Com as devidas desculpas ao Fábio por lhe estar sempre a empurrar os posts para baixo, acho que se impõe dar os parabéns ao jornal Reconquista por ter recebido uma menção especial nos prémios deste ano de "Jovens Leitores" da Associação Mundial de Jornais e de Editores de Notícias, na secção "Jornais na Educação". A par do Reconquista também o australiano The Age recebeu uma menção nesta secção.
O trabalho de Educação para os Media no distrito de Castelo Branco desenvolvido no campo dos jornais escolares tem sido um caso de destaque em Portugal, sendo possivelmente o mais ambicioso do país dentro deste tema.
"Isto é o começo de uma abordagem excelente e multifacetada com o potencial para ajudar cidadãos do século XXI a desenvolverem capacidades críticas de literacia ao analisarem mensagens mediáticas e ao serem capazes de produzir as suas próprias mensagens. Apesar de os resultados terem sido modestos inicialmente, esperamos grandes coisas desta equipa", refere o júri do concurso.
Citada pela Lusa, a professora do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e investigadora responsável da iniciativa Helena Menezes afirmou que "este prémio é importante para o país, mas também para a região, e mostra que é possível desenvolver bons projectos fora dos grandes centros".
O papel do Reconquista na região tem sido muito visível desde a década de 1970 quando começaram a imprimir na gráfica do semanário jornais escolares. Desde então que o jornal tem desenvolvido esforços nesta área, sendo uma das pedras fundamentais das actividades de Educação para os Media no distrito. Mais do que publicar jornais escolares, já lançaram suplementos com textos escritos pelos alunos das escolas abrangidas e deram visibilidade a esta actividade.
Foi feita formação de professores e houve uma enorme aposta e incentivo da produção de jornais escolares por alunos de escolas de 2º e 3º ciclo, bem como de secundárias.
Para além de investigadores quer do IPCB quer das universidades Clássica e Nova de Lisboa e do Instituto Piaget, o projecto tem à cabeça um jornalista do periódico albicastrense, Vítor Tomé, que tem dinamizado de forma estonteante este trabalho, financiado desde 2007 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
O prémio será entregue em Novembro numa cerimónia em São Francisco, nos EUA.
Edit para acrescentar as declarações de Vítor Tomé, citado pelo Reconquista, e para corrigir as instituições associadas. “Este prémio tem de ser partilhado com os professores e os alunos das 24 escolas que estão a trabalhar com a equipa de investigação desde 2008. Tem de ser partilhado com a equipa do Reconquista e com muitos colaboradores, desde a empresa Netsigma a alguns docentes da Escola Superior de Artes Aplicadas e a várias outras pessoas que nos incentivaram a apoiaram desde a primeira hora”, afirmou o jornalista e investigador.
Aproveito também para destacar que os resultados do projecto vão ser apresentados em Castelo Branco, no dia 6 de Novembro, com a presença dos avaliadores externos (Pier Cesare Rivoltella da Universidade Católica de Milão e Evelyne Bevort do Ministério francês da Educação) e de todos os membros da equipa.
O evento também vai receber vários nomes da Educação para os Media nacional e internacional, em particular o fundador deste blogue e professor da Universidade do Minho Manuel Pinto, mas também Aguaded-Gomez (Universidade de Huelva), Vitor Reia-Baptista (Universidade do Algarve) e António Fidalgo (Universidade da Beira Interior), como refere o texto do jornal albicastrense.
quinta-feira, setembro 09, 2010
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