CARTA DE LA COMUNICACION DE LOS PUEBLOS
Escrito por especialistas e activistas, no âmbito da preparação do 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1998.
Versão em inglês: People's Communication Charter
Versão em francês: Charte Populaire de la Communication.
sábado, junho 28, 2003
Através de Mário Camarão chegou isto, que partilho com todos:
PELA INTERNET
GILBERTO GIL
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar
PELA INTERNET
GILBERTO GIL
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
De Connecticut acessar
O chefe da Macmilícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar
sexta-feira, junho 27, 2003
Vem aí a "fase oral" nos jogos vídeo. Segundo o Libération:
Há, porém, que prestar atenção a alguns pormenores que podem ser ... decisivos para o desenrolar do jogo:
"Avant, lorsque quelqu'un parlait à sa console, on pouvait légitimement soupçonner l'émergence d'un certain désordre mental. Ce n'est plus forcément le cas. Il est possible que cet individu se livre à une partie de Socom : US Navy Seals. Ce titre, que vient de publier Sony, est le premier conçu pour le jeu en ligne sur Playstation 2. Il met en scène ces troupes américaines d'élite, les Seals (en français: les phoques), confrontées à un assortiment varié de situations périlleuses impliquant d'ignobles terroristes. Chaque joueur, une fois connecté au Web, pourra communiquer avec ses camarades de combat (Seals ou terroristes, au choix) au moyen d'un micro et d'un casque, fournis avec le jeu. En réunissant jusqu'à 16 joueurs sur une même partie, les soldats du monde libre pourront bientôt partir à l'assaut de la vermine, sans doute communiste".
Há, porém, que prestar atenção a alguns pormenores que podem ser ... decisivos para o desenrolar do jogo:
"Il faut éviter de parler la bouche pleine ou de ricaner bêtement, sans quoi le fidèle soldat balance une grenade n'importe où."
O conceito de Media Literacy, bastante utilizado no espaço anglo-saxónico, tem proximidades - nos seus termos de referência - com um outro que está cada vez mais em voga - o de Information Literacy. Para uma compreensão dos aspectos que estão em causa, deixo a referência ao site Information Literacy Competency Standards for Higher Education.
domingo, junho 22, 2003
Mais um contributo para sexta-feira próxima:
INVENTAR O QUINTO PODER
Texto publicado na edição nº 227 de CartaCapital (12/2/03)
O professor inglês Roger Silverstone defende, em livro publicado no Brasil, que a sociedade se alfabetize em mídia para desafiar o Quarto Poder.
Por Ubiratan Muarrek
A imprensa britânica (e, talvez, não apenas a britânica) caminha para a autodestruição. A lógica da criação e destruição de celebridades, o círculo vicioso de sensacionalismo e fofoca, o interesse puramente comercial e a recusa em abrir-se para o questionamento de seus próprios mecanismos e valores são indícios de uma crise nos meios de comunicação cujo resultado é o declínio do engajamento político, o aumento do individualismo e o ocaso da cidadania. Essa é a opinião de Roger Silverstone, titular da cadeira de Mídia e Comunicações da London School of Economics, em Londres, que lança no Brasil Por que Estudar a Mídia?
Silverstone argumenta que a mídia se tornou central para a experiência humana. Seu controle sobre o fluxo de palavras e imagens em escala global – e sobre processos sociais, políticos e culturais – só aumenta, como também aumentam as reações de indivíduos, comunidades e governos contra sua influência. Por isso, ela tem de ser estudada. Mais que isso: esse conhecimento deve se difundir na sociedade, criando uma massa de cidadãos alfabetizados em mídia, que só assim poderiam desafiar seus pressupostos éticos e funcionais. Teríamos então um Quinto Poder, constituído por uma cidadania informada cuja missão seria fiscalizar o Quarto Poder – ou seja, a mídia.
Roger Silverstone já teve publicado no País Televisão e Vida Cotidiana, livro influente em que analisa a televisão como um veículo doméstico. Em Por que Estudar a Mídia? reforça o argumento: é no dia-a-dia das pessoas, e não na cobertura de grandes eventos e catástrofes, que a força da mídia se mostra mais eficaz, contribuindo decisivamente para a formação do senso comum. E procura explicar como a mídia funciona e como nos relacionamos com ela, analisando da poética de Aristóteles à transmissão pela tevê do funeral da Princesa Diana.
Silverstone escreveu um manifesto, distante da famigerada linguagem acadêmica. “Eu quero ser lido”, diz ele, para quem o conhecimento da mídia e sua democratização são um projeto político fundamental para formar cidadãos no século XXI. A seguir, os principais trechos da entrevista.
CartaCapital: O senhor diz que os estudos de mídia devem falar com a sociedade, “alfabetizando” os cidadãos em relação à mídia. Quais os desafios desse projeto?
Roger Silverstone: A cidadania no século XXI requer um grau de conhecimento que até agora poucos de nós têm, que requer do indivíduo que saiba ler os produtos da mídia e que seja capaz de questionar suas estratégias. Isso envolveria capacidades que vão além do que foi considerado alfabetização em massa na época da mídia impressa. Houve um tempo em que a mídia impressa colocou esse desafio: foi considerado suficiente que as populações pudessem ler, e os avanços na leitura, ou seja, um questionamento crítico do que se lê, sempre foram considerados uma ameaça para os poderes estabelecidos. A facilidade com que consumimos a mídia atualmente, pela atração de suas imagens e simplicidade de suas formas narrativas, poderia sugerir que a alfabetização não é mais uma questão. Eu sugiro que a alfabetização em mídia é mais necessária do que nunca, precisamente porque ela é fundamental para a construção de identidades, o senso de nós mesmos no mundo e nossa capacidade de agir dentro dele. Tenho em mente um debate contínuo: o cidadão deve se tornar um membro do Quinto Poder alfabetizado em mídia, para desafiar o Quarto Poder – ainda que os pontos levantados pelos estudos de mídia não sejam sempre fáceis de se traduzir em recomendações claras para a conduta do dia-a-dia.
CC: E quais os obstáculos?
RS: São muitos. É improvável que a própria mídia dê apoio – ela tem sido crítica em relação à produção dos estudos de mídia, que vê como irrelevantes; ou cínica na mobilização das descobertas desses estudos que considera cômodas para si. É improvável que os políticos também enxerguem nossa agenda de maneira clara; para eles, a mídia é um instrumento para a administração da realidade política, um espinho em suas costas ou marginal aos verdadeiros negócios da política. No Reino Unido, os estudos de mídia têm uma reputação terrível de ensinar coisas sem sentido sobre novelas e programas de auditório. Seus objetivos são mal compreendidos e eles podem estar sendo mal-ensinados. A conversão desse baixo nível de conhecimento em um conhecimento ligado à criação e prática da cidadania é uma tarefa imensa e essencial. O declínio no engajamento político em tantos países avançados e a ascensão do individualismo não podem ser dissociados dos altos níveis de consumo acrítico da mídia.
CC: A sociedade, no entanto, parece impregnada de pânico moral (medo diante da inovação tecnológica e dos valores divulgados pela mídia). O que o senhor diria a uma dona de casa: a violência como aparece na mídia influencia ou não as crianças?
RS: Eu diria a essa dona de casa que uma dieta contínua de violência e sexo na televisão vai trazer consequências negativas para a qualidade de vida de seus filhos. Isso em si não vai transformá-los em assassinos psicopatas, apesar de poder fazer isso se a criança for particularmente instável ou vulnerável. Por outro lado, uma dieta descontínua desses programas, um menu mais variado, assim como um meio social que faça a mediação daquilo que aparece na tevê – através de conversas, maior envolvimento dos pais, uma classificação clara do conteúdo e uma educação em relação à mídia –, poderia reduzir os perigos e criar um engajamento mais positivo e criativo. Há pouca evidência de que a mídia sozinha nos transforme em psicopatas e de que assistir uma só vez a uma cena terrível irá produzir um dano permanente.
CC: O senhor diz em seu livro que a mídia reflete o dia-a-dia, como um espelho da sociedade. Por que, ao contrário dos políticos, os profissionais de mídia não se sentem na obrigação de prestar contas pelo que fazem?
RS: A imprensa tem uma história de ser agente de oposição política e questionamento radical, assim como de ser um instrumento de governo e agente de repressão. Sociedades diferentes tiveram uma imprensa que aceitou um certo grau de responsabilidade e de serviço público – a BBC é um exemplo. Nesses casos, a mídia assumiu e assume essa “responsabilidade pelo social”. Mesmo os tablóides britânicos, que atualmente estão em seu período mais populista e irresponsável, argumentariam que não apenas eles estão entregando o que seu público quer (e, nesse sentido, oferecendo um serviço público), mas de fato fornecendo uma crítica apropriada das hipocrisias do governo. Eles iriam igualmente argumentar que o seu sucesso e, em conseqüência, sua responsabilidade devem ser medidos em leitura e índices de audiência. Mas há, no entanto, observando a imprensa britânica, uma absoluta crise de responsabilidade. A imprensa britânica está se movendo para a autodestruição, do mesmo modo que Marx acreditava que o capitalismo iria se autodestruir: uma implosão na base de seu próprio sucesso e como resultado de suas próprias regras de acumulação. A imprensa está num círculo vicioso de sensacionalismo e fofoca que mina cada vez mais os limites entre a vida pública e a vida privada, e está totalmente escrava do círculo infinito de criação e destruição de celebridades. E os grandes jornais estão sendo arrastados a esse mesmo discurso, pelas mesmas pressões de vendas em queda e contração de mercados. Isso só pode resultar em desastre, com um progressivo desencantamento e o abandono do noticiário como um todo e, em conseqüência, de uma cidadania informada e engajada.
CC: A mídia, porém, não reflete sobre si mesma; os veículos evitam ao máximo indagações sobre o “como somos feitos”. Se ela é tão central, como abrir mão de que ela própria seja uma plataforma de debate sobre os seus mecanismos?
RS: A mídia é intensamente não-reflexiva sobre a sua própria prática. Mas ela deve ser encorajada a mudar. Agora, na Grã-Bretanha há iniciativas acadêmicas de estudos e debate público sobre ética na mídia. Será interessante observar como a imprensa, principalmente, irá responder a uma interrogação informada e persistente sobre a sua prática.
CC: No Brasil, há quem defenda o controle do conteúdo da mídia, feito pela sociedade e intermediado pelo Estado. O senhor diz em seu livro, no entanto, que governos temem perder controle sobre esse conteúdo...
RS: É possível que cada vez mais tenhamos uma situação polarizada em que, de um lado, uma mídia poderosa e independente vai tornar as sociedades ingovernáveis; ou, de outro lado, a necessidade que percebemos para um controle estatal máximo vai resultar numa mídia totalmente subjugada. A primeira situação é visível, ainda que embrionária, no Reino Unido; e, a segunda, nos EUA pós-11 de setembro. Parece improvável que sem um esforço político apoiado por estudos radicais de mídia possamos encontrar uma terceira via.
Será cada vez mais difícil controlar o fluxo da mídia através de atos do governo, porque a tecnologia e as empresas irão encontrar meios de driblar a regulação. Os lares têm poder de fazer escolhas (de fato o mercado pede a eles que as façam); os Estados podem restringir mas não eliminar completamente essas escolhas. Há duas maneiras pelas quais indivíduos em seu espaço doméstico podem ser encorajados a tomar decisões informadas sobre seu consumo de mídia. A primeira é rotular o conteúdo de acordo com um padrão (algo que pode ser imposto em convenções internacionais); e instituindo um programa de alfabetização de mídia, no qual poderiam aprender a fazer escolhas sobre o que e como consumir".
INVENTAR O QUINTO PODER
Texto publicado na edição nº 227 de CartaCapital (12/2/03)
O professor inglês Roger Silverstone defende, em livro publicado no Brasil, que a sociedade se alfabetize em mídia para desafiar o Quarto Poder.
Por Ubiratan Muarrek
A imprensa britânica (e, talvez, não apenas a britânica) caminha para a autodestruição. A lógica da criação e destruição de celebridades, o círculo vicioso de sensacionalismo e fofoca, o interesse puramente comercial e a recusa em abrir-se para o questionamento de seus próprios mecanismos e valores são indícios de uma crise nos meios de comunicação cujo resultado é o declínio do engajamento político, o aumento do individualismo e o ocaso da cidadania. Essa é a opinião de Roger Silverstone, titular da cadeira de Mídia e Comunicações da London School of Economics, em Londres, que lança no Brasil Por que Estudar a Mídia?
Silverstone argumenta que a mídia se tornou central para a experiência humana. Seu controle sobre o fluxo de palavras e imagens em escala global – e sobre processos sociais, políticos e culturais – só aumenta, como também aumentam as reações de indivíduos, comunidades e governos contra sua influência. Por isso, ela tem de ser estudada. Mais que isso: esse conhecimento deve se difundir na sociedade, criando uma massa de cidadãos alfabetizados em mídia, que só assim poderiam desafiar seus pressupostos éticos e funcionais. Teríamos então um Quinto Poder, constituído por uma cidadania informada cuja missão seria fiscalizar o Quarto Poder – ou seja, a mídia.
Roger Silverstone já teve publicado no País Televisão e Vida Cotidiana, livro influente em que analisa a televisão como um veículo doméstico. Em Por que Estudar a Mídia? reforça o argumento: é no dia-a-dia das pessoas, e não na cobertura de grandes eventos e catástrofes, que a força da mídia se mostra mais eficaz, contribuindo decisivamente para a formação do senso comum. E procura explicar como a mídia funciona e como nos relacionamos com ela, analisando da poética de Aristóteles à transmissão pela tevê do funeral da Princesa Diana.
Silverstone escreveu um manifesto, distante da famigerada linguagem acadêmica. “Eu quero ser lido”, diz ele, para quem o conhecimento da mídia e sua democratização são um projeto político fundamental para formar cidadãos no século XXI. A seguir, os principais trechos da entrevista.
CartaCapital: O senhor diz que os estudos de mídia devem falar com a sociedade, “alfabetizando” os cidadãos em relação à mídia. Quais os desafios desse projeto?
Roger Silverstone: A cidadania no século XXI requer um grau de conhecimento que até agora poucos de nós têm, que requer do indivíduo que saiba ler os produtos da mídia e que seja capaz de questionar suas estratégias. Isso envolveria capacidades que vão além do que foi considerado alfabetização em massa na época da mídia impressa. Houve um tempo em que a mídia impressa colocou esse desafio: foi considerado suficiente que as populações pudessem ler, e os avanços na leitura, ou seja, um questionamento crítico do que se lê, sempre foram considerados uma ameaça para os poderes estabelecidos. A facilidade com que consumimos a mídia atualmente, pela atração de suas imagens e simplicidade de suas formas narrativas, poderia sugerir que a alfabetização não é mais uma questão. Eu sugiro que a alfabetização em mídia é mais necessária do que nunca, precisamente porque ela é fundamental para a construção de identidades, o senso de nós mesmos no mundo e nossa capacidade de agir dentro dele. Tenho em mente um debate contínuo: o cidadão deve se tornar um membro do Quinto Poder alfabetizado em mídia, para desafiar o Quarto Poder – ainda que os pontos levantados pelos estudos de mídia não sejam sempre fáceis de se traduzir em recomendações claras para a conduta do dia-a-dia.
CC: E quais os obstáculos?
RS: São muitos. É improvável que a própria mídia dê apoio – ela tem sido crítica em relação à produção dos estudos de mídia, que vê como irrelevantes; ou cínica na mobilização das descobertas desses estudos que considera cômodas para si. É improvável que os políticos também enxerguem nossa agenda de maneira clara; para eles, a mídia é um instrumento para a administração da realidade política, um espinho em suas costas ou marginal aos verdadeiros negócios da política. No Reino Unido, os estudos de mídia têm uma reputação terrível de ensinar coisas sem sentido sobre novelas e programas de auditório. Seus objetivos são mal compreendidos e eles podem estar sendo mal-ensinados. A conversão desse baixo nível de conhecimento em um conhecimento ligado à criação e prática da cidadania é uma tarefa imensa e essencial. O declínio no engajamento político em tantos países avançados e a ascensão do individualismo não podem ser dissociados dos altos níveis de consumo acrítico da mídia.
CC: A sociedade, no entanto, parece impregnada de pânico moral (medo diante da inovação tecnológica e dos valores divulgados pela mídia). O que o senhor diria a uma dona de casa: a violência como aparece na mídia influencia ou não as crianças?
RS: Eu diria a essa dona de casa que uma dieta contínua de violência e sexo na televisão vai trazer consequências negativas para a qualidade de vida de seus filhos. Isso em si não vai transformá-los em assassinos psicopatas, apesar de poder fazer isso se a criança for particularmente instável ou vulnerável. Por outro lado, uma dieta descontínua desses programas, um menu mais variado, assim como um meio social que faça a mediação daquilo que aparece na tevê – através de conversas, maior envolvimento dos pais, uma classificação clara do conteúdo e uma educação em relação à mídia –, poderia reduzir os perigos e criar um engajamento mais positivo e criativo. Há pouca evidência de que a mídia sozinha nos transforme em psicopatas e de que assistir uma só vez a uma cena terrível irá produzir um dano permanente.
CC: O senhor diz em seu livro que a mídia reflete o dia-a-dia, como um espelho da sociedade. Por que, ao contrário dos políticos, os profissionais de mídia não se sentem na obrigação de prestar contas pelo que fazem?
RS: A imprensa tem uma história de ser agente de oposição política e questionamento radical, assim como de ser um instrumento de governo e agente de repressão. Sociedades diferentes tiveram uma imprensa que aceitou um certo grau de responsabilidade e de serviço público – a BBC é um exemplo. Nesses casos, a mídia assumiu e assume essa “responsabilidade pelo social”. Mesmo os tablóides britânicos, que atualmente estão em seu período mais populista e irresponsável, argumentariam que não apenas eles estão entregando o que seu público quer (e, nesse sentido, oferecendo um serviço público), mas de fato fornecendo uma crítica apropriada das hipocrisias do governo. Eles iriam igualmente argumentar que o seu sucesso e, em conseqüência, sua responsabilidade devem ser medidos em leitura e índices de audiência. Mas há, no entanto, observando a imprensa britânica, uma absoluta crise de responsabilidade. A imprensa britânica está se movendo para a autodestruição, do mesmo modo que Marx acreditava que o capitalismo iria se autodestruir: uma implosão na base de seu próprio sucesso e como resultado de suas próprias regras de acumulação. A imprensa está num círculo vicioso de sensacionalismo e fofoca que mina cada vez mais os limites entre a vida pública e a vida privada, e está totalmente escrava do círculo infinito de criação e destruição de celebridades. E os grandes jornais estão sendo arrastados a esse mesmo discurso, pelas mesmas pressões de vendas em queda e contração de mercados. Isso só pode resultar em desastre, com um progressivo desencantamento e o abandono do noticiário como um todo e, em conseqüência, de uma cidadania informada e engajada.
CC: A mídia, porém, não reflete sobre si mesma; os veículos evitam ao máximo indagações sobre o “como somos feitos”. Se ela é tão central, como abrir mão de que ela própria seja uma plataforma de debate sobre os seus mecanismos?
RS: A mídia é intensamente não-reflexiva sobre a sua própria prática. Mas ela deve ser encorajada a mudar. Agora, na Grã-Bretanha há iniciativas acadêmicas de estudos e debate público sobre ética na mídia. Será interessante observar como a imprensa, principalmente, irá responder a uma interrogação informada e persistente sobre a sua prática.
CC: No Brasil, há quem defenda o controle do conteúdo da mídia, feito pela sociedade e intermediado pelo Estado. O senhor diz em seu livro, no entanto, que governos temem perder controle sobre esse conteúdo...
RS: É possível que cada vez mais tenhamos uma situação polarizada em que, de um lado, uma mídia poderosa e independente vai tornar as sociedades ingovernáveis; ou, de outro lado, a necessidade que percebemos para um controle estatal máximo vai resultar numa mídia totalmente subjugada. A primeira situação é visível, ainda que embrionária, no Reino Unido; e, a segunda, nos EUA pós-11 de setembro. Parece improvável que sem um esforço político apoiado por estudos radicais de mídia possamos encontrar uma terceira via.
Será cada vez mais difícil controlar o fluxo da mídia através de atos do governo, porque a tecnologia e as empresas irão encontrar meios de driblar a regulação. Os lares têm poder de fazer escolhas (de fato o mercado pede a eles que as façam); os Estados podem restringir mas não eliminar completamente essas escolhas. Há duas maneiras pelas quais indivíduos em seu espaço doméstico podem ser encorajados a tomar decisões informadas sobre seu consumo de mídia. A primeira é rotular o conteúdo de acordo com um padrão (algo que pode ser imposto em convenções internacionais); e instituindo um programa de alfabetização de mídia, no qual poderiam aprender a fazer escolhas sobre o que e como consumir".
sábado, junho 21, 2003
Um site chileno sobre Prensa y Educacion, composto das partes seguintes:
Guias para Conocer el Diario
Diarios com programas Prensa y Educación
Guias de Aprendizaje
Noticias Diairo Mural
O que é Prensa y Educacion, que inclui os resultados de uma pesquisa sobre o assunto.
Guias para Conocer el Diario
Diarios com programas Prensa y Educación
Guias de Aprendizaje
Noticias Diairo Mural
O que é Prensa y Educacion, que inclui os resultados de uma pesquisa sobre o assunto.
Recentemente deixei aqui o desafio de comentarmos as propostas de Lei de Bases da Educção que foram apresentadas na Assembleia da República. Referi as do Governo e do Partido Socialista, mas não tinha a ligação para a do Bloco de Esquerda. Aqui fica ela, juntamente com as questões que sugiro que debatamos na próxima sexta-feira:
- que abertura contêm as propostas relativamente ao ecossistema informativo e mediático?
- a que níveis isso poderia ocorrer?
- que propostas poderiam e deveriam ser feitas aos parlamentares?
- que abertura contêm as propostas relativamente ao ecossistema informativo e mediático?
- a que níveis isso poderia ocorrer?
- que propostas poderiam e deveriam ser feitas aos parlamentares?
sexta-feira, junho 20, 2003
Uma perspectiva holística da educação para os media
Um processo que:
- se estende ao longo da vida
- pode /deve implicar diferentes actores em parcerias
- envolve uma actividade inter-profissional.
Princípios fundamentais da educação para os media
- Os media não reflectem a realidade mas representam-na
- Princípio da não-transparência
- A “desnaturalização” e a desconstrução como dimensão fundamental
o Produção
o Tecnologias e processos
o Critérios de acção dos media e seu impacte
o Modos como o público lê os medias
- A educação para os media como procura e não como imposição
- Carácter “oportunista”: ligação à actualidade
- Aprendizagem das artes de navegar
- Conceitos fundamentais
o Linguagens e processos de significação
o A narrativa como categoria e dimensão de análise
o Lógicas de poder e de serviço
o Espaço público, interesse público e cidadania
o Contextos e posições sociais na produção e recepção
o Práticas culturais
o Tecnologias e sua relação com processos sociais
o Comunicação interpessoal e mediação social
o Participação, expressão e criatividade
- Um projecto de médio longo prazo
- Articulação com a formação para a cidadania
Formas e modalidades de introdução da Educação para os Media
- recurso pedagógico ou ilustração
- objecto de estudo
o área de estudo específica
o tema ou módulo autónomo dentro de disciplinas existentes
o componente integrada
o componente transversal
- como forma de expressão e comunicação.
Razões para a abordagem integrada no currículo:
- cada vez mais materiais mediáticos no apoio às disciplinas
- os media são para as crianças um currículo alternativo
- a representação das disciplinas e das áreas do saber nos media.
(Parte destas notas são adaptadas de Len Masterman (1994) L'Éducation aux Médias dans l´ Europe des Années 90. Strasbourg: Les Éditions du Consel de l´Europe)
Um processo que:
- se estende ao longo da vida
- pode /deve implicar diferentes actores em parcerias
- envolve uma actividade inter-profissional.
Princípios fundamentais da educação para os media
- Os media não reflectem a realidade mas representam-na
- Princípio da não-transparência
- A “desnaturalização” e a desconstrução como dimensão fundamental
o Produção
o Tecnologias e processos
o Critérios de acção dos media e seu impacte
o Modos como o público lê os medias
- A educação para os media como procura e não como imposição
- Carácter “oportunista”: ligação à actualidade
- Aprendizagem das artes de navegar
- Conceitos fundamentais
o Linguagens e processos de significação
o A narrativa como categoria e dimensão de análise
o Lógicas de poder e de serviço
o Espaço público, interesse público e cidadania
o Contextos e posições sociais na produção e recepção
o Práticas culturais
o Tecnologias e sua relação com processos sociais
o Comunicação interpessoal e mediação social
o Participação, expressão e criatividade
- Um projecto de médio longo prazo
- Articulação com a formação para a cidadania
Formas e modalidades de introdução da Educação para os Media
- recurso pedagógico ou ilustração
- objecto de estudo
o área de estudo específica
o tema ou módulo autónomo dentro de disciplinas existentes
o componente integrada
o componente transversal
- como forma de expressão e comunicação.
Razões para a abordagem integrada no currículo:
- cada vez mais materiais mediáticos no apoio às disciplinas
- os media são para as crianças um currículo alternativo
- a representação das disciplinas e das áreas do saber nos media.
(Parte destas notas são adaptadas de Len Masterman (1994) L'Éducation aux Médias dans l´ Europe des Années 90. Strasbourg: Les Éditions du Consel de l´Europe)
quarta-feira, junho 18, 2003
William Corsaro, um dos mais destacados autores de Sociologia da Infância, professor na Universidade de Indiana, Estados Unidos da América, fará uma conferência intitulada "Infância e Cultura de Pares" no Auditório do mInstituto de Estudos da Criança, hoje, pelas 17 horas. Será assegurada a tradução da conferência. Esta iniciativa decorre no âmbito do Ciclo de Conferências em Sociologia da Infância.
terça-feira, junho 17, 2003
É rara a referência à educação para os media nos próprios media. Hoje, aparece no Público, sob a forma de carta de um leitor:
Educar para Os "Media"!
Quero deste modo enaltecer, mas também completar, a excelente reflexão: "Editores da atenção" (PÚBLICO 03-06-02). Sem dúvida, nas sociedades industrializadas, o excedente de produtos não satisfaz a escassa atenção que se dedica aos indivíduos. Os "media" conseguiram fazê-lo, na medida em que estes se revêem na projecção das essências humanas editadas. Assim, criaram uma "agenda" do nosso consumo. Porém, o diagnóstico da patologia "per se" é insuficiente e urge oferecer algum receituário.
Numa sociedade de informação, não será relevante uma educação para a mediatização da mesma? Ao lado da língua francesa ou inglesa, o currículo escolar pode e deve desenvolver uma alfabetização para os "media". Um lugar onde os nossos filhos aprendem a distinguir entre a notícia e o sensacionalismo da forma como é difundida, assim como a verdade e o espectáculo em torno dela. Todavia, sendo a família o centro emocional das crianças, que melhor lugar encontramos para a desalienação que provém dos "media". Destarte, os pais devem chamar a si a responsabilidade de denunciar a perversão dos sentimentos explorados até à exaustão. Como modelos, positiva ou negativamente, serão exemplo do consumo dessa venenosa "sedução".
A educação para os "media" também se aprende no lar. Mas será que nós adultos lemos ou vemos aquilo que consumimos sob um olhar crítico? Estaremos à mercê de um destino que está traçado para manipular as nossas opiniões e conduzir-nos a comportamentos "programados"? Finalmente, porque acredito que os "media" são instrumentos civilizacionais relevantes, também devem ser incluídos na estratégia de educação para a actual cultura comunicativa. Enquanto agentes de socialização, as suas grelhas de programação devem ser sensíveis à instrução para o consumo dos seus conteúdos - à semelhança de alguns editoriais do José Manuel Fernandes. E, em atalho de foice, porque não envolver a Igreja enquanto escola para a vida? Não fora São Paulo quem advertiu para necessidade de não nos deixarmos modelar sem exercer reflexividade? Não é ela a força motora para a transformação das nossas mentalidades? Enfim... cada vez mais carecemos de uma educação para um exercício crítico continuamente renovado.
Simão Daniel Fonseca da Silva
Póvoa de Santo Adrião
Educar para Os "Media"!
Quero deste modo enaltecer, mas também completar, a excelente reflexão: "Editores da atenção" (PÚBLICO 03-06-02). Sem dúvida, nas sociedades industrializadas, o excedente de produtos não satisfaz a escassa atenção que se dedica aos indivíduos. Os "media" conseguiram fazê-lo, na medida em que estes se revêem na projecção das essências humanas editadas. Assim, criaram uma "agenda" do nosso consumo. Porém, o diagnóstico da patologia "per se" é insuficiente e urge oferecer algum receituário.
Numa sociedade de informação, não será relevante uma educação para a mediatização da mesma? Ao lado da língua francesa ou inglesa, o currículo escolar pode e deve desenvolver uma alfabetização para os "media". Um lugar onde os nossos filhos aprendem a distinguir entre a notícia e o sensacionalismo da forma como é difundida, assim como a verdade e o espectáculo em torno dela. Todavia, sendo a família o centro emocional das crianças, que melhor lugar encontramos para a desalienação que provém dos "media". Destarte, os pais devem chamar a si a responsabilidade de denunciar a perversão dos sentimentos explorados até à exaustão. Como modelos, positiva ou negativamente, serão exemplo do consumo dessa venenosa "sedução".
A educação para os "media" também se aprende no lar. Mas será que nós adultos lemos ou vemos aquilo que consumimos sob um olhar crítico? Estaremos à mercê de um destino que está traçado para manipular as nossas opiniões e conduzir-nos a comportamentos "programados"? Finalmente, porque acredito que os "media" são instrumentos civilizacionais relevantes, também devem ser incluídos na estratégia de educação para a actual cultura comunicativa. Enquanto agentes de socialização, as suas grelhas de programação devem ser sensíveis à instrução para o consumo dos seus conteúdos - à semelhança de alguns editoriais do José Manuel Fernandes. E, em atalho de foice, porque não envolver a Igreja enquanto escola para a vida? Não fora São Paulo quem advertiu para necessidade de não nos deixarmos modelar sem exercer reflexividade? Não é ela a força motora para a transformação das nossas mentalidades? Enfim... cada vez mais carecemos de uma educação para um exercício crítico continuamente renovado.
Simão Daniel Fonseca da Silva
Póvoa de Santo Adrião
sábado, junho 14, 2003
Na revista latino-americana "Chasqui" (nº 58, Junho de 1997" dedicado a "LA EDUCOMUNICACION"), vem este texto de Mario Kaplún:
De medio y fines en comunicación, que está disponível online.
De medio y fines en comunicación, que está disponível online.
sexta-feira, junho 13, 2003
Educação para os Media
Estamos a dedicar as últimas sessões à Teoria e Prática da Educação para os Media. Um dos terrenos em que há décadas se promovem experiências interessantes e diversas é a do uso dos jornais e da actualidade na sala de aula, através de programas que, no universo anglo-saxónico, são designados por NIE (Newspaper in Education).
Proponho uma rápida apresentação dos objectivos de um programa (no caso nos EUA e da WAN - World Association of Newspapers) e um sumário dos resultados de um inquérito que, pelo quinto ano, a mesma WAN realizou:
What is NIE?b>
· NIE, the acronym for Newspaper in Education, is the name of an educational partnership between the newspaper industry and participating school systems.
· To our knowledge, NIE programs were first introduced in the 1930s. Today, in some thirty countries there are programs and activities for preschool through college and beyond.
· Schools may use newspapers at all grade levels to teach a variety of subjects -- history, reading, social science, maths, economics, composition, journalism and government, to name a few.
· Outside the school walls, NIE programs can be found in prisons, senior citizen centers, institutions for the physically and mentally challenged and language classes for new residents from other countries.
Newspapers in the Classroom
· Cultivate critical thinking and writing skills with analysis of local, national and world news, political cartoons and editorials.
· Strengthen student reading, writing and thinking skills with all content and analysis of content.
· Clarify and develop decision-making and life skills.
· Sharpen math and problem-solving skills.
· Heighten awareness of current events and issues.
Program Goals
APA's Newspaper in Education programs offer students the opportunity to develop:
· a better understanding of their local community and the world around them.
· an appreciation of their community and its quality of life.
· an understanding of their own values and feelings about the community in which they live.
· an awareness of the importance of the local newspaper as a continuous source of information about their community and the world around them.
· skills in decision-making and problem-solving.
· basic skills through a variety of reading, writing, and research activities.
Fonte: ARKANSAS NEWSPAPERS IN EDUCATION
World Survey on Newspapers in Education
We focused on NIE and young reader programmes, not specifically on the use of Internet.
We have more countries listed than ever. 52 compared to 35 in 1997, and 32 in 1994/95.
(…)
Special pages and supplements are far more used than special newspapers targeted at children/young people. Reasons might be economic or a strong belief in using the main newspaper to reach the young instead of a creating a special newspaper. There is a significant connection between newspapers that have programmes and the use of children as reporters.
We see a considerable growth in the use of free newspapers from 1995 with 46.4% and 1997 with 42.3%, to 2001 with 53.2%
Respondents were most likely to focus on students 12 to 16 years old. They add 11-year-olds as very important when asked about most important age groups. We believe that the respondents consider the age group they mostly work with as the most important.
The newspapers is still the main medium being used, by about 8 of 10 respondents, with the Internet used by slightly more than a quarter of respondents
When asked about topics for which teachers use the newspaper, respondents answered that “critical thinking” is most used, and add that “reading” is most effective. An “NIE Week” is the least common, and the use for “civics and social science” is growing the most.
(…)
Two respondents in ten reported that their country’s government does NIE work. For example, the French education ministry has a special media education section (CLEMI) and the cultural department in Uruguay is involved in this work.
NIE is part of the essential training of teachers in about third of the countries. We asked this question for the first time.
In four out of ten countries, NIE is part of a national statue or “official curriculum.” (In earlier surveys we asked a less rigorous question about whether the curriculum stimulated NIE, with an even higher positive response.)
The pattern for who publishes NIE materials has not changed substantially since 1997. Individual newspapers remain the main publisher of NIE material, more than 80 percent, closely followed by organizations, about 70 percent.
Our respondents were most likely to see increasing support for NIE among teachers (76.6%), children (71.7%) and individual newspapers (65.3%). About half saw increasing support among school administrators and newspaper associations.
Our respondents put a high emphasis on the importance of training teachers, with more than three-quarters considering this activity as “very important,” followed by influencing school officials and developing teaching aids.
Estamos a dedicar as últimas sessões à Teoria e Prática da Educação para os Media. Um dos terrenos em que há décadas se promovem experiências interessantes e diversas é a do uso dos jornais e da actualidade na sala de aula, através de programas que, no universo anglo-saxónico, são designados por NIE (Newspaper in Education).
Proponho uma rápida apresentação dos objectivos de um programa (no caso nos EUA e da WAN - World Association of Newspapers) e um sumário dos resultados de um inquérito que, pelo quinto ano, a mesma WAN realizou:
What is NIE?b>
· NIE, the acronym for Newspaper in Education, is the name of an educational partnership between the newspaper industry and participating school systems.
· To our knowledge, NIE programs were first introduced in the 1930s. Today, in some thirty countries there are programs and activities for preschool through college and beyond.
· Schools may use newspapers at all grade levels to teach a variety of subjects -- history, reading, social science, maths, economics, composition, journalism and government, to name a few.
· Outside the school walls, NIE programs can be found in prisons, senior citizen centers, institutions for the physically and mentally challenged and language classes for new residents from other countries.
Newspapers in the Classroom
· Cultivate critical thinking and writing skills with analysis of local, national and world news, political cartoons and editorials.
· Strengthen student reading, writing and thinking skills with all content and analysis of content.
· Clarify and develop decision-making and life skills.
· Sharpen math and problem-solving skills.
· Heighten awareness of current events and issues.
Program Goals
APA's Newspaper in Education programs offer students the opportunity to develop:
· a better understanding of their local community and the world around them.
· an appreciation of their community and its quality of life.
· an understanding of their own values and feelings about the community in which they live.
· an awareness of the importance of the local newspaper as a continuous source of information about their community and the world around them.
· skills in decision-making and problem-solving.
· basic skills through a variety of reading, writing, and research activities.
Fonte: ARKANSAS NEWSPAPERS IN EDUCATION
World Survey on Newspapers in Education
We focused on NIE and young reader programmes, not specifically on the use of Internet.
We have more countries listed than ever. 52 compared to 35 in 1997, and 32 in 1994/95.
(…)
Special pages and supplements are far more used than special newspapers targeted at children/young people. Reasons might be economic or a strong belief in using the main newspaper to reach the young instead of a creating a special newspaper. There is a significant connection between newspapers that have programmes and the use of children as reporters.
We see a considerable growth in the use of free newspapers from 1995 with 46.4% and 1997 with 42.3%, to 2001 with 53.2%
Respondents were most likely to focus on students 12 to 16 years old. They add 11-year-olds as very important when asked about most important age groups. We believe that the respondents consider the age group they mostly work with as the most important.
The newspapers is still the main medium being used, by about 8 of 10 respondents, with the Internet used by slightly more than a quarter of respondents
When asked about topics for which teachers use the newspaper, respondents answered that “critical thinking” is most used, and add that “reading” is most effective. An “NIE Week” is the least common, and the use for “civics and social science” is growing the most.
(…)
Two respondents in ten reported that their country’s government does NIE work. For example, the French education ministry has a special media education section (CLEMI) and the cultural department in Uruguay is involved in this work.
NIE is part of the essential training of teachers in about third of the countries. We asked this question for the first time.
In four out of ten countries, NIE is part of a national statue or “official curriculum.” (In earlier surveys we asked a less rigorous question about whether the curriculum stimulated NIE, with an even higher positive response.)
The pattern for who publishes NIE materials has not changed substantially since 1997. Individual newspapers remain the main publisher of NIE material, more than 80 percent, closely followed by organizations, about 70 percent.
Our respondents were most likely to see increasing support for NIE among teachers (76.6%), children (71.7%) and individual newspapers (65.3%). About half saw increasing support among school administrators and newspaper associations.
Our respondents put a high emphasis on the importance of training teachers, with more than three-quarters considering this activity as “very important,” followed by influencing school officials and developing teaching aids.
terça-feira, junho 10, 2003
Mais três textos sobre jogos electrónicos:
- La epidemia de los videojuegos.Epopeya de una industria., Jean Paul Lafrance, in revista TELOS, 1995, n.42
- Report on the educational use of games, de Angela McFarlane, Anne Sparrowhawk e Ysanne Heald
- ALGUNAS REFLEXIONES SOBRE LOS VIDEOJUEGOS, Ana Lilian Licona Vega y Denize Piccolotto Carvalho Levy
- La epidemia de los videojuegos.Epopeya de una industria., Jean Paul Lafrance, in revista TELOS, 1995, n.42
- Report on the educational use of games, de Angela McFarlane, Anne Sparrowhawk e Ysanne Heald
- ALGUNAS REFLEXIONES SOBRE LOS VIDEOJUEGOS, Ana Lilian Licona Vega y Denize Piccolotto Carvalho Levy
segunda-feira, junho 09, 2003
"WHAT CHILDREN WATCH - AN ANALYSIS OF CHILDREN’S PROGRAMMING PROVISION BETWEEN 1997-2001, AND CHILDREN’S VIEWS" é o título de um extenso estudo (112 páginas" hoje pubicado no Reino Unido, da responsabilidade das Broadcasting Standards Commission e Independent Television Commission. Alguns dos capítulos: Quantitative Analysis of Children’s Programming Provision: 1996-2001; Time Measures; Diversity in Programme Provision; Children’s Viewing Habits; New Media; The Role of Television; When, Where and How are Children Watching?; Children’s Understanding of Television.
Eduardo Cintra Torres, além de desancar o programa "Rosa Choque" da TVI, na coluna semana 'Olho Vivo', aborda a questão dos planos de captação de imagens na cobertura televisiva das manifestações:
"O jornalismo televisivo caseiro tem revelado uma tendência para evitar panorâmicas das manifestações quando o número de participantes é pequeno. Essas reportagens fazem de propósito para não nos mostrarem a verdade acerca do número real de manifestantes. (...) Porque será que essas notícias nunca mostram a "multidão" em conjunto e apenas mostram planos médios com pequenos grupos, evitando que o espectador saiba que, do ponto de vista da mobilização, aquela iniciativa foi um fracasso?
Julgo que a razão é esta: mostrar o fracasso da manif seria revelar a pouca ou nenhuma importância da notícia."
E o contrário que, sendo porventura mais raro, não é menos grave: mostrar planos médios com pequenos grupos, para que não se perceba a multidão que está presente?
"O jornalismo televisivo caseiro tem revelado uma tendência para evitar panorâmicas das manifestações quando o número de participantes é pequeno. Essas reportagens fazem de propósito para não nos mostrarem a verdade acerca do número real de manifestantes. (...) Porque será que essas notícias nunca mostram a "multidão" em conjunto e apenas mostram planos médios com pequenos grupos, evitando que o espectador saiba que, do ponto de vista da mobilização, aquela iniciativa foi um fracasso?
Julgo que a razão é esta: mostrar o fracasso da manif seria revelar a pouca ou nenhuma importância da notícia."
E o contrário que, sendo porventura mais raro, não é menos grave: mostrar planos médios com pequenos grupos, para que não se perceba a multidão que está presente?
Do "pagar para ver" ao pagar para jogar" na TV interactiva
Uma notícia na mais recente edição do boletim BIT:
"Cuando el significado de términos como pay-per-view (pago por visión) es ya bien conocido por los espectadores de la TV digital, la búsqueda de modelos de negocio viables para el sector impone otros nuevos. El denominado pay-per-play, o "pago por juego", comienza a sonar cada vez más, conforme las empresas de TVi depositan buena parte de sus esperanzas en el concepto que encierran estas tres palabras. La modalidad consiste sencillamente en que el espectador paga por acceder a un juego, a través de su televisor, durante una sola partida o por un período de tiempo determinado".
Uma notícia na mais recente edição do boletim BIT:
"Cuando el significado de términos como pay-per-view (pago por visión) es ya bien conocido por los espectadores de la TV digital, la búsqueda de modelos de negocio viables para el sector impone otros nuevos. El denominado pay-per-play, o "pago por juego", comienza a sonar cada vez más, conforme las empresas de TVi depositan buena parte de sus esperanzas en el concepto que encierran estas tres palabras. La modalidad consiste sencillamente en que el espectador paga por acceder a un juego, a través de su televisor, durante una sola partida o por un período de tiempo determinado".
No Jornal de Notícias de hoje:
Crianças alemãs vêem televisão em excesso
Ermelinda Pedrosa
correspondente na Alemanha
"Nas grandes cidades alemãs, um terço das crianças em idade pré-escolar pode ver televisão quando quer, pois dispõe de um aparelho próprio. A organização "Iniciativa criança" chegou a esta conclusão depois de ter recolhido os elementos de um inquérito
relacionado com o consumo de televisão das crianças. Esta associação de professores, pedagogos, psicólogos, teólogos e educadores adverte para as consequências de um tal consumo descontrolado, insistindo em que crianças de quatro e cinco anos de idade só devem
ver televisão quando acompanhadas por um adulto que lhes possa explicar o que elas vêem. Os especialistas alemães recomendam no máximo 30 minutos de televisão por dia, aconselhando ainda que, durante este tempo, elas não comam doces. A atenção para estes fenómenos não é recente, mas a preocupação com a violência e o consumo de televisão ou jogos electrónicos tem vindo a aumentar. Assustado com o célebre caso de Erfurt, quando, no ano passado, um aluno de liceu de 17 anos de idade matou 16 estudantes e professores, o
poder legislativo acaba de regulamentar a venda e aluguer de jogos vídeo. Desde Abril deste ano, que esses jogos estão sujeitos à classificação por idades, semelhante à que se faz para filmes, portanto a partir dos 6 anos de idade, dos 12, dos 16 e dos 18. O jovem que quiser comprar ou alugar um jogo vídeo, mesmo os clássicos como o "Tetris", que nunca estiveram sujeitos a controlo etário, tem de se identificar. Para a oposição conservadora alemã, as medidas não são suficientes; para outros, vão longe de mais. É o caso de alguns especialistas americanos que, num artigo publicado na revista britânica "Nature", chegaram à conclusão de que os jogos vídeo de acção são úteis, já que melhoram a apreensão visual dos jogadores. No entanto, esta equipa de especialistas não investigou as consequências desses jogos no comportamento desportivo e social dos jovens utentes, consequências essas que levaram outros investigadores a alertar a opinião pública".
Crianças alemãs vêem televisão em excesso
Ermelinda Pedrosa
correspondente na Alemanha
"Nas grandes cidades alemãs, um terço das crianças em idade pré-escolar pode ver televisão quando quer, pois dispõe de um aparelho próprio. A organização "Iniciativa criança" chegou a esta conclusão depois de ter recolhido os elementos de um inquérito
relacionado com o consumo de televisão das crianças. Esta associação de professores, pedagogos, psicólogos, teólogos e educadores adverte para as consequências de um tal consumo descontrolado, insistindo em que crianças de quatro e cinco anos de idade só devem
ver televisão quando acompanhadas por um adulto que lhes possa explicar o que elas vêem. Os especialistas alemães recomendam no máximo 30 minutos de televisão por dia, aconselhando ainda que, durante este tempo, elas não comam doces. A atenção para estes fenómenos não é recente, mas a preocupação com a violência e o consumo de televisão ou jogos electrónicos tem vindo a aumentar. Assustado com o célebre caso de Erfurt, quando, no ano passado, um aluno de liceu de 17 anos de idade matou 16 estudantes e professores, o
poder legislativo acaba de regulamentar a venda e aluguer de jogos vídeo. Desde Abril deste ano, que esses jogos estão sujeitos à classificação por idades, semelhante à que se faz para filmes, portanto a partir dos 6 anos de idade, dos 12, dos 16 e dos 18. O jovem que quiser comprar ou alugar um jogo vídeo, mesmo os clássicos como o "Tetris", que nunca estiveram sujeitos a controlo etário, tem de se identificar. Para a oposição conservadora alemã, as medidas não são suficientes; para outros, vão longe de mais. É o caso de alguns especialistas americanos que, num artigo publicado na revista britânica "Nature", chegaram à conclusão de que os jogos vídeo de acção são úteis, já que melhoram a apreensão visual dos jogadores. No entanto, esta equipa de especialistas não investigou as consequências desses jogos no comportamento desportivo e social dos jovens utentes, consequências essas que levaram outros investigadores a alertar a opinião pública".
sábado, junho 07, 2003
Game Studies é uma revista digital sobre todo o tipo de jogos: video, computador, em rede... e tem os textos acessiveis online. Ver, em particular, o númerto mais recente.
Por outro lado: Game Culture: Thinking about computer games é um sítio com uma série de textos disponíveis.
Por outro lado: Game Culture: Thinking about computer games é um sítio com uma série de textos disponíveis.
quinta-feira, junho 05, 2003
RECOMMANDATIONS
dirigées à l'Organisation des Nations Unies pour l'Education,
la Science et la Culture, UNESCO
[projet adopté par la Conférence de Sevilla du 19.02.002]
Education aux médias pour les jeunes
Sevilla, le 15 et 16 février 2002
Le séminaire, sous l'hospice de la Télévision de l'Andalousie et celui de l' l'Association internationale des Télévisions éducatives (AITED) était présidé par le Professeur José Manuel Perez Tornero, assisté par le Professeur Divina Frau-Meigs et le Rapporteur le Professeur Valentí Gomez í Oliver. L'UNESCO était représentée par le Directeur Général adjoint pour la Communication et l'Information M. Claude Ondobo.
Cadre général et organisation
La Vingt-neuvième Conférence de l'UNESCO, en adoptant la Résolution provisoire 61, a décidé que son programme de 1998-1999 inclurait le soutien à l'éducation aux médias pour que la création d' espaces média pour les jeunes soient garantis par différentes modalités et actions. Ces actions sont basées sur un nombre d'événements et de documents divers de l'UNESCO et ses Etats Membres, notamment la “Déclaration Grünwald sur la Formation aux Média” (1982), le Colloque de Toulouse “Nouvelles Directions de l'Education aux Médias” (1990), et la conférence de Vienne “Education aux Médias et l'Age digital” (1999).
Vingt-trois invités représentant 14 pays ont assisté au séminaire. A partir des recommandations du séminaire, de nouvelles actions seront préparées dans les Etats Membres à travers un programme spécialisé à l'éducation aux médias et la création d'un espace média pour les jeunes.
Autre référence est la 25ème session de la Conférence Générale de l'UNESCO (Paris, novembre 1989) qui comprenait le développement d'une éducation critique aux médias en favorisant le développement d'une conscience critique, la capacité de réagir à toutes sortes d'information et l'instruction aux utilisateurs de défendre leurs droits.
Objectifs généraux du Séminaire :
- Promouvoir l'éducation aux médias à travers des approches régionales et en facilitant les échanges;
- Proposer une législation innovatrice sur l'éducation aux médias et le programme scolaire des médias;
- Améliorer la coopération entre fonctionnaires, chercheurs, éducateurs et professionnels des médias.
Définition et principes généraux de l'Education aux Médias, tels qu'ils ont été adaptés à la Conférence de Vienne)
Education aux Médias
- Concerne tous les moyens de communication et comprend les textes et les graphiques, le son, les photos et les images animées, transmis par n'importe quelle technologie;
- Permet aux gens de comprendre les moyens de communication employés par la société et la façon dont ils fonctionnent et facilite la faculté d'employer ces médias afin de communiquer avec d'autres;
- Garantit que les gens
Identifient les sources des textes, leurs intérêts politiques, sociaux, commerciaux et/ou culturels ainsi que leurs contextes.
Analysent, réagissent d'une façon critique et créent leurs propres moyens de communication;
Interprètent les messages et les valeurs offerts par les médias;
Obtiennent ou demandent accès aux moyens de communication aussi bien pour la réception que la production
Choisissent les moyens de communication appropriés pour que les jeunes puissent communiquer leurs propres messages ou histoires et atteindre leur audience;
L'éducation aux médias fait partie du droit fondamental de tout citoyen, dans tout pays du monde, de la liberté d'expression et le droit d'information et elle contribue à établir et maintenir la Démocratie. Tout en reconnaissant les différences de caractère et de développement de l'Education aux Médias dans les différents pays, les participants au Séminaire de Sevilla qui suivaient de près les définitions précédentes développées par la Conférence de Vienne en 1999, recommandent l'introduction de l'Education aux Médias partout où cela est possible aussi bien dans les programmes scolaires nationaux que dans l'enseignement tertiaire, non-conventionnel et permanent.
Définition opérationnelle:
Au-delà de cette définition générale et déclaration de principes, en ligne avec la Conférence de Vienne, tous les membres du Séminaire de Sevilla estimaient que, pour que l'éducation aux médias fonctionne, soit visible et légitime il faut recentrer les objectifs:
- L'éducation aux médias veut dire enseigner et apprendre avec et SUR les médias plutôt qu' A TRAVERS les médias.
- Elle comprend l'analyse critique ET la production créative
- Elle peut et doit avoir lieu dans un cadre formel et informel
- Elle doit promouvoir l'esprit de communauté et de responsabilité sociale, aussi bien que l'accomplissement personnel
Le processus d éduquer aux médias doit se servir de cette définition opérationnelle pour évaluer et juger du contenu des cours sur les médias ainsi que de l'acquisition par l'étudiant et le professeur/formateur d'une manière adaptée à leur milieu culturel et aux productions.
L'éducation aux médias devrait en priorité être dirigée aux jeunes de 12 à 18 ans comme reconnus par les programmes de communication et information de l'UNESCO, mais devrait également considérer les messages aux enfants de 5 à 12 ans à cause du développement et des besoins de ceux-ci (acquisition de connaissances, distinction réalité/fiction, développement d'identité et de la conscience de citoyen)
A la lumière de ces définitions, les participants du Séminaire de Sevilla recommandent le développement de cinq orientations :
1) Des plates-formes de recherche pour les décideurs, les responsables du planning, d'autres chercheurs et le grand public.
- Inventaire de méthodes existantes pour l'éducation aux médias
- Compilation et diffusion de recherche existante
- Développement de procédures d'évaluation tenant compte de la spécificité de l'éducation aux médias dans des contextes et cadres formels et informels
- Promotion de recherche avec l'accent sur l'éducation aux médias avec les parents
2) Formation pour les professeurs et autres praticiens, formateurs d'ONG, étudiants apprenant à être professeurs
- Développement d'une certification appropriée, si possible
- Développement de programmes scolaires sur l'éducation aux médias, formelle et informelle
- Création de guides pour professeurs et parents, avec une diversité de supports et matériaux (une collection de publications appelée "Pilote" et des outils, adaptables aux diversités régionales)
- Cours d'été sur l'éducation aux médias pour professeurs
- Rédaction d'une petite publication avec des indications pour les étudiants
- Création de cours à distance.
3) Partenariats de Médias avec des écoles, ONG, d'autres institutions et auteurs privés ou publics
- Développement de relations avec le secteur et l'industrie des médias
- Développement de relations avec des fondations (dans les secteurs économiques et en dehors)
- Rédaction de directives pour l'éducation aux médias et l'éthique
- Création d'une plate-forme pour les relations avec l'industrie: faire pression sur les sociétés de médias; le développement de normes industrielles pour l'éducation aux médias assurant l'indépendance des chercheurs et des utilisateurs.
4) Création de Réseaux pour tous les praticiens et le public en général
- Création de sites Internet pour praticiens, formateurs et professeurs
- Création d'un portail de ressources de l'éducation aux médias
- Réorientation du Clearinghouse UNESCO sur la Violence sur l'Ecran pour étendre ses activités aux programmes d'éducation aux Médias pour les jeunes et pour coordonner un réseau mondial de correspondants
- Organisation de forums locaux, nationaux et internationaux à intervalles réguliers, liaisons avec des écoles et remises de certificats d'excellence avec un 'tampon' UNESCO.
- Création d'un réseau de festivals spécialisés de cinéma et télévision
- Fourniture d'accès aux ressources de données et aux facilités de traductions
- Consolidation de fédérations existantes ou d'associations professionnelles et centres de documentation
5) Consolider et promouvoir la sphère publique pour tous les acteurs de la société civile: parents, professeurs, ONG, groupes de jeunes, associations de consommateurs, de téléspectateurs et auditeurs
- Publication de directives pour la télévision publique
- Publication de recommandations à l'appui des médias publics, sans but lucratif, non commercial surtout quand il s'agit de jeunes
- Conscientisation publique pour les programmes destinés aux jeunes
- Campagnes de sensibilisation pour adultes concernant la nécessité dune éducation aux médias dans un cadre formel et informel
- Soutien aux institutions de surveillance pour garantir la qualité et l'accès aux médias pour les jeunes
- Soutien à l'application de la Convention de Florence ( et le Protocole de Nairobi) sur les exceptions de droits d'auteur pour l'emploi éducatif non-commercial des médias
- Production d'un documentaire de télévision international ou format forfait pour promouvoir la compréhension des médias
Les approches de l'éducation aux médias, de Jacques Piette
L'éducation aux médias est une discipline en constante évolution, et tout nouveau programme vient à chaque fois renouveler la manière dont peut se réaliser cette initiation critique des jeunes à l'univers des médias. Avec les années, on voit l'établissement progressif d'un consensus sur un cadre de référence théorique général devant servir à guider la pratique de cet enseignement. 1. La phase d'expérimentation
2. La perspective des effets
3. La perspective des usages et des satisfactions
4. La perspective critique
5. La perspective sémiologique
6. La perspective éthique
7. La perspective pratique
8. La phase de consolidation
8.1 Le principe de la " non-transparence " des médias
8.2 L'étude des sources qui produisent les messages des médias
8.3 La rhétorique des médias
8.4 L'étude des dimensions idéologiques des messages
8.5 L'étude du public
9. Les perspectives d'avenir
Source: L'éducation aux médias : Vers une redéfinition des rapports entre l'école et les médias étude réalisée pour la Centrale de l'enseignement du Québec, Jacques Piette Professeur,Département des lettres et communications, Université de Sherbrooke (Canada)
L'éducation aux médias est une discipline en constante évolution, et tout nouveau programme vient à chaque fois renouveler la manière dont peut se réaliser cette initiation critique des jeunes à l'univers des médias. Avec les années, on voit l'établissement progressif d'un consensus sur un cadre de référence théorique général devant servir à guider la pratique de cet enseignement. 1. La phase d'expérimentation
2. La perspective des effets
3. La perspective des usages et des satisfactions
4. La perspective critique
5. La perspective sémiologique
6. La perspective éthique
7. La perspective pratique
8. La phase de consolidation
8.1 Le principe de la " non-transparence " des médias
8.2 L'étude des sources qui produisent les messages des médias
8.3 La rhétorique des médias
8.4 L'étude des dimensions idéologiques des messages
8.5 L'étude du public
9. Les perspectives d'avenir
Source: L'éducation aux médias : Vers une redéfinition des rapports entre l'école et les médias étude réalisée pour la Centrale de l'enseignement du Québec, Jacques Piette Professeur,Département des lettres et communications, Université de Sherbrooke (Canada)
quarta-feira, junho 04, 2003
Mais um texto:
Developmental Aspects of Children's Learning from Interactive Media: A Research Review, de Ellen Wartella:
"The overarching question addressed in the review is: what is known regarding the develolpment of children's use of interactive technologies (CD-Roms, videogaqmes and new interactive toys ...) and their impact on children's cognitive social and emotional development? Subset of questions include attention to age, gender, social class and/or ethnic minority differences in use and impact of such technology".
Developmental Aspects of Children's Learning from Interactive Media: A Research Review, de Ellen Wartella:
"The overarching question addressed in the review is: what is known regarding the develolpment of children's use of interactive technologies (CD-Roms, videogaqmes and new interactive toys ...) and their impact on children's cognitive social and emotional development? Subset of questions include attention to age, gender, social class and/or ethnic minority differences in use and impact of such technology".
A Marktest prepara-se para lançar em meados deste mês os primeiros resultados do seu novo estudo Markteen, que se destina a analisar as crianças e os jovens entre os 10 e os 18 anos. Justificando o surgimento do Markteen, refere a newsletter d Marktest:
"Existe pouca informação disponível sobre os hábitos de consumo e estilos de vida dos jovens entre os 10 e os 18 anos, já que a maior parte dos estudos regulares que se fazem em Portugal estudam a população a partir dos 15 ou mesmo dos 18 anos. Cada vez mais os jovens consumidores, desde muito novos, têm um papel fundamental na escolha e consumo dos produtos, serviços e marcas, daí a necessidade de criar um estudo regular específico sobre este grupo."
Os primeiros resultados icidirão sobre fast food, soft drinks (com gás, sem gás e ice tea), consolas e revistas de videojogos, hábitos de media e estilos de vida.
"Existe pouca informação disponível sobre os hábitos de consumo e estilos de vida dos jovens entre os 10 e os 18 anos, já que a maior parte dos estudos regulares que se fazem em Portugal estudam a população a partir dos 15 ou mesmo dos 18 anos. Cada vez mais os jovens consumidores, desde muito novos, têm um papel fundamental na escolha e consumo dos produtos, serviços e marcas, daí a necessidade de criar um estudo regular específico sobre este grupo."
Os primeiros resultados icidirão sobre fast food, soft drinks (com gás, sem gás e ice tea), consolas e revistas de videojogos, hábitos de media e estilos de vida.
terça-feira, junho 03, 2003
Um desafio a todos os cidadãos
Um repto aos mestrandos
O Governo e o maior partido da oposição, o PS, acabam de apresentar os seus projectos de Lei de Bases da Educação. A lei que vier a ser aprovada na Assembleia da Repúbica substituirá a actual Lei de Bases do Sistema Educativo, que data de 1986 (embora com alterações pontuais entretanto verificadas).
As mudanças ocorridas no mundo e em Portugal desde 1986 para cá fariam esperar documentos ousados, ambiciosos no projecto educativo para Portugal, capazes de ter em conta os novos cenários em que ocorre, hoje em dia, a formação dos portugueses, tanto os mais pequenos como os mais crescidos.
O desafio que lanço é o de lerem a proposta do Governo e o projecto do PS e responderem às seguintes questões:
- Como interpretar a mudança de nomenclatura nesta lei - de Lei de Bases do Sistema Educativo para Lei de Bases da Educação?
- Como é que os documentos apresentados enquadram e contextualizam as mudanças sócio-culturais com incidências no terreno da educação e formação?
- Que lugar tem nesses documentos o novo ecossistema informativo em que todos temos de nos movimentar, embora em condições e com recursos muito diferenciados?
- Que referências e que lugar dão os projectos apresentados à edfucação para os media enquanto dimensão básica da educação para a cidadania?
Eventuais respostas a estas perguntas poderão ser publicadas neste weblog, desde que os seus autores o autorizem e depois de devidamente editadas (Enviar
para: mpinto@ics.uminho.pt)
Alguns textos interessantes sobre Educação para os Media:
- Eduquer aux médias : rêves et réalités pour un public captif, de Jacques Gonnet
- Literacy For The Information Age, de Renee Hobbs;
- Media Literacy In the Home: Acquisition Vs. Deficit Models, de Roger Desmond;
- Windows on the Landscape - Taking Television Seriously, de John J. Pungente;
- Technologies for Education: Potential, Parameters and Prospects, de Wadi D. Haddad and Alexandra Draxler, Editors, Prepared for UNESCO by Knowledge Enterprise, Inc. ©2002 by UNESCO and Academy for Educational Development, ISBN: 0-89492-112-6, 212 pages (um livro inteirnho).
- Eduquer aux médias : rêves et réalités pour un public captif, de Jacques Gonnet
- Literacy For The Information Age, de Renee Hobbs;
- Media Literacy In the Home: Acquisition Vs. Deficit Models, de Roger Desmond;
- Windows on the Landscape - Taking Television Seriously, de John J. Pungente;
- Technologies for Education: Potential, Parameters and Prospects, de Wadi D. Haddad and Alexandra Draxler, Editors, Prepared for UNESCO by Knowledge Enterprise, Inc. ©2002 by UNESCO and Academy for Educational Development, ISBN: 0-89492-112-6, 212 pages (um livro inteirnho).
A MTV Networks Europe adquiriu 50% das acções do canal francês de videojogos Game One, mediante um acordo com a produtora francesa Atari, especializada neste tipo de entretenimento. Actualmente, Game One pode ser vista em 3,5 milhões de lares através das plataformas de cabo e de satélite em França. Através deste acordo, a MTV Networks Europe distribuirá o canal a cerca de 110 milhões de lares em toda a Europa.
“Este DVD se autodestruirá... en 48 horas”. Parece una frase de Misión: imposible, pero no es Tom Cruise quien la pronuncia, sino Disney, que en agosto pondrá en marcha un sorprendente sistema de distribución: películas de alquiler que al cabo de dos días dejan de ser operativas. Además, ha presentado un sistema de acceso a sus filmes alternativo al vídeo bajo demanda de las cadenas de cable". (Fonte: Mediabriefing)
"Mientras que la mayoría de los diarios se esfuerzan por encontrar la fórmula mágica que les permita captar nuevos lectores entre la gente joven, la agencia de noticias Associated Press planea lanzar un nuevo servicio que permita a sus suscriptores crear ediciones individualizadas para niños o disribuirlas en los colegios como parte de las iniciativas bajo el nombre de Newspaper In Education (NIE). Los diarios para niños estarán diseñados a medida de cada periódico y contendrán publicidad y contenidos locales." (Fonte: Mediabriefing)
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