Jornadas sobre alfabetização digital
"Novas alfabetizações: a alfabetização digital e o debate político-social" é o tema de umas jornadas que o Observatório de la Sociedad de la Información y del Conocimiento promove em Madrid, em 2-3, 9-10 e 16-17 de Fevereiro.
No texto que acompanha o programa, explica-se o sentido e alcance desta realização, observando que o conceito de "alfabetização digital" está longe de ser um conceito unívoco e que, por detrás dele, se acobertam sentidos muito diversos que importa debater.
A inscrição é gratuita, exigindo, porém, registo prévio através de mail.
O Observatório alimenta também o blogue ou "bitácora" BOSIC, que vale a pena ser consultado
segunda-feira, janeiro 23, 2006
Exposição de Jornais Escolares
A Biblioteca Pública de Braga tem patente no átrio do Salão Medieval (Largo do Paço) até 10 de Fevereiro, alguns dos jornais concorrentes e, em lugar de destaque, os jornais premiados, no Concurso Nacional de Jornais Escolares do Projecto Público na Escola. O certame pode ser visitada nos dias úteis, das 9.00 às 12.30 horas e das 14.00 às 17.30 horas.
A edição de 2005 do Concurso edição distinguiu cerca de três dezenas de publicações produzidas no ano lectivo de 2004/05 em estabelecimentos de todos os graus de ensino básico e secundário de todo o país.
O concurso contemplou cinco escalões: o 1º escalão dirigido aos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do ensino básico; o 2º escalão para as escolas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico; o 3º escalão destinado às escolas secundárias ou profissionais; o 4º escalão para agrupamentos verticais de escolas; e o 5º escalão para os jornais em suporte electrónico. Foi ainda atribuído um prémio para o melhor grafismo e um prémio para o melhor dos jornais escolares premiados na edição de 2003/2004.
Os jornais escolares participantes neste concurso são exibidos em mostras em vários pontos do país, designadamente no Museu Nacional da Imprensa, Porto.
A Biblioteca Pública de Braga tem patente no átrio do Salão Medieval (Largo do Paço) até 10 de Fevereiro, alguns dos jornais concorrentes e, em lugar de destaque, os jornais premiados, no Concurso Nacional de Jornais Escolares do Projecto Público na Escola. O certame pode ser visitada nos dias úteis, das 9.00 às 12.30 horas e das 14.00 às 17.30 horas.
A edição de 2005 do Concurso edição distinguiu cerca de três dezenas de publicações produzidas no ano lectivo de 2004/05 em estabelecimentos de todos os graus de ensino básico e secundário de todo o país.
O concurso contemplou cinco escalões: o 1º escalão dirigido aos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do ensino básico; o 2º escalão para as escolas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico; o 3º escalão destinado às escolas secundárias ou profissionais; o 4º escalão para agrupamentos verticais de escolas; e o 5º escalão para os jornais em suporte electrónico. Foi ainda atribuído um prémio para o melhor grafismo e um prémio para o melhor dos jornais escolares premiados na edição de 2003/2004.
Os jornais escolares participantes neste concurso são exibidos em mostras em vários pontos do país, designadamente no Museu Nacional da Imprensa, Porto.
sábado, janeiro 14, 2006
Como adquirir poder face aos meios de comunicação
"Como Apoderarse de los Medios de Comunicación - UNA GUÍA PARA COMPRENDER EL PODER DE LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN Y ORGANIZARSE POR LA JUSTICIA EN LOS MEDIOS EN SU COMUNIDAD". Assim se intitula um livrinho editado nos Estados Unidos, que pretende ser um "manual" ao serviço da capacitação dos cidadãos face aos media.´Constitui uma iniciativa de uma confissão religiosa, mas com finalidades e dimensões que extravasam a confessionalidade. Existe uma versão em inglês, intitulada "Media empowering".
"Como Apoderarse de los Medios de Comunicación - UNA GUÍA PARA COMPRENDER EL PODER DE LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN Y ORGANIZARSE POR LA JUSTICIA EN LOS MEDIOS EN SU COMUNIDAD". Assim se intitula um livrinho editado nos Estados Unidos, que pretende ser um "manual" ao serviço da capacitação dos cidadãos face aos media.´Constitui uma iniciativa de uma confissão religiosa, mas com finalidades e dimensões que extravasam a confessionalidade. Existe uma versão em inglês, intitulada "Media empowering".
domingo, janeiro 08, 2006
O direito violado de uma bebé
Da coluna semanal que, como provedor do leitor do Jornal de Notícias, transcrevo da edição de hoje:
Há casos relatados nos meios de comunicação social que, de tão horrorosos que são, deveriam ser várias vezes sopesados, antes de serem trazidos a público. Um daqueles que se inscreve nessa categoria é o da bebé originária de uma aldeia próxima de Viseu, há praticamente um mês internada no Hospital Pediátrico de Coimbra, vítima de maus tratos imputados aos pais, incluindo alegado abuso sexual.
O JN entendeu dar destaque ao assunto e fez a sua manchete do passado dia 15 de Dezembro com o título ?Violação da bebé confirmada?. O trabalho vinha ilustrado com a foto do pai da criança, no momento em que era conduzido ao Tribunal, e ocupava ainda a secção ?Em foco?, nas páginas 2 e 3. Cinco jornalistas foram destacados para cobrir e tratar o caso, da Redacção do Porto e das delegações de Viseu e de Coimbra. O tratamento do JN motivou o protesto da leitora Odete Silva, de Vila Nova de Gaia. Numa mensagem enviada por correio electrónico, interroga o provedor: ?Acha aceitável que o JN pespegue com o nome da menina em todas as notícias? Na quinta-feira passada [a tal edição do dia 15] vi o nome repetido várias vezes, até na primeira página, e já fiquei revoltada. Então não é que hoje vocês põem o nome dela num título de letras grandes? É uma vergonha.? E desabafa ainda: ?De certeza que se fosse uma familiar de algum dos jornalistas ou de um amigo que escondiam muito bem escondido o nome dela?.
Ao mesmo tempo, no sítio da Internet Blogouve-se (http://ouve-se.blogspot.com), do jornalista João Paulo Meneses, decorria um debate sobre o comportamento dos media acerca deste caso. Numa nota inserida a 26 de Dezembro, aquele jornalista, depois de estranhar que os provedores em exercício ainda não tivessem tratado do assunto e de lamentar o silêncio do Conselho Deontológico dos jornalistas, comenta: ?Será que se entende - e pergunto sem qualquer ironia - que a identificação, tal como apareceu em quase todos os órgãos de comunicação social (o Expresso foi uma excepção) não terá consequências de futuro para a criança, que na escola ou entre os amigos ninguém saberá que ela passou por isto quando ainda não tinha dois meses??.
Ouvi, a propósito destas mensagens, o coordenador da delegação de Coimbra que anotou o facto de ter editado a primeira peça sobre o caso, no dia 14. ?Aí ? faz notar o jornalista ? pese embora soubéssemos o nome da criança, deliberadamente não o escrevemos, pois entendemos, como ainda entendo, que essa é uma informação irrelevante para a notícia em causa, e que na medida do possível a identificação da vítima deve ser salvaguardada?. Acrescenta: ?Ao contrário do JN, no dia seguinte outros media publicaram o nome da menina, não fazendo sentido a partir daí não o escrever, pois a identificação da vítima já tinha sido tornado pública e não seria por nós o omitirmos que salvaguardaríamos o que quer que seja?.
Por haver, nesta matéria, aspectos relacionados com a orientação editorial, o provedor quis conhecer igualmente a posição da Direcção do JN. O director-adjunto David Pontes, depois de ouvir os editores mais directamente envolvidos no processo, confirma, em traços gerais, o que refere o jornalista citado: que o facto de o nome da vítima ter sido ?profusamente divulgado por outros órgãos de comunicação social, nomeadamente pela televisão? levou a que se considerasse não fazer sentido a reserva por parte do JN. Acrescenta, no entanto:
?Não foi, na opinião desta Direcção, o juízo mais correcto. De facto, estando a criança viva, não faz qualquer sentido não manter a reserva do nome, mesmo tendo ele sido erradamente divulgado por outros. Daí que, logo que fomos alertados para o facto, tenha sido acordado entre todos retirar o nome da vítima de futuras peças e tomar o máximo de atenção em casos similares que venhamos a noticiar?.
Em resumo, o JN começou por tratar o assunto mantendo sob reserva o nome da criança violentada; alterou tal posição, passando a divulgar o nome em vários dias seguidos e de forma destacada, com o argumento de que outros meios de comunicação social, especialmente a televisão, também o fizeram; por fim, no noticiário mais recente, adoptou a orientação de não divulgar o nome da vítima. Relativamente a esta criança, porém, já dificilmente se poderá reparar os danos causados.
O comportamento do Jornal de Notícias, neste caso, merece reprovação por dois motivos: em primeiro lugar, por ter-se servido do argumento da infracção alheia para também infringir, numa matéria em que está em causa um direito fundamental da pessoa humana; em segundo lugar, por não terem funcionado mecanismos de alerta e de mudança de comportamento, quando, na edição do dia 15 de Dezembro o nome da vítima foi várias vezes impresso, incluindo na primeira página, sendo que havia na Redacção quem tivesse clara noção de que a identidade da bebé não devia ser revelada.
Resta, apesar de tudo, sublinhar o reconhecimento, por parte da Direcção, de que o juízo ?não foi o mais correcto? e de que se irá ?tomar o máximo de atenção em casos similares?.
Destaque sugerido: Os erros dos outros não podem servir de desculpa para os nossos erros
Dois motivos de inquietação
Dois pontos, no caso do bebé de Viseu, suscitam a maior inquietação. Como foi possível que quase toda a grande comunicação social ? rádio, televisão, imprensa, meios digitais ? se tenha entregue, aparentemente sem escrúpulos, à revelação do nome de uma vítima de maus tratos tão chocantes? Não deixa de ser grave que, nesta imolação colectivamente praticada, não tenha havido distinções entre os media: fizeram-no inclusivamente os ditos de referência, mesmo aqueles em que os respectivos livros de estilo proíbem expressamente tal prática.
Mas não menos inquietante é o facto de, perante uma violação tão generalizada, não ter surgido (notícia de) qualquer iniciativa por parte das entidades com capacidade para a tomar: desde logo a Alta Autoridade para a Comunicação Social, mas também o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, os conselhos de Redacção ou as estruturas de protecção de crianças e jovens. Mas o facto de o provedor ter recebido uma única mensagem a este propósito indicia que também nós, enquanto cidadãos, vemos e calamos tão flagrante violação de um direito.
O destaque dado a estas matérias radica, na maior parte dos casos ? façamos a essa justiça aos jornalistas ? na convicção do interesse público de tal informação e na crença de que a divulgação dos casos e das suas envolventes poderá levar a sociedade a criar ou melhorar mecanismos de prevenção. Contudo, estes objectivos, que são certamente de enaltecer, comportam dificuldades e mesmo riscos graves, sobretudo porque podem provocar uma dor acrescida em quem já é vítima de determinadas situações. No caso das crianças, que nem sequer se podem defender, pode lançar sobre elas um estigma que transportarão para o resto da vida.É por isso que boa parte dos códigos deontológicos (incluindo o português) alertam para o respeito que os jornalistas devem ter pelos direitos das vítimas à dignidade, ao bom nome, à imagem e a não verem o seu sofrimento ainda mais ampliado pelos media. E que proíbem expressamente a revelação da identidade de vítimas de crimes sexuais, especialmente quando se trata de crianças. No caso presente, os media portugueses deveriam, como forma de atenuar o mal causado, assumir um código de conduta claro e corajoso nesta matéria, tendo em conta, especialmente, os direitos das crianças. Seria uma forma de, um dia, a menina de Viseu sentir que o seu calvário tinha ao menos abalado a consciência dos
Da coluna semanal que, como provedor do leitor do Jornal de Notícias, transcrevo da edição de hoje:
Há casos relatados nos meios de comunicação social que, de tão horrorosos que são, deveriam ser várias vezes sopesados, antes de serem trazidos a público. Um daqueles que se inscreve nessa categoria é o da bebé originária de uma aldeia próxima de Viseu, há praticamente um mês internada no Hospital Pediátrico de Coimbra, vítima de maus tratos imputados aos pais, incluindo alegado abuso sexual.
O JN entendeu dar destaque ao assunto e fez a sua manchete do passado dia 15 de Dezembro com o título ?Violação da bebé confirmada?. O trabalho vinha ilustrado com a foto do pai da criança, no momento em que era conduzido ao Tribunal, e ocupava ainda a secção ?Em foco?, nas páginas 2 e 3. Cinco jornalistas foram destacados para cobrir e tratar o caso, da Redacção do Porto e das delegações de Viseu e de Coimbra. O tratamento do JN motivou o protesto da leitora Odete Silva, de Vila Nova de Gaia. Numa mensagem enviada por correio electrónico, interroga o provedor: ?Acha aceitável que o JN pespegue com o nome da menina em todas as notícias? Na quinta-feira passada [a tal edição do dia 15] vi o nome repetido várias vezes, até na primeira página, e já fiquei revoltada. Então não é que hoje vocês põem o nome dela num título de letras grandes? É uma vergonha.? E desabafa ainda: ?De certeza que se fosse uma familiar de algum dos jornalistas ou de um amigo que escondiam muito bem escondido o nome dela?.
Ao mesmo tempo, no sítio da Internet Blogouve-se (http://ouve-se.blogspot.com), do jornalista João Paulo Meneses, decorria um debate sobre o comportamento dos media acerca deste caso. Numa nota inserida a 26 de Dezembro, aquele jornalista, depois de estranhar que os provedores em exercício ainda não tivessem tratado do assunto e de lamentar o silêncio do Conselho Deontológico dos jornalistas, comenta: ?Será que se entende - e pergunto sem qualquer ironia - que a identificação, tal como apareceu em quase todos os órgãos de comunicação social (o Expresso foi uma excepção) não terá consequências de futuro para a criança, que na escola ou entre os amigos ninguém saberá que ela passou por isto quando ainda não tinha dois meses??.
Ouvi, a propósito destas mensagens, o coordenador da delegação de Coimbra que anotou o facto de ter editado a primeira peça sobre o caso, no dia 14. ?Aí ? faz notar o jornalista ? pese embora soubéssemos o nome da criança, deliberadamente não o escrevemos, pois entendemos, como ainda entendo, que essa é uma informação irrelevante para a notícia em causa, e que na medida do possível a identificação da vítima deve ser salvaguardada?. Acrescenta: ?Ao contrário do JN, no dia seguinte outros media publicaram o nome da menina, não fazendo sentido a partir daí não o escrever, pois a identificação da vítima já tinha sido tornado pública e não seria por nós o omitirmos que salvaguardaríamos o que quer que seja?.
Por haver, nesta matéria, aspectos relacionados com a orientação editorial, o provedor quis conhecer igualmente a posição da Direcção do JN. O director-adjunto David Pontes, depois de ouvir os editores mais directamente envolvidos no processo, confirma, em traços gerais, o que refere o jornalista citado: que o facto de o nome da vítima ter sido ?profusamente divulgado por outros órgãos de comunicação social, nomeadamente pela televisão? levou a que se considerasse não fazer sentido a reserva por parte do JN. Acrescenta, no entanto:
?Não foi, na opinião desta Direcção, o juízo mais correcto. De facto, estando a criança viva, não faz qualquer sentido não manter a reserva do nome, mesmo tendo ele sido erradamente divulgado por outros. Daí que, logo que fomos alertados para o facto, tenha sido acordado entre todos retirar o nome da vítima de futuras peças e tomar o máximo de atenção em casos similares que venhamos a noticiar?.
Em resumo, o JN começou por tratar o assunto mantendo sob reserva o nome da criança violentada; alterou tal posição, passando a divulgar o nome em vários dias seguidos e de forma destacada, com o argumento de que outros meios de comunicação social, especialmente a televisão, também o fizeram; por fim, no noticiário mais recente, adoptou a orientação de não divulgar o nome da vítima. Relativamente a esta criança, porém, já dificilmente se poderá reparar os danos causados.
O comportamento do Jornal de Notícias, neste caso, merece reprovação por dois motivos: em primeiro lugar, por ter-se servido do argumento da infracção alheia para também infringir, numa matéria em que está em causa um direito fundamental da pessoa humana; em segundo lugar, por não terem funcionado mecanismos de alerta e de mudança de comportamento, quando, na edição do dia 15 de Dezembro o nome da vítima foi várias vezes impresso, incluindo na primeira página, sendo que havia na Redacção quem tivesse clara noção de que a identidade da bebé não devia ser revelada.
Resta, apesar de tudo, sublinhar o reconhecimento, por parte da Direcção, de que o juízo ?não foi o mais correcto? e de que se irá ?tomar o máximo de atenção em casos similares?.
Destaque sugerido: Os erros dos outros não podem servir de desculpa para os nossos erros
Dois motivos de inquietação
Dois pontos, no caso do bebé de Viseu, suscitam a maior inquietação. Como foi possível que quase toda a grande comunicação social ? rádio, televisão, imprensa, meios digitais ? se tenha entregue, aparentemente sem escrúpulos, à revelação do nome de uma vítima de maus tratos tão chocantes? Não deixa de ser grave que, nesta imolação colectivamente praticada, não tenha havido distinções entre os media: fizeram-no inclusivamente os ditos de referência, mesmo aqueles em que os respectivos livros de estilo proíbem expressamente tal prática.
Mas não menos inquietante é o facto de, perante uma violação tão generalizada, não ter surgido (notícia de) qualquer iniciativa por parte das entidades com capacidade para a tomar: desde logo a Alta Autoridade para a Comunicação Social, mas também o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, os conselhos de Redacção ou as estruturas de protecção de crianças e jovens. Mas o facto de o provedor ter recebido uma única mensagem a este propósito indicia que também nós, enquanto cidadãos, vemos e calamos tão flagrante violação de um direito.
O destaque dado a estas matérias radica, na maior parte dos casos ? façamos a essa justiça aos jornalistas ? na convicção do interesse público de tal informação e na crença de que a divulgação dos casos e das suas envolventes poderá levar a sociedade a criar ou melhorar mecanismos de prevenção. Contudo, estes objectivos, que são certamente de enaltecer, comportam dificuldades e mesmo riscos graves, sobretudo porque podem provocar uma dor acrescida em quem já é vítima de determinadas situações. No caso das crianças, que nem sequer se podem defender, pode lançar sobre elas um estigma que transportarão para o resto da vida.É por isso que boa parte dos códigos deontológicos (incluindo o português) alertam para o respeito que os jornalistas devem ter pelos direitos das vítimas à dignidade, ao bom nome, à imagem e a não verem o seu sofrimento ainda mais ampliado pelos media. E que proíbem expressamente a revelação da identidade de vítimas de crimes sexuais, especialmente quando se trata de crianças. No caso presente, os media portugueses deveriam, como forma de atenuar o mal causado, assumir um código de conduta claro e corajoso nesta matéria, tendo em conta, especialmente, os direitos das crianças. Seria uma forma de, um dia, a menina de Viseu sentir que o seu calvário tinha ao menos abalado a consciência dos
quarta-feira, janeiro 04, 2006
A geração do ecrã não lê a imprensa diária
Sob o título "Les jeunes plébiscitent la presse écrite pour sa fiabilité mais préfèrent regarder la télévision", o jornal Le Monde traz hoje um artigo de Pascale Santi que ajuda a pensar a relação entre os mais novos e a imprensa.
"Comment attirer les jeunes vers les quotidiens? C'est l'éternel débat qui agite les éditeurs de presse, qui voient leur lectorat vieillir d'année en année. S'ils disent aimer les journaux, rares sont les jeunes qui font la démarche d'acheter un quotidien. Le nombre de lecteurs de la presse quotidienne nationale est passé de 9 millions en 1994 à 8,56 millions en 2004, soit une baisse de 2,3 %. Cette baisse est de 8,5 % pour les 15-24 ans et de 7,2 % pour les 25-34 ans. Le lectorat des quotidiens régionaux vieillit également".
Segundo uma sondagem realizada na Primavera pela agência BVA, para os jovens as principais fontes de informação são:
De entre as razões para o afastamento dos mais novos face á imprensa:
- "une modification du rapport au temps et à l'argent, constate Dominique Lévy, directrice du département médias à TNS Sofres. Le rapport à l'actualité est différent : attendre le JT de 20 heures ou la parution d'un quotidien n'est pas compatible avec cette génération de l'immédiateté." Leur rapport à l'argent est aussi différent, pas seulement à l'égard des médias, d'ailleurs. "Les quotidiens sont chers, et le budget des jeunes est sollicité par des dépenses croissantes et nouvelles dans la téléphonie, les jeux, etc.", explique Bernard Spitz, conseiller d'Etat, président de BS Conseil. Or, en matière d'information, les jeunes sont habitués à en disposer gratuitement, à la télévision, à la radio, sur Internet. D'où le succès des journaux gratuits auprès de cette génération".
Os números que falam por si
"Les chiffres sont impitoyables pour la presse payante : 35,9 % du lectorat de 20 Minutes et 30,2 % de celui de Metro sont âgés de 15 à 24 ans, contre 27,4 % pour L'Equipe, 17,1 % pour Le Parisien et Aujourd'hui, 17,1 % pour Le Monde, 13 % pour Libération, 8,5 % pour Le Figaro..., selon une étude réalisée par 20 Minutes et GFK. "Les gratuits conquièrent les jeunes grâce à leur accessibilité physique et en termes de contenu", souligne Franck Tirlot, cofondateur et directeur de publication du mensuel (payant) Citato, diffusé dans les lycées. De plus, le nombre de points de vente des journaux ne cesse de diminuer. Autre raison, et non des moindres, "les quotidiens sont souvent déconnectés du lecteur", critique François Dufour, fondateur de Play Bac Presse, éditeur de quotidiens pour enfants (Le Petit Quotidien, L'Actu...).
Depuis 1990, les pouvoirs publics organisent avec le Centre de liaison de l'enseignement et des médias d'information (Clemi) la Semaine de la presse et des médias dans l'école. Mais un rapport de Bernard Spitz, remis en octobre 2004 à Renaud Donnedieu de Vabres, ministre de la culture et de la communication, est resté lettre morte. Ses propositions concrètes (abonnement gratuit d'un mois pour le 18e anniversaire, ouverture de kiosques dans les lycées...) n'ont jamais été appliquées, mais elles pourraient être reprises dans les programmes des prochains présidentiables.
(...) Des quotidiens réfléchissent aussi à diffuser des informations sur le téléphone portable. Le Monde mise, lui, sur son site Internet, qui a considérablement rajeuni son lectorat. "La désaffection des jeunes à l'égard des médias traditionnels ne signifie pas une désaffection vis-à-vis des marques de presse", souligne Mme Lévy".
Sob o título "Les jeunes plébiscitent la presse écrite pour sa fiabilité mais préfèrent regarder la télévision", o jornal Le Monde traz hoje um artigo de Pascale Santi que ajuda a pensar a relação entre os mais novos e a imprensa.
"Comment attirer les jeunes vers les quotidiens? C'est l'éternel débat qui agite les éditeurs de presse, qui voient leur lectorat vieillir d'année en année. S'ils disent aimer les journaux, rares sont les jeunes qui font la démarche d'acheter un quotidien. Le nombre de lecteurs de la presse quotidienne nationale est passé de 9 millions en 1994 à 8,56 millions en 2004, soit une baisse de 2,3 %. Cette baisse est de 8,5 % pour les 15-24 ans et de 7,2 % pour les 25-34 ans. Le lectorat des quotidiens régionaux vieillit également".
Segundo uma sondagem realizada na Primavera pela agência BVA, para os jovens as principais fontes de informação são:
- a televisão - 68 %
- a Internet -17 %
- a rádio - 13 %
- a imprensa - 1 %.
De entre as razões para o afastamento dos mais novos face á imprensa:
- "une modification du rapport au temps et à l'argent, constate Dominique Lévy, directrice du département médias à TNS Sofres. Le rapport à l'actualité est différent : attendre le JT de 20 heures ou la parution d'un quotidien n'est pas compatible avec cette génération de l'immédiateté." Leur rapport à l'argent est aussi différent, pas seulement à l'égard des médias, d'ailleurs. "Les quotidiens sont chers, et le budget des jeunes est sollicité par des dépenses croissantes et nouvelles dans la téléphonie, les jeux, etc.", explique Bernard Spitz, conseiller d'Etat, président de BS Conseil. Or, en matière d'information, les jeunes sont habitués à en disposer gratuitement, à la télévision, à la radio, sur Internet. D'où le succès des journaux gratuits auprès de cette génération".
Os números que falam por si
"Les chiffres sont impitoyables pour la presse payante : 35,9 % du lectorat de 20 Minutes et 30,2 % de celui de Metro sont âgés de 15 à 24 ans, contre 27,4 % pour L'Equipe, 17,1 % pour Le Parisien et Aujourd'hui, 17,1 % pour Le Monde, 13 % pour Libération, 8,5 % pour Le Figaro..., selon une étude réalisée par 20 Minutes et GFK. "Les gratuits conquièrent les jeunes grâce à leur accessibilité physique et en termes de contenu", souligne Franck Tirlot, cofondateur et directeur de publication du mensuel (payant) Citato, diffusé dans les lycées. De plus, le nombre de points de vente des journaux ne cesse de diminuer. Autre raison, et non des moindres, "les quotidiens sont souvent déconnectés du lecteur", critique François Dufour, fondateur de Play Bac Presse, éditeur de quotidiens pour enfants (Le Petit Quotidien, L'Actu...).
Depuis 1990, les pouvoirs publics organisent avec le Centre de liaison de l'enseignement et des médias d'information (Clemi) la Semaine de la presse et des médias dans l'école. Mais un rapport de Bernard Spitz, remis en octobre 2004 à Renaud Donnedieu de Vabres, ministre de la culture et de la communication, est resté lettre morte. Ses propositions concrètes (abonnement gratuit d'un mois pour le 18e anniversaire, ouverture de kiosques dans les lycées...) n'ont jamais été appliquées, mais elles pourraient être reprises dans les programmes des prochains présidentiables.
(...) Des quotidiens réfléchissent aussi à diffuser des informations sur le téléphone portable. Le Monde mise, lui, sur son site Internet, qui a considérablement rajeuni son lectorat. "La désaffection des jeunes à l'égard des médias traditionnels ne signifie pas une désaffection vis-à-vis des marques de presse", souligne Mme Lévy".
terça-feira, janeiro 03, 2006
Presidenciais: tema do boletim "Público na escola"
"A eleição presidencial na sala de aula" é o tema forte do número de Dezembro do boletim informativo mensal do projecto "Público na Escola", do jornal Público. O tema é abordado de uma perspectiva de educação para a cidadania. Procura-se incentivar o conhecimento das funções presidenciais, da história do cargo e dos preceitos constitucionais relacionados com o presidente da República. Outros textos neste número: "Algumas ideias rápidas sobre a escrita - para uso de quem faz um jornal escolar" (Isabel Margarida Duarte); entrevista a Alice Vieira (dada ao jornal Pena Jovem, da Escola EB2,3 de Penalva do Castelo); Uma conversa com Mário Cláudio (Mónica Sanches e Conceição Gomes).
Recorde-se que este projecto acaba de editar também o primeiro número de uma nova publicação, a que chamou "Cadernos Público na escola". O tema deste número inaugural, que se encontra à venda nos quiosques, aborda os "Escritores na sala de aula".
"A eleição presidencial na sala de aula" é o tema forte do número de Dezembro do boletim informativo mensal do projecto "Público na Escola", do jornal Público. O tema é abordado de uma perspectiva de educação para a cidadania. Procura-se incentivar o conhecimento das funções presidenciais, da história do cargo e dos preceitos constitucionais relacionados com o presidente da República. Outros textos neste número: "Algumas ideias rápidas sobre a escrita - para uso de quem faz um jornal escolar" (Isabel Margarida Duarte); entrevista a Alice Vieira (dada ao jornal Pena Jovem, da Escola EB2,3 de Penalva do Castelo); Uma conversa com Mário Cláudio (Mónica Sanches e Conceição Gomes).
Recorde-se que este projecto acaba de editar também o primeiro número de uma nova publicação, a que chamou "Cadernos Público na escola". O tema deste número inaugural, que se encontra à venda nos quiosques, aborda os "Escritores na sala de aula".
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