- "Tenho alunos que não colocam um único livro na bibliografia, apenas referem páginas de Internet e, embora as escolas tenham bibliotecas, a verdade é que os alunos que lá entram vão direitinhos ao computador, para navegar", contou Rosário Antunes, professora de Português.
- "Uma vez vi um aluno na Net a pesquisar sobre o fenómeno 'tsunami' para a disciplina de Geografia. Qual não foi o meu espanto quando ele imprimiu o trabalho e constatei que o texto falava da marca de computadores 'Tsunami'", contou à Lusa. "Isto mostra que ele seguiu o primeiro 'link' que lhe apareceu no motor de busca e que copiou o texto tal e qual sem sequer o ler", sublinhou a docente.
- A conquista de terreno por parte dos meios digitais face aos suportes impressos estende-se ao ensino superior, de acordo com Rogério Santos, docente na licenciatura de Comunicação Social e Cultural e no mestrado de Ciências da Comunicação na Universidade Católica Portuguesa. (...) "A Wikipédia, por exemplo, é um dos locais mais utilizados pelos alunos - mesmo pelos universitários - como fonte para os trabalhos, apesar de os verbetes serem, geralmente, escritos por pessoas sem créditos nas respectivas áreas", alertou.
Perante este cenário, que pelos vistos "afecta" os estudantes dos vários níveis de ensino, impõe-se a pergunta:
Onde (em que disciplina, em que área, em que ano) se aprende a pesquisar na Web, ou os procedimentos a seguir para a elaboração das referências bibliográficas?
Os trabalhos apresentados pelos alunos seguem, geralmente, as indicações que os professores lhes derem, que grande parte dos casos talvez não passem de um simples "Vão pesquisar na Net".
No que toca aos novos media, tenho a sensação que nos limitamos a constatar que os alunos fazem as coisas mal, como se em relação a estas matérias eles tivessem a obrigação de nascer ensinados.
3 comentários:
Saúdos Luis, é unha boa pregunta. Eu penso que xa debeu prantexarse antes da implantación; pero eu sempre digo que aínda que para algunhas cousas nunca é demasiado tarde pero calquera momento anterior pode valer.
Nun dos colexios que visitei para a investigación que estamos a facer nos colexios públicos explicábame a persoa que facía as funcións de coordenador TIC: Isto é coma o reino de Taifas, en realidade cada quen leva ós nenos cando quere e ensinalle o que lle parece ben sen coordinarse cos demais.
Gustoume o simil co reino de Taifas.
Tamén se fala deles como expertos, pero pode que a experticia non vaia máis alá de clickar co rato sobre os enlaces. No recente encontro de edublogs Jon Bustillo falou de custe cognitivo, tamén me parece un tema de interese para os usos educativos. Aprender a eludir información vai ser necesario.
Por outra parte en España por exemplo o 85% dos internautas son adultos e cabe imaxinar que a maior parte das mensaxes vaian dirixidas a estos públicos adultos; creo que iso dificultará en gran medida ós nenos atopar materiais acordes ás suas capacidades cognitivas.
Vaia, que non sabemos as dimensións do salto cognitivo, ¿será demasiado grande?
Bo verán a todo o equipo.
Na conversa que tive com Helena Sousa Freitas, e que ela reproduziu, falei-lhe da necessidade de saber procurar na internet. Há, por exemplo, artigos científicos que se encontram em bases de dados como a B-on. O difícil, disse eu à jornalista, é cativar os alunos a uma procura apurada, quando o procurar através do Google é mais fácil.
Creio que é isso que o leva a escrever o verbo afectar com aspas.
Cumprimentos
Rogério Santos
Olá!
Sou brasileiro, jornalista e faço mestrado em Educomunicação em Portugal, Vila Real. Acompanho este blog desde sempre e, venho por meio deste comentário, saber de oportunidades de emprego nesta área.
Quem puder me ajudar, já agradeço!
ARTUR CAMPOS
arturastuto@gmail.com
bobinhodeoculos.blogspot.com
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