segunda-feira, dezembro 28, 2009
Programa sobre educação para os media na RTP2?
Wemans comentava, na ocasião, a notícia da decisão de dar por terminado o programa Clube de Jornalistas que constituía, desde 2005, o único espaço regular de debate de questões relacionadas com os media e o jornalismo.
Aulas online
(Via SoniaBertocchi@twitter)
terça-feira, dezembro 22, 2009
Fosso entre a cultura dos media e a cultura escolar
"Un fossé s'est creusé entre la culture médiatique des jeunes et la pratique du texte linéaire de l'école. Il ne s'agit pas seulement d'un éloignement entre deux mondes textuels, mais aussi d'un fossé entre deux modes de vie. Dans le pire des cas, les élèves n'acquièrent pas des connaissances de façon naturelle, pour eux-mêmes et pour leur temps. Au contraire, en dehors de l'école, ils sont obligés de laisser de côté une grande partie de ce qu'ils y ont appris. Dans la vie professionnelle, on exige en revanche des fonctions appartenant typiquement à leur culture médiatique, comme de faire plusieurs choses simultanément, la capacité de passer rapidement d'un sujet à un autre, l'implication de soi et un comportement faisant appel aux affects. … Il n'est pas étonnant que les enfants soient attirés par les univers médiatiques : ils y sont acteurs, voire producteurs d'informations. L'univers de l'école est au contraire un monde où ils ont peu leur mot à dire."
Via: Eurotopics.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Educação para os media o que é?
NAMLE
domingo, dezembro 20, 2009
Registo
- Digital literacy practices among youth populations:A review of the literature By Barbara Blummer
- Paradoxical Paradigm: Multimodality Literacy, by Liz Hood
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Formação de docentes em Educação para os Media
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Be Web Aware
Be Web Aware é um programa educacional que promove, junto dos mais jovens, políticas de segurança na Internet. O projecto, dinamizado pelo grupo canadiano Media Awareness Network, trabalha desde 1996 na promoção da literacia mediática e digital, procurando que as crianças possam retirar benefícios do online, bem como sensibilizar os pais para conteúdos eventualmente perigosos que circulam pela Web.
Em termos gerais, a Be Web Aware actua preferencialmente no contexto escolar, através de um conjunto de medidas que vão desde a criação de um comité tecnológico em cada escola no Canadá, até à organização de uma semana dedicada à Internet. O projecto pretende implementar ainda um site animado pelos estudantes e um workshop virtual sobre literacia digital.
As actividades da Be Web Aware não se esgotam, contudo, ao âmbito escolar, dispondo, igualmente, de parcerias nacionais e internacionais, como é o caso da Girl Guides of Canada, uma organização que procura fomentar a participação feminina na sociedade daquele país.
O Media Awarness Network (MNet), a entidade que está por trás de todo o projecto, é uma organização sem fins lucrativos que tem apostado no desenvolvimento de programas de literacia mediática e digital. A equipa, sediada em Otawa, reúne investigadores das áreas da educação, jornalismo, comunicação de massas e políticas cuturais.
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Perez Tornero sobre a Alfabetização Mediática
sábado, dezembro 05, 2009
Os alunos e a experiência de escrever
No Reino Unido acaba de ser divulgado um estudo. realizado junto de 3001 alunos dos 9 aos 16 anos da Inglaterra e da Escócia precisamente sobre esta matéria, o qual tem o interesse acrescido de relacionar as práticas e preferências da escrita com o uso de novas tecnologias.
- - Clicar para ler uma síntese do estudo
- - Clicar para ler o relatório completo.
sexta-feira, dezembro 04, 2009
"Portugal tem de dedicar muito mais atenção à literacia" - esta é provavelmente a principal conclusão do relatório "A Dimensão Económica da Literacia em Portugal: uma análise", elaborado pela DataAngel Policy Research Incorporated para o Ministério da Educação e ontem apresentado em Lisboa.
"As análises do impacto da literacia no desempenho económico de Portugal durante os últimos 50 anos deixam poucas dúvidas de que o país pagou um preço significativo por não ter aumentado a oferta de competências de literacia ao dispor da economia", saleinta o documento.
Este estudo trabalha sobre uma definição de literacia como "a capacidade de utilizar informações a partir de suportes impressos para resolver problemas", sendo que "a economia da literacia tem que ver com o capital humano, definido como o conhecimento, as qualificações, as competências e as outras qualidades dos indivíduos susceptíveis de serem empregues no sistema produtivo (OCDE, 1998). As competências de literacia (...) têm sido consideradas, desde há muito, um dos elementos fundamentais do capital humano".
As conclusões deste relatório apontam para um conjunto de conclusões, referidas na +ágina 118 e seguintes, das quais se destacam as partes seguintes:
"Os adultos com baixas competências de literacia passam mais frequentemente por episódios de desemprego, recebem salários mais baixos, apresentam muito maiores probabilidades de serem pobres, têm uma saúde mais débil, socialmente são menos empenhados e têm um acesso menos frequente a oportunidades educativas do que os seus concidadãos com mais competências de literacia.
Portugal tem estado entre os países da Europa que apresenta menos avanços no que respeita ao aumento da oferta e da qualidade da educação pré-escolar, do ensino básico, do ensino secundário e do ensino superior. Como resultado desta situação, os níveis de literacia de adultos encontram-se entre os mais reduzidos da área da OCDE e Portugal tem as percentagens mais elevadas de adultos com baixas competências de todos os países europeus. Envolver 100% das crianças de quatro e cinco anos em actividades ricas em literacia no ensino pré-primário deve ser uma prioridade, reforçando significativamente a qualidade da educação básica, aferida
pelos valores médios da literacia dos estudantes em cada nível e pela proporção dos estudantes que concluem o ensino básico com baixas competências de literacia funcional. O Plano Nacional de Leitura de Portugal, analisado mais adiante, irá contribuir para a realização destes objectivos.
Todavia, confiar apenas em medidas dirigidas às crianças e aos jovens não vai precipitar melhorias suficientemente rápidas nas competências da força de trabalho. As taxas de natalidade portuguesas estão entre as mais reduzidas da Europa – facto que limita o seu impacto nas competências em geral. Alargar a participação em aulas de reforço de literacia de adultos e em programas do ensino secundário gerais e profissionais, especificamente concebidos para adultos com baixo nível de escolarização, torna-se urgente para ajudar a ultrapassar o sub-investimento. Os decisores políticos em Portugal estão cientes deste facto. Um pilar decisivo da estratégia do Governo para aumentar as competências da população activa é o desenvolvimento do programa Novas Oportunidades, que se destina a jovens em risco de abandonarem o sistema educativo e a adultos que necessitam de aumentar as suas competências. O reconhecimento, a validação e a certificação de aptidões e competências adquiridas será o novo ponto de partida para toda a educação e formação de adultos.
A análise sugere que são também urgentemente necessárias alterações políticas em outros dois domínios. Em primeiro lugar, é preciso tomar medidas para aumentar o nível da procura de competências de literacia em Portugal. O nível de exigência, em termos de literacia, do mercado de trabalho português está entre as mais baixas da Europa e, embora a situação esteja a melhorar, esse processo não está a ser tão rápido como em outros países. Alcançar a rápida difusão de TIC ao longo das cadeias de produção das empresas – necessária para fazer face aos aumentos de produtividade de concorrentes principais – depende de níveis superiores de literacia funcional. Em segundo lugar, é fundamental tomar medidas para melhorar a eficácia dos mercados portugueses de literacia. A análise dos dados (...) indica que o mercado de trabalho português apenas recompensa as competências de literacia nos níveis mais elevados, sendo este um indicador de ineficácia que reduz os incentivos a estudantes e trabalhadores para adquirirem e aplicarem as suas competências de literacia".
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Jornalismo escolar na Internet
A partir do trabalho apresentado neste livro, "más de 200 instituciones escolares iberoamericanas de diverso tipo publican sus periódicos en la red como parte de un proyecto educativo que busca actualizar su currículo de acuerdo a las nuevas exigencias que plantea la alfabetización digital, centrándose en un eje de construcción de valores para la creación de ciudadanía y participación para el siglo XXI. De este modo, miles de chicos comparten noticias y opiniones a través de la Red con un sentido comunitario anclado en la escuela, la cual además saca provecho de la propuesta para trabajar con sus alumnos la lectoescritura y así habilitarlos como productores competentes de información periodística".
terça-feira, dezembro 01, 2009
A família, a escola e a segurança online
Ler alguns textos publicados pelos media sobre o assunto:
- Telegraph: Seven in 10 parents demand compulsory online privacy lessons to be introduced as part of the national curriculum for under 16s, according to a YouGov survey.
- The Guardian: How to be a good cyber-parent - Parents are anxious about what their children are doing online, and unsure what to do, a survey suggests. So can schools help?
- London Evening Standard: Call for schools to teach online protection
sábado, novembro 28, 2009
Rede Distrital de Educação para os Media em Castelo Branco
Uma rede distrital de colaboração no âmbito de um Projecto Educação para os Média acaba de ser criada na região de Castelo Branco, envolvendo cerca de 40 professores de 20 escolas. Segundo o jornal Reconquista, a rede inclui um grupo de discussão que pretende potenciar a troca de ideias e estratégias para melhorar o jornal escolar em cada escola, bem como o debate sobre estratégias pedagógicas sobre Educação para os Media desenvolvidas com os alunos.
A iniciativa inscreve-se num projecto de investigação e intervenção liderado pelo Doutor Vítor Tomé e que tem como consultores nomes como Pier Cesare Rivoltella (Uni. Cat. Milão) e Évelyne Bévort (CLEMI - Centre de Liaison de l'Enseignement et des Moyens d'Information).
Mais informação: AQUI.
"Falta literacia", considera António Barreto
Que mais falta [em Portugal]?António Barreto toca num ponto sensível, ao reconhecer que há, em Portugal, um problema de literacia, mas o seu universo de referência é o de uma realidade que já não existe e provavelmente nunca mais existirá. Ainda assim, o interesse do comentário mantém-se. A dúvida está em saber se aquilo que o sociólogo encontra(va) no jornal (de papel) pode ser preenchido por outro tipo de relação com a informação e o conhecimento.
Falta literacia. Tínhamos há 30 anos a mesma taxa de analfabetismo que a Inglaterra de 1800. Em matéria de alfabetização havia 150 anos de atraso. Porque é que os portugueses não lêem jornais? A falta de hábito de ler os jornais é muito importante, porque o jornal é a fonte de informação que mais está virada para o raciocínio, o pensamento, a participação. Quem vê televisão está geralmente em posição passiva.
Mas hoje a imagem é rainha. O apetite por um jornal nunca igualará o da televisão...
Mas quem tem como informação exclusiva a televisão subordina o raciocínio, o pensamento, o estudo, o lápis que toma as notas, às emoções. É mais fácil ser livre e independente com um papel na frente do que diante de uma imagem que é fabricada com som e se dirige às emoções e aos sentimentos e não à razão - ou pouco à razão. Sou consumidor de televisão e da net, mas o que quero dizer é que, ao contrário de todos os países europeus, quando os portugueses começaram a aceder à escola e a aprender a ler, nos anos 50 e 60, já havia televisão. Não se fez o caminho que todos os outros países da Europa fizeram, que foi dois séculos a lerem jornais e só depois com uma passagem gradual para a rádio e para a televisão.
sexta-feira, novembro 27, 2009
quinta-feira, novembro 26, 2009
Algumas notas do último dia da III Conferência Internacional da EAVI
O director do Centro Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, assinalou algumas áreas de trabalho da literacia mediática: a política dos diferentes estados; a ética: "a formação, que antes era apenas colocada aos jornalistas, está agora igualmente do lado do cidadão"; a participação crítica dos cidadãos nos media; a ecologia ou "a participação como qualidade de vida; e o mundo em redor: "é necessário ver outros mundos". O responsável do CECS alertou ainda para a possibilidade de a literacia mediática se constituir como um meio ou um fim em si mesmo e que a tecnologia é uma técnica mas também pode ser um problema social.
No mesmo painel, estiveram ainda Ulla Carlsson, da International Clearinghouse on Children, Youth and Media at Nordicom, da Universidade de Gotemburgo, Tapio Varis da Universidade de Tampere, na Finlândia, António Perez Sanz, director do Instituto espanhol de Tecnologias Educativas e José Fernández-Beaumont, da Fundacíon Telefónica.
Neste momento decorre o último painel "Um olhar sobre a Presidência espanhola da Comissão Europeia: as políticas de literacia mediática na Europa" com a intervenção de Alfonso Morales, conselheiro da Secretaria de Estado da Comunicação, do governo espanhol, que aborda a questão da banda larga, para o qual deveria ser "um bem público". A sessão terminará com o resumo das principais linhas de discussão da Conferência, com o professor José Manuel Pérez Tornero, da Universidade Autónoma de Barcelona e Paulo Celot, secretário geral da EAVI.
V Congresso Internacional da Educared
Para consultar mais informações sobre o programa, aqui.
quarta-feira, novembro 25, 2009
Seminário «Os Provedores dos Media como Factores de Literacia dos Media» - U. Algarve, 26 Nov
Esta quinta-feira, dia 26, pelas 15:00, os provedores Paquete de Oliveira (Provedor do Telespectador na RTP), Adelino Gomes (Provedor do Ouvinte na RDP) e Joaquim Vieira (Provedor dos Leitores no jornal Público) participam num seminário subordinado ao tema Os Provedores dos Media como Factores de Literacia dos Media.
Mais informações sobre este seminário promovido por Vítor Reia-Baptista podem ser encontradas aqui.
terça-feira, novembro 24, 2009
III Conferência Internacional da EAVI
Para a promoção do evento, o Gabinete de Comunicação e Educacão da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB) lançou um vídeo sobre os objectivos do encontro, com alguns dos oradores convidados.
A EAVI conta com o apoio da Comissão Europeia, do Senado Espanhol, da Mentor Association e do Gabinete de Comunicação e Educação da UAB.
Para consultar o programa: aqui.
segunda-feira, novembro 23, 2009
"Canta e aprende sobre direitos de autor"
O grupo de investigação Media Education Lab, da Universidade de Temple, em Filadélfia, nos EUA, colocou dois vídeos musicais na Internet para promover uma maior compreensão sobre os direitos de autor, junto dos mais jovens. "Canta e aprende sobre os direitos de autor, a propriedade intelectual e o uso correcto dos vídeos musicais" é o lema que está por trás da inicativa que conta com os vídeos "User Rights, Section 107" e "Copyright, What's Copyright?". Utilizando músicas ritmadas, personagens que apelam ao imaginário infantil e elementos visuais atractivos, a equipa de investigação procura alertar os mais novos para as violações dos direitos de propriedade intelectual que são cometidos no MySpace, Youtube e noutras redes sociais.
O fundador da equipa ligada às temáticas da literacia mediática, Rennee Hobs, considera que
"a música torna a informação inesquecível. Os conceitos legais e abstractos podem ser expressos e recordados através dos sons e do humorismo visual. Estes vídeos musicais dão fundamentos para as pessoas pensarem criticamente sobre o uso dos direitos de autor".O Media Education Lab completa assim um projecto de dois anos de investigação com o lançamento do "Copyright and fair Use Curriculum Guide", financiado pela John D. and Catherine T. MacArthur Foundation. No início deste mês a equipa já tinha apresentado o "Code of Best Practices in fair Use for Media Literacy", no Philadelphia's National Constitution Center.
domingo, novembro 22, 2009
Tese sobre publicidade televisiva a brinquedos
Este evento científico terá lugar no salão de actos da actual Escola de Enfermagem da Universidade do Minho, na Avenida Central, nº 100 (ao lado da Igreja dos Congregados), no centro da cidade de Braga, a partir das 15 horas.
A Mestre Luísa Magalhães é actualmente docente do Curso de Ciências da Comunicação do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UM. A dissertação contou com a orientação científica da Doutora Antía López, Professora Titular da Universidade de Santiago de Compostela, e do Doutor Aníbal Alves, Professor Catedrático Aposentado da Universidade do Minho.
sexta-feira, novembro 20, 2009
A comunicação na Convenção sobre os Direitos da Criança
Artigo 12.º
1. Os Estados Partes garantem à criança com capacidade de discernimento o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões que lhe respeitem, sendo devidamente tomadas em consideração as opiniões da criança, de acordo com a sua idade e maturidade.Artigo 13.º
2. Para este fim, é assegurada à criança a oportunidade de ser ouvida nos processos judiciais e administrativos que lhe respeitem, seja directamente, seja através de representante ou de organismo adequado, segundo as modalidades previstas pelas regras de processo da legislação nacional.
1. A criança tem direito à liberdade de expressão. Este direito compreende a liberdade de procurar, receber e expandir informações e ideias de toda a espécie, sem considerações de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa ou artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança.Artigo 17.º
2. O exercício deste direito só pode ser objecto de restrições previstas na lei e que sejam necessárias:
a) Ao respeito dos direitos e da reputação de outrem;
b) À salvaguarda da segurança nacional, da ordem pública, da saúde ou da moral públicas.
Os Estados Partes reconhecem a importância da função exercida pelos órgãos de comunicação social e asseguram o acesso da criança à informação e a documentos provenientes de fontes nacionais e internacionais diversas, nomeadamente aqueles que visem promover o seu bem-estar social, espiritual e moral, assim como a sua saúde física e mental. Para esse efeito, os Estados Partes devem:
a) Encorajar os órgãos de comunicação social a difundir informação e documentos que revistam utilidade social e cultural para a criança e se enquadrem no espírito do artigo 29.º;
b) Encorajar a cooperação internacional tendente a produzir, trocar e difundir informação e documentos dessa natureza, provenientes de diferentes fontes culturais, nacionais e internacionais;
c) Encorajar a produção e a difusão de livros para crianças;
d) Encorajar os órgãos de comunicação social a ter particularmente em conta as necessidades linguísticas das crianças indígenas ou que pertençam a um grupo minoritário;
e) Favorecer a elaboração de princípios orientadores adequados à protecção da criança contra a informação e documentos prejudiciais ao seu bem-estar, nos termos do disposto nos artigos 13.º e 18.º
Num trabalho há perto de dez anos feito pelas Prof. Sara Pereira e Paula Cristina Martins e editado pelo Governo Civil de Braga, este texto foi adaptado a uma linguagem mais acessível aos mais pequenos e ficou assim fixado:
12. As crianças têm o direito de dar a sua opinião e de serem ouvidas, tendo em conta a sua idade, nas decisões que lhes digam respeito.
13. As crianças têm direito de dizer o que pensam e sentem, através da fala, da escrita ou de outro meio, desde que não prejudiquem os direitos das outras pessoas.
17. As crianças devem saber o que acontece no mundo. Por isso, os meios de comunicação social (a televisão, a rádio, os jornais e as revistas) devem informá-las sobre estes e outros assuntos do seu interesse.
Os adultos devem ajudá-las a compreender o que vêem, lêem e ouvem.
ERC aprova criação de dois canais infantis
"Biggs será o novo canal infantil e prevê uma programação dedicada a crianças entre os oito e os 14 anos de idade. Este canal pretende ainda 'cobrir uma necessidade actual do mercado, dado que o canal Disney é mais vocacionado para o público feminino e os restantes canais infantis para estas idades possuem uma programação pouco diversificada'.
Este canal é detido pela DREAMIA - Serviços de Televisão, S.A., empresa que nasce de uma joint-venture entre a ZON e a Iberian Program Services. O canal será exibido na ZON TV Cabo.
O segundo canal dirigido ao público infantil cuja actividade foi aprovada pela ERC dá pelo nome de SIC K. Este será lançado pelo grupo Impresa e emitido pela operadora para a televisão da Portugal Telecom, o Meo, que terá o exclusivo durante os primeiros seis meses. O canal deverá começar a ser exibido em Dezembro e terá ainda uma componente dedicada aos adolescentes".
Ainda de acordo com a mesma notícia, a ERC aprovou também o canal Panda (e outros dois), os quais, "apesar de disponíveis em Portugal, estavam sob jurisdição de outro estado da União Europeia".
Os pais e a vida digital dos filhos
quinta-feira, novembro 19, 2009
Licenciatura em ... Educomunicação...no Brasil
De acordo com uma informação veiculada pela Universidade, "a licenciatura destina-se a preparar profissionais para atender demandas provenientes do campo da educação formal (magistério) bem como da prática social, o que prevê o uso das tecnologias da informação e das linguagens da comunicação das artes em projectos voltados para a comunicação educativa. O profissional a ser formado encontrará espaço de actuação na docência, especialmente nos cursos profissionalizantes de nível médio voltados para a comunicação e as tecnologias da informação. Terá actuação, ainda, no desenvolvimento de projectos destinados a qualificar a expressão comunicativa da comunidade escolar, fazendo uso das linguagens da comunicação, das artes e das tecnologias da informação, tanto no ensino básico quanto no superior. No caso, o educomunicador desempenhará o papel de um assessor a serviço das secretarias de comunicação, das directorias de ensino e das próprias escolas. "
Este projecto tinha sido já aprovado na Escola de Comunicação e Artes em Maio passado e baseia-se num intenso e já prolongado trabalho científico, formativo e de intervenção, que vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de Comunicação e Educação, dirigido pelo Prof. Ismar de Oliveira Soares.
Mais informação: AQUI e AQUI.
quarta-feira, novembro 18, 2009
"As crianças e a Internet" - estudo em Portugal
Estão disponíveis online os resultados da primeira fase do estudo "Crianças e Internet: usos e representações. A família e a escola", incluindo os anexos.
O estudo foi realizado por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, coordenada pela investigadora Ana Nunes de Almeida, e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. A primeira fase, já terminada, consistiu num estudo extensivo dos usos e representações, através de um inquérito junto de uma amostra 3039 crianças dos 6 aos 17 anos de todo o país. A segunda, já em curso e com resultados previstos para 2010, continuará a dar voz às crianças, "mas agora também a pais e professores", através de entrevistas compreensivas.
Algumas notas, extraídas das reflexões finais do estudo:
"Os resultados do inquérito ilustram um quase universal acesso ao computador com ligação à internet. Contudo, apesar desta notável inovação que parece atingir largas franjas de população infantil, descobrem-se alguns sinais de diferença no interior da tendência marcante.
Na perspectiva das crianças, e apesar da presença e até por vezes abundância de equipamentos na escola (ex.: nº de computadores, nº computadores ligados à internet, existência de banda larga), os usos da internet no processo de ensino-aprendizagem ficam bem aquém do retrato desenhado pelas estatísticas oficiais ou pelos testemunhos recolhidos junto dos próprios dirigentes dos estabelecimentos de ensino. No campo educativo, as crianças dizem usar pouco a internet na sala de aula, na relação com a escola ou com os professores; muito raramente é introduzida no ensino de disciplinas curriculares que não as TIC ou a Área de Projecto. A internet é utilizada sobretudo como complemento ou enriquecimento de tarefas e de trabalhos escolares que, antes, se faziam sem ela (...)".
"A casa é, assim, um lugar estratégico de aprendizagens – onde a internet constitui não só um recurso educativo, mas também informativo, lúdico e comunicacional. A partir de casa a criança entra no espaço global, exercitando-se como indivíduo activo, decisor e investigador por conta própria, tirando partido e construindo o seu lugar na cultura de pares. Os contactos on-line vêm acrescentar-se, alargar (e não destruir ou empobrecer) as redes de sociabilidade pré-existentes. Diante do ecrã, explorando o mundo virtual, a criança reforça a sua autonomia face aos adultos. É muito expressiva a parcela de inquiridos que afirma ter aprendido a navegar “sozinho”; por outro lado, a esmagadora maioria das crianças declara ser a pessoa que mais a usa a internet em casa, como também se considera auto-suficiente na gestão dos seus canais de comunicação e informação, nas modalidades de descoberta e visita de páginas Web".
"Fora da escola continua a jogar-se muita da aquisição da literacia digital, dos seus usos mais sofisticados, gratificantes e multifacetados; e também a modernidade da condição infantil. Daí o facto de as formas mais persistentes de clivagem digital continuarem a actuar a partir de casa, distinguindo crianças escolarizadas, cujos pais são eles próprios consumidores intensivos destes bens e serviços, utilizadores profissionais e competentes de novas TIC, os quais as iniciam e acompanham no seu uso, das crianças com origens sociais desfavorecidas, residentes em áreas não-urbanas do País, cujos pais mais dificilmente suportam (ou compreendem) a relevância da compra do acesso doméstico à internet (a que se somarão as deficiências de cobertura dos serviços de acesso à internet por parte dos diversos operadores comerciais). E daí a urgência de a escola repensar o lugar e o estatuto da internet no sistema de ensino-aprendizagem, de modo a proporcionar a todas as crianças, no espaço escolar, os seus diversificados níveis de domínio. Como recorrentemente se afirma na literatura e os resultados deste trabalho parecem confirmar para o contexto escolar: “The locus of inequality is shifting
from technology access (haves and have-nots) to quality use (as assessed by time use, skills and range of on-line activities)” (Livingstone et. al: 2005)."
terça-feira, novembro 17, 2009
Apresentação "Como TVer": 20Nov | 6ª 21h30 | Fnac Braga
(clicar na imagem para aumentar)
O lançamento deste booklet será na Fnac de Braga já esta sexta-feria, dia 20, às 21:30h, e conta com a presença de Teresa Paixão, responsável pela programação para a infância da RTP.
Os seguidores deste blogue estão, desde já, convidados.
Como se faz um livro
A Porto Editora tem disponível um vídeo sobre o processo de construção de um livro. Para além da ideia incial, o estudo gráfico, a paginação, o vídeo apresenta também os passos já no bloco gráfico, a revelação, impressão e encadernação, e armazenamento.
O vídeo pode ser visto de forma seguida ou seleccionando cada uma das partes mencionadas. A ideia é, segundo o site, dar a conhecer o trabalho que envolve a edição de um livro:
Este é um exemplo interessante e que pode ser seguido pelos jornais, por um programa de televisão, ou de rádio. Para além de promover a Educação para os Media, é também uma forma de valorizar os próprios produtos."Quando se folheia um livro, é difícil imaginar todo o trabalho e todas as dezenas de pessoas encolvidas na sua criação."
segunda-feira, novembro 16, 2009
Projecto "Ler em família"
O projecto “Já sei ler” coloca ao dispor das famílias matérias de apoio para o desenvolvimento de actividades que promovam a leitura e o gosto pelos livros, de acordo com informação veiculada pelo Ministério da Educação. Para tal, a escola é eleita enquanto moderadora privilegiada no processo de interacção com as famílias, sugerindo aos professores do 1.º ciclo o “recurso a estratégias que favoreçam a circulação dos livros da biblioteca escolar e dos próprios alunos".
(Continuar a ler)
domingo, novembro 15, 2009
Manifesto pela Criatividade e Colaboração No Uso da Web 2.0 nas Escolas Portuguesas
"TV com medida certa não faz mal a ninguém"
Teresa Paixão fala das apostas da RTP ao nível da TV para as crianças, refere alguns critérios presentes na escolha dos programas, mostra que a TV usada com 'peso e medida' pode ser positiva para as crianças e reconhece que é saudável que elas tenham outras actividades para fazer. Julgo que esta ideia ganha uma outra importância quando é proferida por quem é responsável, na TV pública, por programar para os mais novos. Mostra como a TV é encarada na vida das crianças, sendo certo que esta perspectiva influencia também a forma de pensar e fazer TV para a geração mais nova.
A entrevista pode ser lida em: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1414596
Teresa Paixão estará em Braga na próxima sexta-feira, dia 20, para o lançamento do booklet 'Como TVer' no Fórum-FNAC (BragaParque), pelas 21.30h.
sexta-feira, novembro 13, 2009
JN promove fórum Entre | Palavras
Esta iniciativa do Jornal de Notícias dirige-se aos alunos e professores do 3º ciclo do Ensino Básico (7º, 8º e 9º anos de escolaridade) e visa incentivar a leitura e o debate de ideias nos estabelecimentos de ensino, recorrendo a notícias do jornal diário sobre temas de actualidade. "Formar cidadãos mais esclarecidos e exigentes, capazes de ler o mundo em que vivem com conhecimentos mais aprofundados e capacidade de argumentação acima da média" é um objectivo central da iniciativa, conforme se pode ler num convite endereçado recentemente às escolas.
Os projectos poderão surgir dos departamentos de Português, Área de Projectos, Formação Cívica, Estudo Acompanhado ou outras disciplinas. Em cada escola, com base em materiais de apoio enviados pelo JN, cada escola participante organiza debates intra e inter-turmas e o vencedor disputa o debate ao nível distrital entre escolas apuradas. Lá para o final do ano lectivo, haverá a grande final, um Forum de leitura e Debate de Ideias, com a participação das duas melhores escolas por distrito. Os vencedores terão, como prémio, uma viagem ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo ou Bruxelas.
Mais informações: AQUI
quinta-feira, novembro 12, 2009
A TV faz mal aos miúdos? BBC responde
(Fonte e enquadramento: AQUI)
quarta-feira, novembro 11, 2009
Desafios da geração do telemóvel
Dois ou três fragmentos:
"La condición de ‘nativos digitales' de los jóvenes de hoy les confiere una posición dominante frente a sus mayores. Su uso cotidiano de de los medios digitales de información y comunicación les ha permitido desarrollar nuevas formas de relación y construir sus propios espacios de autonomía colectiva. Las instituciones educativas deben afrontar ya el reto de adecuarse a la realidad de sus públicos para frenar ese desfase cultural-tecnológico que ya es un hecho."
"Observamos hasta qué punto la posesión de un móvil conectado es el bien más preciado, porque esa autonomía comunicativa les permite construir su propio mundo. De la misma forma, los espacios y redes sociales en Internet, ya sean MySpace, Facebook, YouTube, Flickr o Twitter, fueron originalmente desarrollados sobre la base del entusiasmo de los jóvenes por dichas formas de encuentro virtual y de expresión instantánea, sin mediación organizativa o institucional. Así ha surgido el universo de lo que hoy se denomina confusamente como social media, el objeto de deseo de una industria de los medios de comunicación a la deriva porque no sabe cómo situarse en el océano de la autocomunicación de masas".
"Las consecuencias sobre el aprendizaje y la innovación son aún inciertas. Pero lo que sí sabemos es que el actual sistema educativo, empezando por la Universidad, está en desfase cultural-tecnológico total con sus actuales usuarios. De ahí la necesidad de adecuar instituciones y normas a la cultura y tecnología de nuestro tiempo, so pena de aceptar un peligroso cisma entre nuestro mundo y el mundo de nuestros hijos. Un mundo que será el suyo dentro de algunos años".
segunda-feira, novembro 09, 2009
"Rua Sésamo" faz 40 anos nos EUA e 20 em Portugal
Faz amanhã 40 anos que foi emitido o primeiro episódio daquele que viria a tornar-se num dos mais famosos programas para a infância do mundo - o Sesame Street. Eleva-se a 125 o número de países que adquiriram à Children's Television Workshop os direitos para produzir ou co-produzir séries inspiradas na versão norte-amerciana. E é assim que o programa se diz, conforme as latitutes do mundo, de modos diversos, tais como: Sesame Tree, Jalan Sesama, Vila Sésamo, Galli Galli Sim Sim, Plaza Sésamo, Ulitsa Sezam,Sesamstraat,Hikayat Simsim, 5 Rue Sesame, Sesamstrasse,Rechov Sumsum, Shara’a Simsim, Barrio Sesamo, Alam Simsim.
Curiosamente, acaba também de se completar vinte anos sobre o início da versão portuguesa, co-produzida pela RTP, sob a orientação pedagógica de Maria Emília Brederode Santos. Uma geração de portugueses hoje com cerca de 30 anos fez a sua descoberta do mundo muito apoiada e inspirada por Rua Sésamo. E muitos hoje lamentam que o programa tenha deixado a programação, por razões que podem ser relevantes, mas que não deixam de ser discutíveis, num serviço público, mesmo tendo em conta o esforço feito pela RTP em torno da produção de algo que se lhe aparenta nos objectivos, o Jardim da Celeste.
A ideia de Rua Sésamo foi a de procurar oferecer a crianças em idade pré-escolar um currículo orientado para a aprendizagem lúdica de aspectos relacionados com a literacia básica, o bem estar, o apoio emocional, a exploração do mundo envolvente. Foi, de certo modo, a aposta possível numa vertente da televisão que não estivesse amarrada à mera lógica mercantil e consumista.
Um programa destes mereceria que os media virassem, por um momento, as suas atenções não apenas para aquilo que foi e o impacto que teve entre nós o programa Rua Sésamo, mas para a oferta televisiva que hoje existe para os mais pequenos, em especial os da faixa dos 2-3 aos 5-6 anos. Fora a RTP2, o panorama não parece ser brilhante.
domingo, novembro 08, 2009
Novo colaborador do Educomunicação
Fábio Ribeiro, a quem damos as boas-vindas, estuda aspectos relacionados com a participação dos cidadãos nos media.
sábado, novembro 07, 2009
Kids Voting USA ou uma forma de educação cívica
Desde o ensino primário até ao secundário, a KVUSA actua directamente nas salas de aula, sensibilizam o agregado familiar para estas questões e chegam mesmo a simular eleições, para desmistificar um pouco o acto e aproximá-los da realidade.
Com uma actividade que se iniciou em 1988, a organização espera que em 2016 o número de votantes entre os 18 e os 24 anos duplique, ao mesmo tempo que espera verificar um acréscimo significativo de jovens candidatos a cargos políticos.
Não sendo um exemplo de uma instituição que foca a sua atenção para a promoção de uma educação cívica para os media, uma vez que restringe o seu interesse apenas ao campo político, valerá a pena sublinhar este caso, sobretudo se especularmos sobre uma possível migração deste público participante da política para os media. Que efeitos terá uma maior consciência política? A intervenção nos media, por parte dos jovens, poderá beneficiar ou não de um aumento gradual no conhecimento do sistema democrático?
Para saber mais sobre a Kids Voting USA: aqui.
quarta-feira, novembro 04, 2009
Semana da Literacia Mediática no Canadá
Decorre desde segunda e até sexta-feira, no Canadá, pelo quarto ano consecutivo, a Semana da Literacia Mediática. Trata-se de uma iniciativa do Media Awareness Network, uma organização de fins não lucrativos, que se especializou na intervençãoe formação em literacia digital, e da Federação Canadiana de Professores, que representa cerca de 200 mil docentes em todo o país. A empresa detentora do YouTube é uma das principais patrocinadoras da Semana.
O Canadá é um dos países com uma experiência mais longa e uma investigação mais aprofundada no terreno da Literacia mediática. De resto, o 'acquis' que se foi construindo está perfeitamente presente no quadro conceptual e orientador da semana.
Trata-se de uma perspectiva bastante próxima da que tem prevalecido em várias partes da Europa e complementa bem orientações que se têm salientado nos Estados Unidos, por exemplo. É o caso das que se associam a Henry Jenkins ou ao New Media Consortium:
"o conjunto de capacidades e competências relacionadas com a literacia sonora, visual e digital. Tais habilidades e competências incluem a capacidade de compreender o poder das imagens e dos sons, de reconhecer e usar esse poder, de tomar conta e transformar os media digitais, de os distribuir e facilmente os adaptar a novas formas".
Educação para os Media no programa do Governo
É, porém, de notar que essa referência ocorre num ponto do capítulo dedicado ao "quadro dos incentivos à comunicação social" que passarão também, doravante, a ser concretizados "incentivando a participação dos meios de comunicação social na promoção de hábitos de leitura e no desenvolvimento da educação para os media".
Outra linha de incentivos passará pela "promoção de projectos que representem um efectivo acréscimo de valor social e cultural, incluindo o estímulo à criação de meios de comunicação social comunitários – não comerciais e com finalidade predominantemente social -, tendo em vista o aprofundamento do pluralismo e o reforço da integração de grupos minoritários ou com necessidades especiais".
Refira-se ainda que indirectamente a Educação para os Media surge também associada à televisão pública, já que essa é uma das atribuições que já se encontra plasmada no respectivo contrato de concessão e faz parte do programa do Governo este objectivo:
"Reforçar a legitimação social do serviço público, promovendo a adopção de práticas internas de estudo e reflexão que permitam o apuramento sistemático do cumprimento das exigências de qualidade e diversidade da programação e assegurar o pleno cumprimento das respectivas obrigações legais e contratuais".
terça-feira, novembro 03, 2009
Dar voz às crianças na rádio
Desde esta segunda-feira, a grelha de programas da Antena 1 conta com um novo programa, Portugal dos Pequeninos, onde são entrevistadas crianças dos 3 aos 12 anos.
"O objectivo é dar voz às crianças de Portugal (...) O que pensam sobre política, sobre ambiente, sobre a família. Com que olhos vêem a religião, a educação, o amor. "Os programas "onde os miúdos são os protagonistas" ficam disponíveis no site da RTP e podem ser escutados na Antena 1 de 2ª a 6ª feira, às 17h56. A realização é de Sónia Morais Santos e a produção, de Joana Jorge.
segunda-feira, novembro 02, 2009
Crianças e (ecos nos) Media
[A Educação para os Media] sem dúvida que tem papel fundamental na compreensão crítica que as crianças podem fazer das mensagens e dos objectivos da publicidade. No entanto, deve ser sobretudo um meio para prepará-las, mais do que propriamente para protegê-las. Proporciona instrumentos de leitura dos media que as tornam públicos/consumidores esclarecidos, mais exigentes e com capacidades de interrogar mensagens e conteúdos. Se as crianças tiverem oportunidade de desenvolver estas competências ficarão melhor preparadas para viver e conviver com os media em geral. Mais importante do que proibir, retirar ou restringir é educar. Esta é também uma forma de proteger.
Ainda sobre Sara Pereira, a propósito de uma intervenção no seminário «A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática: Contributos e responsabilidades - a mais valia da comunicação/informação», o JN dá destaque a um estudo que está a ser realizado na Universidade do Minho, sobre a presença das crianças na imprensa: Crianças em risco fazem vender muitos jornais:
De quase seis mil textos jornalísticos sobre crianças, publicados em 2008 em quatro jornais portugueses, 65% referiam-se a menores em risco. Conclusão: as crianças são "âncoras emotivas" que vendem muitos jornais.
sábado, outubro 31, 2009
Protecção das Crianças diante das Novas Tecnologias - Seminário de Investigadores
O Seminário desenvolve-se no âmbito de um programa de actividades previstas no Proyecto Coordinado sobre Televisión e Infancia, PROCOTIN, subsidiado pela Comunidad de Madrid e no qual participam a Universidade San Pablo CEU, a UCM - Centro Universitário Villanueva, a Universidade Carlos III de Madrid, a Universidade Rey Juan Carlos e a UNED.
O programa pode ser consultado aqui: http://www.procotin.es/seminario/
quinta-feira, outubro 29, 2009
Mais conhecido = melhor = iliteracia
De facto os resultados do estudo Target Group Index (TGI) da Marktest, relativos a Junho passado, indicam que 26% dos portugueses, ou seja, um em cada quatro, com idades entre os 15 e os 64 anos, residentes em Portugal Continental, tentem a concordar (Concordam totalmente/Concordam) com a afirmação 'Penso que as marcas conhecidas são melhores'. É verdade que é bastante superior (37%) a percentagem dos que tendem a discordar (Discordo/Discordo Totalmente) com aquela afirmação, mas isso não retira gravidade ao assunto, até porque, segundo a mesma fonte, a percentagem se tem mantido estável nos últimos anos.
Os indivíduos do sexo masculino e os segmentos mais idosos e mais jovens são aqueles que manifestam concordância mais elevada, enquanto que a variável região do país não regista variações significativas.
quarta-feira, outubro 28, 2009
Seminário 'A Cultura da Infância numa Sociedade Democrática'
Este encontro pretende juntar à mesma mesa jornalistas, especialistas ligados às crianças em áreas como a protecção social, a justiça e a psicologia e estudiosos da relação das crianças com os media para debater questões e problemáticas ligadas à infância na óptica dos órgãos de comunicação social.
O Seminário é organizado pela Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), em parceria com o Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS), o Sindicato dos Jornalistas (SJ). A organização destaca a intenção de “potenciar o papel informativo e reflexivo dos órgãos de comunicação social na construção social da realidade referente à protecção das crianças e jovens, em particular as que se encontram em risco ou perigo, e à promoção dos seus direitos".
O programa pode ser consultado aqui: http://www.cnpcjr.pt/tpl_intro_destaque.asp?2707
Entrada livre.
Congresso de Educação para os Media/Literacia dos Media - Bellaria
A apresentação mais interessante foi a de David Buckingham (em breve colocarei aqui o resumo das principais ideias), mas houve outras que segui com muito proveito pessoal.
No slideshare, estão disponíveis duas apresentações, a de Pier Cesare Rivoltella (keynote speaker) e de Pierre Frastrez (intervenção feita num workshop) e podem ser vistas no final desta mensagem.
Neste congresso, estive na companhia dos profs do Departamento de Comunicação da Universidade do Minho Sara Pereira e Nelson Zagalo (que escreveu aqui algumas notas sobre este encontro).
domingo, outubro 25, 2009
Publicações recentes sobre Literacia Mediática
Cassie Hague and Ben Williamson (2009)Digital participation, digital literacy,and school subjects: A review of the policies, literature and evidence, Futurelab
Sven Lindmark (2009) Web 2.0: Where does Europe stand?
Patrick Felicia (2009)Digital games in schools: A handbook for teachers. European Schoolnet
quinta-feira, outubro 22, 2009
Prémio internacional em Educação para os Media
A candidatura apresentada pelo CECS (com equipa constituída pelos investigadores Sara Pereira, coordenadora, Luís Pereira e Manuel Pinto) traduziu-se num projecto intitulado Media Education in Booklets: Learning, Knowing and Acting. O prémio é atribuído pela Evens Foundation, da Bélgica, e tem o alto patrocínio da Comissária Europeia para a Informação, a Sociedade e os Media, Viviane Reding. Visa "realçar a importância da Educação para os Media e promover o desenvolvimento de propostas sustentáveis neste âmbito, dirigidas a crianças na Europa".
O projecto do CECS foi submetido a 15 de Janeiro deste ano, tendo passado pelo 'crivo' de várias selecções intermédias e a visita à Universidade do Minho de um elemento do júri e coordenador de projecto da Evans Foundation. Consiste na produção de três livrinhos que incluem trabalho de criação gráfica de personagens e que visam sugerir a pais e educadores indicações úteis sobre como lidar com os media, no dia a dia, tendo por base investigações feitas no âmbito do CECS. O primeiro booklet, pronto para difusão, incide sobre a TV, seguindo-se outros dois sobre jogos véideo e Internet e redes sociais.
quarta-feira, outubro 21, 2009
Nos bastidores do Telejornal
terça-feira, outubro 13, 2009
Novo número da revista Comunicar
Acaba de ser lançado o nº 33 da Comunicar, uma revista científica editada pelo grupo Comunicar de Huelva, Espanha, que dedica este número à temática 'Nuevas formas de comunicación: cibermedios y médios móviles". O índice pode ser consultado aqui:
http://www.revistacomunicar.com/index.php?contenido=revista&numero=actual
segunda-feira, outubro 12, 2009
Queremos outra vida, precisamos de outra política!
Para criar interesse, ficam dois excertos:
" Uma política para outra vida precisa falar de conhecimento e cultura livres, questionando o absurdo que é continuar cobrando por música e literatura, antes caros porque circulavam em livros, discos e fitas, mas que agora podem ser compartilhados, quase sem custos, entre aqueles com acesso a rede de computadores. Por causa de um modelo de remuneração viciado e anacrônico (direitos autorais patrimoniais e patentes), a maioria da população continua sem acesso ao saber, enquanto, contraditoriamente, computadores possibilitam a conexão da humanidade em uma rede global, gerando novas capacidades produtivas e criativas que não são plenamente aproveitadas. É esse o modelo que nos mantém como espectadores passivos da televisão, quando poderíamos, através da digitalização, criar e difundir nossas idéias, imagens, pensamentos e sentimentos."
"Trata-se de transitarmos da economia do stress – do consumo, do quantitativo, do desempenho, da coisificação dos seres humanos, em síntese, do capitalismo neoliberal globalizado – para a economia da qualidade de vida e do tempo livre – fora do lazer induzido pelo consumo – do lúdico, do erótico, da espiritualidade, da criatividade, da possibilidade permanente de auto-desenvolvimento, que só atingirá seu propósito se for uma economia capaz de eliminar a miséria e a dominação das elites, viabilizando tanto o cuidado com a natureza e com a vida, quanto o acesso ilimitado ao conhecimento e à cultura."
sábado, outubro 10, 2009
"One Laptop Per Child "
Para o país do Magalhães, pode ter interese consultar o livro recente livro colectivo Plan Ceibal participado por um bom número de autores a convite de Roberto Balaguer, um dos líderes do projecto OLPC One Laptop Per Child no Uruguai.
Eis o índice do livro:
1. Roberto Balaguer (Uruguay) “Plan Ceibal: Los ojos del mundo en el primer modelo OLPC a escala nacional”.
2. Fernando Garrido (España) “¿Otra vez el mismo error? OLPC, Determinismo Tecnológico y Educación”.
3. Edgar Gómez Cruz (México) “Domesticación de la Tecnología: una aproximación crítica al proyecto de OLPC”.
4. Tíscar Lara (España) “Aprender a ser ciudadano desde las prácticas digitales”.
5. Guillermo Lutzky (Argentina) “La Escuela Digital, un cambio obligatorio para los modelos 1 a 1”.
6. Mónica Baez-Graciela Rabajoli (Uruguay) “La escuela extendida. Impacto del Modelo CEIBAL”.
7. Alicia Kachinovsky (Uruguay) “La Universidad de la República en tiempos del Plan Ceibal”.
8. Octavio Islas (México) “Retos que representa la enseñanza en el imaginario de la “Generación Einstein”.
9. Cristóbal Cobo (México) “Aprendizaje de código abierto”.
10. Raúl Trejo Delarbre (México) “Un niño para cada laptop”.
11. John Moravec (EEUU) “¿Y ahora, qué?”.
12. Miguel Brechner (Uruguay) “Los Tres Si”.
[Via: TIC, Educação e Web, de Jorge Borges]sexta-feira, outubro 09, 2009
Participação e literacia digital
Refere, nas conclusões:
A series of conceptual and pedagogical models has emerged from recent research which aim to support the development of digital literacy and young people’s
participation in the classroom. These models suggest that the development of
learners’ digital literacy requires them to define a task or question, access information which will help to complete this task or answer the question, understand and analyse this information, recontextualise it and relate it to other knowledge, in order to create an answer to the question and communicate the results. At all stages of the process, young people need to reflect critically upon what they have been doing, as well as deciding what sort of digital or non-digital tools are
appropriate to the task.
domingo, outubro 04, 2009
Na morte de Mercedes Sosa, "Gracias a la vida"
"Estes prémios não me são atribuídos porque canto, mas porque penso. Penso nos sers humanos e na injustiça. Penso que se não pensasse, o meu destino não teria sido o mesmo".
É dela a conhecida "Gracias a la vida que me ha dado tanto".
Registo
MEDIA LITERACY STATEMENT
A general statement of policy by the Department for Culture, Media and Sport on Media Literacy and Critical Viewing Skills.
sexta-feira, outubro 02, 2009
Relatório sobre adolescentes e redes sociais
Mais de 80 por cento de adolescentes e jovens espanhóis entre os 11 e os 20 anos usam alguma das redes sociais (especialmente o Facebook e Tuenti), mas apenas 40 por cento dos respectivos pais sabe que eles têm uma conta naquelas plataformas. O dado consta de um relatório que a Fundação Pfizer acaba de publicar, intitulado "La Juventud y las Redes Sociales en Internet”.
O inquérito de que o relatório dá conta, efectuado junto de uma amostra de mil indivíduos, sugere que anda pelos 385 a percentagem dos pais que mantêm algum tipo de supervisão dos movimentos e práticas dos filhos nesta matéria. E, no entanto, muitos deles publicam informação pessoal sobre a idade, o lugar de residência, vídeos e imagens. A par do facebook e do Tuenti, o messenger e o YouTube são também muito populares.
Mudando, talvez, o Tuenti para o Hi5, será muito diferente o panorama em Portugal?
quinta-feira, outubro 01, 2009
Nativos, excluídos, imigrantes e colonos digitais
"Pero quién es un nativo digital? En principio, alguien que nació después de 1980, de 1990, en la era de las computadoras personales, pero más todavía en la era de las redes, con lo cual esto le da un sesgo generacional porque hay muchísima gente que nació después de 1990 y son excluidos digitales, por ejemplo. ¿Quiénes son éstos? Los jóvenes que no tienen acceso a la tecnología por muchos motivos, fundamentalmente el socioeconómico, pero también pueden ser motivos culturales o vocacionales; hay gente que sigue muy pegada al mundo analógico, ellos se autoexcluyen. ¿Y quiénes sí son nativos digitales en esta especie de tabla de doble entrada donde hay cuatro o cinco categorizaciones? Son no solamente quienes nacieron hace 20 ó 15 años, sino los que se apropiaron de la tecnología, pero no en el sentido espontáneo, sino aquellos que realmente le sacan jugo y la usan en una forma mucho más creativa y emergen nuevas posibilidades de pensamiento, de acción y de involucramiento. Y aún así nos quedan otras categorías; por ejemplo los inmigrantes digitales, quienes nacimos mucho antes de los 80, pero que no tenemos ni acceso ni facilidad ni interés ni capacidad de usar las tecnologías. Y otra categoría somos los que nacimos antes de los 80, pero que sí podemos usar las tecnologías; le podemos llamar colonos digitales a esos. Entonces ya tenemos cuatro categorías y esto sólo contemplaría a la mitad de la población mundial. Hay otra mitad que no tiene acceso a Internet, son los pobres del mundo. Si lo ves en esta ecología de categorías a mí me parece más interesante."
quarta-feira, setembro 30, 2009
Literacia mediática: conceitos e horizontes
«Just as we are taught to read and write, we need to understand how the various types of media work and how to critically evaluate their content. With the developments in Information and Communication Technologies, the media environment has been changing rapidly. Media play an increasingly important role in our everyday life. They allow us to participate in democratic and cultural life. This is why the European Commission has issued guidelines for this skill, referred to as "Media Literacy".»
Factsheet 73, 29.9.2009
Europe's Information Society: Thematic Portal
Multiliteracies, by TMD
The New London Group (1996) [in in the Harvard Educational Review] introduced the term “multiliteracies” with a view to accounting not only for the cultural and linguistic diversity of increasingly globalized societies and the plurality of texts that are exchanged in this context, but for the “burgeoning variety of text forms associated with information and multimedia technologies” (p. 60). Distinguishing multiliteracies from what they term “mere literacy” (a focus on letters), the group calls for attendance to broad forms of representation, as well as to the value of these forms of representation in different cultural contexts. (...)
sábado, setembro 26, 2009
"Jornal e escola: tudo o que você sempre quis saber"
Uma pesquisa realizada no ano passado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) em sete capitais brasileiras destaca que o uso do jornal na sala de aula "traz mais benefícios ao sucesso escolar do que se imagina. Melhora nos hábitos de leitura, concentração e disciplina são alguns dos pontos positivos. "
Esta é uma das ideias fortes da entrevista que a peça inclui com Cristiane Parente, coordenadora executiva do Programa Jornal e Educação da ANJ. Leitura integral: AQUI.
quarta-feira, setembro 16, 2009
RTP2 programa informação para os mais novos
"Sob o lema Usar bem a Língua Portuguesa a estação - refere o site Meios & Publicidade - organizou toda a programação infantil para o último trimestre deste ano, com aposta na produção nacional. O concurso Fala-Escreve-Acerta-Ganha, 40 novos episódios da série Ilha das Cores, Volta ao Mundo em 5′ (programa de notícias), Vamos Ouvir (13 contos originais narrados por actores), as séries de animação Ema e Gui e a Gombby são alguns dos programas".