quarta-feira, abril 30, 2008

Infoliteracia

Infoliteracy
Neste trabalho editado pela UNESCO, publicado já em 2008, considera-se a literacia informativa como a capacidade das pessoas para:
 Recognise their information needs;
 Locate and evaluate the quality of information;
 Store and retrieve information;
 Make effective and ethical use of information, and
 Apply information to create and communicate knowledge.

terça-feira, abril 29, 2008

Crianças e regulação da publicidade no audiovisual

Uma leitura sobre este assunto:
European and International Regulation of Advertisements in the Audiovisual Sector Potentially Viewed by Children, de Konstantinos Stylianou, do European Audiovisual Observatory.

segunda-feira, abril 28, 2008

Tecnologia arruína as crianças?

No Times, este texto de John Cornwell: Is technology ruining children?, sobre um novo livro de Susan Greenfield, que vai ser publicado no próximo mês: ID: The Quest for Identity in the 21st Century ( Sceptre).
"Technology is moulding a generation of children unable to think for themselves or empathise with others, says the leading brain scientist Susan Greenfield. Is it time to switch off?"
Crianças e media: Cimeira Mundial

A cidade de Karlstad, na Suécia, prepara-se para acolher, dentro de dois anos, a Cimeira Mundial sobre Media para Crianças e Jovens, dando assim continuidade a outras iniciativas análogas, que ocorreram na última década em diversas partes do mundo. O tema, desta vez, versa sobre "Desafios no mundo da comunicação das gerações mais novas".
A versão espanhola do texto de apresentação da cimeira explica assim a iniciativa:
  • Preparando un nuevo mundo mediático para el siglo XXI con los niños y la juventud.
  • Una visión ambiciosa e imaginativa para llamar la atención a los medios sobre el bienestar de los niños, y llamar la atención a los niños sobre los medios.
  • Los jóvenes participarán en la planificación, co-creación y realización de la Cumbre, al mismo tiempo de asistir personalmente y de manera virtual.
  • Un nuevo formato para una conferencia internacional que ofrece la posibilidad de hacer red, debatir, plantear nuevos retos, interactuar y participar en sesiones prácticas para compartir perspectivas, experiencias y conocimiento.
  • Cumbres virtuales paralelas, organizadas de manera simultánea en las grandes ciudades del mundo, interactuarán y aportarán resultados a la Cumbre de Karlstad.
  • Presentación y debates sobre las nuevas líneas de investigación sobre niñez, medios de comunicación y bienestar.

quarta-feira, abril 23, 2008

A culpa é da Internet

O DN tem hoje uma notícia com o título seguinte: Crimes sexuais através da Net estão a aumentar, destacando ainda que 'Chats' e 'messenger' são veículos perigosos.

Logo no início da notícia, podemos ler que "Os crimes sexuais de aliciamento e pornografia - através da Internet estão a crescer em Portugal. A Polícia Judiciária (PJ) investigou, no ano passado, 67 casos de pornografia infantil via Net". No entanto, 67 é o único número que ficamos a conhecer, não sabendo se de facto aumentou ou não relativamente a períodos anteriores. A notícia basear-se-á nas palavras de Maria José Morgado: "tendência crescente para os casos de aliciamento sexual de crianças e jovens".

Creio que seria importante ter dois factores em conta na construção desta notícia que acaba por ser excessivamente alarmista.

Em primeiro lugar, o acesso à Internet tem aumentado, logo é normal que num universo de mais utilizadores os usos indevidos também aumentem.

Em segundo lugar, que acompanhamento tem sido dado aos jovens para lidarem com esta nova realidade. A educação para a utilização dos media é uma necessidade cada vez mais premente. E não passa necessariamente por uma proibição - que pode ser a tentação de alguém menos informado que leia esta notícia, ou que se fique pelo título e destaque. Atribuir a culpa de determinados usos a dispositivos tecnológicos, neste caso os serviços de mensagens instantâneas, é pender para a irresponsabilidade.

Ainda sobre este ponto, é relevante dar conta de que há professores que vão utilizando o messenger para as suas práticas lectivas, explorando o seu potencial e levando os alunos a reflectir sobre variadíssimos aspectos. E também que há empresas que utilizam esta ferramenta em contexto laboral. Dois exemplos apenas de usos desta ferramenta que tem, evidentemente, um papel importante de sociabilização junto dos mais novos, e não só.

É fundamental que cada um - pais, educadores, investigadores, políticos, mas também jornalistas - reflicta sobre o papel que pode ter para preparar os jovens para o mundo em que hoje vivemos, em que proliferam os dispositivos digitais. Fechar os olhos a esta realidade, ficando-se apenas pelos perigos que encerram, é limitar o acesso a um conjunto de oportunidades que as tecnologias proporcionam.

Infelizmente, o DN não permite comentários às suas notícias, limitando, assim, que se debata este assunto com a mesma visibilidade que o jornal tem na Web.

Ps: um último aspecto que me intriga, as "dificuldades na investigação destes casos é a recolha de prova". Uma questão (de alguém que não faz ideia do que é a investigação criminal): qual será mais fácil de investigar: a troca de mensagens e fotografias através da Web ou um simples encontro de um adulto com um menor a que mais ninguém assistiu?

segunda-feira, abril 21, 2008

Internet: comunicação ou informação?

Having conducted an extensive study of Internet use among 9-to-19-year-olds in the United Kingdom, Sonia Livingstone and Magdelina Bober found that young people prefer to use the Internet for communication rather than for information.
Yet, as scholars of literacy technologies have pointed out, the technological focus in schools has been geared toward the information component of digital technologies rather than the communication component. This incongruity suggests that, to better understand young people's literacy practices in digital spheres, researchers need to focus attention on the user (reader and writer) of digital texts. In recent studies of digital literacy practices among adolescents, this focus has produced findings related to why many young people choose to read and write online for hours every day and what these online reading and writing practices can tell us about the changing nature of literacy.

Lewis, Cynthia (2007). "Digital Literacy" in Encyclopedia of Children, Adolescents, and the Media. 2007. SAGE Publications.

domingo, abril 20, 2008

Segurança na Internet

Uma parceria entre a organização "Common Sense" e a Google levou à produção de um vídeo intitulado "Common sense approach no Internet safety":

sexta-feira, abril 18, 2008

Online num quarto escuro

Para quem se preocupa com "a(s) problemática(s) emergente(s) do digital e, em particular, do modo como crianças e jovens lidam ou podem lidar com alguns dos desafios/riscos/iscos/oportunidades que se colocam", há, hoje à noite, na Póvoa de Lanhoso um programa especial.
No Theatro Club local (situado no centro da vila, no antigo quartel dos Bombeiros, em frente às antigas escolas António Lopes), vai à cena, às 21h45, “Online num Quarto Escuro”, uma encenação concebida e realizada por jovens, “uma reflexão sobre a era digital e o "web meeting", ou seja, um olhar sobre os perigos e vantagens dos relacionamentos através da Internet”.
Mais informações AQUI.

O telemóvel na sala de aula - entrevista

O blogue Nomadismo Celular revela que a professora Adelina Moura "será a entrevistada [esta] sexta-feira, dia 18, às 19h, na web-rádio do Centro Cultural Bradesco. Adelina vai relatar sua experiência em sala de aula com a geração que vive com um "telemóvel", como se diz em Portugal, grudado no corpo. Ela é autora do Geração Móvel. Em uma época em que esse aparelho transformou-se na identidade do indivíduo, a professora prepara seu doutorado, refletindo e questionando os usos e como construiur mais ferramentas para a educação".

quinta-feira, abril 17, 2008

Mundo digital e os mais novos: dois estudos

Acaba de ser publicado no Reino Unido um extenso estudo encomendado pelo primeiro-ministro, cujo título é Safer Children in a Digital World - The Report of the Byron Review. Compõe-se de quatro capítulos, a saber:
1: Setting the Scene
2: What Children Bring to New Technology
3: The Internet: Towards a Strategy for Keeping Children Safe
4: The Internet: Specific Areas for Better Regulation
5: The Internet: Better Information and Education
6: Video Games: The Evidence
7: Video Games: Managing Access Offline
8: Online Gaming
9: Conclusion

"The Impact of the Media on Children and Young People with a particular focus on computer games and the internet" é o título do estudo de David Buckingham et al., do Institute of Education, University of London, apresentado em Dezembro último e disponibilizado na Internet. Encomendado pelo Department for Children, Schools and Families ao
Centre for the Study of Children, Youth and Media, que o Prof. Buchkingham dirige, este trabalho tem o seguinte índice:
1. Media Effects: The Social and Historical Context
2. Mapping Media Effects
3. Research Traditions and Debates
4. Computer Games
5. The Internet
6. New and Emerging Media
7. The Role of Media Literacy

quarta-feira, abril 16, 2008

'De Espectadores a Participantes' - Seminario na Universidad Autonoma de Barcelona

Discutir o modo como os cidadaos se envolvem no discurso mediático e como o transformam é o objectivo do seminário que o Gabinete Comunicación y Educación da Faculdade de Ciências da Comunicaçao da Universidade Autónoma de Barcelona promove amanha. Num formato que pretende proporcionar sobretudo a discussao e o debate, este seminário - que é apenas o primeiro de uma série de actividades - reúne investigadores e profissionais dos meios de comunicaçao em torno da seguinte agenda de trabalhos:
  • Assinalar, descrever e explorar as novas formas de participaçao dos cidadaos nos media;
  • Ajudar a diagnosticar, lançar hipóteses e interpretar o fenómeno nas suas variáveis;
  • Indicar temas, linhas e tarefas de investigaçao que possam ajudar a conhecer o fenómeno que se estuda;
  • Estabelecer uma agenda de trabalho sobre a matéria.

O propósito é abrir um programa de investigaçao sobre o novo modo de participaçao dos cidadaos no discurso dos media e as suas consequências - estruturais, políticas, económicas, semióticas e culturais.


[Declaraçao de interesses: Participo com Madalena Oliveira neste seminário. O nosso contributo está já disponível no blogue do seminário.Declaraçao de contrariedade!: os teclados espanhóis só têm til para consoantes!]

sábado, abril 12, 2008

Chaves da alfabetização digital

"Claves de la Alfabetizacion Digital" é o título de um livro editado em 2006 pela Fundação Telefónica e pela Ariel.
Sugerindo a consulta deste trabalho, integralmente disponível no site da Fundação, sugerimos o o parágrafo final das conclusões:

"[...] la alfabetización digital debe trascender el mero concepto utilitarista centrado en el desarrollo de las habilidades en el manejo de las TIC, algo necesario pero insuficiente. La alfabetización digital tiene que dotarse de un enfoque conceptual crítico del nuevo entorno tecnológico con el fin de facilitar la integración de las personas como sujetos activos y conscientes, y no como meros consumidores de tecnologías. Este será el mejor camino para superar las trampas del mercado o, lo que es lo mismo, para pasar de la sociedad de la información a la sociedad del conocimiento para todas las personas".

quarta-feira, abril 09, 2008

Os telemóveis e a Educação para os Media

O Educare faz uma reflexão - Carolina Michaelis do avesso - sobre o famoso caso dos telemóveis (são dois os telemóveis, o do "dá-me-o-telemóvel-já" e o que filmou), a partir do contributo de Sara Pereira, um dos membros deste blogue, que defende a necessidade de uma Educação para os Media. Os dispositivos tecnológicos apenas vieram sublinhar essa urgência, agora que "a vida entra pela sala de aula dentro e cria os seus próprios acontecimentos mediáticos".


«Apesar destas mudanças, aparentemente, a análise dos media continua a estar arredada do ensino. "Os meios de comunicação social e as tecnologias são vistos como um entretenimento e, por isso, considera-se que o lugar deles não é na escola", sintetiza Sara Pereira. Para questionar: "Mas se a escola não se abre à vida, nem a leva para aí para ser discutida, serve para quê, então?".

(...) O caso Carolina Michaelis funciona como um paradigma do actual estado da situação. Ponto um: está em causa a posse por um objecto tecnológico. Ponto dois: os intervenientes não são só actores e espectadores, são, eles próprios, produtores de acontecimentos. "As tecnologias deram a noção de poder", continua a investigadora. O poder de partilhar no Youtube, para uma comunidade vasta, um caso particular. Figuras anónimas catapultadas para o espectáculo mediático. "Tudo isto sem o respeito pela privacidade dos colegas, sem se ter a noção das consequências das acções", adverte Sara Pereira.

(...) Sara Pereira não deixa de insistir: "Faz falta uma reflexão sobre este tipo de cenários, faz falta contextualizar, qual o significado daqueles acontecimentos, a análise dos media é um exercício de cidadania".»

Prémio sobre a participação das crianças nos media

A UNICEF aceita até 16 de Maio inscrições dos media televisivos e radiofónicos que pretendam participar na edição deste ano do International Children’s Day Broadcasting (ICDB) Awards. Estes prémios são destinados a operadores cuja programação melhor reflicta o tema proposto para o ano passado ("O mundo que queremos") e que demonstrem um interesse geral pela participação dos mais novos nos media.
Mais informação: AQUI.

quinta-feira, abril 03, 2008

Da Irlanda...

Critical Media Literacy in Ireland


Critical Media Literacy (CML) is a matter of major public importance. The skill-set of CML1 is increasingly recognised at national and European level as essential to citizenship and to a healthy democracy.


MediaForum provides, supports and facilitates Media Literacy Education in Ireland




The Digital Hub is a community of people – artists, researchers, educators, technologists, entrepreneurs and consumers, all working together to create innovative and successful digital media products and services which support their
future.
[It's] an Irish Government initiative to create an international centre of excellence for knowledge, innovation and creativity focused on digital content and technology enterprises.

Escola - que futuro?

Carlos Zorrinho escreve sobre a Escola com Futuro, tendo em conta a intervenção do Plano Tecnológico para a Educação, de que é responsável:
A vida é hoje cada vez mais multifuncional. Ao mesmo tempo vemos televisão, lemos, escrevemos, jogamos e falamos! É isso que os jovens estudantes fazem quando estudam com a música alta, o computador ligado e o telemóvel pronto a trocar mensagens. É assim que aprendem e é nesse ambiente que vão ter que viver e criar valor.
E a escola? A escola é cada vez mais isso nos intervalos, nas actividades lúdicas e complementares, mas não tem ainda condições para ser isso nos períodos formais de aulas.
É por isto que o Plano Tecnológico para a Educação é tão importante como parte da corajosa reforma que o Governo está a implementar. Não que a tecnologia seja uma panaceia para os problemas da escola, mas porque a mudança induzida constitui um convite a um novo diálogo para a mudança. Um diálogo centrado no futuro dos alunos e não nos interesses dos grupos profissionais. Um diálogo que dignifica a escola no seu todo como a instituição chave para o futuro que ambicionamos.

quarta-feira, abril 02, 2008

Os mais novos e as redes sociais

A entidade reguladora britânica para os media divulgou hoje o conteúdo de um grande estudo intitulado Social Networking - A quantitative and qualitative research report into attitudes, behaviours and use.
Algumas conclusões:


  • Social networking sites are most popular with teenagers and young adults
  • Some under-13s are by-passing the age restrictions on social networking sites
  • The average adult social networker has profiles on 1.6 sites, and most users check their profile at least every other day
  • Social networkers fall into distinct groups
  • Social networkers differ in their attitudes to social networking sites and in their behaviour while using them. Ofcom’s qualitative research indicates that site users tend to fall into five distinct groups based on their behaviours and attitudes. These are as follows:
    • * Alpha Socialisers (a minority) – people who used sites in intense short bursts to flirt, meet new people, and be entertained.
    • * Attention Seekers – (some) people who craved attention and comments from others, often by posting photos and customising their profiles.
    • * Followers – (many) people who joined sites to keep up with what their peers were doing.
    • * Faithfuls – (many) people who typically used social networking sites to rekindle old friendships, often from school or university.
    • * Functionals – (a minority) people who tended to be single-minded in using sites for a particular purpose.
  • Non-users also appear to fall into distinct groups; these groups are based on their reasons for not using social networking sites:
    • * Concerned about safety – people concerned about safety online, in particular making personal details available online.
    • * Technically inexperienced – people who lack confidence in using the internet and computers.
    • * Intellectual rejecters – people who have no interest in social networking sites and see them as a waste of time.
  • Users create well-developed profiles as the basis of their online presence
  • Users share personal information with a wide range of ‘friends’
  • While communication with known contacts was the most popular social networking activity, 17 % of adults used their profile to communicate with people they do not know. This increases among younger adults
  • Only a few users highlighted negative aspects to social networking.