segunda-feira, maio 31, 2010

Projecto de televisão cultural vence Prémio Nacional de Indústrias Criativas











«Um projecto de televisão independente na área da Cultura, que se propõe oferecer uma cobertura alargada das actividades artísticas por todo o país, venceu a 2ª edição do Prémio Nacional de Indústrias Criativas.
Intitulado OSTV, este projecto do sector audiovisual nasceu no Porto e é de autoria de João Vasconcelos, José Pinto e Rui Catarino, que receberão um prémio de 25 mil euros e poderão integrar a Incubadora de Indústrias Criativas da Fundação de Serralves, instituição que esteve na origem deste novo programa destinado a fazer render economicamente ideias criativas. O outro parceiro principal do prémio lançado em 2008 é a Unicer.
O júri, que reúne representantes destas duas entidades e outras associadas ao prémio, viu no projecto empresarial independente OSTV o “primeiro canal de televisão colaborativo e interactivo na área da Cultura”, que deverá chegar à TV por cabo, à internet e às redes de telemóveis.» (Público)

Barcelos Party 2010

Começou hoje o I Encontro Tecnológico de Barcelos "Barcelos Party”, que se prolonga até dia 03 de Junho de 2010. Segundo o site, com este evento pretende-se "reunir no Pavilhão Municipal de Barcelos algumas centenas de internautas para experimentação, conhecimento e diversão".

Há várias propostas para alunos do 1º ciclo, sobretudo das escolas do concelho barcelense, como Jogos Educativos Digitais (desenvolvidos pelo IPCA), Quiz Digital inter-escolasTema: 100 Anos da República, Palestra: Direitos da Criança...

[Fonte: site]

O horizonte do que fazemos

Dois pedreiros
trabalhavam numa obra.
Todos os dias o mesmo trabalho.
Um dia alguém perguntou
o que estavam a fazer.
Respondeu o primeiro:
“Estou a assentar pedras.”
O que era verdade.
O segundo reflectiu e respondeu:
“Estou a construir uma catedral”.

(Via: LUDICOM)

domingo, maio 30, 2010

A família e os media na Europa


Media, communication and information technologies in the European family é um relatório recente elaborado no quadro mais amplo do estudo da família na Europa. Estrutura-se em torno de quatro temas: o lugar dos media nos lares europeus em transformação; tecnologias digitais e interactivas; paternidade, media, quotidiano e socialização e mediação de relações entre a família e a sociedade.

A este propósito pode interessar a leitura da síntese de um outro estudo desenvolvido pelo FutureLab sobre Faming in Families: AQUI.

sexta-feira, maio 28, 2010

Entrevista com Sara Pereira

O jornal online Educare publica na sua última edição uma entrevista com Sara Pereira, investigadora do centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho e membro da equipa deste blog. O assunto é a sempre actual questão da relação das crianças com a TV. O título é:"A criança não procura na televisão uma repetição da escola".

quinta-feira, maio 27, 2010

Ateliê "Filmar o Mundo com Olhos de Ver"

Filmar o Mundo com Olhos de Ver é um ateliê integrado no programa "Cinemateca Júnior", dirigidos a crianças dos 6 aos 10 anos, que tem lugar amanhã, sábado, a partir das 11 horas. Procurará responder a questões como: "O que é um documentário? Como se filma o quotidiano do mundo? Como escolhemos a história que queremos contar? E como a mostramos?". Neste ateliê, os participantes irão viajar até "uma paisagem branca e fria, onde vive a família de Nanook, o esquimó!"
Contacto: cinemateca.junior@cinemateca.pt


Lançamento do booklet «Videojogos - saltar para outro nível»

Na próxima semana vai ser lançado o segundo booklet «Videojogos - saltar para outro nível». Depois da televisão, em «Como Tver», os videojogos são agora o tema central deste livro.

O lançamento será no Fórum Fnac de Braga (Centro Comercial Bragaparque), pelas 21:30, na próxima terça-feira, dia 1 de Junho, que será uma forma de assinalar o Dia Mundial da Criança. Nelson Zagalo, da Universidade do Minho, fará a apresentação desta publicação.

Estão convidados a passarem por lá.

[convite]
[capa]

quarta-feira, maio 26, 2010

Leituras

No nº 2 da revista Digital Culture & Education, que acaba de sair, estão acessíveis, para já, estes dois artigos:
Valerá, certamente a pena, estar atento à disponibilização dos restantes textos de um número dedicado ao tema "‘Beyond’ new literacies"

Media Smart europeu com novo site

O programa Media Smart acaba de lançar o seu novo website a nível europeu, através do qual é possível encontrar informações sobre projectos e recursos, incluindo no plano local.
O programa propõe-se contribuir para uma abordagem crítica e esclarecida da publicidade, focando particularmente o grupo dos 6 aos 11 anos. Nessa medida considera-se um programa de literacia mediática.
O Media Smart encontra-se actualmente presente em oito países europeus, entre os quais Portugal. No nosso país, conta com o patrocínio da APAN (associação Portuguesa de Anunciantes) e com o apoio do Ministério da Educação.
(Via Ofcom - Media Literacy Bulletin)

terça-feira, maio 25, 2010

Jovens e educação informal nas redes sociais

Vale a pena consultar este trabalho de Dolors Reig, que serviu de base à sua apresentação nos XIV Encuentros Estatales de la Red de Servicios de Información Juvenil (SIJ ), que hoje tiveram início em Málaga, Espanha, em torno da temática: “De la Información a la Comunicación en las Redes Sociales”.

(Clicar em 'More' na imagem e ver em autoplay ou AQUI para ver no sítio original)

sexta-feira, maio 21, 2010

"Comunicação, Cidadania e Educação"

Recordando a trajectória da Educação para os Media na Universidade do Minho, importa dizer que está prestes a fazer 10 anos que o Senado Universitário desta instituição decidiu criar o Curso de Mestrado em Ciências da Comunicação, área de especialização em Comunicação, Cidadania e Educação (a medida surge documentada na acta da reunião do senado de 24 de Julho de 2000 (Resolução nº 20/00).
Na altura, foi igualmente criada a área de especialização de Informação e Jornalismo, de resto, a primeira a abrir, no segundo semestre do ano lectivo seguinte (2001-2002). A de Comunicação, Cidadania e Educação viria a ter a sua sessão inaugural na abertura do segundo semestre de 2002-2003, com a participação do prof. José Manuel Pérez Tornero, director de um mestrado análogo na Universidade Autónoma de Barcelona.
O curso teve várias edições, depois da primeira e deu origem a diversos estudos relevantes. Só foi interrompido ("descontinuado", como hoje dizem alguns) quando o Departamento se orientou para a adaptação de toda a oferta formativa ao chamado modelo de Bolonha. Nesse quadro, foi decidido que "Comunicação, Cidadania e Educação" deveria continuar, mas não já como área de especialização, mas como um curso de mestrado concebido de raiz.
Vale a pena referir, a este propósito, três coisas:
  • 1. O mestrado nasce com a designação de "Comunicação, Cidadania e Educação" (e não "Educação para os Media") por razões de natureza académica internas; mas, por outro lado, enfatiza uma orientação que sempre foi privilegiada: o foco na educação para a cidadania.
  • 2. O curso surge como especialização de um mestrado de Ciências da Comunicação e é promovido pelo Departamento de Ciências da Comunicação, ainda que com a colaboração de docentes das Ciências da Educação. Não é caso único, no panorama internacional - de resto, o de Barcelona, já referido, também surgiu (e continua a funcionar, há perto de 20 anos) na Faculdade de Ciências da Comunicação da UAB).
  • 3. Enfim, uma curiosidade: um dos frutos desse mestrado é este blog que surgiu, como se disse, logo no primeiro post, como plataforma de apoio às aulas do curso.

Switch on!

A entidade de regulação dos media audiovisuais do Reino Unido, Ofcom, acaba de anunciar a publicação de ‘Switch On!’, um recurso de aprendizagem destinado a apoiar a formação para a literacia mediática, e especialmente destinadas a profissionais ligados ao ensino ou cuidado de pessoas com dificuldades de aprendizagem. Grande parte do material foi concebido para apoiar a aprendizagem informal numa grande variedade de contextos.
A publicação ocorre durante a Adult Learners’ Week. O documento foi elaborado por Marion Janner e Cary Bazalgette e está disponível para download no site da Ofcom

São os nativos digitais

Aos dois anos, abanam o telefone da mãe como se fosse um chocalho. Aos dois e meio, respondem ao telemóvel. Aos três, inserem um DVD no leitor para verem um pequeno desenho animado. Aos cinco, já se orientam bem no jogo Mario Kart DS. E pelos seis já fazem de fotógrafos no aniversário dos pais. São os "nativos digitais".
(Continuar a ler: aqui)

quarta-feira, maio 19, 2010

Destreza digital, alfabetização e info-inclusão

A Comissão Europeia anunciou hoje a sua Agenda Digital Europeia para 2010-2015, que define sete áreas prioritárias de acção: mercado único digital; interoperabilidade e standards;Confiança e segurança; Internet de alta velocidade; pesquisa e inovação; promoção das competências digitais; e TIC para enfrentar desafios sociais.
O penúltimo daqueles objectivos é formulado deste modo:
A era digital deve na capacitação e emancipação; o background e as competências não deveriam ser uma barreira ao acesso a esse potencial.
Quanto mais tarefas diárias são realizadas on-line, desde candidatar-se a um emprego até pagar impostos ou reservar bilhetes, o uso da internet tornou-se parte integrante do quotidiano de muitos europeus. Mais de metade deles (250 milhões) acedem à net todos os dias, mas 150 milhões - cerca de 30% - nunca utilizaram a internet. Frequentemente dizem que não têm necessidade ou que ela é demasiado cara. Este grupo é formado por pessoas com idade entre os 65 e os 74 anos, pessoas com baixos rendimentos, desempregados e e com menor nível de instrução.
Acresce que a Europa está a sofrer de uma escassez de competências profissionais em TIC, podendo a falta de profissionais competentes nessa área elevar-se a 700.000 por volta de 2015.
Estas deficiêbncias estão a excluir muitos cidadãos da sociedade e da economia digital e estão a atrasar o impacto positivo que as TIC podem ter sobre o crescimento da produtividade.

Para resolver estes problemas, a Agenda Digital procurará por exemplo:
  • Ultrapassar o défice de competências digital, promovendo uma maior coordenação das iniciativas de competências TIC a nível nacional, em especial propondo a literacia digital e competências como uma das prioridades do Fundo Social Europeu.
  • Promover a oferta e a procura de competências em TIC no mercado de trabalho, através do desenvolvimento de ferramentas que permitam até 2012 identificar as competências dos profissionais de TIC e d os utilizadores, de modo que as empresas que procuram empregados com competências específicas em TIC possam facilmente comparar suas habilidades.
A Comissão, com base numa revisão das opções, vai também apresentar propostas até 2012 para garantir que os sites que oferecem serviços públicos sejam acessíveis a todos os cidadãos, incluindo idosos e pessoas com deficiência. Esta última meta deverá estar implementada até 2015.


ACT. (em 21.5) - Microsoft Welcomes the “Digital Agenda for Europe”. Et pour cause!

terça-feira, maio 18, 2010

Facebook e Twitter, privacidade e utilidade

Vale a pena passar os olhos por um artigo no Le Monde sobre o uso das redes sociais em contextos educativos (Mon prof, mon ami... sur Facebook). Destaco, em particular, um texto do mesmo jornal francês sobre a "primeira turma Twitter".

É curiosa a distinção feita entre Facebook e Twitter, sendo este último favorecido. Diz uma professora que tentou utilizar o Facebook com os alunos até ao momento em que estes se aperceberam de que ela podia ter acesso às fotografias das suas desventuras nocturnas. Ter-se-á dado aí o ponto de viragem em direcção ao Twitter.

As questões ligadas à privacidade são, com pouca surpresa, as que adquirem maior importância. Como refere um investigador ao Le Monde "um dos problemas que se coloca aos jovens professores é o da distância para com os seus alunos. Em início de carreira, inquietos por não se fazerem ouvir, podem tender para posições de grande irmão".

Livro sobre a TV educativa e cultural nos países ibero-mericanos




















Sob a coordenação dos catedráticos da Universidad Autónoma de Barcelona Lorenzo Vilches e José Manuel Pérez Tornero, foi apresentado em Sevilha, no passado dia 13 deste mês de Maio, o "Libro blanco sobre la Televisión Educativa y Cultural".

«Es la primera publicación de conjunto sobre este tipo de televisiones que operan en Iberoamérica. Este libro es un balance provisional y parcial del camino recorrido en las últimas décadas por las televisiones de Argentina, Brasil, Chile, Colombia, México, España, Perú, Portugal, Uruguay, Venezuela. Describe el origen, contexto y estado actual de las Televisiones educativas y culturales – TEC – en 10 países Iberoamericanos. (...) El estudio correspondiente a cada país presenta inicialmente una descripción del sistema general audiovisual dando cuenta de su organización, principales actores e impacto en públicos y audiencias, así como una visión general de las tendencias de programación y producción.»

O capítulo sobre Portugal foi elaborado por dois membros da equipa deste blogue, Sara Pereira e Luís Pereira. A realização deste Relatório sobre a realidade portuguesa baseou-se em diferentes fontes de informação:
  • dados audimétricos disponíveis no “Anuário de Media e Publicidade’ de 2008, do grupo Marktest;
  • dados estatísticos de organismos públicos como o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM);
  • diplomas legais que regulamentam o audiovisual no país;
  • dados fornecidos pelas estações televisivas RTP1, RTP2, SIC e TVI;
  • entrevistas realizadas ao Director de Programas da RTP1, Dr. José Manuel Fragoso; ao Director de Programas da RTP2, Dr. Jorge Wemans; ao Director-adjunto de programas da SIC, Dr Luís Proença; , à ‘Head of Acquisitions' da SIC, Drª Vanessa Fino Tierno; ao Director de Conteúdos de Programação e Audimetria da TVI, Dr Paulo Soares, e à Doutora Estrela Serrano, membro do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social;
  • trabalhos de pesquisa nacionais.
O livro é editado pela Gedisa, podendo ser adquirido através do site da editora.

Por que a literacia mediática pode ser decisiva

Esta é uma história de uma história falsa sobre um dos fundadores da Wikipedia, que reputados media copiaram uns dos outros, mas não cuidaram de verificar. Mais: quem desencadeou o caso apagou a história, mas não deu explicações. E quem foi rápido a copiar e difundir o boato ficou quedo perante actualizações e e afirmações de que se tratava de uma falsidade. Complicado? Provavelmente. Nada melhor do que ir à fonte e ficar a perceber por que é fundamental aprender a sobreviver e a lidar com este mundo dos media, começando na mais tenra idade: Jimmy Wales: On Founder Access and More Important Digital Literacy.

Ficam aqui as lições/recomendações de quem conta o caso:

1. One source is usually not enough. You’ve got to review several and then make a judgement. That’s a positive about the Internet of course a negative is that it takes more time. It’s also a good idea to run your news search on more than one engine.

2. Is there a protocol in place to help make some sense of a story that is being reported differently by various organizations?

3. You should check your sources for a few weeks after a story “breaks” to see if any changes have taken place. We know, MUCH easier said than done but setting alerts for certain keywords and sources can help.

4. How do you judge credibility of a news source in the web age? How does a news organization lose or gain cred. What about weblogs? Does credibility mean anything anymore? What does it count for?

5. Should organizations make “official responses” as soon as a big story breaks where they want/need to share their views. Google is brilliant at doing this.

6. In this time of super instant info, is it a must that if someone tweets a news item and then sees updates and/or corrections they must tweet the updates?

7. What about search engines? Users must understand that in many but not all cases they work autonomously. Understanding how to determine a date of publication is very important. In fact, search engines should require that a time and date be included next to the article and the webmasters have a method of pinging the search engines for an instant recrawl once a change to a story has been made. However, multiple versions should be made available.

segunda-feira, maio 17, 2010

Literacia Mediática entre adultos: novo relatório da OFCOM

A OFCOM, entidade britânica de regulação dos media audiovisuais, publicou hoje um novo estudo sobre a Literacia Mediática entre a população adulta.
O documento traça um panorama dos usos dos media entre maiores de 16 anos, aborda o grau de confiança e de interesse que aqueles lhes despertam, atribui particular destaque à Internet, particularmente o que se relaciona com a percepção de aspectos de segurança e de aprendizagem.








Com o investimento feito na promoção da Literacia Mediática, a OFCOM pretende proporcionar às pessoas a oportunidade e a motivação para desenvolverem competência e confiança para que participem nas tecnologias de comunicação e na sociedade digital; e informar e capacitar as pessoas para que sejam capazes de gerir a sua actividade mediática, tanto como consumidores como criadores de comunicação.
Para aquele organismo, a Literacia Mediática "permite que as pessoas adquiram as habilidades, conhecimentos e compreensão de que necessitam para fazerem pleno uso das oportunidades proporcionadas quer pelos serviços tradicionais quer pelos novos serviços de comunicações. A literacia mediática também ajuda as pessoas a gerirem o conteúdo e as comunicações, e a protegerem-se (assim como as suas famílias) dos riscos potenciais associados à utilização destes serviços".

Relatório integral: AQUI.

Agenda digital, uma prioridade da Comissão Europeia

A proposta está definida como prioritária e foi esta manhã discutida no Parlamento Europeu. A vice-presidente da Comissão Europeia para a Agenda Digital, Neelie Kroes, defendeu que até 2013 todos os cidadãos da União Europeia (UE) deverão ter acesso à banda larga de Internet e ser capazes de utilizar os seus telemóveis como 'carteiras electrónicas'. A responsável defendeu ainda que até 2015 todos deverão ter acesso aos serviços públicos online.

Neelie Kroes acrescentou que

«a Europa só poderá beneficiar verdadeiramente da revolução digital se todos os cidadãos e empresas da UE estiverem envolvidos numa nova sociedade digital activa e participativa, que trará benefícios económicos e sociais.»

Na Resolução adoptada hoje, o Parlamento sublinhou a necessidade de existirem boas condições de acesso à Internet em todos os locais, bem como o domínio de algumas competências de utilização dessas ferramentas. O documento destaca igualmente que os indivíduos deverão conhecer os seus direitos nestes contextos digitais e formas de se protegerem de diversas ameaças. Os responsáveis europeus acreditam que este conjunto de intenções pode promover a criação de emprego e o desenvolvimento económico e social, ajudando a Europa a sair da recessão.

Neste ponto, percebemos que existe, pelo menos, consciência e vontade políticas. E no terreno, o que poderemos realmente esperar? As metas traçadas pela Comissão serão demasiado ambiciosas? E em relação a Portugal, até que ponto poderemos pensar numa implementação eficaz de todas estas deliberações?

A Agenda Digital é uma das bandeiras do programa Europa 2020.


domingo, maio 16, 2010

Obama e a tecnologia ao serviço da cidadania

Ainda sem entrar nos detalhes do congresso de Sevilha, deixo aqui outra leitura de final de fim-de-semana, já a entrar na semana que agora começa. No dia 9 de Maio o presidente dos EUA, Barack Obama, discursou na Universidade de Hampton, focando-se na questão da educação. Lá pelo meio do discurso encontra-se isto:

"Vocês estão a amadurecer num ambiente mediático de 24 horas por dia, sete dias por semana, que nos bombardeia com todos os tipos de conteúdos e que nos expõe a todos os tipos de discussões, algumas das quais que nem sempre se posicionam muito alto na escala da verdade. E, com iPods e iPads; e Xboxes e Playstations - com as quais eu não sei trabalhar - a informação torna-se numa distracção, numa diversão, numa forma de entretenimento, em vez de ser uma ferramenta de capacitação, em vez de ser o meio da emancipação. Isto não está apenas a colocar pressão sobre vocês; está a colocar pressão sobre o nosso país e sobre a nossa democracia."

O comentário causou polémica, em particular sendo Obama o presidente que foi eleito com a ajuda da onda do Youtube e das redes sociais. Parece-me adequado acrescentar outro parágrafo do discurso:

"[O que os fundadores dos EUA] reconheceram foi que, no longo prazo, a sua improvável experiência - chamada América - não funcionaria se os seus cidadãos não estivessem informados, se os seus cidadãos estivessem apáticos, se os seus cidadãos deixassem de se importar e abandonassem a democracia nas mãos dos que não tinham os melhores interesses de todo o povo no coração. Só poderia funcionar se cada um de nós se mantivesse informado e comprometido; se chamássemos o nosso governo à responsabilidade; se cumpríssemos as obrigações da cidadania".

Educação para a Microsoft?

Regressados do congresso Euro-Iberoamericano "Alfabetización mediática y culturas digitales", que decorreu em Sevilha nos passados dias 13 e 14 de Maio e ao qual a Universidade do Minho levou um grupo, tenho a certeza que virão a caminho vários posts sobre o mesmo.

Eu próprio escreverei umas coisas acerca do que por lá foi discutido. Contudo, antes de o fazer, aproveito a deixa de Alfonso Gutiérrez Martin, professor na Universidade de Valladolid, que durante um dos painéis alertou para o risco de o tipo de Educação para os Media que se está a fazer actualmente poder ser, na realidade, apenas Educação com os Media e não para. E lançou a questão: "Quantos de nós neste congresso usam Powerpoint?"

Educação para os Media que rapidamente se torna em Educação para a Microsoft, como o mesmo disse.

Neste sentido, deixo aqui a ligação para um artigo recente do New York Times sobre o impacto do Powerpoint nas campanhas militares dos EUA: "We Have Met the Enemy and He Is PowerPoint". Alguns excertos particularmente interessantes:

"O Powerpoint faz-nos estúpidos", disse este mês numa conferência militar na Carolina do Norte o General James N. Mattis dos Fuzileiros (Falou sem Powerpoint). O Brigadeiro-General H. R. McMaster, que baniu as apresentações de Powerpoint quando comandou os esforços bem sucedidos para controlar a cidade iraquiana da Tal Afar em 2005, foi o seguinte na mesma conferência, comparando o Powerpoint a uma ameaça interna.

(...)

"É perigoso porque pode criar a ilusão da compreensão e do controlo", afirmou o General McMaster numa entrevista por telefone mais tarde. "Alguns dos problemas do mundo não são do tamanho de bullets."

(...)

No ano passado quando um site militar, Company Command, perguntou ao líder de um pelotão do Exército no Iraque, Tenente Sam Nuxoll, como é que passava a maior parte do tempo, ele respondeu: "A fazer slides de Powerpoint". Quando o entrevistador insistiu, ele afirmou que estava a falar a sério."

'Como TVer' no Diário do Minho



















O booklet 'Como TVer', da autoria de Sara Pereira, Luís Pereira e Manuel Pinto, é distribuído gratuitamente amanhã com o jornal 'Diário do Minho'.
Esta publicação, que integra uma colecção composta por mais dois booklets, foi elaborada no âmbito de um projecto de Educação para os Media que em 2009 foi premiado pela Evens Foundation, Bélgica.

O Twitter na escola

Recursos relacionados com a utilização do Twitter em contexto escolar:

quinta-feira, maio 13, 2010

Educação para os Media na UM

Retomando a reflexão que há dias vinha fazendo, fiquei de explicar a razão ou razões para que a Educação para os Media (ou Educação para a Comunicação Social) tenha conhecido um tempo de menor vitalidade, no plano da formação, na Universidade do Minho (UM).
Diria que o principal motivo se prende com as mudanças nas políticas educativas. O fim dos cursos de Estudos Superiores Especializados (CESE) acarretou o fim do CESE de Educação para a Comunicação Social da UM, que incluía disciplinas como Teoria e Prática da Educação para os Media ou Laboratório de Imprensa e Laboratório de Meios de Comunicação Escolares.
Este Curso funcionou vários anos, na segunda metade dos anos 90, no então Instituto de Estudos da Criança.
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento dos mestrados levou a criar em vários deles, no mesmo Instituto, disciplinas - que ainda hoje existem - que, não sendo especificamente de Educação para os Media, abrem janelas para essa vertente (vg. "Crianças, Media e Socialização" ou "Comunicação, Media e Infância").
Mas o factor decisivo para o quase total eclipse desta componente nos cursos de licenciatura de formação de professores e educadores, com carácter obrigatório, teve, na segunda-metade da primeira década deste século, a ver com o desenvolvimento do chamado "processo de Bolonha", acentuando, de resto, uma tendência que já vinha de trás. A centração curricular nas áreas ditas fundamentais (como a Matemática, as Ciências Naturais ou o Português)) e a definição de pesos específicos para essas áreas conduziu a passar para as margens ou mesmo a suprimir formações tidas por secundárias ou irrelevantes. Nessa onda se foi a Educação para a Comunicação Social, um processo que se conjugou também com a afectação de recursos humanos à leccionação.
Ao mesmo tempo que se ia atenuando o lugar dessa vertente na escola que tinha por missão os estudos da criança e a formação de professores da educação infantil e básica, ela iria começar a ganhar expressão no Instituto de Ciências Sociais, precisamente no Departamento de Ciências da Comunicação. É o que veremos a seguir.

segunda-feira, maio 10, 2010

Auto...


Por estes dias, o site EDUCARE, da Porto Editora, dá destaque a este blogue. Agradecemos a distinção.

quinta-feira, maio 06, 2010

Adolescentes e telemóveis nos EUA


(Fonte: Flowtown. Versão ampliada: AQUI)

terça-feira, maio 04, 2010

As Políticas de Informação na Sociedade em Rede e os Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas

A propósito do 10º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas que decorreu em Guimarães, de 7 a 9 de Abril de 2010, cujo tema geral era Políticas de Informação na Sociedade em Rede, o blogue Entre Estantes sublinha as principais conclusões e recomendações dos trabalhos do congresso. Transcrevo, de seguida, algumas das mais relevantes:
- O reconhecimento da informação como recurso estratégico para a educação, a cidadania, a coesão social e o desenvolvimento económico;

- A necessidade premente de definição e implementação de uma política nacional de informação que, à semelhança do que sucede na generalidade dos países desenvolvidos, se constitua como instrumento fundamental para o progresso do país;

- A urgência da aprovação, antecedida de consulta a entidades e organizações representativas, de um quadro legislativo coerente que suporte a política nacional de informação e o
desenvolvimento dos sistemas que a materializam;

- A constatação de que as bibliotecas públicas, escolares e académicas são importantes veículos de acesso à informação, de promoção da literacia de informação e podem desempenhar um papel fundamental no âmbito das políticas de aprendizagem ao longo da vida, sendo assim de extrema importância o investimento em programas de promoção de literacia da informação

- O reforço dos sinais positivos já referidos implica que os profissionais e as instituições interiorizem uma cultura de mudança, que incorporem meios, tecnologias, serviços Web emergentes e ferramentas de Web social, e que se estabeleçam políticas e incentivos que premeiem a inovação e as boas práticas.

segunda-feira, maio 03, 2010

Vídeo na Escola - II Encontro de Educação Audiovisual

No próximo dia 7 de Maio realiza-se o o II Encontro de Educação Audiovisual a ocorrer no dia 07 de Maio, integrado na 10ª edição dos “Encontros de Viana – Cinema e Vídeo”, que decorre esta semana no Anfiteatro da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo.

"O II Encontro de Educação Audiovisual visa partilhar projectos de desenvolvidos por professores em escolas do ensino básico e secundário. Pretende-se com esta iniciativa criar um fórum de reflexão, de troca de experiências e de diálogo entre vários intervenientes interessados na literacia das imagens." 
"As mensagens audiovisuais invadem e fazem parte do nosso quotidiano e são o mais poderoso meio de informação e comunicação da actualidade. A sua influência abre-se em múltiplos formatos e janelas, desde a mais tradicional sala de cinema à televisão, aos videojogos, aos blogues, às redes de partilha como o YouTube, etc. Transportam e difundem valores e impõem, muitas vezes, modelos de conduta. Por iniciativa própria, ou em colaboração com entidades que promovem projectos neste âmbito, algumas escolas já integraram a alfabetização audiovisual na sua oferta educativa e oferecem uma formação que permite aos mais novos a leitura crítica e a utilização do audiovisual como meio criativo e de comunicação.
Para mais informações sobre programa e inscrições, consultar o site.

domingo, maio 02, 2010

Mais uma revista científica de educação para os media que se anuncia, desta vez em França


De uma assentada, uma equipa de investigadores maioritariamente franceses acaba de criar um Centro de Estudos sobre os Jovens e os Media e uma revista científica, que terá a primeira edição em Outubro próximo.
O Centro, que realizou no mês passado o seu primeiro encontro, na Sorbonne, em Paris, é composto por investigadores ligados às ciências da comunicação e da informação que têm um objecto comum: "a educação para os media e as práticas mediáticas dos jovens".
Os objectivos, além de congregar os investigadores, consistem em valorizar a investigação universitária e as práticas educativas; proporcionar um espaço de trocas e de partilha; pôr à disposição dos editores e da imprensa, dos jornalistas e também dos docentes, formadores e educadores e de estudantes diferentes tipos de recursos. A Associação quer ainda ser "um espaço de diálogo com os numerosos actores públicos e privados que intervêm no domínio da educação para os media".
A revista sairá com a chancela das edições de l'Harmattan e terá por título "Jeunes et Médias, les cahiers francophones de l’éducation aux médias".
Com sede em Paris (66 rue Gay-Lussac, 75005, Paris), esta associação pode ser contactada através do mail: jeunesetmedias@gmail.com.
(Fonte: CLEMI]

ACT. (3.5.2010):
Especificamente sobre a revista, um membro da Associação enviou-nos, entretanto, a seguinte informação complementar:
"La revue est semestrielle, le premier numéro sort début octobre 2010, le deuxième début avril 2011. Le premier dossier thématique porte sur les objets médiatiques populaires consommés par les jeunes mais peu pris en compte par la haute culture et le monde de la recherche. Le dossier thématique du deuxième numéro porte sur la sérialité.
La revue comporte trois grands volets : le premier est la parole d'un "grand témoin" issu des médias ou de la recherche, le deuxième un dossier thématique, le troisième s'intéresse aux actions d'éducation aux médias et aux études universitaires qui portent sur les médias d'actualité."