domingo, maio 31, 2009
Leituras
Documentos recentes editados pelo Center for Social Media da American University School of Communication:
quarta-feira, maio 27, 2009
"A internet, em si, não é boa nem má..."
É já lugar comum dizer-se que "A internet, em si, não é boa nem má. Depende do uso que dela fazemos". Quem diz a Internet, diz os outros media (se considerarmos que a internet é 'apenas' um novo meio, o que não é líquido que seja).
Mas o senso comum campeia também nos estudos académicos, não sendo invulgar encontrá-lo plasmado em artigos científicos. Ouvi há dias um catedrático de sociologia voltar a repetir a frase numa sessão pública e, neste caso, custou-me ouvir. Porque é precisamente do olhar sociológico que vem, a meu ver, o principal questionamento da asserção da neutralidade dos suportes, ambientes ou veículos.
Só para tomar o caso da Internet, não é verdade que a configuração que ela tem hoje (e que é permanentemente mutante) é bastante diferente dos primeiros anos? As mudanças não residem apenas nos usos, mas, digamos, assim, na natureza do meio. E esta pode não ser "boa nem má", mas não é certamente neutra, já que se constitui como matriz de determinado tipo de usos e de relações com as ferramentas.
O significado da internet e dos outros media não depende apenas do uso que dela fazemos. Depende também da configuração que esses suportes e ambientes adquirem num determinado tempo e num determinado espaço.
Mas o senso comum campeia também nos estudos académicos, não sendo invulgar encontrá-lo plasmado em artigos científicos. Ouvi há dias um catedrático de sociologia voltar a repetir a frase numa sessão pública e, neste caso, custou-me ouvir. Porque é precisamente do olhar sociológico que vem, a meu ver, o principal questionamento da asserção da neutralidade dos suportes, ambientes ou veículos.
Só para tomar o caso da Internet, não é verdade que a configuração que ela tem hoje (e que é permanentemente mutante) é bastante diferente dos primeiros anos? As mudanças não residem apenas nos usos, mas, digamos, assim, na natureza do meio. E esta pode não ser "boa nem má", mas não é certamente neutra, já que se constitui como matriz de determinado tipo de usos e de relações com as ferramentas.
O significado da internet e dos outros media não depende apenas do uso que dela fazemos. Depende também da configuração que esses suportes e ambientes adquirem num determinado tempo e num determinado espaço.
sábado, maio 23, 2009
Twitter Literacy
Para compreender o fenómeno do Twitter, vale a pena ler o texto de Howard Rheingold, Twitter Literacy (I refuse to make up a Twittery name for it):
Returning to my use of the word literacy to describe both a set of skills for encoding and decoding as well as the community to which those skills provide entrance, I see that the use of Twitter to build personal learning networks, communities of practice, tuned information radars involves more than one literacy. The business about tuning and feeding, trust and reciprocity, and social capital is a form of network literacy. (...)
My students who learn about the presentation of self and construction of identity in the psychology and sociology literature see the theories they are reading come to life on the Twitter stage every day - an essential foundation for participatory media literacy.
quarta-feira, maio 20, 2009
Crianças e TV: oferta e procura em 2008
Alguns dados sobre a oferta de programação para os públicos mais jovens e a audiência de TV entre estes mesmos públicos acabam de ser divulgados no Anuário de Media e Publicidade publicado pela Marktest. Os três quadros seguintes traçam um panorama de algumas das tendências mais significativas:
Fonte: Newsletter da Marktest
Fonte: Newsletter da Marktest
sábado, maio 16, 2009
Telemóvel na sala de aula
Telemóvel na sala de aula. Para usar sem limites é o título de um trabalho que reporta a experiência de uma escola de Setúbal e que vem hoje no novo diário i:
"As propostas dos alunos chegaram em catadupa. Usar a câmara para fotografar o quadro com o resumo da matéria, fazer vídeos para registar visitas de estudo, marcar as datas dos exames na agenda, configurar o alarme para lembrar que há trabalhos de casa a fazer, usar a internet para pesquisar, o bloco de notas para apontamentos, o bluetooth para partilhar ficheiros ou o gravador para reproduzir a aula em casa. Os professores nunca tinham pensado nisso. As ideias eram boas - excepto uma: 'Enviar sms para passar as respostas dos testes uns aos outros.' Sugestão chumbada; mas valeu a tentativa."
"As propostas dos alunos chegaram em catadupa. Usar a câmara para fotografar o quadro com o resumo da matéria, fazer vídeos para registar visitas de estudo, marcar as datas dos exames na agenda, configurar o alarme para lembrar que há trabalhos de casa a fazer, usar a internet para pesquisar, o bloco de notas para apontamentos, o bluetooth para partilhar ficheiros ou o gravador para reproduzir a aula em casa. Os professores nunca tinham pensado nisso. As ideias eram boas - excepto uma: 'Enviar sms para passar as respostas dos testes uns aos outros.' Sugestão chumbada; mas valeu a tentativa."
quarta-feira, maio 06, 2009
Jornais escolares: exercíco de (anti)cidadania?
Segundo relato do jornal regional Fundamental...
Talvez fosse importante conhecer que canais e procedimentos existem por parte das direcções gerais de educação para lidar com situações como esta.
Informação recolhida através do twitter (mrconguito: Ainda há censura: na escola básica 2,3 da Azambuja).
A última edição do Zambujinho foi positivamente censurada pela presidente do conselho executivo da escola EB 2,3 de Azambuja. (...) Já o boletim informativo da escola circulava naquele estabelecimento de ensino quando, por indicação da presidente do conselho executivo, alguém tratou de o recolher e devolver aos cuidados da censura de Maria Eugénia Vaz. A professora, que preside ao CE da escola, mandou colar um papel negro sobre o exercício de opinião das alunas e posteriormente preencheu o espaço com uma outra notícia.Os contornos aí apresentados, a confirmarem-se, são um contributo extremamente negativo para a formação dos jovens. Aliás, será problemático se situações idênticas ocorrerem com outros jornais escolares. Em vez de contribuírem para estimular a participação cívica, configuram um espaço de censura e de desvalorização (pelo menos num sentido positivo) da expressão da opinião.
Talvez fosse importante conhecer que canais e procedimentos existem por parte das direcções gerais de educação para lidar com situações como esta.
Informação recolhida através do twitter (mrconguito: Ainda há censura: na escola básica 2,3 da Azambuja).
segunda-feira, maio 04, 2009
Reino Unido - que e como aprender na primária?
Acaba de ser conhecido o relatório final de uma análise independente ao currículo da educação primária no Reino Unido, encomendada em 2008 pela Secretary of State for Children, Schools and Families.
As propostas apontam para a atenuação da carga programática (considerada excessivamente sobrecarregada) e para uma maior flexibilidade na gestão do currículo. Ler as recomendações e as concepções deste relatório faz-nos sorrir relativamente ao afã dos arautos de uma abordagem redutoramente cognitivista da educação, que entre nós parecem conquistar cada vez mais adeptos. Veja-se:
" (...) the new curriculum must be underpinned by an understanding of the distinct but interlocking ways in which children learn and develop – physically, intellectually, emotionally, socially, culturally, morally and spiritually – between the ages of 5 and 11. Among other things, a well-planned, vibrant curriculum recognises that primary children relish learning independently and co-operatively; they love to be challenged and engaged in practical activities; they delight in the wealth of opportunities for understanding more about the world; and they readily empathise with others through working together and through experiences in the arts, literature, religious education and much else".A literacia digital aparece como uma dimensão fundamental, associada, mas não reduzida ao acesso e uso das TIC:
"[the increasing digitisation of information worldwide] will require digital literacy of all children for their full participation in society. Information required for leisure, work, finance, communication and citizenship will be mediated electronically. In all branches of knowledge, all professions and all vocations, the effective use of new technologies will be vital. Children not only need to learn to use specific devices and applications, they also need to understand the fundamental concepts of safe and critical use. The review therefore calls for an understanding of technology to be taught and ingrained in curriculum design and delivery".Entretanto, foi conhecido não há muito tempo o relatório intercalar Digital Britain, preparado para o Parlamento britânico pela Secretary of State for Culture, Media and Sport e pelo Minister for Communications,
Technology and Broadcasting. Faz o ponto de situação, relativamente àquele país, no tocante a equipamentos, redes, conectividade e conteúdos.
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