segunda-feira, janeiro 22, 2007

Wrestling e TV

"Ricardo agarra o amigo pelo pescoço e simula que vai atirá-lo ao chão. Têm nove anos e estão a brincar ao wrestling no pátio da escola. Imitam o que vêem na televisão. Não são os únicos, há miúdos de todas as idades, do 1.º ao 9.º ano, que brincam sem medir forças e por vezes vão parar aos hospitais. "


Assim começava uma reportagem de Bárbara Wong, no Público de ontem que acrescentava:
"O fenómeno do wrestling não é novo, mas está a chegar aos recreios portugueses, sobretudo depois de o programa de televisão ter começado, no início do mês, a passar na SIC generalista - desde 2004 que vai para o ar na SIC Radical.
A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) e a Associação de Consumidores dos Media já receberam queixas. A primeira de pais preocupados com o que se passa nas escolas; a segunda de pais e educadores que reagem contra o conteúdo do programa, que dizem que é agressivo e pouco adequado para estar num horário familiar, ao domingo à tarde. Mas o programa também passa durante a semana".

Não pode ser a televisão a única responsável por eventuais consequências psicológicas e físicas decorrentes do visionamento deste tipo de programas. Mas tem de assumir responsabilidades. Não pode ser aceite como a coisa mais natural do mundo que um canal generalista passe estes conteúdos em horários diurnos, lavando as mãos das eventuais consequências.

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