(...) a comunicação se tornou para nós
questão de mediações mais do que de
meios, questão de cultura e, portanto,
não só de conhecimentos mas de re-conhecimento.
Um reconhecimento que
foi, de início, operação de deslocamento
metodológico para re-ver o processo
inteiro da comunicação, a partir de seu
outro lado, o da recepção, o das resistências
que aí têm seu lugar, o da apropriação
a partir de seus usos.
Martín-Barbero, Jesús (2001). Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ
Via: A TV pelo Olhar de Quem Vê
quarta-feira, setembro 29, 2010
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1 comentário:
Já nos anos 50 se estudavam formas de utilizar a televisão para o ensino de matéria educativa às crianças e adolescentes, aliás foi a partir dessa altura que se começou a perceber que os meios audiovisuais, nomeadamente a televisão, poderiam ser utilizados para beneficiar o ensino e a relação professor-aluno.
Apesar das potencialidades destas ferramentas, depressa surgiram teorias que defendiam profundos contrastes entre o que é aprendido através na TV e através dos professores, salientando o carácter negativo da televisão e sublinhando a relação antagónica que a maior parte dos professores assume viver com a televisão, acusando-a de transmitir violência e tirar tempo ao estudo, á leitura e ao espírito crítico.
No entanto, existem autores que defendem que a televisão pode realmente ser uma excelente ferramenta pedagógica, um instrumento capaz de auxiliar o professor, de complementar as suas aulas. O que não se pode descurar é o facto de que é imprescindível que os professores façam (re)leituras dos programas com os seus alunos, que discutam com estes as problemáticas dos programas, que ajudem a perceber os aspectos positivos e negativos das diferentes abordagens vistas na TV.
Por tudo isto surge a necessidade de ensinar a ver televisão, de desenvolver a consciência crítica dos alunos, de alfabetizar para os media, cabe assim aos pais, professores e educadores orientar, interpretar e criticar o que os mais novos vêem na TV.
Rui Pinheiro
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