quarta-feira, abril 02, 2003

Vale a pena ler a coluna de Joaquim Fidalgo, no Público de hoje, intitulada "As novas redes". Só um cheirinho:
"Contava-me em tempos um professor provisório, daqueles que ano a ano eram colocados numa escola desconhecida, o truque que usava para meter conversa com novos colegas e, assim, rapidamente encontrar um grupo com que, à partida, presumisse sentir afinidades. Chegado à sala dos professores, reparava em quem lia qual jornal. Então ele, um fiel e quase militante leitor do PÚBLICO recém-nascido, acercava-se de quem estivesse a ler também o PÚBLICO. Essa simples circunstância punha-o, a ele que era tímido, suficientemente à vontade para começar a falar com um "estranho", pois a bem dizer já não era um estranho: lia o mesmo jornal...
Explicava-me ele que, na sua maneira de ver, gente que lesse o mesmo jornal (e então um jornal com as características inovadoras muito próprias que o PÚBLICO revelou ao nascer, em 1990) era gente que, em princípio, partilhava algo de mais fundo (...)".

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