serem ouvidas, tendo em conta a sua idade, nas decisões que lhes digam respeito.

13. As crianças têm direito de dizer o que pensam e sentem, através da fala, da escrita ou de outro meio, desde que não prejudiquem os direitos das outras pessoas.

17. As crianças devem saber o que acontece no mundo. Por isso, os meios de comunicação social (a televisão, a rádio, os jornais e as revistas) devem informá-las sobre estes e outros assuntos do seu interesse.
Os adultos devem ajudá-las a compreender o que vêem, lêem e ouvem.

ERC aprova criação de dois canais infantis

O Conselho Regulador da ERC aprovou a criação de dois canais direccionados para os públicos infantis. A notícia vem no DN:
"Biggs será o novo canal infantil e prevê uma programação dedicada a crianças entre os oito e os 14 anos de idade. Este canal pretende ainda 'cobrir uma necessidade actual do mercado, dado que o canal Disney é mais vocacionado para o público feminino e os restantes canais infantis para estas idades possuem uma programação pouco diversificada'.
Este canal é detido pela DREAMIA - Serviços de Televisão, S.A., empresa que nasce de uma joint-venture entre a ZON e a Iberian Program Services. O canal será exibido na ZON TV Cabo.
O segundo canal dirigido ao público infantil cuja actividade foi aprovada pela ERC dá pelo nome de SIC K. Este será lançado pelo grupo Impresa e emitido pela operadora para a televisão da Portugal Telecom, o Meo, que terá o exclusivo durante os primeiros seis meses. O canal deverá começar a ser exibido em Dezembro e terá ainda uma componente dedicada aos adolescentes".
Ainda de acordo com a mesma notícia, a ERC aprovou também o canal Panda (e outros dois), os quais, "apesar de disponíveis em Portugal, estavam sob jurisdição de outro estado da União Europeia".

Os pais e a vida digital dos filhos

Henry Jenkins explica porque é que os pais precisam de se envolver e participar na 'vida digital' dos seus filhos e, também, dispor-se a aprender com eles:

quinta-feira, novembro 19, 2009

Licenciatura em ... Educomunicação...no Brasil

O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (Brasil) aprovou, nesta terça-feira, a criação de um curso de graduação de licenciatura em Educomunicação., o qual funcionará a partir de 2011 na Escola de Comunicações e Artes (ECA), com 30 vagas, no período noturno.
De acordo com uma informação veiculada pela Universidade, "a licenciatura destina-se a preparar profissionais para atender demandas provenientes do campo da educação formal (magistério) bem como da prática social, o que prevê o uso das tecnologias da informação e das linguagens da comunicação das artes em projectos voltados para a comunicação educativa. O profissional a ser formado encontrará espaço de actuação na docência, especialmente nos cursos profissionalizantes de nível médio voltados para a comunicação e as tecnologias da informação. Terá actuação, ainda, no desenvolvimento de projectos destinados a qualificar a expressão comunicativa da comunidade escolar, fazendo uso das linguagens da comunicação, das artes e das tecnologias da informação, tanto no ensino básico quanto no superior. No caso, o educomunicador desempenhará o papel de um assessor a serviço das secretarias de comunicação, das directorias de ensino e das próprias escolas. "
Este projecto tinha sido já aprovado na Escola de Comunicação e Artes em Maio passado e baseia-se num intenso e já prolongado trabalho científico, formativo e de intervenção, que vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de Comunicação e Educação, dirigido pelo Prof. Ismar de Oliveira Soares.

Mais informação: AQUI e AQUI.

quarta-feira, novembro 18, 2009

"As crianças e a Internet" - estudo em Portugal


Estão disponíveis online os resultados da primeira fase do estudo "Crianças e Internet: usos e representações. A família e a escola", incluindo os anexos.
O estudo foi realizado por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, coordenada pela investigadora Ana Nunes de Almeida, e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. A primeira fase, já terminada, consistiu num estudo extensivo dos usos e representações, através de um inquérito junto de uma amostra 3039 crianças dos 6 aos 17 anos de todo o país. A segunda, já em curso e com resultados previstos para 2010, continuará a dar voz às crianças, "mas agora também a pais e professores", através de entrevistas compreensivas.

Algumas notas, extraídas das reflexões finais do estudo:
"Os resultados do inquérito ilustram um quase universal acesso ao computador com ligação à internet. Contudo, apesar desta notável inovação que parece atingir largas franjas de população infantil, descobrem-se alguns sinais de diferença no interior da tendência marcante.
Na perspectiva das crianças, e apesar da presença e até por vezes abundância de equipamentos na escola (ex.: nº de computadores, nº computadores ligados à internet, existência de banda larga), os usos da internet no processo de ensino-aprendizagem ficam bem aquém do retrato desenhado pelas estatísticas oficiais ou pelos testemunhos recolhidos junto dos próprios dirigentes dos estabelecimentos de ensino. No campo educativo, as crianças dizem usar pouco a internet na sala de aula, na relação com a escola ou com os professores; muito raramente é introduzida no ensino de disciplinas curriculares que não as TIC ou a Área de Projecto. A internet é utilizada sobretudo como complemento ou enriquecimento de tarefas e de trabalhos escolares que, antes, se faziam sem ela (...)".

"A casa é, assim, um lugar estratégico de aprendizagens – onde a internet constitui não só um recurso educativo, mas também informativo, lúdico e comunicacional. A partir de casa a criança entra no espaço global, exercitando-se como indivíduo activo, decisor e investigador por conta própria, tirando partido e construindo o seu lugar na cultura de pares. Os contactos on-line vêm acrescentar-se, alargar (e não destruir ou empobrecer) as redes de sociabilidade pré-existentes. Diante do ecrã, explorando o mundo virtual, a criança reforça a sua autonomia face aos adultos. É muito expressiva a parcela de inquiridos que afirma ter aprendido a navegar “sozinho”; por outro lado, a esmagadora maioria das crianças declara ser a pessoa que mais a usa a internet em casa, como também se considera auto-suficiente na gestão dos seus canais de comunicação e informação, nas modalidades de descoberta e visita de páginas Web".

"Fora da escola continua a jogar-se muita da aquisição da literacia digital, dos seus usos mais sofisticados, gratificantes e multifacetados; e também a modernidade da condição infantil. Daí o facto de as formas mais persistentes de clivagem digital continuarem a actuar a partir de casa, distinguindo crianças escolarizadas, cujos pais são eles próprios consumidores intensivos destes bens e serviços, utilizadores profissionais e competentes de novas TIC, os quais as iniciam e acompanham no seu uso, das crianças com origens sociais desfavorecidas, residentes em áreas não-urbanas do País, cujos pais mais dificilmente suportam (ou compreendem) a relevância da compra do acesso doméstico à internet (a que se somarão as deficiências de cobertura dos serviços de acesso à internet por parte dos diversos operadores comerciais). E daí a urgência de a escola repensar o lugar e o estatuto da internet no sistema de ensino-aprendizagem, de modo a proporcionar a todas as crianças, no espaço escolar, os seus diversificados níveis de domínio. Como recorrentemente se afirma na literatura e os resultados deste trabalho parecem confirmar para o contexto escolar: “The locus of inequality is shifting
from technology access (haves and have-nots) to quality use (as assessed by time use, skills and range of on-line activities)” (Livingstone et. al: 2005)."

terça-feira, novembro 17, 2009

Apresentação "Como TVer": 20Nov | 6ª 21h30 | Fnac Braga


(clicar na imagem para aumentar)

O lançamento deste booklet será na Fnac de Braga já esta sexta-feria, dia 20, às 21:30h, e conta com a presença de Teresa Paixão, responsável pela programação para a infância da RTP.

Os seguidores deste blogue estão, desde já, convidados.

Como se faz um livro




A Porto Editora tem disponível um vídeo sobre o processo de construção de um livro. Para além da ideia incial, o estudo gráfico, a paginação, o vídeo apresenta também os passos já no bloco gráfico, a revelação, impressão e encadernação, e armazenamento.

O vídeo pode ser visto de forma seguida ou seleccionando cada uma das partes mencionadas. A ideia é, segundo o site, dar a conhecer o trabalho que envolve a edição de um livro:

"Quando se folheia um livro, é difícil imaginar todo o trabalho e todas as dezenas de pessoas encolvidas na sua criação."

Este é um exemplo interessante e que pode ser seguido pelos jornais, por um programa de televisão, ou de rádio. Para além de promover a Educação para os Media, é também uma forma de valorizar os próprios produtos.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Projecto "Ler em família"


O projecto “Já sei ler” coloca ao dispor das famílias matérias de apoio para o desenvolvimento de actividades que promovam a leitura e o gosto pelos livros, de acordo com informação veiculada pelo Ministério da Educação. Para tal, a escola é eleita enquanto moderadora privilegiada no processo de interacção com as famílias, sugerindo aos professores do 1.º ciclo o “recurso a estratégias que favoreçam a circulação dos livros da biblioteca escolar e dos próprios alunos".
(Continuar a ler)

domingo, novembro 15, 2009

Manifesto pela Criatividade e Colaboração No Uso da Web 2.0 nas Escolas Portuguesas


Está a ser preparado o “Manifesto pela Criatividade e Colaboração No Uso da Web 2.0 nas Escolas Portuguesas”. A ideia consiste na produção de um documento de referência para o uso criativo e colaborativo das ferramentas da Web 2.0, no contexto educativo real. O trabalho conta com a colaboração de investigadores, docentes do Ensino Básico, Secundário e Superior e outros agentes do sistema educativo português. Um dos objectivos da equipa visa a publicação do Manifesto em todas as escolas do país, em suporte papel e digital.

A ideia surgiu no curso CVAHist09 do Centro de Formação de Professores de Cascais e pretende ser o ponto de partida para uma criação de uma Wiki que permitirá a troca de ideias e projectos sobre o tema da educação para os media, por parte dos jovens. Por outro lado, o grupo pretende lançar as bases da criação de um Plano Nacional de Formação para Professores.

"TV com medida certa não faz mal a ninguém"

A citação é de Teresa Paixão, responsável pela programação para a infância da RTP, numa entrevista ao Jornal do Notícias do passado dia 15.

Teresa Paixão fala das apostas da RTP ao nível da TV para as crianças, refere alguns critérios presentes na escolha dos programas, mostra que a TV usada com 'peso e medida' pode ser positiva para as crianças e reconhece que é saudável que elas tenham outras actividades para fazer. Julgo que esta ideia ganha uma outra importância quando é proferida por quem é responsável, na TV pública, por programar para os mais novos. Mostra como a TV é encarada na vida das crianças, sendo certo que esta perspectiva influencia também a forma de pensar e fazer TV para a geração mais nova.

A entrevista pode ser lida em: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1414596

Teresa Paixão estará em Braga na próxima sexta-feira, dia 20, para o lançamento do booklet 'Como TVer' no Fórum-FNAC (BragaParque), pelas 21.30h.

sexta-feira, novembro 13, 2009

JN promove fórum Entre | Palavras

Até segunda-feira próxima, as escolas interessadas em participar na sexta edição do fórum pedagógico Entre | Palavras poderão apresentar a sua inscrição.
Esta iniciativa do Jornal de Notícias dirige-se aos alunos e professores do 3º ciclo do Ensino Básico (7º, 8º e 9º anos de escolaridade) e visa incentivar a leitura e o debate de ideias nos estabelecimentos de ensino, recorrendo a notícias do jornal diário sobre temas de actualidade. "Formar cidadãos mais esclarecidos e exigentes, capazes de ler o mundo em que vivem com conhecimentos mais aprofundados e capacidade de argumentação acima da média" é um objectivo central da iniciativa, conforme se pode ler num convite endereçado recentemente às escolas.
Os projectos poderão surgir dos departamentos de Português, Área de Projectos, Formação Cívica, Estudo Acompanhado ou outras disciplinas. Em cada escola, com base em materiais de apoio enviados pelo JN, cada escola participante organiza debates intra e inter-turmas e o vencedor disputa o debate ao nível distrital entre escolas apuradas. Lá para o final do ano lectivo, haverá a grande final, um Forum de leitura e Debate de Ideias, com a participação das duas melhores escolas por distrito. Os vencedores terão, como prémio, uma viagem ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo ou Bruxelas.
Mais informações: AQUI

quinta-feira, novembro 12, 2009

A TV faz mal aos miúdos? BBC responde

A TV faz mal aos miúdos? A pergunta é velha, quase tão velha como a própria televisão. Tem sentido continuar a fazê-la? Sim, enquanto a TV tiver a centralidade que continua a ter no dia-a-dia dos mais pequenos (e dos mais graúdos também). Sim, faz sentido, na medida em que ajudar a reflectir sobre hábitos e rotinas, sobre os pontos de vista das crianças e dos pais, sobre os estilos de vida que construímos e nos constroem. Sim, quando é também a própria televisão a fazê-lo, como aconteceu recentemente com a BBC, através do seu velhinho programa semanal Panorama. E ao fazê-lo e ao partilhar o programa, leva-nos, a nós próprios, a poder reflectir também. Até para colocar a pergunta: como se pode viver sem televisão nem outros ecrãs? Aqui:



(Fonte e enquadramento: AQUI)

quarta-feira, novembro 11, 2009

Desafios da geração do telemóvel

O número da revista Telos correspondente aos 25 anos de vida desta publicação científica, há dias apresentado, inclui um curto texto do sociólogo catalão Manuel Castells, intitulado "La apropiación de las tecnologías. La cultura juvenil en la era digital". Nele aborda o problema do fosso geracional, mas também o do gap educacional.

Dois ou três fragmentos:
"La condición de ‘nativos digitales' de los jóvenes de hoy les confiere una posición dominante frente a sus mayores. Su uso cotidiano de de los medios digitales de información y comunicación les ha permitido desarrollar nuevas formas de relación y construir sus propios espacios de autonomía colectiva. Las instituciones educativas deben afrontar ya el reto de adecuarse a la realidad de sus públicos para frenar ese desfase cultural-tecnológico que ya es un hecho."

"Observamos hasta qué punto la posesión de un móvil conectado es el bien más preciado, porque esa autonomía comunicativa les permite construir su propio mundo. De la misma forma, los espacios y redes sociales en Internet, ya sean MySpace, Facebook, YouTube, Flickr o Twitter, fueron originalmente desarrollados sobre la base del entusiasmo de los jóvenes por dichas formas de encuentro virtual y de expresión instantánea, sin mediación organizativa o institucional. Así ha surgido el universo de lo que hoy se denomina confusamente como social media, el objeto de deseo de una industria de los medios de comunicación a la deriva porque no sabe cómo situarse en el océano de la autocomunicación de masas".

"Las consecuencias sobre el aprendizaje y la innovación son aún inciertas. Pero lo que sí sabemos es que el actual sistema educativo, empezando por la Universidad, está en desfase cultural-tecnológico total con sus actuales usuarios. De ahí la necesidad de adecuar instituciones y normas a la cultura y tecnología de nuestro tiempo, so pena de aceptar un peligroso cisma entre nuestro mundo y el mundo de nuestros hijos. Un mundo que será el suyo dentro de algunos años".

segunda-feira, novembro 09, 2009

A Internet como “ambiente simbólico”


Clicar para ler ou aceder no original, Página 1 (2 Nov'09)

"Rua Sésamo" faz 40 anos nos EUA e 20 em Portugal


Faz amanhã 40 anos que foi emitido o primeiro episódio daquele que viria a tornar-se num dos mais famosos programas para a infância do mundo - o Sesame Street. Eleva-se a 125 o número de países que adquiriram à Children's Television Workshop os direitos para produzir ou co-produzir séries inspiradas na versão norte-amerciana. E é assim que o programa se diz, conforme as latitutes do mundo, de modos diversos, tais como: Sesame Tree, Jalan Sesama, Vila Sésamo, Galli Galli Sim Sim, Plaza Sésamo, Ulitsa Sezam,Sesamstraat,Hikayat Simsim, 5 Rue Sesame, Sesamstrasse,Rechov Sumsum, Shara’a Simsim, Barrio Sesamo, Alam Simsim.
Curiosamente, acaba também de se completar vinte anos sobre o início da versão portuguesa, co-produzida pela RTP, sob a orientação pedagógica de Maria Emília Brederode Santos. Uma geração de portugueses hoje com cerca de 30 anos fez a sua descoberta do mundo muito apoiada e inspirada por Rua Sésamo. E muitos hoje lamentam que o programa tenha deixado a programação, por razões que podem ser relevantes, mas que não deixam de ser discutíveis, num serviço público, mesmo tendo em conta o esforço feito pela RTP em torno da produção de algo que se lhe aparenta nos objectivos, o Jardim da Celeste.
A ideia de Rua Sésamo foi a de procurar oferecer a crianças em idade pré-escolar um currículo orientado para a aprendizagem lúdica de aspectos relacionados com a literacia básica, o bem estar, o apoio emocional, a exploração do mundo envolvente. Foi, de certo modo, a aposta possível numa vertente da televisão que não estivesse amarrada à mera lógica mercantil e consumista.
Um programa destes mereceria que os media virassem, por um momento, as suas atenções não apenas para aquilo que foi e o impacto que teve entre nós o programa Rua Sésamo, mas para a oferta televisiva que hoje existe para os mais pequenos, em especial os da faixa dos 2-3 aos 5-6 anos. Fora a RTP2, o panorama não parece ser brilhante.

domingo, novembro 08, 2009

Novo colaborador do Educomunicação

Este espaço passou a contar com a colaboração de Fábio Ribeiro, que é mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho e investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da mesma Universidade.
Fábio Ribeiro, a quem damos as boas-vindas, estuda aspectos relacionados com a participação dos cidadãos nos media.

sábado, novembro 07, 2009

Kids Voting USA ou uma forma de educação cívica


Kids Voting USA (KVUSA) é uma organização não governamental norte-americana sem fins lucrativos que se define pela intenção de "manter intacto o futuro da democracia", debatendo-se pelo despertar da consciência cívica e política nos jovens. A actividade do grupo estende-se por todos os 50 estados daquele país e estabelece uma rede nacional de colaboradores que promovem, em conjunto com as escolas, uma aprendizagem gradual sobre os princípios da democracia.

Desde o ensino primário até ao secundário, a KVUSA actua directamente nas salas de aula, sensibilizam o agregado familiar para estas questões e chegam mesmo a simular eleições, para desmistificar um pouco o acto e aproximá-los da realidade.

Com uma actividade que se iniciou em 1988, a organização espera que em 2016 o número de votantes entre os 18 e os 24 anos duplique, ao mesmo tempo que espera verificar um acréscimo significativo de jovens candidatos a cargos políticos.

Não sendo um exemplo de uma instituição que foca a sua atenção para a promoção de uma educação cívica para os media, uma vez que restringe o seu interesse apenas ao campo político, valerá a pena sublinhar este caso, sobretudo se especularmos sobre uma possível migração deste público participante da política para os media. Que efeitos terá uma maior consciência política? A intervenção nos media, por parte dos jovens, poderá beneficiar ou não de um aumento gradual no conhecimento do sistema democrático?

Para saber mais sobre a Kids Voting USA: aqui.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Semana da Literacia Mediática no Canadá


Decorre desde segunda e até sexta-feira, no Canadá, pelo quarto ano consecutivo, a Semana da Literacia Mediática. Trata-se de uma iniciativa do Media Awareness Network, uma organização de fins não lucrativos, que se especializou na intervençãoe formação em literacia digital, e da Federação Canadiana de Professores, que representa cerca de 200 mil docentes em todo o país. A empresa detentora do YouTube é uma das principais patrocinadoras da Semana.
O Canadá é um dos países com uma experiência mais longa e uma investigação mais aprofundada no terreno da Literacia mediática. De resto, o 'acquis' que se foi construindo está perfeitamente presente no quadro conceptual e orientador da semana.
Trata-se de uma perspectiva bastante próxima da que tem prevalecido em várias partes da Europa e complementa bem orientações que se têm salientado nos Estados Unidos, por exemplo. É o caso das que se associam a Henry Jenkins ou ao New Media Consortium:
"o conjunto de capacidades e competências relacionadas com a literacia sonora, visual e digital. Tais habilidades e competências incluem a capacidade de compreender o poder das imagens e dos sons, de reconhecer e usar esse poder, de tomar conta e transformar os media digitais, de os distribuir e facilmente os adaptar a novas formas".

Educação para os Media no programa do Governo

O Programa do XVIII Governo, que acaba de ser apresentado à Assembleia da República, inclui, ao que julgamos pela primeira vez em Portugal, a menção ao desenvolvimento da Educação para os Media.
É, porém, de notar que essa referência ocorre num ponto do capítulo dedicado ao "quadro dos incentivos à comunicação social" que passarão também, doravante, a ser concretizados "incentivando a participação dos meios de comunicação social na promoção de hábitos de leitura e no desenvolvimento da educação para os media".
Outra linha de incentivos passará pela "promoção de projectos que representem um efectivo acréscimo de valor social e cultural, incluindo o estímulo à criação de meios de comunicação social comunitários – não comerciais e com finalidade predominantemente social -, tendo em vista o aprofundamento do pluralismo e o reforço da integração de grupos minoritários ou com necessidades especiais".
Refira-se ainda que indirectamente a Educação para os Media surge também associada à televisão pública, já que essa é uma das atribuições que já se encontra plasmada no respectivo contrato de concessão e faz parte do programa do Governo este objectivo:
"Reforçar a legitimação social do serviço público, promovendo a adopção de práticas internas de estudo e reflexão que permitam o apuramento sistemático do cumprimento das exigências de qualidade e diversidade da programação e assegurar o pleno cumprimento das respectivas obrigações legais e contratuais".

terça-feira, novembro 03, 2009

Dar voz às crianças na rádio


Desde esta segunda-feira, a grelha de programas da Antena 1 conta com um novo programa, Portugal dos Pequeninos, onde são entrevistadas crianças dos 3 aos 12 anos.
"O objectivo é dar voz às crianças de Portugal (...) O que pensam sobre política, sobre ambiente, sobre a família. Com que olhos vêem a religião, a educação, o amor. "
Os programas "onde os miúdos são os protagonistas" ficam disponíveis no site da RTP e podem ser escutados na Antena 1 de 2ª a 6ª feira, às 17h56. A realização é de Sónia Morais Santos e a produção, de Joana Jorge.


segunda-feira, novembro 02, 2009

Crianças e (ecos nos) Media


Interessante reflexão sobre as crianças e a Educação para os Media de Sara Pereira, autora deste blogue, em entrevista à Revista Ginko, Saber Viver com os Media:

[A Educação para os Media] sem dúvida que tem papel fundamental na compreensão crítica que as crianças podem fazer das mensagens e dos objectivos da publicidade. No entanto, deve ser sobretudo um meio para prepará-las, mais do que propriamente para protegê-las. Proporciona instrumentos de leitura dos media que as tornam públicos/consumidores esclarecidos, mais exigentes e com capacidades de interrogar mensagens e conteúdos. Se as crianças tiverem oportunidade de desenvolver estas competências ficarão melhor preparadas para viver e conviver com os media em geral. Mais importante do que proibir, retirar ou restringir é educar. Esta é também uma forma de proteger.

Ainda sobre Sara Pereira, a propósito de uma intervenção no seminário «A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática: Contributos e responsabilidades - a mais valia da comunicação/informação», o JN dá destaque a um estudo que está a ser realizado na Universidade do Minho, sobre a presença das crianças na imprensa: Crianças em risco fazem vender muitos jornais:
De quase seis mil textos jornalísticos sobre crianças, publicados em 2008 em quatro jornais portugueses, 65% referiam-se a menores em risco. Conclusão: as crianças são "âncoras emotivas" que vendem muitos jornais.

sábado, outubro 31, 2009

Protecção das Crianças diante das Novas Tecnologias - Seminário de Investigadores

Realiza-se nos próximos dias 2 e 3 de Novembro, no Salão de Actos da Universidade CEU San Pablo, Madrid, um Seminário de Investigadores da União Europeia que visa pôr em comum as principais linhas de investigação sobre as audiências infantis de televisão e oferecer um Fórum para a reflexão sobre a protecção das crianças no novo ambiente mediático, assinalando o 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança.

O Seminário desenvolve-se no âmbito de um programa de actividades previstas no Proyecto Coordinado sobre Televisión e Infancia, PROCOTIN, subsidiado pela Comunidad de Madrid e no qual participam a Universidade San Pablo CEU, a UCM - Centro Universitário Villanueva, a Universidade Carlos III de Madrid, a Universidade Rey Juan Carlos e a UNED.

O programa pode ser consultado aqui: http://www.procotin.es/seminario/

quinta-feira, outubro 29, 2009

Mais conhecido = melhor = iliteracia

Os dados são divulgados na última edição da newsletter da Marktest: 26% dos portugueses tendem a concordar com a frase ‘Penso que as marcas conhecidas são melhores’.
De facto os resultados do estudo Target Group Index (TGI) da Marktest, relativos a Junho passado, indicam que 26% dos portugueses, ou seja, um em cada quatro, com idades entre os 15 e os 64 anos, residentes em Portugal Continental, tentem a concordar (Concordam totalmente/Concordam) com a afirmação 'Penso que as marcas conhecidas são melhores'. É verdade que é bastante superior (37%) a percentagem dos que tendem a discordar (Discordo/Discordo Totalmente) com aquela afirmação, mas isso não retira gravidade ao assunto, até porque, segundo a mesma fonte, a percentagem se tem mantido estável nos últimos anos.



Os indivíduos do sexo masculino e os segmentos mais idosos e mais jovens são aqueles que manifestam concordância mais elevada, enquanto que a variável região do país não regista variações significativas.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Seminário 'A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática'

Realiza-se amanhã, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, um Seminário dedicado ao tema «A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática: Contributos e responsabilidades - a mais valia da comunicação/informação».
Este encontro pretende juntar à mesma mesa jornalistas, especialistas ligados às crianças em áreas como a protecção social, a justiça e a psicologia e estudiosos da relação das crianças com os media para debater questões e problemáticas ligadas à infância na óptica dos órgãos de comunicação social.

O Seminário é organizado pela Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), em parceria com o Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS), o Sindicato dos Jornalistas (SJ). A organização destaca a intenção de “potenciar o papel informativo e reflexivo dos órgãos de comunicação social na construção social da realidade referente à protecção das crianças e jovens, em particular as que se encontram em risco ou perigo, e à promoção dos seus direitos".

O programa pode ser consultado aqui: http://www.cnpcjr.pt/tpl_intro_destaque.asp?2707

Entrada livre.

Congresso de Educação para os Media/Literacia dos Media - Bellaria

O Congresso realizado em Bellaria (Itália), realizado na semana passada, foi fértil em discussão sobre conceptualização das Literacias e Educação para os Media e sobre pressupostos da sua implementação no terreno.

A apresentação mais interessante foi a de David Buckingham (em breve colocarei aqui o resumo das principais ideias), mas houve outras que segui com muito proveito pessoal.

No slideshare, estão disponíveis duas apresentações, a de Pier Cesare Rivoltella (keynote speaker) e de Pierre Frastrez (intervenção feita num workshop) e podem ser vistas no final desta mensagem.

Neste congresso, estive na companhia dos profs do Departamento de Comunicação da Universidade do Minho Sara Pereira e Nelson Zagalo (que escreveu aqui algumas notas sobre este encontro).



quinta-feira, outubro 22, 2009

Prémio internacional em Educação para os Media

Três investigadores do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UMinho recebem hoje o Evens Prize for Intercultural Education 2009 - Media Education, em Bellaria,Itália, numa cerimónia que terá lugar durante o 2º Congresso Europeu de Educação para os Media.

A candidatura apresentada pelo CECS (com equipa constituída pelos investigadores Sara Pereira, coordenadora, Luís Pereira e Manuel Pinto) traduziu-se num projecto intitulado Media Education in Booklets: Learning, Knowing and Acting. O prémio é atribuído pela Evens Foundation, da Bélgica, e tem o alto patrocínio da Comissária Europeia para a Informação, a Sociedade e os Media, Viviane Reding. Visa "realçar a importância da Educação para os Media e promover o desenvolvimento de propostas sustentáveis neste âmbito, dirigidas a crianças na Europa".

O projecto do CECS foi submetido a 15 de Janeiro deste ano, tendo passado pelo 'crivo' de várias selecções intermédias e a visita à Universidade do Minho de um elemento do júri e coordenador de projecto da Evans Foundation. Consiste na produção de três livrinhos que incluem trabalho de criação gráfica de personagens e que visam sugerir a pais e educadores indicações úteis sobre como lidar com os media, no dia a dia, tendo por base investigações feitas no âmbito do CECS. O primeiro booklet, pronto para difusão, incide sobre a TV, seguindo-se outros dois sobre jogos véideo e Internet e redes sociais.

quarta-feira, outubro 21, 2009

Nos bastidores do Telejornal

O mais antigo programa da televisão pública portuguesa completou 50 anos neste domingo, dia 18. A Universidade do Minho e a RTP associaram-se numa conferência evocativa da data. Entretanto, aproveitando um Telejornal especial comemorativo, o jornalista Vasco Trigo filmou, com um telemóvel, os bastidores desse programa. É a sugestão de ver o resultado, que aqui deixo.

terça-feira, outubro 13, 2009

Novo número da revista Comunicar













Acaba de ser lançado o nº 33 da Comunicar, uma revista científica editada pelo grupo Comunicar de Huelva, Espanha, que dedica este número à temática 'Nuevas formas de comunicación: cibermedios y médios móviles". O índice pode ser consultado aqui:
http://www.revistacomunicar.com/index.php?contenido=revista&numero=actual

segunda-feira, outubro 12, 2009

Queremos outra vida, precisamos de outra política!

"Queremos outra vida, precisamos de outra política" é um texto cuja reflexão é feita a partir da realidade da sociedade brasileira mas que ajuda a pensar a vida que temos e a vida que queremos, a política que temos e a política que precisamos, independentemente do sítio onde nos encontramos. Pode ser consultado no blogue http://outrapolitica.wordpress.com/manifesto/.

Para criar interesse, ficam dois excertos:

" Uma política para outra vida precisa falar de conhecimento e cultura livres, questionando o absurdo que é continuar cobrando por música e literatura, antes caros porque circulavam em livros, discos e fitas, mas que agora podem ser compartilhados, quase sem custos, entre aqueles com acesso a rede de computadores. Por causa de um modelo de remuneração viciado e anacrônico (direitos autorais patrimoniais e patentes), a maioria da população continua sem acesso ao saber, enquanto, contraditoriamente, computadores possibilitam a conexão da humanidade em uma rede global, gerando novas capacidades produtivas e criativas que não são plenamente aproveitadas. É esse o modelo que nos mantém como espectadores passivos da televisão, quando poderíamos, através da digitalização, criar e difundir nossas idéias, imagens, pensamentos e sentimentos."

"Trata-se de transitarmos da economia do stress – do consumo, do quantitativo, do desempenho, da coisificação dos seres humanos, em síntese, do capitalismo neoliberal globalizado – para a economia da qualidade de vida e do tempo livre – fora do lazer induzido pelo consumo – do lúdico, do erótico, da espiritualidade, da criatividade, da possibilidade permanente de auto-desenvolvimento, que só atingirá seu propósito se for uma economia capaz de eliminar a miséria e a dominação das elites, viabilizando tanto o cuidado com a natureza e com a vida, quanto o acesso ilimitado ao conhecimento e à cultura."

sábado, outubro 10, 2009

"One Laptop Per Child "


Para o país do Magalhães, pode ter interese consultar o livro recente livro colectivo Plan Ceibal participado por um bom número de autores a convite de Roberto Balaguer, um dos líderes do projecto OLPC One Laptop Per Child no Uruguai.
Eis o índice do livro:

1. Roberto Balaguer (Uruguay) “Plan Ceibal: Los ojos del mundo en el primer modelo OLPC a escala nacional”.

2. Fernando Garrido (España) “¿Otra vez el mismo error? OLPC, Determinismo Tecnológico y Educación”.

3. Edgar Gómez Cruz (México) “Domesticación de la Tecnología: una aproximación crítica al proyecto de OLPC”.

4. Tíscar Lara (España) “Aprender a ser ciudadano desde las prácticas digitales”.

5. Guillermo Lutzky (Argentina) “La Escuela Digital, un cambio obligatorio para los modelos 1 a 1”.

6. Mónica Baez-Graciela Rabajoli (Uruguay) “La escuela extendida. Impacto del Modelo CEIBAL”.

7. Alicia Kachinovsky (Uruguay) “La Universidad de la República en tiempos del Plan Ceibal”.

8. Octavio Islas (México) “Retos que representa la enseñanza en el imaginario de la “Generación Einstein”.

9. Cristóbal Cobo (México) “Aprendizaje de código abierto”.

10. Raúl Trejo Delarbre (México) “Un niño para cada laptop”.

11. John Moravec (EEUU) “¿Y ahora, qué?”.

12. Miguel Brechner (Uruguay) “Los Tres Si”.

[Via: TIC, Educação e Web, de Jorge Borges]

sexta-feira, outubro 09, 2009

Participação e literacia digital

Acaba de sair na Futurelab, no Reino Unido: Digital participation, digital literacy, and school subjects - A review of the policies, literature and evidence.

Refere, nas conclusões:
A series of conceptual and pedagogical models has emerged from recent research which aim to support the development of digital literacy and young people’s
participation in the classroom. These models suggest that the development of
learners’ digital literacy requires them to define a task or question, access information which will help to complete this task or answer the question, understand and analyse this information, recontextualise it and relate it to other knowledge, in order to create an answer to the question and communicate the results. At all stages of the process, young people need to reflect critically upon what they have been doing, as well as deciding what sort of digital or non-digital tools are
appropriate to the task.

domingo, outubro 04, 2009

Na morte de Mercedes Sosa, "Gracias a la vida"

Sobre os prémios que recebeu, disse:
"Estes prémios não me são atribuídos porque canto, mas porque penso. Penso nos sers humanos e na injustiça. Penso que se não pensasse, o meu destino não teria sido o mesmo".
É dela a conhecida "Gracias a la vida que me ha dado tanto".

Registo

O documento, do Governo do Reino Unido, já é de 2001, mas fica para registo:
MEDIA LITERACY STATEMENT
A general statement of policy by the Department for Culture, Media and Sport on Media Literacy and Critical Viewing Skills.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Relatório sobre adolescentes e redes sociais



Mais de 80 por cento de adolescentes e jovens espanhóis entre os 11 e os 20 anos usam alguma das redes sociais (especialmente o Facebook e Tuenti), mas apenas 40 por cento dos respectivos pais sabe que eles têm uma conta naquelas plataformas. O dado consta de um relatório que a Fundação Pfizer acaba de publicar, intitulado "La Juventud y las Redes Sociales en Internet”.
O inquérito de que o relatório dá conta, efectuado junto de uma amostra de mil indivíduos, sugere que anda pelos 385 a percentagem dos pais que mantêm algum tipo de supervisão dos movimentos e práticas dos filhos nesta matéria. E, no entanto, muitos deles publicam informação pessoal sobre a idade, o lugar de residência, vídeos e imagens. A par do facebook e do Tuenti, o messenger e o YouTube são também muito populares.
Mudando, talvez, o Tuenti para o Hi5, será muito diferente o panorama em Portugal?

quinta-feira, outubro 01, 2009

Nativos, excluídos, imigrantes e colonos digitais

Que vengan los nativos digitales, diz Alejandro Piscitelliem entrevista à revista mexicana Etcétera:

"Pero quién es un nativo digital? En principio, alguien que nació después de 1980, de 1990, en la era de las computadoras personales, pero más todavía en la era de las redes, con lo cual esto le da un sesgo generacional porque hay muchísima gente que nació después de 1990 y son excluidos digitales, por ejemplo. ¿Quiénes son éstos? Los jóvenes que no tienen acceso a la tecnología por muchos motivos, fundamentalmente el socioeconómico, pero también pueden ser motivos culturales o vocacionales; hay gente que sigue muy pegada al mundo analógico, ellos se autoexcluyen. ¿Y quiénes sí son nativos digitales en esta especie de tabla de doble entrada donde hay cuatro o cinco categorizaciones? Son no solamente quienes nacieron hace 20 ó 15 años, sino los que se apropiaron de la tecnología, pero no en el sentido espontáneo, sino aquellos que realmente le sacan jugo y la usan en una forma mucho más creativa y emergen nuevas posibilidades de pensamiento, de acción y de involucramiento. Y aún así nos quedan otras categorías; por ejemplo los inmigrantes digitales, quienes nacimos mucho antes de los 80, pero que no tenemos ni acceso ni facilidad ni interés ni capacidad de usar las tecnologías. Y otra categoría somos los que nacimos antes de los 80, pero que sí podemos usar las tecnologías; le podemos llamar colonos digitales a esos. Entonces ya tenemos cuatro categorías y esto sólo contemplaría a la mitad de la población mundial. Hay otra mitad que no tiene acceso a Internet, son los pobres del mundo. Si lo ves en esta ecología de categorías a mí me parece más interesante."

quarta-feira, setembro 30, 2009

Literacia mediática: conceitos e horizontes

Media Literacy:
«Just as we are taught to read and write, we need to understand how the various types of media work and how to critically evaluate their content. With the developments in Information and Communication Technologies, the media environment has been changing rapidly. Media play an increasingly important role in our everyday life. They allow us to participate in democratic and cultural life. This is why the European Commission has issued guidelines for this skill, referred to as "Media Literacy".»
Factsheet 73, 29.9.2009
Europe's Information Society: Thematic Portal

Multiliteracies, by TMD

The New London Group (1996) [in in the Harvard Educational Review] introduced the term “multiliteracies” with a view to accounting not only for the cultural and linguistic diversity of increasingly globalized societies and the plurality of texts that are exchanged in this context, but for the “burgeoning variety of text forms associated with information and multimedia technologies” (p. 60). Distinguishing multiliteracies from what they term “mere literacy” (a focus on letters), the group calls for attendance to broad forms of representation, as well as to the value of these forms of representation in different cultural contexts. (...)

sábado, setembro 26, 2009

"Jornal e escola: tudo o que você sempre quis saber"

Jornal e escola: tudo o que você sempre quis saber é o título de um trabalho de Marcus Tavares publicado no número mais recente da revistapontocom.
Uma pesquisa realizada no ano passado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) em sete capitais brasileiras destaca que o uso do jornal na sala de aula "traz mais benefícios ao sucesso escolar do que se imagina. Melhora nos hábitos de leitura, concentração e disciplina são alguns dos pontos positivos. "
Esta é uma das ideias fortes da entrevista que a peça inclui com Cristiane Parente, coordenadora executiva do Programa Jornal e Educação da ANJ. Leitura integral: AQUI.

quarta-feira, setembro 16, 2009

RTP2 programa informação para os mais novos

Volta ao Mundo em 5′ é o título de programa de informação dirigido aos mais novos, que a nova grelha da RTP2 incluirá nestes próximos meses. A notícia foi dada ontem pelos responsáveis do canal e constitui resposta a uma das críticas que foi recentemente feita ao canal, num estudo sobre a programação para os mais pequenos feito pela Universidade do Minho.
"Sob o lema Usar bem a Língua Portuguesa a estação - refere o site Meios & Publicidade - organizou toda a programação infantil para o último trimestre deste ano, com aposta na produção nacional. O concurso Fala-Escreve-Acerta-Ganha, 40 novos episódios da série Ilha das Cores, Volta ao Mundo em 5′ (programa de notícias), Vamos Ouvir (13 contos originais narrados por actores), as séries de animação Ema e Gui e a Gombby são alguns dos programas".

domingo, setembro 13, 2009

«SMS e boas leituras»

Texto de Ricardo Castanheira (Microsoft Portugal) no Jornal OJE:
As novas tecnologias fizeram surgir uma “nova literacia”, evidentemente digital, que traz consigo o aumento de produção cultural e literária, sendo que os jovens têm a capacidade de distinguir os contextos e o inerente grau de exigência.

sábado, setembro 12, 2009

Digital natives: A lost tribe?

Interessante seminário sobre Jovens e Internet, agendado para o dia 24 de Novembro. Desde logo pelo título: Digital natives: A lost tribe?, mas também pelo nome que dois dos intervenientes (que por si já constituem motivo de interesse) deram às suas intervenções:
  • Enabling media literacy for ‘digital natives’ – a contradiction in terms? - Sonia Livingstone
  • Talking about their generation: constructions of the digital learner - David Buckingham
Pena ser em Londres (New Academic Building, LSE).

Ainda o Magalhães

Medina Carreira, entrevistado por José Carlos Carvalho para a Visão desta semana...
No seu tempo, em que a escola era tão "boa", havia 30 ou 40% de analfabetos. Hoje não há uma criança que não saiba aceder à internet. Não acha que melhorámos?
Se a criança souber ler, escrever, ler, contar, pensar, expor, tudo bem. O Magalhães vai morrer por si próprio. As crianças escangalham aquilo tudo rapidamente ou vendem-no na Feira da Ladra...

Mas os paradigmas do conhecimento mudaram, em relação ao seu tempo. É melhor ter computador do que não ter...
Sim, mas as coisas têm o seu tempo. Eu prefiro que eles estudem a tabuada.

«Web 2.0 nuevas formas de aprender y participar»













"Web 2.0 nuevas formas de aprender y participar"
é o nome de um novo livro que resulta do contributo de vários autores, entre os quais se encontra o de Sonia Livingstone.
Há mais informações sobre o livro no blogue de Tíscar Lara, uma das autoras, que participa com o capítulo Alfabetización digital desde el pensamiento crítico.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Obama fala aos estudantes

Amanhã, terça, ao meio dia nos EUA (meio da tarde em Portugal) o presidente fala em directo aos estudantes. A mensagem é, ao que foi dado saber, um apelo ao trabalho diligente e ao investimento e participação no processo de aprendizagem.

domingo, agosto 30, 2009

O que pergunta Henry Jenkins

Num post de meados deste mês, Henry Jenkins divulga, no seu blog, o programa de uma matéria que vai leccionar e que abre com um conjunto de interrogações que bem poderiam ser retomadas noutras paragens e contextos (como o nosso, por exemplo):
  • What does it mean to be "literate" and how has this changed as a consequence of the introduction of new communication technologies?
  • What social skills and cultural competencies do young people need to acquire if they are going to be able to fully participate in the digital future?
  • What are the ethical choices young people face as participants in online communities and as producers of media?
  • What can Wikipedia and Facebook teach us about the future of democratic citizenship?
  • How effective is Youtube at promoting cultural diversity? What relationship exists between participatory culture and participatory democracy?
  • How is learning from a video game different than learning from a book?
  • What do we know about the work habits and learning skills of the generation that has grown up playing video games?
  • Who is being left behind in the digital era and what can we do about it? And how might research on pedagogy and learning contribute more generally to our understanding of media audiences?
Para conhecer o programa em pormenor, basta ir ao post New media literacies - a syllabus.