De interesse talvez marginal para este blogue, mas pareceu-me importante partilhar o excerto que se segue. Da autoria de Tony Judt, historiador britânico e professor da Universidade de Nova Iorque, faz parte de um ensaio sobre o esquecimento nas sociedades modernas, em particular sobre o esquartejamento do passado, que serve de introdução a um dos seus mais recentes livros.
A maior parte das pessoas fora da África subsaariana tem acesso a informação quase infinita. Contudo, na ausência de uma cultura comum para além de uma pequena elite (e por vezes nem mesmo aí), a informação específica e as ideias que as pessoas escolhem ou encontram são determinadas por uma multiplicidade de gostos, afinidades e interesses. À medida que os anos passam, cada um de nós tem menos em comum com os mundos rapidamente multiplicáveis dos nossos contemporâneos, para não falar do mundo dos nossos antepassados."
Tony Judt, Reappraisals: Reflections on the Forgotten Twentieth Century, Vintage Books, 2008.
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