"Nos meus mais de 15 anos de ligação à área da segurança na Internet, vi um monte de programas destinados a ensinar as crianças a usar a Internet com segurança, mas muitos perderam essa característica, porque muitas vezes encaram as crianças como vítimas, ou pelo menos como consumidores passivos, ao invés de as tomarem como participantes na nossa cultura digital. Acontece que, neste mundo da Web 2.0, as crianças não são apenas consumidores dos media; elas estão a criá-los e abraçaram conjuntamente os media sociais como parte das suas vidas. Não se põem online, estão on-line - seja num PC, num dispositivo móvel, numa consola de jogos, ou no que vier a seguir".
Uma das questões que aqui emerge é a de saber se basta (e até se é eficaz) um trabalho na área da literacia digital que se paute meramente pela perspectiva informativa e securitário-preventiva. A ideia que transparece deste excerto - de crianças permanentemente conectadas e criadoras - corre o risco de ser, também ela, pouco realista. Mas alerta para um modo de olhar que pode fazer toda a diferença. Questões como a responsabilidade, a ética, o respeito pelos direitos e dignidade dos outros (e nossa) - em suma, a aprendizagem da cidadania digital é indissociável da literacia.
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