segunda-feira, novembro 09, 2009

"Rua Sésamo" faz 40 anos nos EUA e 20 em Portugal


Faz amanhã 40 anos que foi emitido o primeiro episódio daquele que viria a tornar-se num dos mais famosos programas para a infância do mundo - o Sesame Street. Eleva-se a 125 o número de países que adquiriram à Children's Television Workshop os direitos para produzir ou co-produzir séries inspiradas na versão norte-amerciana. E é assim que o programa se diz, conforme as latitutes do mundo, de modos diversos, tais como: Sesame Tree, Jalan Sesama, Vila Sésamo, Galli Galli Sim Sim, Plaza Sésamo, Ulitsa Sezam,Sesamstraat,Hikayat Simsim, 5 Rue Sesame, Sesamstrasse,Rechov Sumsum, Shara’a Simsim, Barrio Sesamo, Alam Simsim.
Curiosamente, acaba também de se completar vinte anos sobre o início da versão portuguesa, co-produzida pela RTP, sob a orientação pedagógica de Maria Emília Brederode Santos. Uma geração de portugueses hoje com cerca de 30 anos fez a sua descoberta do mundo muito apoiada e inspirada por Rua Sésamo. E muitos hoje lamentam que o programa tenha deixado a programação, por razões que podem ser relevantes, mas que não deixam de ser discutíveis, num serviço público, mesmo tendo em conta o esforço feito pela RTP em torno da produção de algo que se lhe aparenta nos objectivos, o Jardim da Celeste.
A ideia de Rua Sésamo foi a de procurar oferecer a crianças em idade pré-escolar um currículo orientado para a aprendizagem lúdica de aspectos relacionados com a literacia básica, o bem estar, o apoio emocional, a exploração do mundo envolvente. Foi, de certo modo, a aposta possível numa vertente da televisão que não estivesse amarrada à mera lógica mercantil e consumista.
Um programa destes mereceria que os media virassem, por um momento, as suas atenções não apenas para aquilo que foi e o impacto que teve entre nós o programa Rua Sésamo, mas para a oferta televisiva que hoje existe para os mais pequenos, em especial os da faixa dos 2-3 aos 5-6 anos. Fora a RTP2, o panorama não parece ser brilhante.

Sem comentários: