quinta-feira, abril 30, 2009
«ouvir os pais do Magalhães!»
No programa Mais Cedo ou Mais Tarde, da TSF, João Paulo Meneses entrevista os dois irmãos, Jorge e João Paulo, responsáveis pela JP Sá Couto, a empresa que produz o computador Magalhães.
Como se diz no blogue do programa, é "uma ocasião única - pela raridade de entrevistas - para saber não só do seu percurso e dos seus projectos mas também do Magalhães, o mais polémico computador de que há memória em Portugal mas também o mais revolucionário".
A entrevista pode ser ouvida aqui.
terça-feira, abril 28, 2009
E-Generation 2008 - Os Usos de Media pelas Crianças e Jovens em Portugal
Da responsabilidade dos investigadores Gustavo Cardoso, Rita Espanha, Tiago Lapa e Vera Araújo, está disponível em pdf o Estudo OberCom: E-Generation 2008 - Os Usos de Media pelas Crianças e Jovens em Portugal Relatório.
No contexto das transformações mediáticas recentes, o principal objectivo deste relatório é dar a conhecer os hábitos dos jovens em relação à utilização das comunicações. Pretende‐se assim dar a conhecer os usos e atitudes dos jovens em relação à internet, telemóveis, jogos de consola e de computador, televisão/conteúdos audiovisuais e música.
segunda-feira, abril 20, 2009
Uso patológico de jogos vídeo
Um estudo com uma amostra nacional (americana), que acaba de ser publicado pelo Mediawise: Gentile, D. A. (2009). Pathological video game use among youth 8 to 18: A national study. Psychological Science.
O resumo dá uma ideia do conteúdo:
Researchers have studied whether some youth are “addicted” to video games, but previous studies have been based on regional convenience samples. Using a national sample, this study gathered information about video-gaming habits and parental involvement in gaming, to determine the percentage of youth who meet clinical-style criteria for pathological gaming. A Harris poll surveyed a randomly selected sample of 1,178 American youth ages 8 to 18. About 8% of video-game players in this sample exhibited pathological patterns of play. Several indicators documented convergent and divergent validity of the results: Pathological gamers spent twice as much time playing as nonpathological gamers and received poorer grades in school; pathological gaming also showed comorbidity with attention problems. Pathological status significantly predicted poorer school performance even after controlling for sex, age, and weekly amount of video-game play. These results confirm that pathological gaming can be measured reliably, that the construct demonstrates validity, and that it is not simply isomorphic with a high amount of play.
sábado, abril 11, 2009
Literacias do séc. XXI
Howard Rheingold define-se a si mesmo como um "online instigator" (sic) e é um nome incontornável e pioneiro do estudo das redes sociais e das comunidades virtuais. Numa coluna no San Francisco Gate, chama a atenção para as literacias do século XXI. Valeria a pena prestar atenção ao que ele diz.
Ficam algumas dicas, apenas como aperitivo para a leitura do texto completo:
Ficam algumas dicas, apenas como aperitivo para a leitura do texto completo:
- I have collected evidence over the past several decades that suggests the humanity or toxicity of next year's digital culture depends to a very large degree on what we know, learn, and teach each other about how to use the one billion Internet accounts and four billion mobile phones available today. After more than twenty five years of participation, observation, and analysis, I've become convinced that the future tenor of online culture depends now on whether new literacies spread far enough, fast enough in the next few years.
- What we know and what we teach our children about how to critically consume and collaboratively create online media matters. How many people are included in that "we" matters. And the quality of knowledge we learn and share about life online matters. If you think that forgetting to teach your kids the facts of life is dangerous, wait until you witness the collision of a global superempowered infrastructure with a population of illiterate users.
- I want you to know that only after confronting this issue for a long time did I become convinced that the difference between the haves and have nots, between education and disinfotainment, is not a matter of hardware or software or even (entirely) of being able to afford access to the Web. The most important critical uncertainty today is how many of us learn to use digital media and networks effectively, reasonably, credibly, collaboratively, civilly, humanely.
quinta-feira, abril 09, 2009
Compreender a marcha do mundo
Tal como diversos outros jornais de diferentes partes do mundo, o diário La Croix e a revista Phosphore publicam dossiers sobre a actualidade que constituem ferramentas e recursos importantes para compreender criticamente o mundo actual.
Com periodicidade mensal (10 números por ano), estes dossiers incluem habitualmente uma rubrica ("décodeur" que apresenta, de forma sucinta o essencial da actualidade do mês.
O número de Março foi disponibilizado online.
quarta-feira, abril 08, 2009
Semana da Imprensa ...na Web
Em Março último, e como é tradição ao longo de mais de duas décadas em França, o CLEMI (Centre de Liaison de l'Enseignement et des Moyens d'Information) organizou a Semana da Imprensa na Escola, com uma multiplicidade de iniciativas diversas - do lado das escolas e do lado dos media. Uma acção de que tive conhecimento, e que pode constituir uma pista de acção também cá: durante essa semana: o jornal digital Rue89 (pro-am - de profissional e amador), decidiu associar-se a duas escolas: com uma debateu a aprendizagem da web; com outra, deu a possibilidade de os alunos alimentarem um blogue ( «À l' École du Web») durante a semana.
Etiquetas:
Literacia dos Media,
Media digitais,
Web 2.0
terça-feira, abril 07, 2009
Lá em casa: uma “escola paralela”
Se as crianças portuguesas de idades compreendidas entre os 4 e os 14 anos passam, em média, quase três horas diárias a ver televisão, não deverá isso ser motivo de desassossego? Que vêem elas? Que tipos de programas preferem? Que oferta encontram nas grelhas dos diferentes canais? Com que critérios se escolhe essa programação? De onde vêm os programas? Que histórias contam? Que personagens, situações e valores enfatizam?
Bem vistas as coisas, é todo um currículo alternativo à família e à escola que aqui está em causa. E aparentemente, são poucos os sinais de preocupação e de exigência relativamente a esta matéria.
Parte destas interrogações encontra resposta num estudo que um grupo de investigadores da Universidade do Minho acaba de realizar para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), sob coordenação da Prof. Sara Pereira e no qual tive o gosto de participar também.
Alguns resultados apurados, a partir da análise de mais de três mil programas emitidos entre Outubro de 2007 e Setembro de 2008: no seu conjunto, a RTP, SIC e TVI emitem programas para a infância sobretudo de manhã, quando a maioria das crianças está a essa hora na escola. A RTP2 é o canal que mais diversifica, em termos de temas e de manchas horárias. Mas tem uma programação muito orientada para a idade pré-escolar (o que, sendo em si mesmo positivo, deixa outros grupos etários a descoberto). A SIC e, sobretudo, a TVI inovaram, nos últimos anos, com a introdução de novelas juvenis. Mas, sobretudo este último canal, com Morangos com Açúcar, acaba por oferecer um “prato” quase único (e problemático do ponto de vista do conteúdo – ainda que este aspecto não tenha sido estudado aqui).
Há esforços muito positivos, como “A Ilha das Cores”, na RTP2, a par de medidas execráveis, como é o facto de a TVI meter um programa de wrestling no meio de desenhos animados, ao sábado de manhã. Finalmente, em quase um terço dos programas surgem conteúdos educativos tematizados de forma interessante, o que deveria merecer outra atenção e apoio da parte dos pais e educadores.
Quem se ocupa desta “escola paralela” domiciliária, à qual as crianças dedicam tanto ou mais tempo do que à escola formal?
[Publicado no diário Página 1 / RR, em 6 de Abril de 2009]
Bem vistas as coisas, é todo um currículo alternativo à família e à escola que aqui está em causa. E aparentemente, são poucos os sinais de preocupação e de exigência relativamente a esta matéria.
Parte destas interrogações encontra resposta num estudo que um grupo de investigadores da Universidade do Minho acaba de realizar para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), sob coordenação da Prof. Sara Pereira e no qual tive o gosto de participar também.
Alguns resultados apurados, a partir da análise de mais de três mil programas emitidos entre Outubro de 2007 e Setembro de 2008: no seu conjunto, a RTP, SIC e TVI emitem programas para a infância sobretudo de manhã, quando a maioria das crianças está a essa hora na escola. A RTP2 é o canal que mais diversifica, em termos de temas e de manchas horárias. Mas tem uma programação muito orientada para a idade pré-escolar (o que, sendo em si mesmo positivo, deixa outros grupos etários a descoberto). A SIC e, sobretudo, a TVI inovaram, nos últimos anos, com a introdução de novelas juvenis. Mas, sobretudo este último canal, com Morangos com Açúcar, acaba por oferecer um “prato” quase único (e problemático do ponto de vista do conteúdo – ainda que este aspecto não tenha sido estudado aqui).
Há esforços muito positivos, como “A Ilha das Cores”, na RTP2, a par de medidas execráveis, como é o facto de a TVI meter um programa de wrestling no meio de desenhos animados, ao sábado de manhã. Finalmente, em quase um terço dos programas surgem conteúdos educativos tematizados de forma interessante, o que deveria merecer outra atenção e apoio da parte dos pais e educadores.
Quem se ocupa desta “escola paralela” domiciliária, à qual as crianças dedicam tanto ou mais tempo do que à escola formal?
[Publicado no diário Página 1 / RR, em 6 de Abril de 2009]
domingo, abril 05, 2009
Literacia mediática e esfera pública
As atitudes do público relativamente à literacia mediática constituem uma das partes principais do relatório "Media Literacy and Public Sphere - A Contextual Study for the Public media Literacy Promotion in Ireland", que acaba de ser disponibilizado na Internet.
O estudo, datado de 2008, foi realizado pelo Institute of Technology’s Centre for Social and Educational Research (CSER), de Dublin, por solicitação da Broadcasting Commission of Ireland (BCI), sendo autores os Drs. Brian O’Neill e Cliona Barnes.
As recomendações propostas no estudo foram elaboradas tendo em conta as responsabilidades que cabem aos operadores televisivos no respeitante à educação para os media, na sequência da Lei de Televisão de 2008. A legislação daquele país estabelece que cabe à entidade reguladora irlandesa, a Broadcasting Authority of Ireland (BAI), a promoção de actividades orientadas para a promoção da literacia mediática, incluindo a cooperação com os operadores, pedagogos e outras personalidades ou grupos relevantes.
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