A televisão em casa: para além do conforto
Há dias uma jornalista de uma revista telefonava-me para saber se havia dados acerca da percentagem de lares portugueses sem televisão. Não dispondo de dados à mão, sublinhei a ideia de que esse valor deveria ser verdadeiramente residual. O "Expresso" deste fim de semana, baseado numa amostra de mil indivíduos seleccionada através do método de quotas, traz uma confirmação dessa ideia: apenas 0,3% declara não ter TV em casa. Mas os dados apurados permitem ir mais longe: apenas 23% têm apenas um televisor, sendo que 37 por cento possuem três ou mais aparelhos receptores. Como é lógico, não é apenas o número de televisores que determina o consumo de televisão. Mas é certamente um factor que contribui poderosamente para configurar esse consumo, em quantidade e em "qualidade". Uma segunda televisão em casa significa, com frequência, poder aceder às emissões na sala e na cozinha. Mas, ter ou não televisão na cozinha, no(s) quarto(s) de dormir (designadamente das crianças) já não se pode considerar apenas um indicador de conforto, como faz habitualmente a informação estatística.
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