Oito em cada dez jovens não têm participação cívica
Dados de um estudo da Marktest junto de uma amostra de 814 jovens portugueses dos 15 aos 30 anos, citados numa peça de Bárbara Wong, no jornal Público:
- Os jovens estão de costas voltadas para a sociedade e comunidade que os rodeia.
- Oito em cada dez jovens dizem não participar em grupos cívicos, sociais ou políticos. Ao todo, são 86,4 por cento. Entre estes, cerca de um terço (31 por cento) justifica essa posição pelo "desinteresse pelas actividades cívicas", enquanto 16,5 por cento aponta a falta de tempo e 11 confessam que "não tiveram oportunidade".
- Dos 13,5 por cento que declaram pertencer a alguma organização cívica, 31,8 por cento integram um partido político. Seguem-se as associações culturais (20,9 por cento), desportivas (16,8 por cento) e recreativas (15,5 por cento). Depois vêm os grupos humanitários (11,8 por cento), os religiosos (7,3 por cento) e por fim as associações de estudantes (6,4 por cento).
- As suas principais preocupações dizem-lhes respeito directamente: o desemprego, o custo da habitação própria e o acesso ao primeiro emprego.
- Em termos políticos, não têm quaisquer expectativas, metade não vota e revela que não se consegue situar na "esquerda ou na direita". Quase metade (46,9 por cento) está indeciso e não se consegue situar na "esquerda ou na direita". Somadas as respostas dos jovens com opinião política (53,1 por cento), "a direita ganha à esquerda", adianta o estudo. Os jovens distribuem-se à direita (21,6 por cento), à esquerda (18,1 por cento), no centro-esquerda (6,8 por cento) e no centro-direita (6,6 por cento). Mas, quando chega a hora de votar, a maioria (51,3 por cento) não vai às urnas. As justificações vão desde um "não estava próximo da mesa de voto no dia das eleições", "tinha algo mais importante que fazer" (26,2 por cento), ao "não acredito nos políticos/política" (15,4 por cento).
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