domingo, novembro 25, 2012

Talking about media. Exercício reflexivo de Educação para os Media


Por uma semana recolhe e transcreve os discursos, as discussões, as trocas rápidas e as conversas nas quais participas ou que simplesmente ouves (em casa, na faculdade, no autocarro, no trabalho) que têm como assunto os media (ou que de qualquer forma se referem a alguma coisa lida, vista na Tv, no cinema, ouvida na rádio).
Nota detalhadamente todas as ocasiões nas quais assististe ou participaste em conversas e trocas verbais, mais ou menos ocasionais, que tivessem como objeto, motivo de partida, ou como referência 'os media'.

Tudo com base na grelha de relevação muito simples:

Quem, quando, com quem, a propósito de quê;

Na base dos dados recolhidos, faz uma análise (individual e coletiva) e reflete sobre a capilaridade dos nossos discursos sobre os media e sobre como cada adulto tem e usa conceções sobre os media que dá como adquiridas.



(por Letizia Caronia)

quarta-feira, novembro 14, 2012

Os protagonistas da informação, segundo os media


Vejamos com atenção os dados da figura seguinte, que consta da mais recente newsletter da Marktest e relativa aos "Protagonistas da informação na Tv em Outubro" último:





































Como analisar esta informação? Com que critérios? Pela diversidade político-social dos protagonistas? Pelo equilíbrio entre Governo e Oposição? Pelos motivos que levaram estas personalidades a serem objeto de notícia? Pelas singularidades de alguns casos no ranking?
Aparentemente está tudo dentro de uma certa lógica: o Primeiro Ministro em primeiro e o líder da Oposição em segundo; o ministro das Finanças logo em terceiro; equilíbrio entre protagonistas da área do Governo e da Oposição, com cinco para cada lado. Ao mesmo tempo, pode ser uma surpresa (apenas relativa) o destaque do coordenador do Bloco de Esquerda; o principal partido da oposição com apenas o seu secretário-geral no ranking dos dez (versus a área comunista com três e o CDS com dois); o aparente apagamento do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, além de líder dos centristas, etc. Tudo isto pode ser objeto de reflexão. Mas talvez se possa ir mais longe.
Numa análise mais aprofundada, não será de questionar, por exemplo, aspetos como estes:
  • Que critérios editoriais, ideológicos, políticos ou mercantis levam as TVs a dar destaque a estas figuras e não a outras?
  • Qual o protagonismo das mulheres na nossa sociedade? Porque será que nem uma aperece neste ranking?
  • Como explicar o eclipse do Presidente da República?
  • Por que razão há apenas uma individualidade que representa organizações não partidárias / governamentais?
  • Que instituições / pessoas poderiam e eventualmente deveriam figurar neste tipo de rankings, supondo que têm algum valor?
  • Que valores ou critérios estão implícitos em rankings que contabilizam apenas o tempo e número de notícias e não os conteúdos e os motivos/contextos das notícias em que essas figuras intervieram?
  • Que vantagens e riscos encerra o olhar contido neste tipo de rankings?
  • Que outros critérios poderiam ser utilizados para analisar as coberturas noticiosas das televisões e dos media?
Os media constroem a realidade, a sua realidade. Cabe-nos a nós um papel de atenção crítica e vigilante para não ficarmos condicionados pelo mundo retratado por eles. Para isso só detetando as suas apostas, as suas lógicas e preocupações, os seus enviesamentos.

segunda-feira, novembro 05, 2012

«Pedagogies of Media and Information Literacy» acaba de sair



A UNESCO, através do seu Institute for Information Technologies in Education, acaba de publicar o manual «Pedagogies of Media and Information Literacy».
Pretende ser um instrumento de apoio nas instituições de formação de formadores e de facilitação do ensino e aprendizagem da literacia informativa e mediática.
Relacionado com este assunto vale a pena consultar também
- 'Media Literacy and New Humanism';
- 'Media and Information Literacy Curriculum for Teachers' (traduzido em várias línguas).

domingo, outubro 28, 2012

quinta-feira, outubro 04, 2012

"Setúbal na Rede" promove prática do jornalismo em escolas

"A formação de alunos e professores para promover a prática do jornalismo em vários estabelecimentos de ensino básico e secundário do distrito vai ser missão do “Setúbal na Rede” que, através de palestras e workshops de jornalismo nas escolas, quer implementar uma melhor educação para os media e, no âmbito da responsabilidade social, fomentar a cidadania ativa. Rui Lourenço, responsável pela Direção de Serviços de Apoio Pedagógico e Organização Escolar (DSAPOE) na Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT), entende que hoje em dia “é necessário construir um homem novo que se habilite para o mundo novo que está a surgir” e adianta que “cada vez mais é importante a educação dos alunos e professores para atividades extra curriculares práticas”.

“Tudo o que diga respeito a melhores práticas de cidadania nos estabelecimentos de ensino deve ser incentivado”, prossegue Rui Lourenço que, por outro lado, verifica que o jornalismo sai beneficiado com a iniciativa. Este ponto é salientado por Pedro Brinca, diretor do “Setúbal na Rede”, que contempla“uma crise de valores instalada que deve ser invertida através da formação adequada para uma melhor visão sobre o jornalismo”.

“Hoje em dia, as pessoas não confiam no jornalismo”, assume Pedro Brinca, acrescentando ser este o pilar da democracia. A promoção de palestras e workshops vai permitir aos alunos perceberem os vários géneros jornalísticos com que são confrontados através da pluralidade de fontes que lhes são fornecidas. “A ideia não passa por formar jornalistas profissionais mas melhores consumidores de notícias”, prossegue o diretor do “Setúbal na Rede”.

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