sexta-feira, outubro 15, 2010

E-mail continua a ser plataforma preferida para partilha de conteúdos

De acordo com um estudo divulgado hoje pelo instituto Chadwick Martin Bailey, o e-mail continua a ser o meio online preferido para partilhar conteúdos. Este observatório de mercado de Boston, nos EUA, concluiu que 3 em cada 4 inquiridos prefere enviar conteúdos para amigos e família e quase metade realiza esta tarefa pelo menos uma vez por semana. Apesar do crescente êxito das redes sociais, pensadas e construídas para facilitar a partilha de diversos assuntos entre utilizadores, o estudo revela a importância e a primazia que o e-mail continua a ter neste contexto.

Desta forma, a investigação refere que 86 por cento dos inquiridos continua a preferir o correio electrónico, numa tendência que se verifica com maior insistência à medida que se analisam as respostas dos inquiridos de idades mais avançadas. Por outra parte, os indivíduos compreendidos entre a faixa etária dos 18 aos 24 anos utilizam o correio electrónico apenas em 70 por cento dos casos.

No que diz respeito às motivações, o estudo refere que são maioritariamente egoístas: 72 por cento prefere enviar conteúdos que pensam ser divertidos ou interessantes. O estudo realça ainda que, nesta matéria, não existem diferenças susbtanciais quanto ao género. Contudo, no que se refere à idade, as motivações são diferentes: os inquiridos mais velhos preocupam-se com a qualidade do que enviam. Nos maiores de 55 anos, a qualidade é destacada como um valor importante para 67 por cento dos inquiridos, já na faixa 18-24 anos é valorizada apenas por 47 por cento da amostra.

O estudo parece ser interessante na questão da valorização do que se publica em confronto com as plataformas escolhidas para concretizar esta intenção. No fundo - e é o que me ocorre como súmula desta investigação - parece-me que ainda não estamos, de facto, a dar o devido tempo às redes sociais para podermos estudá-las com a devida profundidade. Só com a consolidação efectiva destes processos poderemos compreender se estas plataformas estão, de facto, a produzir alguma alteração real na vida quotidiana, em termos macro-sociais, se assim poderíamos designar. Parece-me, e talvez seja o mais relevante perceber daqui em diante, que razões destacam os que nada partilham. Parece-me existir nesta discussão aquilo que um dos autores deste blogue chamaria de 'silêncio', interessante de abordar.

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