Durante a iniciativa Os Dias do Desenvolvimento, foi apresentada a Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED), tendo sido também subscrito, por várias entidades, o Plano de Acção para os próximos cinco anos. Das várias personalidades que participaram na Conferência de apresentação da ENED, destaco a intervenção do Secretário de Estado Adjunto e da Educação que abordou a importância do plano de acção da ENDE e que declarou a intenção de reforçar, nos planos curriculares dos vários graus de ensino, diversos níveis de ‘Educação para…’, a saber: Educação para a Paz, Educação para os Direitos Humanos, Educação para o Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável, Educação para a Interculturalidade, Educação para a Igualdade de Género e Educação Global. Aguardei, em vão, a evocação da Educação para os Media. Apesar de ter sido reconhecido o papel dos media “na construção de uma cidadania exigente e participativa” e “na promoção de relações de cooperação internacional e de um desenvolvimento melhor e mais inclusivo”, e apesar também do importante papel de acção e de participação atribuído aos cidadãos, a educação para os media, que pretende formar para um uso crítico e esclarecido dos meios de comunicação, ficou fora da agenda.
Pergunto: sendo os media olhados como “um elemento-chave na construção das imagens do Outro e na percepção sobre os problemas do desenvolvimento”, como se pode pensar uma estratégia de educação para o desenvolvimento sem se considerar a importância de capacitar os cidadãos para lidarem de forma crítica e esclarecida com os media?
Um apontamento mais: a Conferência de apresentação da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento, prevista para as 10h, começou pelas 10.30h, um atraso registado na maior parte das Conferências. Serão estes atrasos uma boa estratégia (e um bom exemplo) para o desenvolvimento nacional?
domingo, abril 25, 2010
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