De boca a orelha
Joaquim Fidalgo, no Público:
"Nos "States", a famosíssima agência Procter & Gamble contratou recentemente o que diz ser "uma força de venda" de 280 mil jovens, com idades entre os 13 e os 19 anos, para acções de "marketing" no sistema "de boca a orelha". O pressuposto é de que a gente nova vê pouca televisão e lê poucos jornais, pelo que as mensagens publicitárias em suportes convencionais lhes passam ao lado. Em contrapartida, há uma progressiva circulação informal de mensagens (lá está o "de boca a orelha", a saída em grupo, a noite na discoteca, a troca de opiniões sobre compras, a explosão do "e-mail", do "chat", do "MIRC", do "SMS") que significa novos canais de comunicação, mais próximos e mais eficazes. Então, por que não usá-los para difundir anúncios? E cada um daqueles 280 mil jovens é incumbido de, nos contactos com os seus amigos e colegas, ir fazendo passar a mensagem de que tal ou tal produto "é demais", dando a conhecer e induzindo à compra. E uma sugestão de um amigo, directa e pessoal, sempre é mais persuasiva do que um "slogan" distante a passar na televisão, não é?... Se ele me diz que o tal champô é "cool", eu tendo a acreditar que ele até já o experimentou e se deu muito bem. Vou lá imaginar que está apenas a fazer a propaganda que lhe encomendaram e a ganhar uns cobres para as férias! (...)"
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