Educação para os Media 25 anos depois
Completam-se precisamente hoje 25 anos sobre a data em que um grupo de peritos de vários países, reunidos pela UNESCO, na cidade alemã de Grunwald, redigia e acordava sobre uma "Declaração sobre a Educação para os Media" que constitui, ainda hoje, uma referência importante.
Notava essa Declaração, a abrir:
"Mais do que condenar ou justificar o inquestionável poder dos media, urge aceitar o seu significativo impacto e a sua difusão através do mundo como factos consumados, valorizando ao mesmo tempo a sua importância enquanto elemento de cultura no mundo hodierno. O papel da comunicação e dos media no processo de desenvolvimento não deveria ser subestimado, tal como a função desses meios enquanto instrumentos ao serviço da participação activa dos cidadãos na sociedade. Os sistemas político e educativo devem reconhecer as respectivas obrigações na promoção de uma compreensão crítica do fenómeno da comunicação entre os seus cidadãos".
É impressionante o quadro de mudanças ocorridas, se olharmos para o mundo nestes 25 anos. Mas o apelo a que se aprenda a comunicar melhor e se aprenda a olhar com espírito crítico o mundo que nos rodeia e o modo como os media o apresentam continua de pé, mais pertinente do que nunca.
Hoje, para muitos, o problema continua a ser de escassez de informação e de recursos para terem acesso a ela e dela tirarem benefícios. Para outros, o drama é precisamente o oposto: mergulhados em tanta informação, sem mapa que os guie nem bússola para fazerem caminho, vagueiam (surfam) como tontos, sem origem nem destino.
Aprender a dar sentido ao mundo e à vida, a tornar este nosso mundo habitável e acolhedor, fazendo com que o ambiente simbólico da informação e dos media se torne respirável e solidário - eis o desafio da tal Educação para os Media, hoje e aqui.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário