"Os mass media na família: um risco e uma riqueza"
O tema escolhido para o Dia Mundial das Comunicações Sociais do próximo ano pelo papa João Paulo II será "Os mass media na família: um risco e uma riqueza". A evocação ocorrerá, em 2004, no dia 23 de Maio. Tradicionalmente, a divulgação do tema do ano seguinte ocorre no dia 29 de Setembro, festa de S. Miguel, S. Rafael e S.Gabriel, este último tido por padroeiro da rádio. No dia 24 de Janeiro, festa do padroeiro dos jornalistas, S. Francisco de Sales, é divulgada a mensagem do papa para a evocação do Dia, instituído por solicitação do Concílio Vaticano II.
terça-feira, setembro 30, 2003
Livro novo
Napolitano, M., Como Usar o Cinema na Sala de Aula, S. Paulo, Contexto, 2003. (Dica de As Imagens e nós)
Napolitano, M., Como Usar o Cinema na Sala de Aula, S. Paulo, Contexto, 2003. (Dica de As Imagens e nós)
segunda-feira, setembro 29, 2003
Investigar com crianças
- conferência na UM
No âmbito do Ciclo de Conferências em Sociologia da Infância realiza-se no dia 2 de Outubro pelas 17 horas no Auditório do IEC da Universidade do Minho (Avenida Central, 100), uma conferência intitulada "Metodologias Participativas e Investigação com Crianças" pela Professora Priscilla Alderson, uma das principais referências nas metodologias de investigação com crianças.
A Professora Priscilla Alderson é docente no Instituto de Educação da Universidade de Londres e é também co-directora do Centro de Investigação em Políticas e Investigação da Infância.
Tem desenvolvido extensa investigação nas seguintes áreas:
- Métodos e Ética na Investigação com crianças;
- Cidadania da Infância e a Convenção dos Direitos da Criança;
- Ultimamente tem coordenado uma investigação em Neurologia Neonatal designada: Foretelling Futures: Dilemma in Neonatal Neurology.
O acesso é livre.Será assegurada a tradução da conferência.
- conferência na UM
No âmbito do Ciclo de Conferências em Sociologia da Infância realiza-se no dia 2 de Outubro pelas 17 horas no Auditório do IEC da Universidade do Minho (Avenida Central, 100), uma conferência intitulada "Metodologias Participativas e Investigação com Crianças" pela Professora Priscilla Alderson, uma das principais referências nas metodologias de investigação com crianças.
A Professora Priscilla Alderson é docente no Instituto de Educação da Universidade de Londres e é também co-directora do Centro de Investigação em Políticas e Investigação da Infância.
Tem desenvolvido extensa investigação nas seguintes áreas:
- Métodos e Ética na Investigação com crianças;
- Cidadania da Infância e a Convenção dos Direitos da Criança;
- Ultimamente tem coordenado uma investigação em Neurologia Neonatal designada: Foretelling Futures: Dilemma in Neonatal Neurology.
O acesso é livre.Será assegurada a tradução da conferência.
sábado, setembro 27, 2003
Digital Games Research Conference 2003
4-6 Novembro, 2003, Universidade de Utreque, Holanda
The conference will be the first official event of the new interdisciplinary association DiGRA, aiming to promote quality research of games, interdisciplinary collaboration in games research, design and development, and recognition of game studies as an academic field of enquiry. A wide range of approaches is encouraged focussing on research, design and development. We aim at a broad diversity of topics, such as:
Computer Games
On the history of games, game aesthetics (narrative, interactivity) and
game play (structure, time, multiplayer platforms).
Design/productionConcerned with the relationship between the designer/producer and the game (programming, project management).
Reception
Reception focuses on the individual player’s relationship to the computer game: the cognitive, social, psychological and therapeutic effects of games.
Games as an aesthetic phenomenon
On games as art, game-genres and storytelling. On the similarities and differences between computer games and other media
Games as a cultural phenomenon
How games are interpreted, their meaning and significance to the player, their contribution to an understanding of oneself, of relationships with others, and of one’s world (gender, ethnicity, nationality).
Games as a social phenomenon
Considers normative aspects of computer gaming and the effects of games on social behavior. Issues include the effects of computer games on (un)acceptable or (un desirable behavior, such as aggression and addiction, and partcipation and education.
4-6 Novembro, 2003, Universidade de Utreque, Holanda
The conference will be the first official event of the new interdisciplinary association DiGRA, aiming to promote quality research of games, interdisciplinary collaboration in games research, design and development, and recognition of game studies as an academic field of enquiry. A wide range of approaches is encouraged focussing on research, design and development. We aim at a broad diversity of topics, such as:
Computer Games
On the history of games, game aesthetics (narrative, interactivity) and
game play (structure, time, multiplayer platforms).
Design/productionConcerned with the relationship between the designer/producer and the game (programming, project management).
Reception
Reception focuses on the individual player’s relationship to the computer game: the cognitive, social, psychological and therapeutic effects of games.
Games as an aesthetic phenomenon
On games as art, game-genres and storytelling. On the similarities and differences between computer games and other media
Games as a cultural phenomenon
How games are interpreted, their meaning and significance to the player, their contribution to an understanding of oneself, of relationships with others, and of one’s world (gender, ethnicity, nationality).
Games as a social phenomenon
Considers normative aspects of computer gaming and the effects of games on social behavior. Issues include the effects of computer games on (un)acceptable or (un desirable behavior, such as aggression and addiction, and partcipation and education.
quarta-feira, setembro 24, 2003
Como compreendem as crianças
a violência do ecrã?
How Children Interpret Screen Violence é o título de um estudo de 90 páginas que acaba de ser divulgado no Reino Unido. Foi realizado por quatro instituições: the British Board of Film Classification (BBFC), the BBC, the Broadcasting Standards Commission (BSC) and the Independent Television Commission (ITC).
O documento já se encontra disponível online.
No press release enviasdo aos media, refere-se:
"Children are more prone than adults to judge scenes as violent according to their real life consequences and moral status, rather than simply on the basis of what is shown (...).
How ‘violent’ an image is depends on whether the violence was justified – and how closely it relates to children’s own lives. The report which looks at how children aged 9-13 react to on-screen images of violence on television and in the cinema, also found that children distinguish clearly between images of fictional violence and those of real life violence – which they find more disturbing. How Children Interpret Screen Violence, is the first study specifically to investigate those elements of an image that make it seem violent to children . It concentrated on children aged 9-13, the age group for which parents expressed the least confidence when it came to regulating their in-home viewing. It took the form of ten extended group discussions and considered children’s attitudes to a variety of representations of on-screen violence, both on television and in the cinema."
a violência do ecrã?
How Children Interpret Screen Violence é o título de um estudo de 90 páginas que acaba de ser divulgado no Reino Unido. Foi realizado por quatro instituições: the British Board of Film Classification (BBFC), the BBC, the Broadcasting Standards Commission (BSC) and the Independent Television Commission (ITC).
O documento já se encontra disponível online.
No press release enviasdo aos media, refere-se:
"Children are more prone than adults to judge scenes as violent according to their real life consequences and moral status, rather than simply on the basis of what is shown (...).
How ‘violent’ an image is depends on whether the violence was justified – and how closely it relates to children’s own lives. The report which looks at how children aged 9-13 react to on-screen images of violence on television and in the cinema, also found that children distinguish clearly between images of fictional violence and those of real life violence – which they find more disturbing. How Children Interpret Screen Violence, is the first study specifically to investigate those elements of an image that make it seem violent to children . It concentrated on children aged 9-13, the age group for which parents expressed the least confidence when it came to regulating their in-home viewing. It took the form of ten extended group discussions and considered children’s attitudes to a variety of representations of on-screen violence, both on television and in the cinema."
sábado, setembro 20, 2003
Novo livro sobre educação para os media
Visions/Revisions Moving Forward with Media é o título de um livro acabado de sair nos EUA, para assinalar o 50º aniversário do National Telemedia Council.
Trata-se de uma antologia de textos "containing the most up-to-date thinking about media literacy education by top authors from around the world. This new book is a virtual textbook of the key issues and ideas shaping media literacy education for the 21st century. Created as part of the NTC's year long Institute on Media Literacy, this 194 page textbook presents a diverse collection of articles by acknowledged international media education scholars and practitioners. The result is a range of perspectives, reflections and emerging theories about media education that scan the field of media literacy This is a must-read for anyone seriously interested in becoming more literate about the role of media in society".
Índice
Part 1 Welcoming the New Media Education and Digital Culture
Digital Literacies: Media Education & New Media Technologies
David Buckingham
Multimedia Authoring As A Fundamental Principle of Literacy
And Teaching Training In The Information Age
Alfonso Gutierrex Martin
Part 2 Testing the Limits of Democracy
Weapons of Mass Distraction? Media Literacy, Social Studies & Citizenship
David Considine
Democracy & Media Literacy
Robert Ferguson
Visions of Media Education: The Road from Dystopia
Len Masterman
Media Education Is Education for Democracy
Roxana Morduchowicz
Part 3 Media Education Theory & Practice
Ten Plus One Identity Crises
Neil Andersen
Is There A Place for Media Literacy in Tobacco Prevention Efforts?
Frank Baker
Media Education- An Agent of Change
Maureen Barron & Lee Rother
Understanding Teachers' Experiences With Media Literacy In The Classroom
Renee Hobbs
Now Is the Time For Research In Media Education: Moving Our Field Forward
Robert Kubey
Relevance And Riqour In Media Education: A Path to Reflection On Our Identity
Robyn Quinn and Barrie McMahon
Part 4 Media Education Around The World
From The Margins Come Great Things: Media Teaching In New Zealand
Geoff Lealand
The Media Education Network in Hong Kong & Key Trends of World Communication
Alice Lee
Perspectives on Japan's Media Environment and the MELL Project
Shin Mizukoski and Yuhei Yamauchi
The Future of Media Education
Chris Worsnop
Visions/Revisions Moving Forward with Media é o título de um livro acabado de sair nos EUA, para assinalar o 50º aniversário do National Telemedia Council.
Trata-se de uma antologia de textos "containing the most up-to-date thinking about media literacy education by top authors from around the world. This new book is a virtual textbook of the key issues and ideas shaping media literacy education for the 21st century. Created as part of the NTC's year long Institute on Media Literacy, this 194 page textbook presents a diverse collection of articles by acknowledged international media education scholars and practitioners. The result is a range of perspectives, reflections and emerging theories about media education that scan the field of media literacy This is a must-read for anyone seriously interested in becoming more literate about the role of media in society".
Índice
Part 1 Welcoming the New Media Education and Digital Culture
Digital Literacies: Media Education & New Media Technologies
David Buckingham
Multimedia Authoring As A Fundamental Principle of Literacy
And Teaching Training In The Information Age
Alfonso Gutierrex Martin
Part 2 Testing the Limits of Democracy
Weapons of Mass Distraction? Media Literacy, Social Studies & Citizenship
David Considine
Democracy & Media Literacy
Robert Ferguson
Visions of Media Education: The Road from Dystopia
Len Masterman
Media Education Is Education for Democracy
Roxana Morduchowicz
Part 3 Media Education Theory & Practice
Ten Plus One Identity Crises
Neil Andersen
Is There A Place for Media Literacy in Tobacco Prevention Efforts?
Frank Baker
Media Education- An Agent of Change
Maureen Barron & Lee Rother
Understanding Teachers' Experiences With Media Literacy In The Classroom
Renee Hobbs
Now Is the Time For Research In Media Education: Moving Our Field Forward
Robert Kubey
Relevance And Riqour In Media Education: A Path to Reflection On Our Identity
Robyn Quinn and Barrie McMahon
Part 4 Media Education Around The World
From The Margins Come Great Things: Media Teaching In New Zealand
Geoff Lealand
The Media Education Network in Hong Kong & Key Trends of World Communication
Alice Lee
Perspectives on Japan's Media Environment and the MELL Project
Shin Mizukoski and Yuhei Yamauchi
The Future of Media Education
Chris Worsnop
"Comunicación
es una calle
ancha y abierta
que amo transitar.
Se cruza con compromiso
y hace esquina con comunidad".
Mario Kaplún
es una calle
ancha y abierta
que amo transitar.
Se cruza con compromiso
y hace esquina con comunidad".
Mario Kaplún
quinta-feira, setembro 18, 2003
Fimbles: série educativa e divertida
"A partir de sábado, as crianças em idade pré-escolar vão contar com um novo programa nas manhãs de fim-de-semana na RTP1.'Fimbles' : uma produção da BBC, desenrola-se em torno de três personagens principais - Fimbo, Florrie e Baby Pom - , que ao longo dos 20 minutos de duração de cada programa, vão ajudar os mais novos a descobrir o mundo que os rodeia e a entender os porquês de muita coisa de uma forma 'divertida e mágica'.". O programa será emitido às 9 horas de cada sábado e será reposto no canal A Dois (via Jornal de Noticias).
"A partir de sábado, as crianças em idade pré-escolar vão contar com um novo programa nas manhãs de fim-de-semana na RTP1.'Fimbles' : uma produção da BBC, desenrola-se em torno de três personagens principais - Fimbo, Florrie e Baby Pom - , que ao longo dos 20 minutos de duração de cada programa, vão ajudar os mais novos a descobrir o mundo que os rodeia e a entender os porquês de muita coisa de uma forma 'divertida e mágica'.". O programa será emitido às 9 horas de cada sábado e será reposto no canal A Dois (via Jornal de Noticias).
terça-feira, setembro 09, 2003
Internet, Ecole et Famille : Le Projet Proxima
Vale a pena consultar:
Le Projet PROXIMA : Pour une appropriation de l'Internet à l'École et dans les Familles
par Bernard BENHAMOU
Maitre de conférence pour la Société de l'Information à l'Institut d'Études Politiques de Paris
- Lettres de mission
- Avant-propos
- Première partie : la formation des citoyens de la Société de l'Information
- Deuxième partie : le projet PROXIMA
- Recommandations
- Annexes
Vale a pena consultar:
Le Projet PROXIMA : Pour une appropriation de l'Internet à l'École et dans les Familles
par Bernard BENHAMOU
Maitre de conférence pour la Société de l'Information à l'Institut d'Études Politiques de Paris
- Lettres de mission
- Avant-propos
- Première partie : la formation des citoyens de la Société de l'Information
- Deuxième partie : le projet PROXIMA
- Recommandations
- Annexes
ABCNEWS.com : Did Video Game Drive Teens to Shootings?: "Teens Say Video Game Inspired Them in Deadly Highway Shooting"
"Grand Theft Auto, a video game that allows players to "fire" on people and cars in realistic, shoot-'em-up fashion, is a cash cow that propelled manufacturer Take Two Interactive to the top of the video game industry. For the middle and high school students who play the game for hours on end, it's a means of escaping the mundaneness of teenage life.
But for two stepbrothers, 16-year-old William and 14-year-old Joshua Buckner, that escape turned deadly earlier this summer. They told police they were emulating Grand Theft Auto on the night of June 25 when they took shotguns to Interstate 40, near their Newport, Tenn., home, and opened fire on vehicles."
in ABC News, 5 St. 2003
"Grand Theft Auto, a video game that allows players to "fire" on people and cars in realistic, shoot-'em-up fashion, is a cash cow that propelled manufacturer Take Two Interactive to the top of the video game industry. For the middle and high school students who play the game for hours on end, it's a means of escaping the mundaneness of teenage life.
But for two stepbrothers, 16-year-old William and 14-year-old Joshua Buckner, that escape turned deadly earlier this summer. They told police they were emulating Grand Theft Auto on the night of June 25 when they took shotguns to Interstate 40, near their Newport, Tenn., home, and opened fire on vehicles."
in ABC News, 5 St. 2003
segunda-feira, setembro 08, 2003
Descobrir um autor de referência: Walter Ong
Não fora o texto de hoje de Eduardo Cintra Torres, no Público, e não saberia ainda da morte do Prof. Walter Ong, no mês passado, em Saint Louis, nos Estados Unidos. A quem pretender conhecer um pouco o seu pensamento, deixo a indicação de um capítulo de um livro marcante do seu magistério, intitulado Orality and Literacy: The Technologizing of the Word
Entretanto, para uma apresentação sumária, mas eloquente, deixo o leitor com as palavras de Eduardo Cintra Torres, na coluna
"Olho Vivo":
"Morreu em 12 de Agosto o padre jesuíta norte-americano Walter J. Ong. Tinha 90 anos. Escreveu em 1982 um dos livros que mais ajudam a entender os processos de comunicação da TV e outros meios electrónicos e a sua influência nas formas de pensamento e de aprendizagem. O livro, "Orality and Literacy" (Routledge, 1999), não está traduzido para português.
Ong estudou com Marshall McLuhan. Mas, enquanto este se concentrou na evolução da palavra escrita para a impressa e daí até à aldeia global electrónica, Ong estudou a oralidade como meio de comunicação e nas suas implicações nos processos do pensamento (como Jack Goody). Para Ong, voltámos ao predomínio da oralidade agora que os novos humanos aprendem a linguagem através da TV, do CD, dos jogos, de outros meios electrónicos. É uma oralidade diferente da primitiva, é a "oralidade secundária", que, todavia, "depende da escrita" para a sua existência.
No caso da TV, é difícil estudar seriamente os "talk-shows" e em especial os programas informativos (telejornais, debates, entrevistas), sem ter lido Ong, apesar de ele nunca se debruçar sobre este "media". Infelizmente, muitos estudos portugueses sobre TV, mas também os franceses, ainda não assumem esta abordagem, que já deveria constituir ponto de partida implícito e obrigatório. Aí, os académicos espanhóis vão anos à nossa frente. Os muitos comentadores portugueses que na imprensa escrevem sobre TV também ignoram esta dimensão essencial da comunicação oral e o que a distingue da comunicação escrita.
Se McLuhan é iluminante pelas muitas intuições, verdadeiras estrelas cadentes do pensamento, Ong é mais consistente e sólido. Suponho que o trabalho de Ong sobreviverá mais tempo."
Não fora o texto de hoje de Eduardo Cintra Torres, no Público, e não saberia ainda da morte do Prof. Walter Ong, no mês passado, em Saint Louis, nos Estados Unidos. A quem pretender conhecer um pouco o seu pensamento, deixo a indicação de um capítulo de um livro marcante do seu magistério, intitulado Orality and Literacy: The Technologizing of the Word
Entretanto, para uma apresentação sumária, mas eloquente, deixo o leitor com as palavras de Eduardo Cintra Torres, na coluna
"Olho Vivo":
"Morreu em 12 de Agosto o padre jesuíta norte-americano Walter J. Ong. Tinha 90 anos. Escreveu em 1982 um dos livros que mais ajudam a entender os processos de comunicação da TV e outros meios electrónicos e a sua influência nas formas de pensamento e de aprendizagem. O livro, "Orality and Literacy" (Routledge, 1999), não está traduzido para português.
Ong estudou com Marshall McLuhan. Mas, enquanto este se concentrou na evolução da palavra escrita para a impressa e daí até à aldeia global electrónica, Ong estudou a oralidade como meio de comunicação e nas suas implicações nos processos do pensamento (como Jack Goody). Para Ong, voltámos ao predomínio da oralidade agora que os novos humanos aprendem a linguagem através da TV, do CD, dos jogos, de outros meios electrónicos. É uma oralidade diferente da primitiva, é a "oralidade secundária", que, todavia, "depende da escrita" para a sua existência.
No caso da TV, é difícil estudar seriamente os "talk-shows" e em especial os programas informativos (telejornais, debates, entrevistas), sem ter lido Ong, apesar de ele nunca se debruçar sobre este "media". Infelizmente, muitos estudos portugueses sobre TV, mas também os franceses, ainda não assumem esta abordagem, que já deveria constituir ponto de partida implícito e obrigatório. Aí, os académicos espanhóis vão anos à nossa frente. Os muitos comentadores portugueses que na imprensa escrevem sobre TV também ignoram esta dimensão essencial da comunicação oral e o que a distingue da comunicação escrita.
Se McLuhan é iluminante pelas muitas intuições, verdadeiras estrelas cadentes do pensamento, Ong é mais consistente e sólido. Suponho que o trabalho de Ong sobreviverá mais tempo."
domingo, setembro 07, 2003
Museu da Rádio: vai uma visita?
O trabalho sobre o Museu da Rádio que a jornalista Manuel Esteves publica hoje no Diário de Notícias abre uma uma interessante sugestão de visita para quem não conhece este equipamento:
"(...) O museu foi inaugurado em 14 de Maio de 1992, concretizando-se assim um projecto iniciado na década de 60, no Rádio Clube Português. A ideia da sua criação partiu de José Nascimento, tendo a direcção dessa estação lançado uma campanha de oferta de receptores.Em 1975, nasceu a Radiodifusão Portuguesa (RDP), onde foram integradas a Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Rádio Graça, Rádio Peninsular, Alfabeta, Rádio Voz de Lisboa, Rádio Ribatejo e Rádio Alto Douro. O Museu da Rádio reúne documentação e equipamento dessas estações e é um dos departamentos do universo da RDP.O riquíssimo acervo do museu compreende quase mil exemplares de receptores de rádio dos anos 20 até aos anos 50, equipamento de registo e reprodução de som em disco e fita magnética, equipamento de estúdio e de captação de som, material de emissão, aparelhagem de medida, livros, jornais, revistas e muita outra documentação.A maior parte deste espólio foi oferecido por coleccionadores, adquirido em feiras de coleccionismo ou é resultado da nacionalização da rádio no pós-25 de Abril.«O Museu da Rádio recebe 12 mil visitantes por ano, a maior parte são oriundos das escolas, de grupos de idosos, mas também bastantes turistas estrangeiros», esclarece Manuel Bravo.Um dos muitos ex-líbris do museu é um estúdio de rádio dos anos 50, que era utilizado pelo serviço de ondas curtas da Emissora Nacional. O estúdio é o original e constitui o núcleo central do Museu da Rádio, cujas salas foram montadas em seu redor.As salas estão divididas por décadas do século XX e oferecem uma imagem real da evolução da telefonia sem fios desde a emissão do primeiro programa radiofónico, em 24 de Dezembro de 1906, até à actualidade. Como curiosidade, refira-se que os telefones portáteis já integram a colecção.Da animação de estúdio até ao teatro radiofónico, passando pelo equipamento necessário à reportagem no exterior, pode observar-se como evoluiu tecnicamente a radiodifusão.Para além da história dos objectos utilizados para a emissão e realização, o desenvolvimento dos aparelhos de recepção também podem ser admirado neste museu.No pequeno auditório de 30 lugares, com cadeiras dos anos 30 aos 60, existe uma colecção de receptores de rádio de várias épocas, enquanto o piso três é dedicado aos 90 anos de radioamadorismo em Portugal."
Informações úteis:
ABERTURA: Museu da Rádio está aberto de terça-feira a sábado, das 10.00 às 17.00, encerrando aos domingos, segundas-feiras e feriados.
ESCOLAS: As escolas e outros organismos que estejam intressadas em organizar visitas de estudo guiadas devem contactar o museu com oito dias de antecedência por carta, fax ou telefone. Os professores podem receber documentação para a preparação dessas visitas de estudo.
PREÇO: A entrada é gratuita.
LOCAL: O Museu da Rádio está instalado no n.º 21 da Rua do Quelhas, em Lisboa.
CONTACTOS: Telefone 21 395 07 62 ou fax 21 395 71 49. Email: museudaradio@rdp.pt.
O trabalho sobre o Museu da Rádio que a jornalista Manuel Esteves publica hoje no Diário de Notícias abre uma uma interessante sugestão de visita para quem não conhece este equipamento:
"(...) O museu foi inaugurado em 14 de Maio de 1992, concretizando-se assim um projecto iniciado na década de 60, no Rádio Clube Português. A ideia da sua criação partiu de José Nascimento, tendo a direcção dessa estação lançado uma campanha de oferta de receptores.Em 1975, nasceu a Radiodifusão Portuguesa (RDP), onde foram integradas a Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Rádio Graça, Rádio Peninsular, Alfabeta, Rádio Voz de Lisboa, Rádio Ribatejo e Rádio Alto Douro. O Museu da Rádio reúne documentação e equipamento dessas estações e é um dos departamentos do universo da RDP.O riquíssimo acervo do museu compreende quase mil exemplares de receptores de rádio dos anos 20 até aos anos 50, equipamento de registo e reprodução de som em disco e fita magnética, equipamento de estúdio e de captação de som, material de emissão, aparelhagem de medida, livros, jornais, revistas e muita outra documentação.A maior parte deste espólio foi oferecido por coleccionadores, adquirido em feiras de coleccionismo ou é resultado da nacionalização da rádio no pós-25 de Abril.«O Museu da Rádio recebe 12 mil visitantes por ano, a maior parte são oriundos das escolas, de grupos de idosos, mas também bastantes turistas estrangeiros», esclarece Manuel Bravo.Um dos muitos ex-líbris do museu é um estúdio de rádio dos anos 50, que era utilizado pelo serviço de ondas curtas da Emissora Nacional. O estúdio é o original e constitui o núcleo central do Museu da Rádio, cujas salas foram montadas em seu redor.As salas estão divididas por décadas do século XX e oferecem uma imagem real da evolução da telefonia sem fios desde a emissão do primeiro programa radiofónico, em 24 de Dezembro de 1906, até à actualidade. Como curiosidade, refira-se que os telefones portáteis já integram a colecção.Da animação de estúdio até ao teatro radiofónico, passando pelo equipamento necessário à reportagem no exterior, pode observar-se como evoluiu tecnicamente a radiodifusão.Para além da história dos objectos utilizados para a emissão e realização, o desenvolvimento dos aparelhos de recepção também podem ser admirado neste museu.No pequeno auditório de 30 lugares, com cadeiras dos anos 30 aos 60, existe uma colecção de receptores de rádio de várias épocas, enquanto o piso três é dedicado aos 90 anos de radioamadorismo em Portugal."
Informações úteis:
ABERTURA: Museu da Rádio está aberto de terça-feira a sábado, das 10.00 às 17.00, encerrando aos domingos, segundas-feiras e feriados.
ESCOLAS: As escolas e outros organismos que estejam intressadas em organizar visitas de estudo guiadas devem contactar o museu com oito dias de antecedência por carta, fax ou telefone. Os professores podem receber documentação para a preparação dessas visitas de estudo.
PREÇO: A entrada é gratuita.
LOCAL: O Museu da Rádio está instalado no n.º 21 da Rua do Quelhas, em Lisboa.
CONTACTOS: Telefone 21 395 07 62 ou fax 21 395 71 49. Email: museudaradio@rdp.pt.
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